A sondagem contou com a participação de 7500 pessoas, 2500 das quais portuguesas. 77% diz-se contra as touradas por ser uma forma de maus-tratos a animais que é financiada com o dinheiro dos impostos.
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A maioria dos portugueses, franceses e espanhóis que participaram num inquérito sobre tauromaquia disse ser contra esta “tradição” que, defendem, é uma forma de maus-tratos financiada com o dinheiro dos impostos.
A sondagem, realizada pela empresa de estudos de mercado Ipsos I&O Public, contou com a participação de 7500 pessoas (2500 em cada país). Portugal, Espanha e França foram escolhidos porque são os únicos países europeus que continuam a permitir touradas, incluindo em festas religiosas.
Feitas as contas, 77% dos participantes declarou ser contra esta prática que inflige dor e sofrimento aos animais; 58% são a favor da proibição e apenas 11% apoiam a tauromaquia, evento que descrevem como “agradável”, lê-se no comunicado enviado ao P3.
O inquérito realizado a pedido da ONG dos Países Baixos CAS International, salienta ainda que apenas uma em cada cinco pessoas consideram que as touradas são uma “tradição valiosa”. No entanto e de uma forma geral, 74% acredita que a União Europeia deveria proteger o bem-estar dos animais, inclusive nas chamadas “tradições culturais”, como é o caso das touradas, em vez de deixar o tema à responsabilidade dos Estados-membros.
Depois dos espectáculos, acrescenta o estudo, os touros morrem de forma “lenta e dolorosa” e a carne destina-se ao consumo humano.
Além do sofrimento animal, grande parte dos participantes do estudo disse ser contra as touradas porque são financiadas com dinheiros nacionais ou europeus resultantes do pagamento de impostos. De acordo com o inquérito, “cerca de 200 milhões de euros por ano” destinam-se, sob a forma de subsídios agrícolas, às touradas.
Maus-tratos preocupam esquerda e direita
Segundo a Ipsos I&O Public, a sondagem inclui eleitores de esquerda, direita e do centro. Os participantes, lê-se no comunicado, foram questionados sobre o partido em que votaram nas últimas eleições de cada país. Os temas sobre os maus-tratos a animais e as responsabilidades da União Europeia em relação ao bem-estar dos mesmos são preocupações transversais aos eleitores de todas as facções políticas.
“De um modo geral, as mulheres foram mais críticas em relação às touradas do que os homens”, acrescentam.
Outra das críticas apontadas à tauromaquia é o facto de os eventos permitirem a entrada de crianças. Para 65% dos inquiridos, os menores de 18 anos deveriam ser proibidos de assistir a touradas por entenderem que se trata de violência.
Sobre isto, o inquérito recorda que, em 2014, o Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas pediu aos Estados-membros para recusarem a entrada de menores de 18 anos nas touradas. Portugal foi o único país que aprovou um decreto-lei com a medida, em 2021, durante um Conselho de Ministros do Governo de António Costa, mas que nunca chegou a ser publicado.
A idade mínima para assistir a eventos tauromáquicos passaria de 12 para 16 anos, “contudo, até hoje, esta mudança de classificação etária ainda não foi promulgada”, declarou Rita Silva, Presidente da ANIMAL, membro fundador e coordenador da Rede Internacional Anti-Tauromaquia, citada pelo comunicado.
“Lamentavelmente, continuamos a desrespeitar a recomendação da ONU e a classificação continua a ser de 12 anos”, acrescentou.
No início de Maio, o Ministério da Cultura de Espanha decidiu suspender, pelo menos este ano, o Prémio Nacional de Tauromaquia, mas o objectivo é acabar definitivamente com a distinção. A medida foi anunciada pelo ministro da Cultura do país, Ernest Urtasun, que afirmou antes de assumir o cargo que privilegiaria a protecção e o bem-estar dos animais à tauromaquia.
Segundo o estudo, em Espanha realizam-se 18 mil espectáculos por ano.
Dias depois da suspensão do prémio, escreve o Guardian, a empresa Pages, que gere a praça de touros de Sevilha, ofereceu bilhetes gratuitos a crianças com menos de 8 anos por acreditar ser “a melhor forma de introduzir as touradas aos mais pequenos”.
Em Portugal, 2023 foi o ano com menos touradas de sempre. No total, conforme noticiou o P3, foram realizados 166 eventos tauromáquicos neste ano. Em 2014 foram 221.
Além dos três países europeus do inquérito, México, Peru, Colômbia, Equador e Venezuela também permitem touradas.
Este é um texto que publiquei neste Blogue em Março de 2014. Repesco-o, hoje, à conta do recente "rebuçado" que o Conselho de Ministros pretendeu dar aos anti-touradas, sem sequer levar em conta o que está em causa, quando falamos de levar crianças a touradas. Nada mudou. Nada mudará, enquanto a tauromaquia estiver sob a protecção dos que governam. O mal que isto provoca, está bem patente no que um jovem/velho (hoje já adulto) escreveu sobre a sua experiência tauromáquica (e visivelmente traumática) desde a infância.
Este texto é um valioso testemunho, que devia ser estudado por psiquiatras e psicólogos, os quais deveriam aconselhar o Conselho de Ministros a não deliberar sobre matérias sobre as quais não tem o mínimo conhecimento e nem competência para legislar.
Deixo-o à atenção das autoridades, que aqui são frontalmente ultrajadas, e das comissões de protecção de menores, que não cumprem a sua missão, quando se trata de proteger crianças, filhas de aficionados, criadas na violência e na crueldade infligidas a seres vivos, e que deformam, para toda a vida, as suas mentes.
Este texto diz claramente que a tauromaquia é protegida pelas autoridades. Porquê?
“Mentidero” por Duarte Palha: Desmamar a afición
(Nota: os excertos a negrito e entre parêntesis rectos são da responsabilidade da autora do Blogue)
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação (…) E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.» (Duarte Palha)
«Lembro-me de fazer 6 anos e soprar as velas na cozinha da minha avó. Era um bolo de chocolate com gomas em forma de golfinho. Podiam ser ursos, mas eu lembro-me de golfinhos. É talvez a primeira memória visual que sou capaz de identificar no tempo. Tenho outras memórias, que julgo anteriores, mais ou menos nítidas, mais ou menos leves, perdidas na incerteza do tempo.
Quase todas me trazem toiros, cavalos, campinos, forcados e toureiros. Quase todas me trazem a minha aficion.»
[Pois… é muito normal dentro das psicopatias, um jovem lembrar-se muito intensamente de episódios passados na primeira infância, mormente, se eles têm a ver com touros, cavalos, campinos, forcados e toureiros. Mas isto, nada tem a ver com a afición. Tem a ver com os cheiros que o transtornaram. O “Palhinha” lembra-se do cheiro da bosta, do suor, da urina, do sangue que cheirou. E isso, na verdade fica para toda a vida entranhado nas narinas, como uma doença.]
«Talvez mais intensa do que hoje. De usar panos de cozinha como capotes e colheres de pau como bandarilhas. O toiro era, muitas vezes, um banco - o banco parado no meio da sala, e eu em volta, a cravar ferros. Mais ou menos o mesmo que tourear um murube.»
[Um menino normal, nessas idades, ia para a rua jogar à bola com os amigos, mas este, não. Brincava na sala aos torcionários. Este já nasceu com a doença ancestral, a correr-lhe no sangue, e brincadeiras saudáveis não eram para ele. Por que havia de ser, se não conhecia mais nada, e quem o “educou” educou-o para a ignorância, para acrueldade e para a violência?Mas o pior, é que têm essa ignorância como uma grande sabedoria. Como uma respiração. E se não inalam aqueles odores já referidos, acham que não é viver. Pobres mentes! E de quem é a culpa? É dos legisladores e das autoridades e das comissões de “protecção” de menores e da igreja católica, que não cumpre a sua missão cristã.]
«Não me lembro se era egoísta, se era chorão, teimoso ou divertido. Lembro-me de gostar de toiros. Tenho esta certeza absoluta em relação a mim. Nasci apaixonado por “isto”. Antes da memória dos golfinhos no bolo de chocolate, lembro-me de tentas no campo.»
[Pois… as tentas no campo… Essas é que são as memórias, não por serem boas, mas por serem as que mais o afectaram psiquicamente enquanto criança. E obviamente o traumatizaram ao ponto de não ver mais nada à frente dos olhos do que touros, touros e mais touros… Mas isso não é de uma criança com um desenvolvimento normal. Isso faz parte de um desequilíbrio mental que o acompanhou até à juventude. E deu no que deu: mais um perdido no mundo da violência, da crueldade, da tortura, da maldade, da ignorância, da estupidez, da iniquidade… e que não tem a mínima noção do que diz. Neste texto, não vejo o jovem/velho “Palhinha” a encantar-se com uma namoradinha, por exemplo, o que seria bastante mais saudável. Não! O “Palhinha” só pensa em touros, e no modo como os torturar. Isto é fruto de um desadequado desenvolvimento mental, desintegrado do que se considera uma vivência saudável.]
«Empoleirado nas varolas do tentadero da Quinta da Foz. E de querer e não poder ir aos currais, sem que alguém me levasse pela mão. E de ir aos toiros. Às corridas, ainda antes de me poder lembrar bem disso.»
[Por aqui podemos comprovar a má influência que tais visões deixaram no miúdo, ao ponto de viver obcecado por isso. Ele só queria “ir aos toiros”, não porque isso fosse bom, mas porque o enfeitiçava, o arrebatava, e nesse arrebatamento, ele colhia todo o prazer mórbido de uma mente já doente e envelhecida. As crianças que nascem nestes meios, já nascem velhas, e poucas são as que conseguem “renascer” para uma vida saudável. O “Palhinha” é um bom exemplo disso.]
«Lembro-me que esperava esses dias com uma ansiedade como hoje já não espero. Nem eu, nem muitos dos actuais aficionados imberbes esperarão. Querem roubar-lhes essa ansiedade.»
[É natural. A ansiedade vai passando, à medida em que não depende de ninguém para ir… para ver… para estar onde está a violência, que já se entranhou na sua mente. E já não consegue viver sem esse aditivo mental.]
«Querem roubar a ansiedade a quem tenha menos de 12 anos. Querem acabar com as pegas a cabeças de toiro, feitas com os dedos dos pais, com as bandarilhas de colher de pau, com os capotes aos quadrados, com os bancos que marram.»
[Atente-se neste pormenor: «Querem roubar a ansiedade a quem tenha menos de 12 anos». Como se a ansiedade por ir ver torturar Touros fosse algo bom para uma criança menor de 12 anos, ou mesmo de um adulto! Por aqui se vê o dano mental que a tourada fez a este jovem/velho que nunca teve infância. Vejamos o que é a ansiedade: é aflição, é perturbação, é agonia, é tormento, tudo isto faz parte de uma patologia do foro psiquiátrico. E é disso que sofre uma criança sujeita à iniquidade da tauromaquia. E até são os pais que ajudam a esta “missa” , juntamente com os padres, que lhes dão a bênção. E as comissões “protectoras” para que servirão, se não protegem os que têm a infelicidade de nascer no seio de uma família aficionada? Bandarilhas de colher de pau? Bancos que marram? Não é isso que as imagens mostram. São bandarilhas de ferros afiados. São bezerrinhos vivos e ainda por desmamar. Além de psicóticos, tornam-se mentirosos.]
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação.»
[Eis o cúmulo da alienação. Eis algo juridicamente, moralmente, culturalmente, socialmente grave. Eis algo para as autoridades tomarem uma posição pública. Não podem deixar que um imberbe diga isto publicamente e se fique por aqui. Será menor para umas coisas e para outras não?
«Alimentar a aficion de quem a tem sem saber porquê. Porque um dia que eu seja pai, quero investir com um carrinho de mão, quero montar praças com lego, quero ir aos toiros e explicar que o forcado da cara não é um campino, por ter barrete.
Quero e hei-de fazê-lo. Que não é a lei que mata a aficion. E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.»
-[Até ao dia de hoje, “Palhinha”. Essa protecção à tauromaquia é anticonstitucional. É um crime que todos cometem às claras… até ao dia em que hja uma autoridade competente que faça cumprir as leis… Além disso, a afición está a morrer, por todo o mundo. E talvez mais cedo do que se espera, os que querem manter este costume bárbaro terão de se socorrer de colheres de pau a fazer de bandarilhas, e bancos de cozinha a protagonizar touros no meio das salas. O “Palhinha” acaba de dar uma grande facada na tauromaquia, e nem o padre da sua paróquia lhe valerá.]
Excelentíssimas autoridades, juridicamente temos aqui algo grave… não?
Isabel A. Ferreira
Fonte:
http://diariotaurino.blogspot.pt/2014/03/mentidero-por-duarte-palha-desmamar.html
Isto não é uma “importantíssima vitória”, Inês de Sousa Real (porta-voz do PAN). Isto nem sequer vitória é. É mais um rebuçadinho, para calar as bocas, adoçando-as.
Ler notícia aqui:
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/touradas-passam-a-ser-para-maiores-de-16-anos
Todos sabemos que isto não é para cumprir, como todas as outras “deliberações” anteriores nunca foram cumpridas, nem estão a ser cumpridas, no que aos animais não-humanos dizem respeito, nomeadamente as relacionadas às práticas bárbaras da tauromaquia.
Além disso, sabendo-se que as “deliberações” de um Conselho de Ministros NÃO fazem LEI, não será por isso que não são cumpridas?
Em vez de andarem a fazer-que-fazem, acabem logo de uma vez com esta barbárie quinto-mundista, que só faz grelar sádicos e mentes deformadas.
Vamos esmiuçar isto.
Vejam, neste link, esta imagem (e há mais) e notícia publicadas, em 26 de Junho de 2019, no Farpas Blogue:
Tourada das Crianças encheu Monumental da Ilha Terceira
http://farpasblogue.blogspot.com/2019/06/tourada-das-criancas-encheu-monumental.html
Quem é capaz de dizer que se cumpriram as “deliberações” anteriores quanto à idade das crianças, para assistir ou participar em touradas?
As anti-pedagógicas “escolas" de TOUREIO continuam a funcionar, subsidiadas com os nossos impostos, e os “toureirinhos” continuam a tourear, dentro e fora de Portugal, onde até matam touros e lhes cortam as orelhas.
A idade mínima para assistir a touradas era de 12 anos. Já foi de SEIS. Mas isto nunca foi cumprido. A RET não é cumprida. Nada na tauromaquia é cumprida, incluindo os Touros de morte em Monsaraz, algo que é PROIBIDO, mas faz-se.
A quem é que o Conselho de Ministros quer enganar?
Vejam, neste link o que aconteceu com as outras “deliberações” em relação a esta matéria.
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/363251.html
Nunca, em Portugal, se cumpriu nada do que vem descrito nesta notícia.
Em Portugal, este tipo de “leis” NÃO SÃO para cumprir, nem ninguém está preocupado em fazê-las cumprir.
Isabel A. Ferreira
O mesmo se passa por cá, portanto, o que serve para Espanha, serve para Portugal
«Habiendo recogido ya más de 80.000 firmas para que no se destine ni un euro de dinero público al rescate de la tauromaquia, podemos asegurar que el sector ya recibe, por sistema, ayudas y subvenciones millonarias cada año.»
Tendo já sido recolhidas mais de 80 mil assinaturas, para que não se destine nem um Euro do erário público para o resgate da tauromaquia, podemos assegurar que o sector já recebe, por norma, ajudas e subvenções milionárias todos os anos.
«Tras analizar el paquete de 37 medidas que el sector taurino presentó hace dos días al Ministro de Cultura, desde AnimaNaturalis advertimos de que la tauromaquia ya viene financiada de serie por las administraciones, recibiendo 50 millones de euros cada año desde miles de ayuntamientos, a lo que hay que sumar todas las ayudas indirectas que reciben las ganaderías de las PAC y del propio Gobierno, así como las millonarias partidas presupuestarias, premios y subvenciones por parte de las diputaciones, gobiernos autonómicos y desde el propio Ministerio de Cultura.»
Depois de analisar o pacote de 37 medidas que o sector de touradas apresentou há dois dias ao Ministro da Cultura, da AnimaNaturalis, alertamos que a tauromaquia já é financiada são financiadas como padrão pelas administrações, recebendo 50 milhões de euros por ano de milhares de municípios, ao que devemos adicionar todas as ajudas indirectas recebidas pelas ganadarias das PAC e do próprio governo, bem como cláusulas orçamentárias milionárias, prémios e subsídios das Juntas, governos autónomos e do próprio Ministério da Cultura.
“Es una vergüenza que el sector taurino esté pidiendo cierta clase de ayudas, pese al gran rechazo que genera en la mayoría de la sociedad”, explica Aïda Gascón, directora de AnimaNaturalis en España. De las 37 medidas que pide el sector taurino, algunas son especialmente graves, como las que pretenden impactar en la juventud, o que la administración asuma el coste de los servicios médicos y veterinarios; los 2 millones de euros que piden para organizar novilladas, que TVE emita corridas durante y después del confinamiento… y en general, que pidan inyecciones de liquidez a un sector totalmente innecesario para la sociedad y además, de los más controvertidos. “El dinero público debe gestionarse, ahora más que nunca, con precisión quirúrgica… y no olvidar que la UE nos está mirando con lupa y debemos demostrar responsabilidad”, advierte Gascón.
Desde AnimaNaturalis denunciamos que el sector taurino quiera aprovechar la ocasión como una oportunidad para salir de una crisis que llevan más de una década arrastrando. “El cuarto bloque es un grito desesperado en miras de garantizar el relevo generacional, afectando al público más joven. ¡Quieren incluir contenido taurino en los diferentes niveles educativos!”, exclama Gascón. Esperamos que el Gobierno haga caso omiso a ciertas propuestas que son totalmente inaceptables.
«É uma vergonha que o sector tauromáquico esteja a pedir um certo tipo de ajuda, apesar da grande rejeição que gera na maioria da sociedade», declara Aïda Gascón, directora da AnimaNaturalis de Espanha. Das 37 medidas solicitadas pelo sector tauromáquico, algumas são particularmente graves, como as que visam ter impacto nos jovens, ou que a administração assuma o custo dos serviços médicos e veterinários; os dois milhões de euros que eles solicitam para organizar as novilhadas, que a TVE emita touradas durante e depois do confinamento ... e, em geral, solicitam injecções de liquidez a um sector totalmente inútil para a sociedade e também um dos mais controversos. «O dinheiro público deve ser gerido, agora mais do que nunca, com precisão cirúrgica ... e não esquecer que a UE está a olhar-nos com lupa e devemos demonstrar responsabilidade», adverte Gascón.
A AnimaNaturalis denuncia que o sector tauromáquico quer aproveitar a ocasião para sair de uma crise que já se arrasta há mais de uma década. “O quarto bloco é um grito desesperado para garantir a substituição geracional, afectando o público mais jovem. Eles querem incluir conteúdo tauromáquico nos diferentes níveis educacionais!”, Exclama Gascón. Esperamos que o governo ignore certas propostas que são totalmente inaceitáveis.
«Este martes se prevé que durante el Consejo de Ministros se anuncien las ayudas a Cultura, y por ende, al sector taurino. Ya estamos pensando en cómo serán las protestas que realizaremos tanto en Madrid como en diferentes ciudades, dado el caso, ya que prevemos que el sector taurino terminará saliéndose con la suya con parte de sus proclamas. Desde AnimaNaturalis pedimos que todo el presupuesto que pueda haber en Cultura, sea concentrado para los sectores que nos unen y nos dignifican a los españoles, como la literatura, las artes escénicas, la música, las bellas artes y la cinematografía.»
Nesta terça-feira, espera-se que durante o Conselho de Ministros sejam anunciados os auxílios à Cultura e, portanto, ao sector tauromáquico. Já estamos a pensar em como serão os protestos em Madrid e em diversas cidades, conforme o caso, uma vez que prevemos que o sector tauromáquico acabe por sair-se com os seus pregões. A partir da AnimaNaturalis, solicitamos que todo o orçamento que possa haver na Cultura seja centralizado para os sectores que unem e dignificam os espanhóis, como literatura, artes cénicas, música, artes plásticas e cinematografia.
«Casi 80.000 personas ya han firmado nuestra petición que se inició en el mes de marzo, y hemos ampliado la campaña al contexto europeo en países como Holanda, Portugal y Francia, con el apoyo de CAS International, ANIMAL, No Corrida y FLAC: “Estamos recogiendo firmas también en Portugal y Francia, países donde también hay tauromaquia. Estamos dispuestos a llegar hasta el final, y ese final puede ser el Consejo Europeo, que es el que tiene que decidir si ofrece corona bonos a España o no”, remata Gascón.»
Quase 80.000 pessoas já assinaram a nossa petição ( 80.000 personas ya han firmado nuestra petición ) que começou no mês de Março, e alargámos a campanha ao contexto europeu em países como Holanda, Portugal e França, com o apoio da CAS International, ANIMAL, No Corrida e FLAC: “Estamos a recolher assinaturas também em Portugal e na França, países onde também há touradas. Estamos dispostos a ir até ao fim, e esse fim pode ser o Conselho Europeu, que é quem decide se oferece ou corona-bonus a Espanha», conclui Gascón.
Fonte: ANIMANATURALIS
É a selvajaria hípica a caminho, para se juntar à selvajaria tauromáquica e à selvajaria política.
Os Cavalos, pela sua extrema sensibilidade e inteligência, aproximam-se dos seres superiores.
E os políticos e abusadores de Cavalos não chegam nem aos cascos deles.
E hoje tive a triste notícia de que em Junho entrará em vigor o diploma que regula a estupidez das apostas hípicas, que foi entregue à satânica (que de santa nada tem) casa da (i)misericórdia.
E assim vai este nosso País, cada vez mais a chafurdar na lama da ignomínia.
É “isto” que se vê na imagem que o governo português quer introduzir em Portugal.
O público engana-se ao acreditar que as corridas de Cavalos (na imagem o Grand National) é um espectáculo desportivo, quando, na realidade, é simplesmente o uso e abuso de animais, que está em pé de igualdade com as touradas espanholas e portuguesas. Este tipo de corrida não deve ter futuro em nenhum país civilizado. A BBC (que cobriu esta infâmia) merece condenação especial, pois foi particularmente cruel e repugnante que um membro da sua equipa de comentadores descrevesse os cavalos mortos nesta corrida como “obstáculos”, diz Andrew Tyler, da Animal Aid. O jockey Peter Toole foi para o hospital em estado crítico e ficou em coma. É assim também nas touradas.
E a estupidez continua…
Origem da imagem: http://www.hipismoeco.com.br/blog/cavalos-morrem-em-corrida-de-obstaculos/
A hipocrisia destes “políticos” é tão grande que nem sequer se dão conta de que uma corrida de Cavalos implica torturar os animais do modo mais asqueroso, drogando-os e explorando-os até à exaustão, e muitas vezes levando-os à morte, apesar de, no preâmbulo deste vergonhoso “documento”, constar que «visam proteger a saúde e o bem-estar animal».
A ignorância é tanta que nem sabem o que é saúde e bem-estar animal. Muito menos sabem o que é um animal.
Não sabem.
Por isso, em vez de hipódromos, devem construir-se urgentemente Escolas para Governantes, para que aprendam a Arte de Bem Governar e muita Cultura Geral e Específica.
Mais um lobby mafioso se afigura no horizonte das crueldades que em Portugal ainda se cometem contra seres vivos, para divertir idiotas que nunca conseguirão evoluir, porque já nasceram com cérebros mirrados.
Nunca Portugal foi tão mal governado, como nos tempos que correm.
Nunca Portugal teve “governantes” de tão baixo nível moral e cultural, como nos dias de hoje.
A Senhora Vergonha na Cara emigrou para um lugar longe e desconhecido, e no país sente-se muito a falta dela.
Resta-nos penalizar estes “políticos” hipócritas e incompetentes nas próximas eleições.
Aqui deixo a minha mais veemente repulsa por mais esta deliberação governamental, completamente insana.
Isabel A. Ferreira