O que se passou na Colômbia foi um acto verdadeiramente democrático: o Congresso havia já declarado os animais não-humanos como seres sencientes, a esmagadora maioria do povo colombiano rechaça este tipo de actividade, logo, não se justificava mantê-la.
Na Colômbia vive-se em Democracia.
Em Portugal, não. Em Portugal a esmagadora maioria do povo português também rechaça esta actividade medievalesca, mas os governantes portugueses não cedem à vontade do povo, logo, o regime vigente em Portugal não é democrático, nem pouco mais ou menos.
Em Portugal, vive-se numa ditadura socialista.
Imagen de ilustración | AFP
A Câmara de Representantes da Colômbia, através da sua conta do Twitter, informou que aprovou, em segundo debate, um projecto de lei que pretende pôr fim às actividades taurinas, no país, por serem consideradas uma tortura para os animais.
Trata-se de um projecto «pelo qual se eliminam as práticas taurinas em Território Nacional e se determinam outras disposições», e que foi aprovado por 70 votos a favor e 18 contra, sendo considerada uma grande satisfação que o Congresso da República tenha se pronunciado positivamente pela eliminação das corridas de Touros, bem como as novilhadas, as lides, as bezerradas e as tentas.
«Todo aquele que cause a morte, dilaceração e tortura aos animais, depois de ter sido o Congresso a declará-los seres sencientes, será incoerente com a realidade» explicou Nicolás Echeverry, um dos defensores do projecto.
Este congressista disse ainda que «uma grande maioria do povo colombiano rechaça este tipo de actividade», e acrescentou que é a primeira vez na História da Colômbia que um projecto anti-taurino passa no seu segundo debate em plenário da Câmara.
Por sua vez, o representante e autor do projecto, Óscar de Jesús Hurtado, explicou à RCN Rádio que a norma «visa proibir a prática de actividades de entretenimento e de expressão cultural com animais, porque o clamor do povo pede-lhes para eliminá-las.»
E isto sim, é Democracia.
Brevemente retiraremos, com prazer, a Colômbia da lista dos oito países terceiro-mundistas que ainda mantém esta prática medievalesca como forma de divertimento.
Fonte da notícia:
Na Colômbia progride-se. A petição que assinei deu preciosos frutos. Em Portugal caminha-se ainda por trilhos mediavalescos, ensanguentados, viscosos, infectos…
Abolicionistas portugueses: ponham os olhos neste exemplo. Não basta o blá blá blá habitual É preciso PRESSIONAR os que podem e mandam.
Eis o comunicado que me foi dirigido (traduzido do original).
Julian Andrés Coy
Colômbia
«Feb 6, 2017 — Demos um grande passo! Aplaudimos o facto de o Tribunal Constitucional ter chumbado a norma que dava aval à existência de touradas, no entanto, a nossa luta continua.
O Tribunal concedeu ao Congresso dois anos para que legisle sobre as touradas. Isto implica que agora devemos pressionar o Congresso, recordando-lhes que o toureio tem os dias contados.
O Congresso não só deve legislar sobre a tauromaquia, como também sobre qualquer actividade que envolva animais na Colômbia. Se isto não acontecer essas actividades transformar-se-ão em delito.
Foi notável todo o apoio alcançado nesta petição. É incrível ver tantas pessoas juntas rejeitando o maltrato animal.
No entanto agora temos de estar mais unidos do que nunca. Chegámos a este ponto, graças à mobilização de milhares de pessoas como tu (61.803 assinantes), só falta um pouco mais.
A nossa luta continua, agora no Congresso.
Muito obrigada por fazeres parte desta comunidade. Em breve estaremos a convidar a todos para nos unirmos numa nova petição para pressionar o Congresso».
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A Colômbia pode contar comigo. Como sempre.
Fonte: