«Governo reconhece que a protecção das crianças enfrenta ainda sérias dificuldades e quer intensificar a participação de entidades e sociedade civil num debate que conduz à revisão do sistema existente.
O Governo vai criar duas comissões para estudar a melhoria do sistema de promoção e protecção das crianças e jovens em risco.»
Ainda estão nesta fase? Ainda é preciso “estudar” a melhoria do sistema?
«Já agora, senhores governantes, tenham também em conta que esta criança, quase bebé, que vemos nesta foto, (e como ela muitas outras) está em risco, não por estar a “enfrentar” um bezerrinho esquelético e quase bebé também, mas porque pais negligentes, com a cumplicidade de “educadores”(?) para a violência, e de uma maioria de governantes incompetentes, consentem que ela vá para uma arena onde lhe destroem a inocência da infância e ajudam a formar um carácter violento e impiedoso, o que marcará negativamente, irremediavelmente e profundamente o seu futuro e a sua educação para uma cidadania baseada na Ética. E quem se importa? Daí que o encerramento das escolas taurinas deva ser uma das prioridades destas “comissões”.» (I.A.F.)
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Por Filomena Barros
A Renascença sabe que o despacho, assinado por cinco ministérios, vai ser publicado em breve em Diário da República.
Administração Interna, Justiça, Saúde, Educação e Solidariedade e Segurança Social são os cinco ministros que vão rubricar o diploma, que decorre de uma resolução do Conselho de Ministros aprovada em Junho do ano passado.
O despacho determina a criação de duas comissões, constituídas por personalidades já escolhidas e que terão como objecto de análise o sistema de protecção de menores em risco.
O Governo reconhece que há ainda sérias dificuldades na concretização do sistema, o que fragiliza a protecção das crianças, e entende, por isso, ser preciso intensificar a participação de entidades e sociedade civil, com um debate que permita a revisão do sistema existente, assim como do regime jurídico de adopção.
Uma das comissões será coordenada pelo procurador-geral adjunto Maia Neto, a outra pela procuradora-geral adjunta Lucília Gago. Os restantes elementos são representantes escolhidos nos cinco ministérios envolvidos.
As comissões vão funcionar em articulação com o ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, e o seu secretário de Estado Marco António Costa.
A criação das duas comissões dá seguimento ao grupo de trabalho formado em Abril de 2012, para estudar o que se chamou de Agenda da Criança.
Na prática, pretende-se melhorar a resposta das instituições para defender o superior interesse da criança.
Fonte:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=136336
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É PREMENTE QUE NESTAS COMISSÕES NÃO ESTEJAM INFILTRADOS AFICIONADOS (COMO ESTÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA), PARA QUE POSSA DEFENDER-SE, DE FACTO, O SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA
SENÃO VEJAMOS: AS “ESCOLAS” DE TOUREIO SÃO LUGARES ONDE CRIANÇAS E JOVENS MENORES DE 18 ANOS ESTÃO EM ALTO RISCO. E QUEM SE IMPORTA?
Essas “escolas” são um antro, no qual predomina a violência gratuita, o desrespeito pela vida, um acentuado sadismo e prolíferas sementeiras de psicopatia, que poderão configurar-se num crime, tendo em conta o que vem consignado na Constituição da República Portuguesa.
Em Portugal existem milhares de crianças em risco, pelos mais variados motivos. Crianças expostas aos seus carrascos sem que as comissões criadas com o intuito de as proteger, pouco ou nada façam.
Existem crianças expostas a todo o tipo de violência física e moral, seja da violência doméstica, à violação sexual pelos próprios familiares, pedófilos, pais alcoólicos, disputas parentais, pobreza extrema, e também o ensino da tortura sobre seres vivos, enfim, situações onde todos os direitos lhes são negados e violados.
É preciso que estas “comissões”, no que respeita às “escolas” de toureio, tenham em conta que as crianças estão a ser vítimas de pais negligentes que, ao exporem os seus filhos à aprendizagem da violência e tortura gratuitas, estão a “castrar” o futuro deles, desintegrando-os de uma sociedade civilizada, até porque a tauromaquia morreu, e já não se justifica, de modo algum, a existência desses antros maléficos à saúde mental destas crianças e jovens.
Torturar bezerrinhos será algo que se ensine a uma criança de tenra idade? Ou a um jovem em pleno desenvolvimento da sua personalidade?
Estas crianças estão também em risco, e devem ser tão sinalizadas como as que são expostas à violência doméstica, pois frequentar uma “escola” de toureio também é uma forma de as violar moralmente.
Que palavras terão a dizer os psicólogos? Façam uma avaliação psicológica a estas crianças e surpreendam-se com os resultados negativos que encontrarão.
E quem é o principal culpado?
O Estado Português, obviamente, que não tem acautelados os direitos de crianças indefesas, que estão à merce dos seus algozes.