Enviado à ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social)
(info@erc.pt)
Exmos Senhores:
Na edição do “Correio da Manhã” do dia 26 de Novembro de 2015, foi publicada uma chamada na primeira página, com uma fotografia de António Costa e esta INCRÍVEL “coisa”: «Costa chama cega e cigano para o Governo».
A referência a estes dois novos governantes, utilizando a cegueira e uma etnia como principais características dos mesmos, revela uma imensurável falta de PROFISSIONALISMO e uma apetência irracional pelo RACISMO e XENOFOBIA inaceitáveis num órgão que se diz de INFORMAÇÃO.
Atendendo à gravidade desta situação, solícito à ERC uma tomada de posição junto dos responsáveis do CM (ao qual até me custa chamar jornal), bem como do ou da jornalista que comete tamanha insensatez e envergonha a classe jornalística.
Que exemplo será este para os nossos jovens, embora saibamos que o CM seja um pasquim ao serviço de um lobby nada recomendável?
Espero que seja feita justiça aos dois governantes atingidos por este petardo, e os quais têm o direito à governação e ao RESPEITO.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Nunca na história da humanidade se havia premeditado um assassínio em massa, de proporções tão descomunais, tão cruéis, apenas porque se era judeu, ou cigano, ou deficiente, ou homossexual, ou velho, ou criança, simplesmente porque sim…
Foi o tempo em que psicopatas detiveram o poder, um poder letal, absoluto, demente…
Não, não estávamos no tempo dos homens rudes e inscientes, que faziam da guerra e dos massacres de povos um modo de sobrevivência…
Estávamos em pleno século XX, da era dita cristã…
Num tempo em que a Europa ainda se refazia da loucura que também foi a Primeira Guerra Mundial, a qual devastou povos e cidades, matando milhões de seres humanos, numa onda gigantesca de simples malfazer (1914-1918).
E os que se consideravam “homens” nada aprenderam com essa primeira experiência global da loucura.
Ainda mal refeita dessa onda destruidora, a Europa viu-se novamente envolvida pela alucinação de um louco bem-falante que conseguiu alienar milhares de outros loucos num outro conflito militar global que durou de 1939 a 1945.
Isto é o que se chama "matar com requintes de malvadez…"
Auschwitz foi o “rosto” mais cruel do genocídio gerado por um dos maiores monstros da História do Homem: Adolf Hitler, que, para bem da Humanidade, não deixou descendência, de outro modo, ter-se-iam suicidado, por não aguentarem o peso de um nome tão ignominioso.
Auschwitz representa o que de mais primitivo e cruel se esconde na mente dita “humana”.
Ali foram cometidos os piores e mais irracionais e requintados crimes contra a humanidade, nos quais, se não existissem filmes e fotografias e testemunhos (ainda) vivos, nenhum ser racional jamais poderia acreditar.
Por isso, o mundo nunca poderá esquecer Auschwitz.
Por isso, devia ser obrigatório ler todos os livros escritos sobre esta inominável loucura. Devemos isso aos sobreviventes. Aos que pereceram. Aos que foram vítimas da tirania de um louco.
Na tarde de um Sábado, a 27 de Janeiro de 1945, faz hoje 70 anos, cerca de 7 mil judeus, que ainda se encontravam neste campo da morte, foram libertados pelos soviéticos que, para mal da humanidade, também criaram campos de concentração, os chamados “gulags”, na Sibéria, onde foram exterminados milhares de homens e mulheres que não alinhavam com a loucura de outro monstro da história: Josef Stalin. E o “gulag” tornou-se um símbolo da repressão da ditadura deste que nada ficou a dever à loucura de Hitler.
Enfim…
O dia 27 de Janeiro representa o suspiro de alívio para aqueles que conseguiram sobreviver ao inferno de Auschwitz.
Para completar este tributo, sugiro que abram estes links e vejam esta Memória do Holocausto:
http://pt.slideshare.net/beaefm/memoria-holocausto
http://expresso.sapo.pt/oficio-de-matar=f908141
http://expresso.sapo.pt/ao-lado-do-anjo-da-morte=f908176
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Mas também foi num dia 27 de Janeiro, em 1756, que nasceu um dos maiores génios musicais de todos os tempos: Wolfgang Amadeus Mozart.
Por isso, sinto-me honrada em ter também nascido no dia 27 de Janeiro. Um dia marcado pelo génio humano e também pela libertação de milhares de seres humanos.
E é com a divina música de Mozart que presto a minha homenagem a todos os que, em nome da loucura ou em nome de nada, foram sacrificados em Auschwitz, e aos que sobreviveram para nos contar o incontável, o inacreditável, o que nunca deveria ter acontecido á face da Terra.