Hoje preciso de esquecer o meu cantinho. Sim, sei que ele é muito importante para mim, mas o que no meu País e noutras partes do mundo vem acontecendo obriga-me a deixar o meu pequeno paraíso.
Hoje apetece-me voar com as “asas” que tenho o privilégio de possuir, e que me conduzem aonde quer que eu queira ir.
Hoje estarei nos lugares onde ainda se luta por direitos, porque os homens nada aprenderam com as lições da História; estarei com aqueles que ainda precisam de fazer manifestações contra a possibilidade do retorno da “noite de cristal” – uma das grandes vergonhas da Humanidade – ou para reivindicar direitos que já deveriam, há muito, estar sólidos.
Hoje abominarei aqueles cuja existência é um insulto à harmonia cósmica e à vivência dos seres pacíficos.
Hoje, nenhum de nós, que nos dizemos humanos, pode ficar indiferente à xenofobia e racismo que pelo mundo grassa; ao reacender de fogueiras nazistas; às atrocidades cometidas nos países onde vigoram ditaduras; à destruição abominável de florestas, de animais, humanos, desumanos e não-humanos, em suma, da Vida; ao racismo ignóbil de gente contra gente; às injustiças que, em nome de uma ignorância disfarçada de poder, são cometidas contra inocentes.
Não podemos ignorar os crimes que ficam por punir, apenas porque interesses mais altos se levantam, abrindo caminho à corrupção.
A fome grassa em algumas partes do mundo, mas também ainda em Portugal, apenas porque noutros lugares o esbanjamento é criminoso.
Hoje, gostaria que este meu grito de revolta contra aqueles que não sabem ser HOMENS, e também contra aqueles outros que não sabem distinguir o trigo do joio humano, fosse ouvido até nas profundezas dos infernos, para que os demónios soubessem que, à face deste nosso Planeta, há, pelo menos, uma voz a dizer NÃO a esta humanidade vazia de sentimentos e valores humanos.
Há quem aplauda, quem se curve e faça vénias. Há (por incrível que pareça) quem vote a favor de neonazistas, de xenófobos, de ditadores. Há quem os siga. Há quem dê razão às suas ideias criminosas.
Ninguém é superior a ninguém, a não ser, através das suas atitudes humanas.
Friedrich Nietzsche foi um filósofo alemão que viveu de 1844 a 1900, e, como todos os homens livres, ele teve a liberdade de pensar e de filosofar, e de expor a sua moral baseada numa cultura da energia vital e na vontade de poder que eleva o homem até à categoria de “super-homem”.
Este seu pensamento, porém, serviu de base à doutrina político-social de carácter totalitário e imperialista, baseada na ideia da “raça superior”, por aquele filósofo exposta, e cujos princípios foram adoptados pelo Partido Nacional Socialista, fundado por Hitler (o alucinado), na Alemanha.
E nós bem sabemos no que tudo isso deu. Não foi assim há tantos anos, para já se ter esquecido os crimes atrozes cometidos contra a Humanidade, apenas porque um homem sem cérebro assim o quis, e os seus seguidores aplaudiram.
Há gente, contudo, com a memória curta, e visão ainda mais curta, e inteligência muito mais curta ainda, e essa gente nada sabe, de nada se lembra, tão-pouco nada pensa. Por isso aplaude os criminosos; por isso segue os novos hitlers; por isso, tal como autênticos autómatos, tal como meros desenhos animados, essas pessoas bajulam aqueles que não passam, eles próprios, de criaturas inconscientes, dos cancros malignos das sociedades humanas.
Todos os dias os vemos na Televisão.
Bettrand Russell, um matemático, filósofo e sociólogo britânico, enérgico adversário do uso das armas nucleares, no prefácio do livro «Por que Não Sou Cristão» (tema de uma conferência que ele pronunciou em 1927, em Battersea) tentando explicar a sua hostilidade à ortodoxia religiosa e a sua descrença quanto à existência de Deus, escreveu: «Além do aspecto lógico, há para mim algo mais estranho na escala de valores daqueles que crêem que uma divindade omnipotente, omnisciente e benfazeja, depois de ter preparado o mundo durante milhões de anos, a partir das nebulosas privadas de qualquer vida, se considere completamente recompensada com a aparição final de um Hitler, de um Estaline, e da Bomba H».
Creio que Deus não tem nada a ver com as atitudes dos homens. Deus deixou-nos um paraíso, deu inteligência ao homem e brindou-o com o livre-arbítrio, e o que é que os homens fizeram desse paraíso, dessa inteligência, desse livre-arbítrio?
Cada vez mais me convenço de que o mal da Humanidade está na ignorância, e na estupidez que ela gera; está na falta de sensibilidade, na falta de bom senso, na falta de cultura, dos indivíduos que ocupam cargos de responsabilidade, tendo de dirigir o destino de tantos outros homens, a maioria deles mergulhada também numa involuntária ignorância, uns, e numa ignorância optativa, outros.
Hoje precisei de esquecer este meu cantinho, porque a minha revolta contra as barbaridades que andam a acontecer no meu País e no mundo, na época em que vivemos, é enorme.
Os novos hitlers andam por aí e são aplaudidos, são acolhidos como heróis, são reverenciados.
Como posso ficar indiferente a uma humanidade que está a regressar às trevas, em pleno século XXI d. C., quando tudo indicava que todos os homens (e não só alguns) poderiam ser, de facto, seres superiores, em relação a um verme, que nada mais pode fazer do que rastejar, e sendo verme, o que faz, faz muito bem…
Hoje, a minha desilusão é imensa!...
Isabel A. Ferreira
Apenas através do voto podemos mudar o rumo da Europa.
A abstenção, votos brancos e votos nulos dão razão a quem não a tem.
Por isso VOTEM! Não deixem na mão dos outros o que querem para o vosso futuro.
Mas votem com consciência, penalizando os que nada têm feito pela Europa e muito menos por Portugal.
Apenas quem anda desatento, ou virado para o seu próprio umbigo, ou a assobiar para o lado, ou protegido por uma redoma de vidros esfumados, ou é narcisista nato, ou cego mental, não vê, ou não quer saber do que se passa ao seu redor, a não ser que diga respeito ao futebol, claro.
Portugal está confinado a três lados.
De um lado estão uma enfiada de corruptos de colarinho branco, que pululam por aí como parasitas, subservientes, ocupando os mais altos cargos administrativos estatais ou a eles ligados, e na governação central e autárquica; ladrões e vigaristas e doutores e engenheiros que compram diplomas; testas de ferro a fingir que são deputados da Nação; os lobistas, os mascarados, os ignorantes optativos portadores do vírus da estupidez, que andam por aí, quais bobos alegres, a tentar enganar um povo desprovido de juízo crítico, que aceita tudo o que lhe impingem, com a ingenuidade dos recém-nascidos.
Ao meio está a massa amorfa, de um povo semianalfabeto, a arrastar-se por lugarejos, onde a civilização ainda não chegou, vivendo agarrado a “tradições” medievalescas, profundamente primitivas, situação que o Estado mantém protegida, porque um povo amorfo, amansado, ignorante não levanta ondas, sendo mais fácil de manipular.
Do outro lado estão aqueles que vão dando luta ao Poder, que são a pedras nos sapatos dos poderosos, que, no entanto, estão-se nas tintas para o juízo crítico que deles fazem. De tal modo estão agarrados ao “poder” e às vantagens e proveitos que daí retiram que viram as costas à honra, à dignidade, à honestidade, ao bom nome, à vergonha que deviam ter na cara, tudo o que eleva a espécie Homo, à categoria de Sapiens, e deixam-se arrastar pelo chão, reduzindo-se à expressão mais baixa da condição humana.
Entre todos estes mortos-vivos e feridos pela ignorância optativa, existe um Portugal para inglês ver: o Portugal da gastronomia gourmet, muito na moda, e da outra, farta e de engorda; das paisagens vinhateiras, das praias algarvias, do turismo de luxo, enfim, nada contra tudo isto, se tudo isto não fosse apenas para inglês ver.
Portugal é um país territorialmente pequeno, mas com uma alma que já foi grande e agora está a definhar, porque o que é estrangeiro é que é moderno, ainda que seja um lixo. E essa alma grande só não se mantém porque os políticos (salvo raríssimas excepções) praticam políticas baixas, rastejam ao menor aceno que venha de fora.
E andamos nós aqui a gastar a nossa Língua Portuguesa, na sua versão indo-europeia, dirigindo mensagens a blocos de cimento armado, onde não entra nem um fio de teia de aranha, quando mais ideias para fazer avançar Portugal!
O que se passa em Portugal, no que respeita à política, não se derruba com palavras, mas com atitudes, e com a arma do voto. O pior, é que Portugal é um país pequeno, mas cheio de cobardes e não-pensantes e alienados.
Governa-se o país como se os Portugueses fossem umas marionetas, pior do que isso, umas marionetas muito estúpidas.
António Costa diz que o país está melhor. O País não está melhor. O país engordou e a gordura não é saudável.
Roubo das armas em Tancos, incêndios com muitas mortes, pedreira de Borba, corrupção ao mais alto nível em quase todos os organismos públicos, a Língua feita em farrapos, o ensino de rastos, a roubalheira na banca, que querem mais para avaliar a governação?
A morte de mães e filhos no parto aumentou, a mortalidade infantil também aumentou em Portugal é isto é um indicador de um subdesenvolvimento ainda a latejar em Portugal.
A violência doméstica tem merecido penas de passarinho. A Convenção de Istambul falha estrondosamente.
Tudo isto e muito mais.
Andam por aí a vender Portugal aos turistas como um paraíso, mas peçam-lhes que espreitem debaixo dos tapetes…
Eu vou votar. Votarei no partido que tem visão de futuro, não serve lobbies, não está agarrado ao passado, nem anda no mundo só por ver andar os outros.
Isabel A. Ferreira
É deste modo, livres e em harmonia, que os Touros e Cavalos devem viver. Não nasceram para servir predadores com forma humana e de baixos instintos.
Sei que o meu País atravessa um momento onde o caos se instalou, a todos os níveis.
Sei que no meu país, existe uma descomunal miséria moral, cultural, social e educacional, avalizada pelos governantes.
Sei que a corrupção e o desgoverno imperam ao mais alto nível.
Sei que somos roubados descaradamente.
Sei que somos vilipendiados nos nossos mais básicos direitos.
Sei que os “políticos” são cegos e surdos aos apelos racionais do povo que os elegeu.
Sei que entre o povo que se faz de vítima, estão os principais cúmplices e culpados da situação caótica que o nosso País vive.
Sei que aos governantes não interessa um povo que pensa, por isso promove a incultura.
Sei que o nosso País precisa de uma Revolução a sério, que derrube os corruptos e os vendilhões da Pátria.
Sei que uma minoria inculta e abroeirada manipula descaradamente os partidos políticos de maioria que, despudoradamente, se deixam manipular.
Sei que essa maioria parlamentar não merece consideração, porque não se dá ao respeito.
Sei que a política praticada em Portugal, desde Lisboa aos municípios (com raríssimas excepções) é suja, é podre, é obsoleta, é madrasta, é obscura.
Sei que da política e dos políticos fiquei farta, fartíssima, depois de tantos anos a lidar com eles, e conhecer-lhes todas as manhas e artimanhas.
Por isso, um dia decidi emprestar a minha voz aos que não têm voz, e entrei numa “guerra” de muitas batalhas, e nela, desde então, continuo firmemente de pé, com as palavras em riste (a minha arma) apontadas para os inimigos dos que decidi defender, apesar de todas as ameaças, apesar das agressões verbais, apesar das dificuldades, apesar dos obstáculos. Isto é como caminhar num mar de estrume.
Sei que a selvajaria tauromáquica está pendurada por um fio no meio de um abismo.
Está acabada. Ultrapassada. A cair de podre. De velha. Desadequada aos tempos modernos.
Mas falta enterrá-la debaixo de uma lei oficial.
E para tal, os Touros e os Cavalos precisam de todas as vozes.
Não haverá muito mais para dizer.
Mas há algo que ainda é necessário fazer: derrubar as mentes velhas, encerrar as escolas de toureio, desmoralizar os aficionados, marginalizar os sádicos, boicotar os seus apoiantes, desfazer o nó entre os governantes e os tauricidas, destruir os falaciosos mitos tauromáquicos, enfim, fechar o cerco a esta minoria sanguinária que anda por aí, em bicos de pés, a tentar segurar um cadáver putrefacto.
É preciso um pouco mais de empenho.
Travamos a batalha final.
É urgente que todas as vozes abolicionistas se ergam para esmagar os últimos “olés” sussurrados, já sem força, que ainda se ouvem por aí…
VENCEREMOS! VENCEREMOS! VENCEREMOS!
Isabel A. Ferreira
(Aproveito para recomendar a leitura deste livro na Língua Portuguesa original, ou na Língua Inglesa de origem)
O que mudou desde 1945? O nosso idealismo não estará, nos dias que correm, a ser traído pelo poder, pela corrupção e pelas mentiras que os políticos pretendem impingir-nos?
António, deixou um comentário ao post OS PORCOS SÃO MUITO MAIS DIGNOS… DO QUE ALGUNS “JORNALISTAS”… às 02:11, 2015-10-14.
Comentário:
É óbvio que o programa eleitoral do PAN é um total disparate, porque enquanto elenca um conjunto de valores éticos que visam a protecçao dos animais e do ecossistema, não passa dum conjunto de medidas completamente descabidas sem exequibilidade nenhuma. As propostas do PAN para a política social são uma coisa de fugir - não fazem o menor sentido nenhum. O plano de economia e finanças do PAN é de doidos e impossível de implementar. De resto, a única coisa que sobra são as medidas sem sentido e sem utilidade tipo incluir os animais no agregado familiar, e coisas do género. É um partido cheio de medidas e alternativas sobre como tratar os animais, e como proteger a natureza, mas no que toca a governar um país, não fazem a menor ideia do que estão a fazer. Percebe-se o artigo jornalístico.
***
(Antes de responder a este comentário devo lembrar que sou militantemente apartidária, mas não apolítica).
***
António, é óbvio que o programa eleitoral do PAN, um programa projectado para o futuro, não é entendível por mentalidades estagnadas.
É óbvio que o PAN sabe, tal como Mahtama Gandhi sabia e dizia, que a nobreza de um povo, a grandeza de uma nação e o seu progresso moral, o grau de civilização de uma determinada sociedade podem ser avaliados pela forma como são tratados os seus membros mais vulneráveis, crianças, deficientes, velhos, pobres e naturalmente os animais não-humanos, que fazem parte integrante de uma sociedade constituída pelos Reinos Animal, Vegetal e Mineral.
Não é verdade?
Pois os governantes portugueses que até agora se sentaram nas bancadas do poder não fizeram nada, absolutamente nada, pelas crianças, pelos deficientes, pelos velhos, pelos pobres e pelos animais não-humanos, até porque as crianças, os deficientes, a maioria dos velhos e pobres e os animais não humanos NÃO VOTAM. Então para quê perder tempo com eles?
Não é o que pensam os políticos vulgares?
O plano de economia e finanças do PAN não é de doidos nem difícil de implementar, António.
Simplesmente é impossível os doidos implementá-lo, por uma razão absolutamente óbvia: incompetência.
Só um indivíduo desprovido de sensibilidade e bom senso dirá que o PAN tem medidas sem sentido e sem utilidade «tipo incluir os animais no agregado familiar, e coisas do género»…
Pois fique sabendo, António, que em Portugal, para as mentalidadezinhas mesquinhas, estas medidas podem parecer sem sentido, mas nos países evoluídos e civilizados elas já estão implementadas.
Dizer que o PAN é um partido cheio de medidas e alternativas sobre como tratar os animais, e como proteger a natureza, mas no que toca a governar um país, não fazem a menor ideia do que estão a fazer, é não saber absolutamente nada da política vigente e dos políticos fixados no poder com supercola.
Pois diga-me lá, António, no que toca a governar o país, o que é que os governantes, que até agora governaram, fizeram pelas camadas mais frágeis da sociedade portuguesa? O que é que eles têm feito para proteger a sua fauna humana e não-humana, a sua flora, o seu meio ambiente, as suas florestas, os seus rios? Ou será que isto não tem a menor importância para o País?
O António acha que o PAN deveria ter políticas de como encher os bolsos à custa dos impostos dos Portugueses? De como esbanjar dinheiros públicos em coisas absolutamente inúteis, insignificantes e indignas do ser humano?
É isso que pretende do PAN?
Não, não se percebe o artigo “jornalístico” que deu origem a este comentário.
Primeiro porque o artigo não é “jornalístico”. Se fosse jornalístico deveria obedecer à Ética Jornalística, e não obedece.
Segundo, porque criticar, apenas por criticar uma filosofia, um modo de estar no mundo global, com olhos postos no futuro, e que as mentezinhas estagnadinhas não compreendem, é altamente pernicioso, contraproducente e não dignifica o jornalismo de opinião.
Quem pretende ousar o jornalismo de opinião (e não foi o caso) deve, no mínimo, ter algum conhecimento sobre a matéria que vai opinar, de outro modo corre o risco de fazer triunfar os porcos errados.
E atenção! Ao contrário do que os mais “distraídos” acham, os Porcos, são animais bastante inteligentes, por isso, merecem toda a minha consideração e respeito, ao contrário de muitos indivíduos, que andam por aí a armar-se em chico-espertos.
Ler artigo completo neste link:
https://vista-se.com.br/porcos-os-animais-domesticados-mais-inteligentes-do-mundo/
Nestas últimas semanas, Portugal tem andado na boca do mundo pelos piores motivos: corrupção (activa e passiva), branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal ao mais alto nível.
E existe ainda algo que envergonha Portugal e que está envolto num profundo silêncio (e nós gostaríamos de saber porquê), um silêncio que faz parte de uma culpa, talvez, ou de uma desvergonha, mas é algo que existe e é grave, é imoral, é inconstitucional e deve ser também denunciado, e investigado e punido: as ilegalidades cometidas em nome do governo português, no que respeita às actividades tauromáquicas, cujo lobby domina a Assembleia da República Portuguesa.
Não, não digam: lá vem esta com a tauromaquia… Lá vem esta misturar alhos com bugalhos…
Não, não misturo alhos com bugalhos. Faz tudo parte da mesma "panelinha".
Apenas, nestes últimos anos, tenho aprofundado esta questão, e mergulhado a fundo nos labirintos desta “pornografia” que enxovalha Portugal, e existem dados que nos levam a uma e à mesma coisa: corrupção (activa e passiva) neste mundinho pobre e podre que utiliza dinheiros públicos, para que duas dezenas de famílias portuguesas incultas possam usufruir de privilégios que a Cultura Culta não usufrui. E isto é demasiado grave para um país que se quer civilizado.
Porquê proteger a tortura, a violência, a crueldade e a violação dos direitos das crianças que frequentam antros para aprenderem a matar por matar, num País cujos políticos se afundam na arte das artimanhas, ainda que alguns, passivamente?
Senhoras e senhores que têm na mão o leme dos Poderes Político, Judicial e Policial: chegou o momento de fazer uma profunda reflexão sobre o que está a passar-se no nosso País, aproveitando esta que foi a maior devastação na credibilidade que nos devia merecer os que ocupam cargos públicos e recebem salários oriundos dos impostos que pagamos para servir Portugal e os Portugueses, e o que fazem? Servem-se ou permitem que se sirvam tão simplesmente a si próprios.
O nosso Primeiro-ministro, Dr. Passos Coelho (PSD), a propósito do “deslize” do nosso ex-primeiro-ministro José Sócrates (PS) (quem diria?) disse algo que tem a sua razão de ser: «Os políticos não são todos iguais».
Pois não, os políticos não são todos iguais, Dr. Passos Coelho.
Concordo plenamente. Os políticos não são todos iguais.
Se não vejamos:
Os políticos são incompetentes. Mas uns são mais incompetentes do que outros.
Os políticos são oportunistas. Mas uns são mais oportunistas do que outros.
Os políticos são corruptos. Mas uns são mais corruptos (activos), do que outros (passivos).
Tão incompetentes são os que não sabem o que fazem, como aqueles que até sabem fazer mas não fazem, nem se insurgem contra os que não sabem.
Tão oportunistas são os que vão para a política para se governarem, como os que vão para a política com a intenção de governar o País, mas nem governam, nem travam as investidas descaradas dos oportunistas que se governam.
Tão corruptos são os que se envolvem nos enredos das trafulhices, dos compadrios, do tráfico de influências, da cedência a lobbies obscuros, para disso tirarem proveitos, como os que, tendo conhecimento dessas traficâncias, se remetem ao silêncio, tornando-se cúmplices dessas iniquidades.
Não, os políticos não são todos iguais, mas há uma coisa que os torna iguais: o poder pelo poder. E não a vontade legítima de servir o País.
E não interessa se eu sou honesto e o outro é desonesto. Isso é lá com ele.
Eu não sou desonesto, logo, não posso ser atingido pela desonestidade do outro.
Nada mais falso.
E então quando se pertence a um Partido Político, ainda mais falso se torna, porque quem cala consente.
Não é admissível que, por exemplo, na Assembleia da República, haja políticos “honestos” que, perante a desonestidade dos outros dentro de um mesmo partido, se calem, e sejam cúmplices dessa desonestidade.
Quem é verdadeiramente honesto não compactua com a desonestidade. Nunca. E das duas uma: ou denuncia publicamente essa desonestidade, ou abandona o cargo.
Se consente na iniquidade do parceiro político, é seu cúmplice.
É assim no âmbito dos crimes de sangue, porque não há-de ser assim no mundo da política?
A cumplicidade é uma forma de transgressão.
Senhoras e senhores que têm na mão o leme dos Poderes Político, Judicial e Policial, Portugal bateu no fundo. No mais fundo que existe.
Chega!
É preciso recuperar a credibilidade das instituições políticas, judiciais e policiais.
E o momento é este.
Aproveite-se o embalo do triste deslize do Engenheiro José Sócrates, ex-Primeiro-ministro de Portugal, e reponha-se os sonhos que o 25 de Abril fez sonhar os Portugueses e nunca foram cumpridos.
Que todos os que tenham de sentar-se no banco dos réus se sentem. E não apenas alguns.
Aproveite-se para “limpar” o País da corrupção que o devora e o coloca mal visto no mundo, e já agora acabe-se definitivamente com a legitimidade da tortura, da violência, e da crueldade, que também sujam desmedidamente o nome de Portugal e dos Portugueses.
O Touro de lide não existe, pois não há tal classificação taxonómica
QUE TE DIZ ESTA IMAGEM?
Por: Derecho Sin Fronteras
O Touro, erradamente rotulado como “de lide” não é agressivo, tão-só é obrigado a defender a sua vida.
As vítimas das arenas são torturadas e assassinadas contra a sua vontade, uma vez que os seus direitos lhes são negados pelo seu carrasco, que justifica a sua atitude com mentiras, ignorância e discriminação.
Já chega de sangue como diversão.
Já chega de ignorar os direitos de quem tem uma linguagem e aparência diferentes, e permitir que se mascare a ignorância e a corrupção como cultura.
A tauromaquia é um crime organizado e legalizado.
A tauromaquia é uma doença social que deve ser erradicada.
JÁ!
Fonte:
Por Prótouro
«Que vivemos num país onde a corrupção é palavra de ordem, ninguém tem dúvidas, que essa corrupção é como a lepra também não.
A corrupção está instalada em todo o lado. Tirando raras excepções, Portugal é um país de corruptos que se vendem por meras bagatelas.
Por outro lado, a promiscuidade entre a política e a tauromaquia é um facto que ninguém pode negar.
Muitos políticos têm ligações quer familiares, quer de amizade com ganadeiros de touros de lide, toureiros, etc. E é à conta dessas ligações, que favorecem a indústria tauromáquica.
Sim, porque não tenhamos dúvidas, a tauromaquia subsiste porque está protegida e bem por aqueles que governam este país.
E essa protecção tem duas vertentes, a económica, que se traduz em subsídios e a do amiguismo que se traduz em bloquear qualquer projecto-lei que tente acabar com os subsídios e com as touradas.
A “prótoiro”, graças ao seu envolvimento nos meandros políticos, conseguiu estabelecer uma teia de amizades que obviamente produz os seus frutos.
E os frutos estão à vista de todos.
Milhares de portugueses, e com razão, interrogam-se porque é que um tribunal deferiu em dois anos consecutivos providências cautelares interpostas pela “prótoiro” na pessoa de Diogo Monteiro, advogado e cacique da federação, para impor touradas numa cidade que as não quer passando por cima das competências camarárias?
E porquê esse tribunal?
Que conhecimentos ou amizades tem a “prótoiro” nesse tribunal?
Convenhamos que toda esta situação é no mínimo obscura e grita clarificação. Impõe-se, portanto, que o tribunal em questão se explique caso contrário, as especulações continuarão.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
***
Especulações ou certeza?
Os tribunais, numa Democracia, têm de ser tanto ou mais límpidos do que as águas de uma nascente e, essencialmente imparciais.
E o Povo tem o direito de questioná-los.
Afinal, quem paga os salários a esses servidores do Povo?
Isabel A. Ferreira
Ricardo, deixou um comentário ao post CARLOS CÉSAR AFIRMOU QUE AÇORIANO QUE SE PREZE GOSTA DE TOURADA À CORDA???? ISTO SERÁ UMA ANEDOTA DE MAU GOSTO?
«Infelizmente, esta é a grande força que as touradas mantêm no país: a classe política.
Volto a afirmar: a meu ver existe uma correlação entre a situação que se vive em Portugal e o facto de o nosso parlamento, juntamente com o resto da corja política, serem maioritariamente aficionados.
Para começar, esta gente não representa a população portuguesa. É certo e sabido que a esmagadora maioria dos portugueses abomina a tauromaquia, pelo que é inconcebível que os políticos ignorem a vontade do povo em prol dos seus interesses pessoais.
O principal problema de Portugal é, e sempre foi, a corrupção. Haverá actividade mais corrupta e putrefacta que a tauromaquia?
Se os nossos políticos não respeitam os animais, que garantias temos nós que eles nos respeitam? É tudo uma questão de precedentes.
Nos países nórdicos existe legislação severa no tocante aos maus tratos a animais. Não que seja necessário pois a cultura por defeito desses povos torna-a quase inútil, mas o importante aqui é identificar um princípio muito importante: se os políticos são educados (e não obrigados) a respeitar os animais, então logicamente que também irão respeitar os seus eleitores.
Resultado: sociedades justas, que garantem qualidade de vida aos seus cidadãos e para as quais a crise não passa de um ligeiro desconforto.
Enquanto o povo português insistir em colocar no poder pessoas sem qualquer conjuntura moral, que é que podem esperar? Quem é que me garante que o Carlos César, que aparentemente retira imenso prazer a ver um touro ser torturado até à morte, não retira semelhante prazer em desviar fundos autárquicos para alguma conta offshore, relegando os açorianos a uma tortura parecida à que presencia tão avidamente nas touradas?»
***
FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO RICARDO.
TEMOS O DEVER DE DESTRUIR ESTA ESCÓRIA QUE AFUNDA O PAÍS NO LIXO DA CORRUPÇÃO E DAS POLÍTICAS MENORES QUE SEGUEM.
ABAIXO ESTA CAMBADA DE GOVERNANTES QUE NÃO REPRESENTAM A POPULAÇÃO PORTUGUESA!
Hoje preciso de esquecer o meu cantinho. Sim, sei que ele é muito importante para mim, mas o que no meu País e noutras partes do mundo vem acontecendo obriga-me a deixar o meu pequeno paraíso.
Hoje apetece-me voar com as “asas” que tenho o privilégio de possuir, e que me conduzem aonde quer que eu queira ir.
Hoje estarei nos lugares onde ainda se luta por direitos, porque os homens nada aprenderam com as lições da História; estarei com aqueles que ainda precisam de fazer manifestações contra a possibilidade do retorno da “noite de cristal” – uma das grandes vergonhas da Humanidade – ou para reivindicar direitos que já deveriam, há muito, estar sólidos.
Hoje abominarei aqueles cuja existência é um insulto à harmonia cósmica e à vivência dos seres pacíficos.
Hoje, nenhum de nós, que nos dizemos humanos, pode ficar indiferente à xenofobia e racismo que pelo mundo grassa; ao reacender de fogueiras nazistas; às atrocidades cometidas nos países onde vigoram ditaduras; à destruição abominável de florestas, de animais, humanos, desumanos e não-humanos, em suma, da Vida; ao racismo ignóbil de gente contra gente; às injustiças que, em nome de uma ignorância disfarçada de poder, são cometidas contra inocentes.
Não podemos ignorar os crimes que ficam por punir, apenas porque interesses mais altos se levantam, abrindo caminho à corrupção.
A fome grassa em algumas partes do mundo, mas também ainda em Portugal, apenas porque noutros lugares o esbanjamento é criminoso.
Hoje, gostaria que este meu grito de revolta contra aqueles que não sabem ser HOMENS, e também contra aqueles outros que não sabem distinguir o trigo do joio humano, fosse ouvido até nas profundezas dos infernos, para que os demónios soubessem que, à face deste nosso Planeta, há, pelo menos, uma voz a dizer NÃO a esta humanidade vazia de sentimentos e valores humanos.
Há quem aplauda, quem se curve e faça vénias. Há (por incrível que pareça) quem vote a favor de neonazistas, de xenófobos, de ditadores. Há quem os siga. Há quem dê razão às suas ideias criminosas.
Ninguém é superior a ninguém, a não ser, através das suas atitudes humanas.
Friedrich Nietzsche foi um filósofo alemão que viveu de 1844 a 1900, e, como todos os homens livres, ele teve a liberdade de pensar e de filosofar, e de expor a sua moral baseada numa cultura da energia vital e na vontade de poder que eleva o homem até à categoria de “super-homem”.
Este seu pensamento, porém, serviu de base à doutrina político-social de carácter totalitário e imperialista, baseada na ideia da “raça superior”, por aquele filósofo exposta, e cujos princípios foram adoptados pelo Partido Nacional Socialista, fundado por Hitler (o alucinado), na Alemanha.
E nós bem sabemos no que tudo isso deu. Não foi assim há tantos anos, para já se ter esquecido os crimes atrozes cometidos contra a Humanidade, apenas porque um homem sem cérebro assim o quis, e os seus seguidores aplaudiram.
Há gente, contudo, com a memória curta, e visão ainda mais curta, e inteligência muito mais curta ainda, e essa gente nada sabe, de nada se lembra, tão-pouco nada pensa. Por isso aplaude os criminosos; por isso segue os novos hitlers; por isso, tal como autênticos autómatos, tal como meros desenhos animados, essas pessoas bajulam aqueles que não passam, eles próprios, de criaturas inconscientes, dos cancros malignos das sociedades humanas.
Todos os dias os vemos na Televisão.
Bettrand Russell, um matemático, filósofo e sociólogo britânico, enérgico adversário do uso das armas nucleares, no prefácio do livro «Por que Não Sou Cristão» (tema de uma conferência que ele pronunciou em 1927, em Battersea) tentando explicar a sua hostilidade à ortodoxia religiosa e a sua descrença quanto à existência de Deus, escreveu: «Além do aspecto lógico, há para mim algo mais estranho na escala de valores daqueles que crêem que uma divindade omnipotente, omnisciente e benfazeja, depois de ter preparado o mundo durante milhões de anos, a partir das nebulosas privadas de qualquer vida, se considere completamente recompensada com a aparição final de um Hitler, de um Estaline, e da Bomba H».
Creio que Deus não tem nada a ver com as atitudes dos homens. Deus deixou-nos um paraíso, deu inteligência ao homem e brindou-o com o livre-arbítrio, e o que é que os homens fizeram desse paraíso, dessa inteligência, desse livre-arbítrio?
Cada vez mais me convenço de que o mal da Humanidade está na ignorância, e na estupidez que ela gera; está na falta de sensibilidade, na falta de bom senso, na falta de cultura, dos indivíduos que ocupam cargos de responsabilidade, tendo de dirigir o destino de tantos outros homens, a maioria deles mergulhada também numa involuntária ignorância, uns, e numa ignorância optativa, outros. Estou a lembrar-me do Haiti. Que país era aquele antes do terramoto? E como é triste ser-se ignorante e não o reconhecer!
Hoje precisei de esquecer este meu cantinho, porque a minha revolta contra as barbaridades que andam a acontecer no meu País e no mundo, na época em que vivemos, é enorme.
Os novos hitlers andam por aí e são aplaudidos, são acolhidos como heróis, são reverenciados.
Como posso ficar indiferente a uma humanidade que está a regressar às trevas, em pleno início do século XXI, quando tudo indicava que todos os homens (e não só alguns) poderiam ser, de facto, seres superiores, em relação a um verme, que nada mais pode fazer do que rastejar, e sendo verme, o que faz, faz muito bem…
Hoje, a minha desilusão é imensa!...
Isabel A. Ferreira