Texto de Mariano Soares
Como é do conhecimento público e como tem sido hábito pelas sanjoaninas, Angra do Heroísmo transforma-se na capital da tortura de bovinos e da deseducação de jovens e crianças. Tal só é possível com o apoio por parte da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, nos últimos cinco anos, de um milhão e trezentos mil euros e este ano de cem mil euros.
Se formos investigar os programas das festas ao longo dos tempos facilmente se concluirá que a “nobreza” angrense sempre associou umas festas com uma forte componente recreativa ao mais arcaico e vil acto de torturar e matar animais para divertimento de seres que se dizem humanos.
Não vamos ser exaustivos e comentar ano a ano os diversos programas apresentados pelas diversas comissões organizadoras das sanjoaninas para não massacrar os corações dos seres humanos mais sensíveis. Neste texto, limitar-nos-emos a dar a conhecer alguns aspectos menos conhecidos que não abonam a favor do bom nome dos angrenses, pois nem todos têm culpa de na sua terra viverem pessoas sem escrúpulos e sanguinárias.
Entre 1812 e 1814, o inglês Briant Barret visitou as sete ilhas dos Açores do grupo central e oriental, tendo assistido na ilha Terceira às festas do Espírito Santo e às festas em honra de São João.
Num manuscrito ainda inédito, existente na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, Barret relata as barbaridades que observou numa tourada onde, para além dos touros, eram vítimas de maus tratos outros animais, como gatos, coelhos e pombos.
Em 1839, segundo o jornal “O Angrense”, no último dia dos festejos, houve uma simulação de uma caçada, sendo as vítimas coelhos e pombas e algozes quem matou não por necessidade de alimento mas por puro sadismo. Para os leitores ficarem com uma ideia do divertimento abaixo transcrevemos o relato do que ocorreu:
“Depois de sair a Dança, quando todos os espectadores estavam mutuamente aplaudindo o espectáculo, e não esperavam senão pela cavalhada, um novo entretenimento inesperado deu entrada na Praça, que obteve muita aceitação. Alguns mascaras era trajes de caçadores, trazendo uma matilha de cães, e a tiracolo os seus furões, fizeram introduzir na Praça uma coluna artificial, coberta de arbustos e fetos, dentro da qual estava invisível um indivíduo, que lançando amiudadamente pombas e coelhos, dava aos caçadores aquele prazer que sentem em empregar um tiro. O latido dos cães que corriam atrás dos coelhos, a sagacidade do furão que desalojava, e trazia os que se escondiam nas covas do monte; a bulha, os gestos, e vozearias dos caçadores, dava perfeitamente uma ideia do que é uma caçada, e satisfez por extremo aos que nunca tinham visto aquele divertimento”.
Num texto publicado em 1925, Gervásio Lima descreveu como eram as festas de São João na Ilha Terceira. Através da sua leitura ficámos a saber que houve grandes alterações, uma das quais foi o facto dos responsáveis pelas mesmas terem sobrevalorizado a componente profana e mandado às urtigas a religiosa. Na componente profana, com a bênção da igreja que se agarra a tudo para não perder seguidores, nunca faltaram as touradas, primeiro com touros em pontas “até que um decreto ordenou que se serrassem as pontas, pelas muitas mortes que causavam…”
Sobre o assunto, escreveu Gervásio Lima: “Os jogos de luta e destreza, as justas e torneios, que terminavam sempre por corridas de toiros, em pontas, nos primeiros anos, em que chegaram a matar segundo o uso de Espanha e, talvez, por influência da dominação filipina que na alvorada do século XVII exerceu predomínio nos costumes terceirenses”.
Nem no ano em que Portugal saiu de uma ditadura que, para além de torturar e matar os seus cidadãos que pensavam de modo diferente ou os que, sendo da mesma laia, caíam em desgraça, sempre acarinhou a tortura animal, as festas de São João de Angra do Heroísmo deixaram de torturar touros e cavalos.
Em 1974, para além de uma tourada à corda e de uma espera de gado, realizaram-se três touradas de praça. A primeira tourada de praça mereceu um texto publicado no Diário Insular assinado por Bruges da Cruz que demonstra a sua falta de humanidade já que nem uma palavra escreveu sobre a tortura animal, sendo a única preocupação com a mansidão dos touros. Segundo ele “na verdade, com touros tão mansos não se pode tourear”.
Não podia terminar este texto sem dedicar uma frase ao senhor Bruges da Cruz e a todos os promotores e frequentadores de touradas: “com gente tão reles, sádica e retrógrada o mundo não pode evoluir”.
20 de Junho de 2016
Mariano Soares
Fonte:
(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático).
É preciso ter consciência do mal
Vamos enviar manifestos de repúdio à ZARA.
A ZARA utiliza Coelhos, que são esfolados vivos e atirados sem dó nem piedade para uma gaiola para que o seu pelo cresça novamente.
Chegam a sangrar e a gritar de dor, como qualquer um de nós faria, se nos arrancassem a pele.
Obrigatório ver este vídeo, principalmente quem usa peles:
https://www.facebook.com/photo.php?v=279735522189412&set=vb.199845816845050&type=2&theater
https://www.facebook.com/Zara?fref=ts
https://www.youtube.com/watch?v=PtAFHyXS31M
Petição contra venda de peles:
https://secure.avaaz.org/en/petition/Proibicao_da_exportacao_importacao_e_venda_de_peles_no_Brasil
Fonte:
***
Dez razões para deixarem o "angorá" fora do vosso guarda-roupa:
A próxima vez que fizerem compras de roupas novas, por favor, percam um pouco de tempo a ler o rótulo da camisola ou cachecol. Se ele disser que é "angorá", a peça provavelmente começou por ser um animal vivo, cuja pele lhe foi repetidamente arrancada do corpo.
A seguir estão 10 razões para deixarem o "angorá" fora do vosso guarda-roupa.
1. Os desumanos trabalhadores destas fazendas, arrancam violentamente as peles dos coelhos com os animais vivos e a gritar de dor. (Ver vídeo acima)
2. Os coelhos suportam este sofrimento terrível e bárbaro a cada três meses da suas vidas.
3. Depois de lhes ter sido arrancado todo o pelo, os coelhos voltam às suas minúsculas gaiolas sujas, onde ficam imóveis, atordoados e em estado de choque.
4. Os coelhos, massacrados, são firmemente amarrados pelas pernas, suspensos no ar ou esticados em placas. Com ferramentas de corte bem afiadas, os carrascos vão-lhe cortando a pele e inevitavelmente, eles lutam desesperadamente para poder escapar.
5. O cheiro a amónia que vem a partir do chão encharcado de urina dos pobres animais, muitas vezes faz com que os seus olhos estejam sempre irritados e infectados.
6. Os coelhos na natureza podem andar livremente e sem grandes limitações, mas nas fazendas de peles, eles são encerrados individualmente em gaiolas de arame, não sendo estas muito maiores do que os seus próprios corpos.
7. As gaiolas são empilhadas em fileiras e estas em camadas sobre camadas, como qualquer outro animal de criação de industrial.
8. Por vezes tantas fileiras quanto os olhos podem ver.
9. Após dois a cinco anos, os coelhos que sobreviveram a este abuso repetido da extracção da pele, serão recolhidos e abatidos.
10. As suas gargantas são cortadas, e a pele é arrancada definitivamente dos seus frágeis corpos, os quais serão processados e vendidos para a comida humana.
Fonte:
Será que entendemos bem?
Isto é uma carnificina, não justificável, nos tempos que correm… Se não fossem as pedras da rua e as pernas dos carniceiros, diria que estávamos algures à entrada de uma caverna na Idade da Pedra…
(origem da foto) http://arronchesemnoticias.blogspot.pt/2010/10/arronches-calendario-venatorio-da.html
A notícia não menciona nomes, mas o referido questionário a aplicar aos caçadores, insere-se no âmbito de uma pesquisa para a realização do Doutoramento em Gestão, na Universidade de Trás-os-Montes-e-Alto-Douro e que servirá de apoio na elaboração da tese com o tema: «Emoções e motivações associadas ao Turismo Cinegético – caso das Zonas de Caça Turísticas (ZCT) da região do Alentejo.»
Pede-se que se responda com a máxima sinceridade a todas as questões. Não há respostas boas ou más, correctas ou incorrectas, o importante é que a resposta traduza a forma de sentir e de pensar de um caçador.
A pergunta que mais feriu a minha susceptibilidade foi a seguinte:
- Quais são os seus troféus preferidos?
Perdizes, Codornizes, Coelhos, Pombos, Rolas, Patos, Narcejas, Galinholas, Javali, Veado, Tordos, Lebres…
Esqueceram-se das Raposas… Na Póvoa de Varzim, os caçadores fazem batidas às Raposas…
Ao que chegámos... Ou melhor, ao que ainda NÃO CHEGÁMOS: à CIVILIZAÇÃO!
Os legisladores portugueses não reconhecem os Touros e os Cavalos como animais. E para quem faz este doutoramento, os animais aqui referidos também não são animais: são uma espécie de TAÇAS de torneios, de campeonatos, de competições.
Por onde andará a LUCIDEZ, neste meu País cheio de gente mentalmente POBRE e PRIMITIVA?
E qual é o papel das Universidades na preparação de futuros senhores “doutores”?
Serão “doutores da mula ruça”, como diria um amigo meu, já falecido.
Para quem não sabe, os dicionários esclarecem que a expressão “doutor da mula ruça” usada em registo familiar e em tom depreciativo, se aplica a «indivíduos que possuem um título ou um diploma, mas que não têm os conhecimentos de que se dizem detentores».
É o que mais temos, em cargos públicos e de responsabilidade.
Isabel A. Ferreira
Ricardo, deixou um comentário ao post Da caça e dos caçadores às 20:44, 2013-06-20.
Comentário:
«Como jovem caçador, devo dizer que você não tem a mínima noção daquilo que esta a dizer. Para já caçador não é Matador, caçador é conservador, protector e equilibrador das espécies.»
Matador é no talho.
Ó Ricardo, se, neste momento, pudesse ver o meu sorriso… É de condescendência… Vê-se logo que é “jovem”, ou talvez inexperiente, ou talvez desconhecedor da terminologia adequada às circunstâncias.
Bem sei que ninguém gosta que lhe chamem MATADOR.
Podia chamá-lo de ASSASSINO, que ainda era pior. Porque quem MATA um SER VIVO é MATADOR. Isso não há qualquer dúvida, ou assassino, ou verdugo, enfim…
O talho é matador? Não sabia. Ou será que é o homem do talho, o que retalha o corpo morto de um animal? Mas não é ele que o mata. Nem o talho. Logo não são eles os MATADORES.
Devo lhe dizer que nos tempos que correm se nao fossem os caçadores, a maioria das espécies cinegéticas, para não dizer TODAS, ja estariam extintas.
Pois devo dizer-lhe eu, que nos tempos que correm, se não fossem os caçadores, muitos animais NÃO ESTARIAM EXTINTOS.
Isso é um mito tão sem fundamento como o dos Touros, sem as touradas.
Os animais não nasceram para ser caçados. Se eles tiverem de se extinguir, extinguem-se por razões naturais, não por acção assassina do homem predador.
Muitas espécies já estão extintas ou em vias de extinção, devido a essa ignorância dos caçadores.
O caçador preocupa-se na sua conservação, através de Repovoamentos e controlo de predadores que põem por vezes em risco essas espécies.
Isto não é verdade. É uma desculpa muito esfarrapada, para justificarem o vosso INSTINTO PRIMITIVO DE MATAR.
Basta de mal tratar o pobre do caçador, peço lhe que se informe e perceba que o caçador é amigo da natureza, é claro que mata, mas digo-lhe quando um caçador por ano mata 50 coelhos no ano a seguir são repovoados centenas deles.
Coitadinho do “pobre” caçador! Coitadinhos é dos COELHOS, que estão sossegadinhos no seu habitat e vêm uns monstrengos de arma na mão e tiram-lhes a vida, sem dó nem piedade.
Tenha santa paciência, isso faz parte de instintos assassinos! Que repovoamento, que treta!
A Natureza NÃO PRECISA da intervenção do animal humano-predador, para se repovoar, ou refazer.
Antes do animal-homem, já existiam animais, que sabiam CUIDAR DO PLANETA, coisa que o homem-predador não sabe.
As entidades que gerem o sector da caça e sobretudo todos os defensores dos animais, preocupam-se em ofender, reprimir e prejudicar o caçador, mas nao se preocupam pela causa primcipal causa que lhe é incumbida, que é defender os animais.
Defender os animais, MATANDO-OS? Vê-se logo que tem um “raciocínio” de predador. Isto é de doidos! Só pode ser!
Em jeito de exemplo devo lhe dizer, caso nao saiba, que nos dias de hoje o principal MATADOR do coelho-bravo chama-se MIXOMATOSE e HEMORRAGICA, todos os caçadores e principalmente associaçoes de caça se preocupam em combater esta doença com os poucos meios que têm, e as entidades a quem lhes compete isso pouco ou nada fazem para descobrir a cura para esta terrivel doença.
Ai sim? Não é isso que dizem os MÉDICOS VETERINÁRIOS. Que competência médica têm os MATADORES para combater doenças de coelhos?
E a batida à raposa? Que mal há com as raposas e com os outros animais, as belas aves, que têm o direito de viver livremente e condignamente no seu habitat?
Antes de comentar este meu post, pense.... assista a uma caçada... veja o trabalho que é feito 365 dias por ano pelo caçador para ajudar a conservaçao da natureza.
Deus me livre! Não sou sádica para andar a ver MATAR os meus irmãos animais. Que conservação da Natureza! Vocês lá sabem o que isso é!
Pare de ofender, exponha a sua ideia. A caça nunca ira acabar enquanto houver caçadores, percebam isso, e ajudem a conservar a natureza. O entao vao apanhar aquelas pessoas que realmente cometem crimes. CAÇA NAO É CRIME. CAÇA É conservaçao e tradiçao.
Ofender? Quem é que estou a “ofender”?
Dizer a verdade é ofender?
E o que exponho não são ideias, SÃO FACTOS. Factos reprováveis, criticáveis, numa sociedade que já não precisa da caça para nada.
MATAR não é, nem nunca foi sinónimo de CONSERVAR A NATUREZA.
A CAÇA É UM BIOCÍDIO. É UM CRIME CONTRA ESSA NATUREZA.
MATAR NUNCA FOI TRADIÇÃO EM PARTE ALGUMA.
Matar foi uma NECESSIDADE nos tempos primitivos, que se transformou num HÁBITO de predadores.
Que idade disse que tinha?
Disse ser jovem?
Não, não é. Tem pelo menos uns milhares de anos de atraso… Vive num tempo que já não existe, e tem uma mentalidade desses tempos idos...
Não evoluiu nada.
Isabel A. Ferreira