Abster-me-ei de mencionar, por extenso, o nome da visada, não porque lhe deva alguma consideração, mas por respeito aos seus alunos, que se forem verdadeiros estudantes universitários, ao saberem que a professora catedrática aplaude a tortura de seres vivos, para se divertir, talvez queiram transferir-se para outra Universidade (era o que eu faria) além de terem uma enoooooorme decepção.
A M.A.S. nasceu no Barreiro, mas diz que viveu na Moita desde os cinco dias de idade, e a Moita é a sua terra. Não estaria tudo dito, sendo a Moita, uma localidade com um atraso civilizacional considerável?
É professora catedrática, na Universidade de Lisboa, e dedica-se a estudos de História e Crítica Literária.
Obviamente que viver na Moita não dá estatuto intelectual a ninguém. Nem significa evolução. Nenhuma. Muito pelo contrário.
Professora catedrática. Aficionada de tortura de seres vivos indefesos para se divertir.
Disseram-me, mas à primeira, não quis acreditar, até terem me enviado uns comentários que escreveu na página do Facebook do seu amigo E. S., que já foi governante…
Não, não quis acreditar! Mas lá estava a cara e o nome e as palavras de uma vulgaríssima aficionada, a comentar o cartaz da selvajaria na Moita:
«Grande cartel! Prometedores ganaderos de lindos toiros! Mesmo que chova a potes, vou lá estar. E. C. S. dá-me boleia?»
Como pode alguém que tenha alma, ver “lindos touros” a ser torturados cobardemente, barbaramente e depois aplaudir?
Entretanto, uma senhora escreveu «Não gosto».
E logo a vulgaríssima professora catedrática respondeu:
«Tem todo o direito de não gostar, querida M. A. A.- tenho pena, mas cada qual é dono do seu gosto! (…)»
Cada qual é dono do seu gosto? Ou será dono da sua deformação mental?
Isto é inconcebível, vindo de uma professora catedrática, até porque a selvajaria tauromáquica NÃO é uma questão de gosto, mas uma questão de Ética, de Civilização, de Evolução.
Contudo, no melhor pano sempre caiu a pior nódoa. Isto, eu sei.
E, pelo sim ou pelo não, senhora doutora M.A.S., pois não sei se a sua avidez pela tortura de seres vivos será falta de informação, da sua parte, vou deixar-lhe aqui o que a UNESCO referiu sobre a selvajaria tauromáquica, que a professora catedrática tanto gosta:
«A Tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura» UNESCO, 1980
Não, a professora catedrática não pode ser aficionada! Mas é.
Passaram-me um trote! Pensei ao início. O que terá para ensinar aos seus alunos?
Bem, os neuróticos andam por aí disfarçados de “gente bem”...
Lá terá de ser: ficará perpetuada no Livro Negro da Tauromaquia que ando a escrever para os vindouros saberem quem foram os protagonistas (os que praticam, aplaudem, promovem e aceitam calados) algo tão macabro quanto isto:
O vídeo ficou indisponível, porque os tauricidas não gostam que se veja a barbárie, a crueldade da sua actividade. Mas garanto a todos que este vídeio continha imagens tenebrosas, que apenas gente com deformação mental pode aplaudir.
É esta a "cultura" que a senhora doutora M.A.S. aplaude?
Já agora, deixo-lhe aqui um link onde pode ler toda a informação sobre a psicopatia tauromáquica.
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/tauromaquia-doenca-do-foro-673168
Note que, na era da informação, ser ignorante é uma opção.
Nunca imaginei que M. A. S., professora catedrática, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e crítica literária, pudesse aplaudir a tortura de um ser vivo para sua diversão.
Isto só para dizer que o facto de se frequentar uma universidade não dá estatuto intelectual a ninguém, nem bom carácter, nem sentimentos humanos.
Ou se nasce humano, ou não se nasce humano. Lamento dizer que esta foi uma das grandes decepções da minha vida.
Isabel A. Ferreira