Nem o Rei mais avoado, cometeu a insensatez de estrangeirar a Língua herdada de Dom Diniz, o Rei Trovador. Nenhum dos mais incompetentes governantes republicanos jamais se rebaixou ao poder estrangeiro. Tinha de vir um socialista (José Sócrates) e um social-democrata (Cavaco Silva) já na era pós-25 de Abril (que se arma em democrata), para substituir a grafia portuguesa, pela grafia de uma ex-colónia que desprezou a língua que herdou, mutilando-a e desenraizando-a das suas nobres origens europeias.
Vem isto a propósito do comentário que recebi de Sérgio Lopes, ao meu texto «(Des)concerto de Ano Novo».
Sérgio Lopes comentou o post (Des)concerto de Ano Novo às 00:26, 03/01/2020 :
Isabel, pode fazer chegar ao Senhor ministro mais isto, sff? https://www.ufmg.br/online/arquivos/015374.shtml |
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Caro Sérgio Lopes,
Não sei a que senhor ministro se refere. O primeiro-ministro? O dos Negócios (DOS) Estrangeiros? O da (Des) Educação? Na dúvida, faz-se chegar isto a todos. E a mais alguns.
Não sei se tudo o que lhes envio é lido por eles ou não. Alguns têm a amabilidade de me responder. Outros, não. Tenho cá para mim, que talvez leiam, quando muito, por mera curiosidade. Se lêem e levam em conta o que lhes envio, isso é outra história.
Mas o que lhe quero dizer, caro Sérgio Lopes, é que é devido aos “marios perinis” brasileiros que se escreve e fala tão mal no Brasil. (Atenção! E isto não é ser xenófoba ou racista, como os ignorantes gostam de me taxar. Isto é relatar um facto. Certo?).
Esses “marios” transformaram o que ainda chamam “Português” (porque lhes dá jeito, para parecer que têm um idioma a sério) numa linguagem que já não é a portuguesa. Nem pouco mais ou menos.
Todos os que estudam Línguas estrangeiras (Inglês, Francês, Alemão, Castelhano) estudam a GRAMÁTICA como ponto fundamental de partida para uma LINGUAGEM ESCRITA ESCORREITA, porque é a escrita (e não a oralidade) que fixa o pensamento, algo que no Brasil se perdeu por completo. Nenhum país com uma Língua Íntegra, abdica da aprendizagem da Gramática. Nenhum. E todos fixaram a Língua.
Apenas países, com índices elevados de analfabetismo, como é o caso único do Brasil e de Portugal, se atiram para a triste aventura de simplificar o estudo da Língua, apenas porque ao Povo, conduzido por políticas e políticos culturalmente pobres e ignorantes, não lhe deram oportunidade de desenvolverem capacidades intelectuais para uma primorosa aprendizagem. E isto só acontece no Brasil e em Portugal. Em mais nenhum país do mundo civilizado.
O Brasil abdicou do estudo do Português e da Gramática (que foram substituídos pela disciplina «Comunicação e Expressão» paupérrima em saberes), simplesmente porque está-se nas tintas para a Língua herdada do colonizador, a pedra no sapato dos brasileiros que sofrem da “síndrome do colonizado”, e apenas destes, o que os impede de avançar culturalmente, mas não só. Os “marios”, que espigam no Brasil como uma lepra, não contentes com os estragos que já fizeram no que respeita à Língua herdada do repudiado colonizador, pretendem estender esses estragos à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Mas não vão conseguir.
São os que sofrem da “síndrome do colonizado” que suspiram por algo que nunca acontecerá: «Se tivéssemos sido colonizados pelos Ingleses seríamos os Estados Unidos da América do Sul…». Este sonho americano dos “marios” está assente numa gigantesca ignorância. Aos “marios” da Língua juntam-se os “marios” da História que, no Brasil, é ministrada de um modo completamente pervertido, induzindo os desventurados alunos a monumentais erros, que depois espalham por aí (a Internet está cheio deles) numa lamentável demonstração de ignorância, também monumental, sobre a realidade histórica, que não pode ser sonhada, mas tão-só admitida tal como ela foi. Não podemos reescrever a História, tal como ela aconteceu. O que podemos é aprender com os erros da História, para não os repetir no futuro.
Lamento muito que, passados tantos anos, desde que frequentei escolas brasileiras, nada tenha mudado para melhorar o Ensino, muito pelo contrário, comprovo que tudo piorou desastrosamente.
O Brasil, sendo um país grande, jamais será um grande país, enquanto não aceitar o seu passado português e a História comum a todos os países colonizadores. Enquanto não aprenderem que a HISTÓRIA não se faz sobre aquilo que nós gostaríamos que tivesse acontecido, mas sobre a realidade que caracteriza cada época.
Os Brasileiros desconhecem que, de todos os povos colonizadores (Espanhóis, Ingleses, Franceses, Holandeses), os Portugueses foram os menos cruéis, os menos destruidores, os menos racistas, e os que deixaram um maior legado cultural, algo que os Brasileiros pós-1822, não souberam absorver nem valorizar, fechando-se, infortunadamente, no seu “complexo de vira-lata”, conforme lhe chamou o dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues, o que os impediu de crescer.
Portanto, meu caro Sérgio Lopes, mandarei esta resposta ao seu comentário, a todos os ministros, para que eles próprios possam tirar ilações e escrever, ao menos, uma página sem nódoas, na nossa História Coeva, extinguindo aquele que foi o maior erro histórico, desde a fundação de Portugal.
É que nem o Rei mais avoado, cometeu a insensatez de estrangeirar a Língua herdada de Dom Diniz, o Rei Trovador. Nenhum dos mais incompetentes governantes republicanos jamais se rebaixou ao poder estrangeiro.
Tinha de vir um socialista (José Sócrates) e um social-democrata (Cavaco Silva) já na era pós-25 de Abril, que se arma em democrata, para substituir a grafia portuguesa, pela grafia de uma ex-colónia que desprezou a língua que herdou, mutilando-a e desenraizando-a das suas nobres origens europeias.
Por conseguinte, meu caro Sérgio Lopes, dispensamos todos os “marios”.
Isabel A. Ferreira
Um desabafo revoltoso de Abílio Mendonça de Carvalho, o qual o é também de milhares de Portugueses, de acordo com o próprio.
(Nota: os trechos a negrito são da responsabilidade da autora do Blogue)
Texto de Abílio Mendonça de Carvalho
«Sim, é verdade. A Língua Portuguesa está aferrolhada a sete chaves, cativa das mentiras emanadas do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. E quem tem as chaves é o ministro socialista, Augusto Santos Silva. E ele, e só ele, diz o que se pode dizer sobe este cativeiro. E ele, e só ele, é o dono da língua.
Isto é um facto confirmado.
Estou em crer que o MNE, na pessoa de Augusto Santos Silva, principal envolvido e responsável do esquema do AO/90, deve ter um observatório de supervisão de acordistas.
Pelo estilo tirano que lhe é peculiar, Augusto SS conseguiu calar o Presidente da República sobre o AO/90, após a visita que este fez a Moçambique. O PR nunca mais falou do assunto, perfilou-se ao lado dele, limitando-se a emitir opiniões extemporâneas sem nexo, o que demonstra, em minha opinião, “estar-se puramente nas tintas”, e o que faz por aí é só protagonismo… e nada mais.
Mas Augusto SS conseguiu também calar os partidos políticos, representados no Parlamento, que, obedientemente, aceitam as mentiras emanadas do seu ministério, e não têm sequer ideias próprias. Por toda a parte, toda a gente tem medo de sofrer represálias, de perder os tachos, os privilégios, ou que se lhes instaurem processos disciplinares. Então existe uma nota ministerial chapa cinco, que todos têm de saber de cor e salteado, como bons paus-mandados, e depois papagueá-la, quando são questionados a este respeito.
Entretanto, “O Lugar da Língua Portuguesa», da Isabel A. Ferreira, a quem agradeço, uma vez mais, a abertura do blogue, para a publicação deste meu desabafo revoltoso, o qual o é também de milhares de portugueses, publicou algumas denúncias das fraudes e mentiras em que o AO/90 está assentado, e é de estranhar todo este silêncio por parte dos desacordistas, do presidente da República, dos partidos políticos, da própria comunicação social, tão preocupada com as fraudes de tantos vigaristas em tantos lugares-chave da função pública, mas quanto às fraudes do AO/90, andam todos muito calados, numa cumplicidade, deveras notória.
Já era (é) tempo de a justiça fazer alguma coisa, a este respeito, mas como estamos em Portugal, já sabemos como ela funciona, ou melhor, como não funciona, e é talvez, baseados nesta premissa, que se anda por aí a fazer de conta que nada foi denunciado, que as mentiras e fraudes não existem, e que a questão do acordo ortográfico é uma não-questão. Inatacável. Um ponto assente.
E como se engana, quem assim cogita.
O problema é que o AO/90 não é uma não-questão. O AO/90 é precisamente um problema gravíssimo, que extinguirá a Língua Portuguesa, se não se travar esta onda de ignorância e prepotência dos governantes, iniciada, como se sabe, com Cavaco Silva, que foi levado pela ideia alienígena da uniformização das ortografias portuguesas, pela sua génese, assente na parlapatona e inexacta proposta de Malaca Casteleiro, por Portugal, e de Evanildo Bechara, pelo Brasil, e também pela determinação estapafúrdia em uniformizar o que não é uniformizável no seio da CPLP, tendo sido estrategicamente excluídos os africanos de língua oficial portuguesa e os timorenses, que não foram chamados para esta questão.
Consequentemente, o AO/90 impôs-se também pela ignorância e prepotência de Santana Lopes e do governo de José Sócrates, e do actual governo, comandado por Augusto Santos Silva, a quem já denominam o Kaiser e o SS da Língua (o qual anda a fazer o frete a quem bem nós sabemos) pela sua despótica, ilegal e inconstitucional ordem de imposição do AO/90 no Ensino, em Portugal, e em muitos casos, socorrendo-se de vis chantagens: ou aplica o AO/90 ou chumba, ou não se aceitam as teses de mestrado, ou levam com um processo disciplinar, e por aí fora…
Os que já passaram por isto deviam denunciar estas prepotências.
Supõe-se que os mais prováveis favorecidos deste negócio, que se traduziu no uso ilegal do AO/90 em Portugal, sejam os editores, cujos lucros se ancoram nas negociatas com o Estado português, que é como quem diz, com o Ministério da Educação. Isto é verdade, mas existem outros interesses para além destes: interesses meramente políticos, em que a Língua Portuguesa é a moeda de troca.
Daí que se afirme que a Língua Portuguesa está cativa das mentiras emanadas do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, aquele que manda calar.
Porquê calar? Porque esperam que ninguém se atreva a ir mais longe, para não terem de admitir publicamente que mentiram e andaram a engendrar fraudes para impor e manter algo que de outro modo seria impossível, pela mais do que óbvia inviabilidade de unificar oito ortografias portuguesas, com características linguísticas e culturais completamente distintas. Só mesmo através da mentira seria possível impor um “acordo” que, aliás nunca o foi, nunca existiu, e não está em vigor na Ordem Jurídica de nenhum país, que integra esse organismo (que tresanda a resquícios coloniais, e a interesses político-diplomáticos) denominado CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), e, consequentemente, nem sequer na Ordem Jurídica Internacional.
Por isso, é urgente combater, em todas as frentes, incluindo, nas escolas, aliás, particularmente nas escolas, a imposição do AO/90, pelo prepotente e ignorante poder político.
É que conforme, li algures numa rede social, «é fácil ser valente e autoritário quando se enfrenta quem não pode prejudicar-nos, ou penalizar material, física ou espiritualmente. Mas a Humanidade só evoluiu com aqueles que correram esses riscos reais. Se Sócrates (o filósofo grego, não o ex-governante que nos impingiu coercivamente o AO90), Cristo, Galileu, Darwin, Aristides de Sousa Mendes, Churchill, Stauffenberg, Einstein, Mandela, Xanana Gusmão, Gandhi ou as bravas mulheres do Curdistão Sírio não tivessem optado por vencer o medo, por enfrentar corajosamente os poderes imensos e implacáveis que ousaram desafiar, a civilização humana não teria avançado um milímetro».
Precisa-se urgentemente de rebentar com as grades dos calabouços do MNE, onde encerraram a Língua Portuguesa, consumida por um fogo de mentiras, para que ela se liberte e renasça das cinzas.
Ao que li neste Blogue, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico (ILC-AO) finalmente foi admitida na Assembleia da República. E este é o momento ideal para rebentar com as referidas grades. Assim haja coragem política por parte da oposição ao governo despótico de António Costa e dos seus autómatos ministros.
Espera-se também que, finalmente, o presidente da República Portuguesa dê o ar da sua (des)graça e se imiscua nesta questão, que, mais do que tirar selfies, é de crucial importância para o nosso País, que está em vias de ser colonizado.»
Abílio Mendonça de Carvalho
Lamego, 19 de Novembro de 2019
Os governantes de Angola tiveram o bom senso e carácter de consultar a Academia de Letras do país. Em Portugal, os políticos é que tomam decisões de assuntos que não lhes pertencem....
Não estávamos à espera de outra coisa, por parte de Angola, até porque a Língua de uma Nação livre, que não foi tida nem achada para o engendramento do AO90, o qual esteve apenas a cargo de Evanildo Bechara (Brasil) e Malaca Casteleiro (Portugal), não pode ser desvirtuada ao sabor da ignorância dos políticos.
Parabéns, Angola! Haja alguém lúcido, para esmiuçar o AO90, que não serve os interesses de nenhum país dito lusófono/lusógrafo, à excepção (globalmente) do Brasil. E isto não é uma opinião. É um facto. (IAF)
Origem da imagem: Internet
Texto publicado no Jornal Público aqui:
(Os excertos a negrito são da lavra da autora deste Blogue)
Língua Portuguesa
Academia Angolana de Letras contra ratificação do acordo ortográfico
Texto de José Sousa Dias (Agência Lusa)
10 de Outubro de 2018, 18:27
A Academia Angolana de Letras pede ao Governo de Angola que não ratifique o Acordo Ortográfico (AO) de 1990, defendendo que “trouxe mais problemas do que resolveu” e que necessita de ser revisto.
A Academia Angolana de Letras (AAL) pediu esta quarta-feira ao Governo de Angola que não ratifique o Acordo Ortográfico (AO) de 1990, perante os “vários constrangimentos identificados” no documento, que necessita de uma revisão.
A decisão foi apresentada pelo reitor da Universidade Independente de Angola e membro da AAL, Filipe Zau, numa conferência de imprensa em que, pela primeira vez, a academia, criada oficialmente em Setembro de 2016 e que conta com 43 membros, tomou uma posição pública sobre o acordo ortográfico, apresentado em 1990.
“Recomendamos a todos os Estados [membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP] e ao Estado angolano que é necessário rectificar para que se possa ratificar”, disse à agência Lusa Filipe Zau.
Segundo o docente, a academia, que tem como patrono e ocupante da “cadeira número um” o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto (1922-1979), decidiu tomar posição após auscultar os seus membros. “Não estamos contra o acordo ortográfico em si, estamos contra este acordo”, sublinhou.
“Um número elevado de excepções”
No comunicado, a AAL apresenta um conjunto de razões para justificar a tomada de posição, destacando que, no âmbito dos pressupostos do Acordo Ortográfico de 1990, existe “um número elevado de excepções à regra” que, acrescenta-se, “não concorre para a unificação da grafia do idioma [português], não facilita a alfabetização e nem converge para a sua promoção e difusão” em Angola.
Por outro lado, a AAL lembra que o acordo “diverge, em determinados casos”, de normas da Organização Internacional para a Padronização (ISSO) sobre o conceito ligado à ortografia, além de “não reflectir” os princípios da UNESCO nem os da Academia Africana de Letras (Acalan) sobre a “cooperação linguístico-cultural com vista à promoção do conhecimento enciclopédico e de paz”.
“Face aos constrangimentos identificados e ao facto de não ser possível a verificação científica dos postulados de todas as bases do AO, factor determinante para a garantia da sua utilização adequada, a AAL é desfavorável à ratificação por parte do Estado angolano”, lê-se no documento.
A AAL sublinha que, tendo em conta a contribuição de étimos de línguas bantu na edificação do português, o AO não considera a importância das línguas nacionais angolanas como factor de identidade nacional.
“A escrita de vocábulos, cujos étimos provenham de línguas bantu, deve ser feita em conformidade com as normas da ortografia dessas línguas, mesmo quando o texto está escrito em português”, defende a AAL, entidade presidida pelo escritor Boaventura Cardoso e que tem Pepetela como presidente da mesa da assembleia geral.
A academia, sublinha-se no documento, constatou a necessidade de o AO ter de ser objecto de “ampla discussão” entre os vários Estados-membros da CPLP, considerando “indispensável” que se estabeleça um “período determinado para a análise, discussão e concertação de ideias” à volta do assunto.
“Tem de se encontrar um denominador comum que permita harmonizar a refere a AAL, recomendando “maior investimento” dos Estados num “ensino de qualidade”, quer em português, quer nas línguas nacionais, “como contribuição para a preservação” dos vários idiomas.
Na conferência de imprensa, o presidente da AAL, Boaventura Cardoso, lembrou que, em Angola, a língua portuguesa é a oficial e é falada “mais ou menos em todo o país”, tendo-se tornado “materna” para grande parte dos angolanos, uma vez que 65% da população utiliza-a na comunicação diária, tal como revelou o último censo populacional de 2016.
Para Boaventura Cardoso, muitos dos problemas que se levantam e que constituem erros passam sobretudo pela ausência do AO de 1990 dos sons pré-nasais, duplos plurais e de respeito pelos radicais das palavras que emigram das línguas nacionais para o português.
“Impõe-se, pois, rever esta situação e, no nosso caso particular, rever a questão da escrita da toponímia angolana, reassumindo os ‘k’, ‘y’ e ‘w’ na grafia da língua portuguesa”, sublinhou, exemplificando ainda com dois casos de sons pré-nasais. “‘Ngola’ ou ‘Gola’. No primeiro caso, ‘Ngola’, trata-se do título do titular máximo do poder no contexto da língua nacional kimbundu. Sem o som pré-nasal, significa a parte superior de uma peça de vestuário. O mesmo se passa com ‘Mfumu’ e ‘Fumo’: ‘Mfumu’ significa ‘chefe’ nas várias hierarquias. Fumo significa o que de tal termo se conhece na Língua Portuguesa”, exemplificou.
Para Boaventura Cardoso, o AO de 1990 “trouxe mais problemas do que resolveu”: “Trouxe o iminente risco de uma deriva arriscada que pode levar à desvirtualização da Língua Portuguesa.”
Dos nove países da CPLP, apenas quatro Estados ratificaram o acordo: Cabo Verde, Brasil, São Tomé e Príncipe e Portugal.
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É preciso acrescentar que, destes quatro países, que ratificaram o AO90, Cabo Verde já descartou o Português, elevando o Crioulo Cabo-Verdiano a Língua Oficial, passando o Português para língua estrangeira. No que Cabo Verde fez muito bem.
Isabel A. Ferreira