Eis um puzzle onde o tamanho das peças (fotos) não tem a menor importância. Elas não se encaixam umas nas outras, e nem teria o mínimo interesse que se encaixassem.
Todos são iguais perante a lei. Têm o mesmo direito cívico de se candidatarem. Uns serão mais intelectuais do que outros. Alguns serão menos treteiros do que os restantes.
Os espaços vazios deste puzzle poderiam ser preenchidos com outros rostos, outras intelectualidades.
Mas foram estes candidatos que se apresentaram ao escrutínio dos Portugueses que, no próximo dia 24 de Janeiro, terão de escolher apenas um.
As sondagens, que andam para aí a favorecer uns mais do que outros, são meras sondagens. São meras falácias, para desviar o Povo do essencial.
Esta é uma luta que ainda não está ganha por nenhum candidato. Até ao dia 24 muita água ainda há-de correr por debaixo de todas as pontes.
Cada candidato terá de se esforçar muito para convencer os Portugueses de que merece ocupar o cargo de Presidente da República, que tão mal ocupado tem estado, nos últimos tempos.
Portugal não merece mais do mesmo. Tenha-se isso em atenção.
Todos sabemos que a democracia em Portugal é manca.
Falta-lhe alguma coisa para que realmente seja uma Democracia plena.
O Povo ainda não é quem mais ordena, porque se engana demasiadas vezes. O Povo não vê competências, mas cores partidárias. E as cores partidárias quase nunca são sinónimo de competência.
Todos os candidatos, tenham ou não capacidade para exercer tão alto cargo, devem ter o mesmo tempo de antena, para que os Portugueses possam conhecer o que cada um tem para oferecer a Portugal.
E têm de dizer tudo. Sem papas na língua. Sem titubear.
Nenhum deles tem o direito em arvorar-se em vencedor das eleições, antes das eleições. Não é honesto.
E têm de ter a hombridade de mostrar os seus “defeitos” e não enganar o Povo. É esse o principal problema da nossa democracia: o engodo. Dizem uma coisa enquanto candidatos, e fazem completamente outra enquanto poder.
E aí temos a nossa democracia manca.
Todos os tabus devem ser discutidos em público.
Porque um Português que se preze não devia votar num candidato que não tenha categoria humana e política para representar Portugal.
Um Presidente da República poderá ser apenas uma "figura de estilo" da dita democracia manca, mas para representar Portugal, tem de ser uma pessoa que caminhe verticalmente, e não curvada a lobbies obscuros.
Chega de treteiros.
Portugal precisa de recuperar, urgentemente, a sua HONRA.
Isabel A. Ferreira