Os abusadores e montadores de Cavalos não sabem (como poderão saber se não lhes vêem a expressão de dor?) o quanto os Cavalos sofrem ao serem montados.
Atente-se na expressão desesperada deste Cavalo utilizado numa corrida… Se ao menos o animal homem da espécie horribilis tivesse inteligência para se colocar no lugar destes magníficos animais, eles poderiam viver felizes, em liberdade, como merecem…!
Origem da foto: http://odeiorodeio.com/site/corridas-de-cavalos/ onde encontram uma reportagem completa sobre as ignominiosas corridas de Cavalos.
Sônia T. Felipe (***) estudiosa desta matéria, escreveu um texto no Facebook onde deixa muito claro, o que para muitos de nós é absolutamente óbvio, mas que os cegos mentais se recusam a entender.
Diz-nos esta doutora em Filosofia Moral que nem tudo o que causa profunda dor aos Cavalos, usados para tracção e atracção turística, ou para serem montados, pode ser visto através de uma fotografia, como a que ilustra este texto.
As fotos mostram muitos sinais que evidenciam a tortura sofrida pelo animal. Mas há lesões internas que as fotos não podem mostrar, e são precisos exames médicos, como a endoscopia, cintilografia, radiografia e outros testes neurológicos, para se comprovar a aflição desses animais sensíveis, inteligentes e racionais, provocada pelas úlceras estomacais.
Só exames mais específicos podem constatar a agonia deles por respirarem pela boca e com a garganta seca (por causa do freio que pressiona a língua e não os deixa engolir normalmente a saliva), levando para dentro do pulmão as partículas de poeira, aspiradas na marcha rápida.
Só exames radiográficos e similares podem constatar as hemorragias pulmonares, causadas pelo esforço extraordinário de puxar cargas ou da velocidade, no caso das corridas.
Só exames cuidadosos podem conferir as inflamações e dores de artrite e artrose, dos nervos e tendões, das cartilagens que formam as patas.
Enfim, só exames mais específicos podem localizar as lacerações na pele, originadas pelas chicotadas, pelos paus e correias e esporas que fazem fricção nos seus corpos quando puxam cargas ou são montados.
Sônia T. Felipe refere ainda que a agonia dos cavalos e das éguas é infinita. Quase não há uma parte do corpo deles, quando são usados para tracção e montaria, que não fique lesada e não lhes cause imensa dor.
Apesar de parecerem fortes e resistentes, os Cavalos têm um corpo extremamente delicado. São seres vivos que têm um organismo extraordinariamente sensível e vulnerável, quando escravizados e privados da liberdade que o seu éthos equino requer, explica Sônia T. Felipe.
Todos os seres vivos têm o seu próprio éthos, ou seja, do ponto de vista antropológico, o éthos constitui os traços comportamentais que nos distinguem uns dos outros.
E de acordo com esta cientista, éguas e cavalos, vacas e bois, não expressam a dor, pois evoluíram com inteligência e sensibilidade para saberem que se o fizerem, mesmo os condenados à escravidão, através da subjugação humana, quando tentam domá-los, serão literalmente mortos pelos seus predadores mais perigosos: os animais humanos.
Segundo ainda Sônia T. Felipe, sai mais barato comprar um cavalo novo para substituir o cavalo desgastado pela tortura a que é submetido, do que pagar tratamentos para tantos males que o processo de domesticação e a escravidão lhes causam.
A morte é o destino do animal que expressa a sua agonia infinita. E esta agonia só é “vista” pelo animal humano no dia em que os equinos (cavalos ou éguas) caem mortos, ainda atados aos apetrechos das carroças ou charretes que puxam à custa de toda essa dor e do tormento que os abate no meio da rua. E o feitor dessa escrava ou desse escravo pensa que essa morte foi sem aviso prévio. Não foi.
Assegura Sônia T. Felipe que o animal deu bastantes avisos de que estava doente e sofredor. Mas a mente e a linguagem humanas são demasiado atrofiadas para captar e traduzir os sinais da dor e do sofrimento emitidos pela linguagem equina.
E pensar que há milhares de anos o homo horribilis tortura estes seres magnificamente divinos, sensíveis, afectuosos e também racionais…
(***) Sônia Teresinha Felipe é doutorada em Filosofia Moral e Teoria Política pela Universidade de Konstanz, Alemanha, professora da graduação e pós-graduação em Filosofia; e do doutorado interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil), orientou dissertações e teses nas áreas de teorias da Justiça, Ética Animal e Ética Ambiental.
É pesquisadora permanente do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, Membro do Bioethics Institute da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, e é autora de Ética e Experimentação Animal: Fundamentos Abolicionistas, Edufsc, 2007; e Por Uma Questão de Princípios, Boiteux, 2003.
Fonte:
É a selvajaria hípica a caminho, para se juntar à selvajaria tauromáquica e à selvajaria política.
Os Cavalos, pela sua extrema sensibilidade e inteligência, aproximam-se dos seres superiores.
E os políticos e abusadores de Cavalos não chegam nem aos cascos deles.
E hoje tive a triste notícia de que em Junho entrará em vigor o diploma que regula a estupidez das apostas hípicas, que foi entregue à satânica (que de santa nada tem) casa da (i)misericórdia.
E assim vai este nosso País, cada vez mais a chafurdar na lama da ignomínia.
É “isto” que se vê na imagem que o governo português quer introduzir em Portugal.
O público engana-se ao acreditar que as corridas de Cavalos (na imagem o Grand National) é um espectáculo desportivo, quando, na realidade, é simplesmente o uso e abuso de animais, que está em pé de igualdade com as touradas espanholas e portuguesas. Este tipo de corrida não deve ter futuro em nenhum país civilizado. A BBC (que cobriu esta infâmia) merece condenação especial, pois foi particularmente cruel e repugnante que um membro da sua equipa de comentadores descrevesse os cavalos mortos nesta corrida como “obstáculos”, diz Andrew Tyler, da Animal Aid. O jockey Peter Toole foi para o hospital em estado crítico e ficou em coma. É assim também nas touradas.
E a estupidez continua…
Origem da imagem: http://www.hipismoeco.com.br/blog/cavalos-morrem-em-corrida-de-obstaculos/
A hipocrisia destes “políticos” é tão grande que nem sequer se dão conta de que uma corrida de Cavalos implica torturar os animais do modo mais asqueroso, drogando-os e explorando-os até à exaustão, e muitas vezes levando-os à morte, apesar de, no preâmbulo deste vergonhoso “documento”, constar que «visam proteger a saúde e o bem-estar animal».
A ignorância é tanta que nem sabem o que é saúde e bem-estar animal. Muito menos sabem o que é um animal.
Não sabem.
Por isso, em vez de hipódromos, devem construir-se urgentemente Escolas para Governantes, para que aprendam a Arte de Bem Governar e muita Cultura Geral e Específica.
Mais um lobby mafioso se afigura no horizonte das crueldades que em Portugal ainda se cometem contra seres vivos, para divertir idiotas que nunca conseguirão evoluir, porque já nasceram com cérebros mirrados.
Nunca Portugal foi tão mal governado, como nos tempos que correm.
Nunca Portugal teve “governantes” de tão baixo nível moral e cultural, como nos dias de hoje.
A Senhora Vergonha na Cara emigrou para um lugar longe e desconhecido, e no país sente-se muito a falta dela.
Resta-nos penalizar estes “políticos” hipócritas e incompetentes nas próximas eleições.
Aqui deixo a minha mais veemente repulsa por mais esta deliberação governamental, completamente insana.
Isabel A. Ferreira
«Os abusadores de animais continuam a procurar novas fórmulas de enriquecer à custa do sofrimento animal. No penúltimo dia da Feira do Cavalo, que teve lugar na Golegã, foram introduzidas, pela Câmara Municipal, corridas de cavalos».
Esta será uma imagem de 2013 ANTES de Cristo?
«Mais tortura animal – Golegã corridas de Cavalos»
De acordo com o presidente Rui Medinas, é uma forma de desenvolver a economia da região e até do País. E vai mais longe afirmando: “Agora é preciso que o poder político perceba que esta pode ser uma actividade económica de interesse e que crie legislação adequada.”
Apelou ainda à Santa Casa para que crie um sistema de apostas.
Será que esta gente não consegue compreender de uma vez por todas, que os animais não existem para serem sistematicamente explorados e torturados em actividades lúdicas!
E não nos venham dizer que não existe tortura nas corridas de cavalos. Os cavalos são drogados para aumentar a performance e milhares de cavalos morrem anualmente. E os que não morrem durante as corridas mas sofrem lesões são posteriormente abatidos porque já não servem para competir.
Este tipo de actividade, tal como a tauromaquia, é execrável e não desenvolve a economia nem da região nem do país bem pelo contrário não só afasta turistas como mancha a imagem de Portugal.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
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Comentários:
Concordo completamente com esta crítica do PRÓTOURO!
As corridas de cavalos são controladas por uma máfia terrível, que, por vaidade, por ambição, por ganância, pelo sistema de apostas, manipulam, corrompem. Cavalos são explorados, dopados, sacrificados até ao limite, sem escrúpulos.
Infelizmente, as corridas de cavalos atraem público pela emoção da competição, pela beleza e generosidade dos animais, e ainda pela tentação/ chegando até ao extremo do vício das apostas.
Muito público não prima por cultura científica biológica, por respeito pelos animais, por ética, por compaixão. Deixa-se levar por curiosidade, exibicionismo, “voyeurismo”, sede de emoções, pelo gosto da aposta.
Enfim, pouco pensarão no muito esforço, risco, sofrimento do veloz animal.
A pouco compassiva e, talvez, pouco escrupulosa, Santa Casa da Misericórdia pode ver aí um filão para lucros num sistema de apostas.
Os ganadeiros, ameaçados de falência pelo progressivo desinteresse do público pela tauromaquia e habituados a explorar animais, podem virar-se para aí.
Da parte da governação não se espera a força do conhecimento, da ética, da compaixão, da decência em relação a esse extraordinário ser, o cavalo.
O que resta para tentar evitar mais essa fonte de exploração e sofrimento para o cavalo é um competente, consequente, insistente alerta muito divulgado sobre esta desgraça que se poderia esperar!!! (Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)
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Faço minhas as palavras do Dr. Vasco Reis e a crítica do Prótouro.
Explorar o magnífico ser que é o Cavalo, para estas manifestações pseudo-
lúdicas e bárbaras só interessa a quem não tem o mínimo de sentimentos e vê nos animais uma fonte de lucro, sem olhar ao enorme sofrimento que causa.
Apetece dizer que esta gente sinta em triplo o que faz os cavalos sentirem neste jogo sujo, incivilizado e desadequado aos tempos que correm. (Isabel A. Ferreira)