Dom João VI – Como um Príncipe Valente Enganou Napoleão e Salvou o Reino de Portugal e o Brasil
(Contestação do livro «1808», de Laurentino Gomes)
(2ª edição corrigida e aumentada)
© Isabel A. Ferreira
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Imagem © Joana A. Ferreira)
A minha "Contestação" refuta o modo como a história de Dom João VI foi apresentada pelo jornalista brasileiro Laurentino Gomes, no seu livro «1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil», cuja narrativa amesquinha Portugal, a Monarquia Portuguesa e os Portugueses, e é excessivamente desprestigiante para Dom João VI que, apesar de não ter sido “talhado” para reinar, reinou o melhor que pôde, conservando a dinastia de Bragança e o império português, com dignidade, não se vergando ao grande e poderoso Napoleão Bonaparte, que subjugou praticamente todos os monarcas europeus da época - mas não Dom João VI, a quem o próprio Napoleão reconheceu tal mérito.
Escrevi uma nova versão intitulada «Dom João VI – Como um Príncipe Valente Enganou Napoleão e Salvou o Reino de Portugal e o Brasil (Contestação ao Livro «1808», de Laurentino Gomes…» o qual repõe o período da História narrado no «1808», integrando as circunstâncias dos acontecimentos históricos apresentados no contexto da época; analisa, sem preconceitos, as acções e consequências dos actos assinalados; e realça as virtudes da alma grande portuguesa, em contraponto ao que escreveu Laurentino Gomes.
Esta 2ª versão foi corrigida e aumentada no seu conteúdo, tendo sido acrescentadas notas marginais e a bibliografia consultada, e foi prefaciada pelo jurista brasileiro Arthur Virmond de Lacerda.
Para Laurentino Gomes, Dom João VI foi um rei covarde.
Para a autora desta «Contestação» e para muitos outros historiadores, Dom João VI foi um rei corajoso, que deixou uma obra notável no Brasil.
Ao ler-se o livro de Laurentino Gomes chega-se ao final com a ideia de que os Portugueses foram (e ainda são) Feios, Porcos, Maus e Ignorantes.
Os factos que Laurentino narrou, fora do seu contexto, soam a preconceito.
Logo, defender a Honra e a História de Portugal foi um dever que se impôs à autora.
Deixo aqui os links para esta narrativa que repõe os factos históricos comuns ao Brasil e a Portugal.
(I Parte)
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/dom-joao-vi-como-um-principe-valente-485068
(II Parte)
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/dom-joao-vi-como-um-principe-valente-485454
(III Parte)
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/contestacao-ao-livro-1808-de-laurentino-487321
(IV Parte)
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/dom-joao-vi-como-um-principe-valente-489691
© Dauker
No próximo dia 25 de Abril, estreia na RTP2 e RTP Internacional, simultaneamente com a TV Cultura (do Brasil), uma nova série de 13 episódios semanais, com duração de 30 minutos, intitulada "Brasil, Portugal – Lá e Cá", série coordenada por Paulo Markun e o nosso Carlos Fino.
Dois países ligados pela História, duas emissoras públicas e dois reconhecidos jornalistas juntam-se para uma viagem singular, numa tentativa de aproximar os dois povos, separados por um imenso oceano.
A RTP é a parceira desta iniciativa, idealizada pelo jornalista Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta (FPA), e pelo convidado especial do programa, Carlos Fino, que depois de ter passado pela Televisão e ter sido repórter de guerra, neste momento é conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil.
Este programa tem como atractivo revelar o Brasil aos portugueses e Portugal aos brasileiros. As suas semelhanças e diferenças, curiosidades, subtilezas, resgate histórico e cultural serão abordados em reportagens especiais, conversas descontraídas, reflexões, entrevistas exclusivas e muitas imagens dos arquivos dos canais televisivos.
"Lá e Cá" tem como cenário fixo a casa de Paulo Markun, em Santo António de Lisboa (comunidade fundada por açorianos em Florianópolis, Estado de Santa Catarina, Brasil) e a de Carlos Fino, em Fronteira, no nosso Alentejo.
Na conversa entre os dois, que se estenderá por alguns pontos turísticos e idílicos, os temas deambularão entre o Pop e a História, passando por economia, cultura, culinária, arquitectura, meio ambiente, comportamento e outros assuntos que interessam aos portugueses que vivem no Brasil, e aos brasileiros que vivem em Portugal. Todos os debates serão conduzidos, segundo os seus autores, com «saudáveis pitadas de bom humor».
No primeiro episódio, depoimentos como o da cantora Fafá de Belém, do jornalista português do jornal "Expresso" Nicolau Santos e da artista plástica residente em Portugal Letícia Barreto trazem pontos de vista individuais que contextualizam o amplo cenário sócio-cultural luso-brasileiro.
No novo site do programa, em www.tvcultura.com.br/laeca, no ar a partir do dia 15, ficarão disponíveis os episódios do «Lá e Cá» logo após a sua transmissão televisiva.
(Notícia retirada do Portugal Digital)
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Posto isto, tenho a acrescentar, que fui convidada para participar neste programa, com um curto depoimento sobre a minha «Contestação» ao livro «1808» de Laurentino Gomes, que foi um best-seller e chegou a ganhar alguns prémios bem prestigiados, apesar das incorrecções nele contidas e do facciosismo do seu autor.
Espero não me desiludir.
Na notícia, do Portugal Digital deixei um comentário, que gostaria de partilhar aqui: «Estou curiosa por ver este programa, até porque, em princípio, serei uma das intervenientes. Depois porque espero ver um programa despido de preconceitos e de hipocrisias. Preto no preto, branco no branco. Porém, pela amostra do programa, deu para reparar que em um ou outro momento as coisas não são bem assim. De qualquer modo, tudo o que está fora do seu contexto pode não ser bem interpretado. Aguardo para ver.»
Isabel A. Ferreira