Chama-se Feliciano Barreiras Duarte e é deputado da Nação, pelo PSD
Publicou, no jornal “Sol”, um texto intitulado a “A Tauromaquia em Portugal e os novos inquisidores” e disse estas coisas, inadequadas a um deputado da Nação, por ter distorcido a verdade e mostrado uma descomunal desinformação (para não dizer outra coisa):
«Eu não aceito – e nunca aceitarei – que os animais tenham mais direitos do que as pessoas. Não aceito que o Estado se meta com costumes e tradições que são parte das identidades de comunidades e de territórios, como no caso das touradas sucede com o Alentejo e o Ribatejo, e depois recuse apoiar as pessoas mais frágeis da nossa sociedade. Como certa vez escrevi, «esta espécie de declínio do valor da pessoa em favor do poder dos animais e da bicharada é protagonizada por gente que convive bem com misérias humanas junto à sua porta. Por mim, que respeito os animais, também respeito as tradições populares, como a tourada, mesmo não sendo um seu aficionado. Mas, acima de tudo, respeito as pessoas e não transijo com este novo pensamento quase totalitário que pretende despojar os povos das suas legítimas tradições, ao mesmo tempo que condena as pessoas ao abandono e à solidão.»
Vamos lá a ver, senhor deputado da Nação Portuguesa:
Primeiro: gostaríamos de saber de onde tirou essa de que os animais têm mais direitos do que as pessoas, sendo que as pessoas também são animais, logo os direitos até poderiam ser iguais e estaríamos a falar de um acto evolutivo. Mas, infelizmente, tal não acontece. O “homem” acha-se um ser superior a todos os outros seres, e faz leis de faz-de-conta que protegem os outros animais, incluindo os não-humanos, e que não são para cumprir.
Para vergonha da Humanidade existem três Declarações de Direitos.
A saber:
- Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolução 217 A III), em 10 de Dezembro 1948;
- Declaração Universal dos Direitos da Criança, adoptada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolução 1386 XIV), em 20 de Novembro de 1959;
- Declaração Universal dos Direitos dos Animais Não-Humanos, proclamada pela UNESCO, em 15 de Outubro de 1978.
E isto porquê? Por que o homem, dito “racional”, é o único animal existente à face da Terra que precisa de declarações de direitos, para refrear o instinto malévolo dele.
Muitos países assinaram estas “declarações”, incluindo Portugal que, vergonhosamente, não as cumpre, nomeadamente no que respeita às crianças e aos animais não-humanos.
Portanto, senhor deputado, se fosse uma pessoa infirmada, saberia da existência e do conteúdo destas declarações, e não diria o disparate que disse: «Não aceito e nunca aceitarei que os animais tenham mais direitos do que as pessoas»! Se aceita, ou não aceita, isso é lá coisa para a sua consciência. Mas que o direito à vida e ao bem-estar dos animais, humanos e não humanos, é algo que tem de ser igual para todos, se quisermos falar de EVOLUÇÃO.
Segundo – Quando diz que «Não aceito que o Estado se meta com costumes e tradições», refere-se a quê? Ao costume bárbaro e medievalesco herdado dos espanhóis (que nada tem a ver com tradição), e que dá pelo nome de tauromaquia, e que o governo português, acolitado pelo PSD, financia chorudamente, com verbas que poderiam ser canalizadas para a Saúde, para a Educação, para a Cultura Culta…, e, deste modo, condenando as pessoas ao abandono e à solidão, e os animais não-humanos à mais brutal tortura? Foi isto que quis dizer, mas não disse, certo, senhor deputado? É que aos leitores do “Sol” o senhor até pode fazer de parvos, mas a nós não faz.
Terceiro – Quando diz que «respeito as pessoas e não transijo com este novo pensamento quase totalitário que pretende despojar os povos das suas legítimas tradições, ao mesmo tempo que condena as pessoas ao abandono e à solidão», tem bem a noção do que está a dizer? Que “novo” pensamento totalitário é esse que pretende despojar os povos (que povos?) das suas legítimas (que legítimas?) tradições (que tradições?). Como é possível numa só frase dizer tantos disparates?
O “novo pensamento” a que se refere não é totalitário, é evolutivo. Totalitário é o “pensamento” do PSD que, no momento de votar contra os subsídios que alimentam a indústria da tortura de seres vivos, e as escolas de toureio que “formam” alienados mentais entre as crianças, a quem não dão opção de serem GENTE, votam a favor.
Que povos são despojados de quê? Que legítimas tradições? Com que legitimidade torturam ser vivos para divertir sádicos e encher os bolsos a ganadeiros?
Senhor deputado, nós é que não aceitamos que gente como o senhor esteja a receber um salário pago com os nossos impostos, para vir a público defender a tortura de bovinos e o lobby tauromafioso.
Gente como o senhor envergonha Portugal e contribui para o atraso civilizacional em que este está mergulhado.
Isabel A. Ferreira
Fontes:
https://protouro.wordpress.com/2018/02/01/o-grunho-do-psd-ao-servico-da-tauromafia/
http://ptjornal.com/deputado-do-psd-defende-touradas-poder-da-bicharada-235739
«A verdade é para alguns dolorosa no ego dos seus costumes ou opiniões, nunca questionados.
Muitos costumes bárbaros fizeram parte da cultura de uma ou mais nações. As mentalidades evoluíram o seu estado cívico, humano e, por isso, as aboliram.
Nem toda a tradição é realmente uma cultura instruída e que dignifique a Humanidade. Há boas e más tradições. Sem dúvida que o bom senso e a razoabilidade penderão no respeito e nos bons tratos de responsabilidade humana, universalmente coerente, dados ao animal.
A tauromaquia é uma expressão cruel que provoca uma ansiedade de terror ao touro, de dor instintiva e física que em nada dignifica o bom senso da inteligência do Homem. É puro terrorismo, sádico (por ser um espectáculo de sangue), que nada tem de Direito a sua continuidade». (Mário Caetano)
O Arquipélago dos Açores, se quer entrar para a rota de um turismo de qualidade (tem muito potencial paisagístico para tal) terá forçosamente de abolir os costumes bárbaros tauromáquicos que o mantém paralisado no tempo das trevas.
É necessário sair urgentemente do atraso civilizacional que o caracteriza.
If Azores Islands want to get the route of quality tourism (landscape has much potential to do so) it will have to abolish bullfighting barbaric customs that keeps it paralyzed in time of darkness.
It is necessary and urgent leave the civilizational backwardness that characterizes it.
A group of members of the Azorean parliament is trying to approve, for the third time, a law that legalizes bullfighting by means of ‘sorte de varas’ or ‘corrida picada’ (multiple stabbing on the bull’s neck in order to weaken it) in the Azores. Because it is a clear attempt on the physical integrity of the animals, and an attitude that indicates a civilizational step backwards for the Azores, and because we think there is no consensus among the Azorean people concerning this matter, we repudiate this standpoint of the parliament members and urge everyone to join us in our campaign.
Please, sign the petition:
Por favor assinem e divulguem a petição para evitar que aumente a tortura aos touros e cavalos nos Açores.
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT75986
Quando pensamos que já vimos tudo, há sempre algo que ainda está por ver - as HEDIONDAS “BECERRADAS” de Algemesí, um jogo macabro, realizado à noite, onde bezerros, soltos com um ano ou menos, são torturados até à morte, das formas mais cruéis.
Como não podia deixar de ser, esta “coisa” monstruosa é realizada por BÊBADOS, que saltam para a arena, podendo utilizar qualquer objecto cortante para, sem qualquer conhecimento de toureio, cravar nos corpos destes inocentes e indefesos animais.
Se isto te revolta, escreve para: ajuntament@algemesi.net
É nosso DEVER ajudar a banir os costumes bárbaros que só envergonham a Humanidade.
Fonte:
Num país civilizado, onde os empresários têm vergonha na cara, isto jamais aconteceria…
Umas palavrinhas de repúdio (adaptadas da carta modelo), que servem para chamar a atenção de uma empresa que se deixou descredibilizar.
Exmos. Senhores,
É com grande estupefacção que verifico que a JC Decaux tem o seu nome associado à tauromaquia em Portugal, através do fornecimento de painéis publicitando a polémica corrida de touros que a prótoiro, ditatorialmente, pretendia IMPOR à revelia da população e da autarquia, a Viana do Castelo, no próximo dia 18 de Agosto, em plena celebração da Senhora d’Agonia.
Tratando-se de uma empresa de vanguarda representada mundialmente, é de lamentar a associação do seu “bom” nome (que a partir de agora deixou de o ser) a costumes bárbaros e cruéis, reprovados internacionalmente, e inadmissíveis nas sociedades mais evoluídas.
Hoje em dia não há qualquer justificação para a existência de divertimentos bárbaros e macabros envolvendo o sofrimento de animais sencientes - os mesmos a que a v/ empresa se associou ao divulgar e publicitar a tourada em Viana do Castelo.
Manifesto o meu maior repúdio pela vossa infeliz associação, que farei questão de partilhar por todos os meus conhecimentos, esperando que no futuro a JC Decaux pondere reger-se por princípios éticos, condizentes com sociedades e empresas modernas e evoluídas e com a responsabilidade social que a envergadura da empresa requer.
Com o mais profundo repúdio,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
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Enviem o vosso protesto para:
jcdecaux@jcdecaux.pt, anita.martins@jcdecaux.pt, miguel.magalhaes@jcdecaux.pt, antonieta.marques@jcdecaux.pt, adm.comercial@jcdecauxairport.pt
Cc: jean.muller@jcdecaux.fr, isabelle.schlumberger@jcdecaux.fr, PortugalAbolicaotouradas@gmail.com
Não posso acreditar, e de certeza que este cartaz é falso
Exmo. Senhor Presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, Sr. Mário João Oliveira
Exmo. Senhor Vice-Presidente, Sr. Joaquim Manuel Santos Alves de Jesus
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Sr. Manuel Nunes Simões dos Santos
Tive conhecimento da realização de uma tourada inserida na FIACOBA 2013.
Será verdade?
Quando o mundo civilizado sabe que a tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta, que goza de um incompreensível regime de excepção na legislação portuguesa, dado que permite, em escandalosa contradição com a restante legislação que regula o bem-estar animal, a inflicção sistemática de sofrimento a bovinos, antes, durante e depois do evento - apesar de rodeada de um ambiente de suposta festa, o que para algumas pessoas tende a fazer desvalorizar ou negar esse sofrimento…?
Quando o mundo civilizado sabe que com origem em tempos passados, e entretanto proibida em Portugal, a tauromaquia não tem lugar numa sociedade que se quer evoluída e civilizada e só subsiste ainda à custa de múltiplas formas de subsídios públicos, o que, sobretudo em tempos de crise económica, é particularmente revoltante e insultuoso…?
Quando o mundo civilizado sabe que a oposição à tauromaquia e outras práticas em que se inflige sofrimento inútil a animais sencientes também se baseia no aviltamento e degradação do próprio Homem, já que cria insensibilidade perante o sofrimento de outrem…?
Quando o mundo civilizado sabe que o percurso evolutivo da humanidade nos mostra que costumes que trazem consigo sofrimento inútil devem ser abolidos, enquanto se mantém e enaltecem costumes positivos que enobrecem e orgulham um povo…?
Quando o mundo civilizado sabe que foi assim que ficaram enterrados, nas páginas mais negras da história da humanidade, costumes e actividades como os circos romanos, as execuções públicas e a escravatura, entre outras aberrações impostas pelos ditos humanos…?
Quando o mundo civilizado sabe que existem inúmeras formas de entretenimento saudável e a prová-lo está o extenso programa da FIACOBA 2013, do qual, a ser verdade, venho sugerir seja excluída a tourada, e que não voltem a incluir em edições futuras ou de outros eventos a realizar em Oliveira do Bairro, todos os outros costumes bárbaros ligados à tauromaquia, para que esse município não passe a figurar no rol das terras incultas do meu país…
Como não acredito que esta iniciativa, que o cartaz aponta para o dia 21 de Julho, seja verdade, quero crer que V. Exas. têm como objectivo zelar pelo desenvolvimento saudável do concelho, fazendo de Oliveira do Bairro uma localidade na vanguarda da evolução, oferecendo aos munícipes e visitantes eventos e actividades condizentes com a evolução e o progresso, portanto este cartaz só pode ser falso e a inclusão da tourada um erro crasso.
E se acaso, não for falso, sendo V. Exas. pessoas bem formadas, inteligentes, lúcidas, civilizadas e cultas naturalmente que excluirão da FIACOBA 2013 uma prática de tão baixo nível cultural, que só trará desprestígio ao município.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Por Prótouro
«No início deste mês, teve lugar no salão nobre da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, o 2º Colóquio da semana “cultural” tauromáquica com a presença da presidente Maria da Luz Rosinha.
Aos participantes, foram entregues vários presentes oferecidos pela presidente da Câmara e pagos com o dinheiro dos contribuintes.
Seguem-se as fotos da obscenidade:»
E mais um presentinho para Vitor Mendes matador de touros
Prendinha para Felipe Murillo promotor da escola tauromáquica de Madrid
Prendinha para Juan Miguel Núñez
Todos os “ilustres” que participaram neste colóquio, as fotos são várias, receberam presentinhos da Câmara.
E assim se esbanjam os dinheiros públicos. Um país a viver numa profunda crise, cidadãos a passar por inúmeras necessidades e esta e outras câmaras como esta a espatifarem à tripa forra o dinheiro dos contribuintes.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
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E os vila-franquenses aplaudem.
Aplaudem tudo o que é anti-social. É o vale tudo pelos costumes bárbaros.
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Ler mais aqui:
http://vfxantitouradas.blogspot.pt/