«A CORRUPÇÃO "LEGALIZADA"»
(Faço minhas as palavras da Teresa Botelho)
Texto de Teresa Botelho
Ninguém sabe que existem cães treinados com violência!
Ninguém sabe que esses cães têm uma vida de horror!
Ninguém sabe que existem cães drogados para correr mais!
Ninguém sabe que existem apostas e até associações para isso!
Ninguém sabe que há lugares públicos onde correm cães até à exaustão!
E ninguém viu também o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres ainda este ano em Tavira, na Feira de Caça, Pesca e do Mundo Rural, onde se anunciava uma corrida de galgos no programa.
O problema dos nossos governantes é o excesso de trabalho que não lhes concede a lucidez suficiente para ver certas coisas, sobretudo quando os calores de Agosto, convidam a bebidas menos transparentes, prejudiciais a quem tem estrabismo e visão turva...
Após o estenderete feito na Revista Visão, com link abaixo, parece que o desconhecimento do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Selvático... Ai, peço desculpa pela gralha, mas em vez de "selvático", dever-se-á ler "Rural" (é que por vezes a tecla de correcção prende...) Capoulas Santos, cujo nome me despoleta alarmes taurinos, se transformou em espanto, por nunca ter tido conhecimento de tais eventos...
Estranho, não?
O tal excesso de trabalho, a falta de comunicação com os seus secretários, as almoçaradas pesadas e as actividades extra, sem dúvida que deixam as pessoas assim, ou melhor, não sabendo bem de que terra são...
O maior problema disto tudo, foi ter entrado para a Assembleia da República, um deputado comichoso que não gosta das selvajarias que os outros aplaudem ou calam e lá marchou a queixa para o Ministério Público que por sua vez vai remoer, até ver se o pessoal se esquece, e a coisa vai assim andando, porque se um pobretanas qualquer pisar o risco com um impostozito safado, lá vem bronca, mas se outros se empanturrarem com as apostas ilegais, enquanto os pobres cães desfalecem de cansaço, morrem de fome, ou de qualquer droga excessiva, aguardando o seu triste final, quando as pernas não aguentarem mais o tranco, ninguém diz nada, porque a vida de escravo sempre pertenceu ao dono que por ele pagou e assim foi até ao século XIX, embora muitos lamentem, porque em tempos de crise, dava um jeitão...
Por outro lado, há também os criadores à margem do fisco e que vão fazendo o seu pecúlio cantando e rindo, com a conivência de muitos e até de um Clube de Canicultura que arrecada, mas não pia, como tem feito há anos...
A injustiça é sempre a mesma e quem paga é quem não se pode, ou não se sabe defender, no entanto na terrinha dos trouxas, o povo está como os cães, porque mesmo que ladre bastante, ninguém faz caso, porque não morde...
E por aqui me fico, porque bater nestes ceguinhos e autistas, não vale a pena, embora abra o apetite e nos faça arregaçar as unhas...».
Teresa Botelho
Abrir o link para ver o «Mundo secreto e cruel das corridas de galgos» (com vídeo)
http://visao.sapo.pt/atualidade/2016-06-02-Mundo-secreto-e-cruel-das-corridas-de-galgos--com-video-
Na Moita, obviamente…
Agradecemos ao "nosso" amigo Miguel Alvarenga os conselhos!
(Leiam com atenção… e divulguem)
«Ao primeiro cartel da Moita, na segunda-feira, faltava força e carisma para atrair público às bancadas. E a realidade é que não foi ninguém. Independentemente do deprimente que é ver uma praça completamente vazia (terá sido a corrida com menos público dos últimos anos na Moita)...»
«Moita, ontem: pior era impossível...
Miguel Alvarenga - Cada vez me convenço mais - e raramente me engano - de que a nossa sorte é mesmo a desatenção dos anti-taurinos aos descalabros que vão ocorrendo na Festa por obra e graça dos próprios homens da Festa e, na maioria das vezes, mercê da sua escassa inteligência e quase nula visão. O que ontem aconteceu na Moita foi um verdadeiro quadro de miséria que, se aproveitado pelos antis (andam a dormir, só pode...), dava pano para mangas para pôr de rastos muitos dos mitos (e desmitos) de que vive a nossa gente.
Primeiro: a afición da Moita ao toureio a pé é uma daquelas mentiras que se alimentam há não sei quantos anos e nada têm, mesmo nada, de realidade. Lembro-me sempre da praça vazia naquela tarde em que Pedrito fez um festival para que o ajudassem a pagar a multa pela morte de um toiro naquela mesma arena. Os mesmos que no dia da estocada tinham enlouquecido com o seu acto, não puseram o pé na praça no dia em que ele precisou que o ajudassem. A Moita é uma terra aficionada ao toureio a pé? Eu vou ali e já venho, mas não pensem que gozam com a minha inteligência...
Segundo: João Pedro Bolota é um empresário experiente. Não acredito que alguma vez tivesse imaginado que a "salganhada" do elenco de ontem ia, alguma vez, em tempo algum, levar gente às bancadas da Moita. Por amor da santa... Alguém o influenciou mal, porque não acredito que a experiência empresarial do João Pedro, ainda para mais aliado agora a Possidónio Matias (um homem que sabe disto), o levasse a acreditar que aquele cartel pudesse suscitar o interesse de quem quer que fosse...
Terceiro: "Parrita" esteve seis anos sem tourear na "sua" Moita e, pelos vistos, ninguém tinha saudades dele, ninguém o foi ver, pode estar mais seis anos sem lá ir, ou seja, pode regressar em 2020...
("Parrita" colhido, sem consequências, quando toureava de capote o seu primeiro toiro no degradante espectáculo que ontem abriu a Feira da Moita)
Sexto: (2 forcados "lesionados")
Oitavo: as bancadas estavam completamente vazias, um ambiente desolador e confrangedor, frio, chuva e tudo o mais que não deve ter o glamour e o colorido de uma tourada.
Resumindo e concluindo: não há aficionado que resista a uma seca como a de ontem. Entre o mete e tira burladeros, o entra não entra o(s) toiro(s), o espeta e não espeta ferros, o diz e não diz "obrigado", o dá e não dá muletazos, o apanha e não apanha cagalhões, o alisa e não alisa a arena, estivemos a gramar quase três horas de um degradante "espectáculo".
Nem os toureiros, nem a Festa e muito menos a Feira da Moita sairam beneficiados com uma coisinha tão má, má de mais para ser verdade.
Por fim, deixo um conselho de amigo aos anti-taurinos: procurem vídeos, fotos, escritos da tourada de ontem na Moita e gozem à farta com isso. Pode ser que os homens dos bois aprendam de uma vez por todas (não aprendem, mas...) e se mentalizem que, para isto não acabar de repente e de vez, há que cuidar mais das coisas e ter mais respeito por eles próprios e pela história e cultura que envolvem, há tantos anos, a corrida de toiros. Que não tem nada a ver, mesmo nada, com a fita degradante a que ontem assistimos. Tive vergonha, confesso, de ser (já nem isso consigo ser...) aficionado. Isto está mesmo a chegar ao fim.
Mais dramático, mais gritante, mais confrangedor e mais degradante que a trágica tourada de ontem na Moita, insisto, só mesmo as imagens (ao lado) dos jornalistas degolados por terroristas islâmicos. Que coisa horrível!»
...
Vimos a mesma corrida! Miguel Ortega Cláudio sobre o desastre de ontem na Moita
Com a devida vénia, aqui reproduzimos, pela sua verdade, pela sua clareza, pela sua pertinência, a apreciação que o jovem e valoroso cronista Miguel Ortega Cláudio (foto) fez no site "naturales" da triste e degradante tourada de ontem na Moita. Pelos vistos e ao contrário de quem parece estar tão incomodado com o que aqui se escreveu hoje, certamente porque a consciência lhes pesa e têm responsabilidades no descalabro que ontem causaram aos empresários João Pedro Bolota e Possidónio Matias (uma praça assim tão vazia não se via em Portugal já muitos anos...), houve quem tivesse visto precisamente a mesma corrida que nós vimos:
«Ontem fui à Moita ver a primeira corrida da Feira de 2014, muitos amigos me chamaram louco... Que vais tu ver, aquilo não mete ninguém, aquilo vai ser uma seca...
Mas eu fui como vou a todas com, a expectativa de que alguma coisa podia acontecer... Mas não aconteceu... O melhor seria nem escrever, nem falar...
Já vou aos toiros à Feira da Moita à um par de anos e depois e antes das corridas costuma haver umas simpáticas tertúlias... Ontem antes ainda se falou de toiros, mas depois da corrida a debandada dos poucos que foram aos toiros, uns 200 foi geral, 10 minutos depois da corrida nem parecia que tinha havido tal coisa por aquelas bandas!
Fomos 200 porque veio uma excursão (50) do Alentejo em apoio a Parrita, uns 20 com o grupo de Coruche, uns 15 com João Augusto Moura... Nem os accionistas da praça de toiros lá foram!
De quem é a culpa deste desastre Do tempo, do toureio a pé, da bola que não havia, do concerto que estava a acontecer ao mesmo tempo? Não, a culpa foi mesmo do cartel sem pés nem cabeça que estava montado! Se não vejamos, corridas à chuva já houve muitas a meter mais que duzentos e ontem mal pingou, a corrida de toureio a pé o ano passado encheu na mesma praça e na mesma feira, do concerto, também estava a chover para os do concerto, era de borla e nos toiros tem que se pagar... Pergunto eu se tivesse sido de borla a malta tinha ido aos toiros? Respondo eu Não!
Do espectáculo nada ficou além das alternativas dos bandarilheiros (...) e de uma monumental maçada de 3 horas...
"Corridas" como as de ontem fazem mal à Festa dos Toiros!"
- Miguel Ortega Cláudio in naturales-tauromaquia.com
in farpasblog
Fonte:
https://www.facebook.com/moitaantitouradas/photos/a.439340326165584.1073741828.420883554677928/565687953530820/?type=1&theater