«Não é dia de celebração.
É dia de denúncia.
Não há polimento possível que retoque o que não tem ponta por onde se lhe pegue. É um exercício fútil tentar ancorar algo no vácuo: a ideia de a ortografia navegar à mercê das ondas do elemento mais indomável, flutuante, contingente, mais variável geográfica, temporal e individualmente que há na língua – a pronúncia, evidentemente.
Revogue-se o «Acordo».
Manuel Matos Monteiro
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Penso que a melhor maneira de evocarmos o “10 de Junho”, Dia de Camões e da Língua Portuguesa, de Portugal e dos Portugueses, é expor ao mundo exemplos da RESISTÊNCIA que está em curso, e que é um bom exemplo de que em Portugal ainda temos gente suficientemente corajosa para lutar pelo seu património linguístico, desprezado por quem tem o dever constitucional de o defender.
A actual sociedade portuguesa é composta por quatro grupos de pessoas: os que mandam; os que obedecem; os que se resignam; e os que resistem, insistem e persistem. E será este último grupo que expulsará os vendilhões da Língua Portuguesa e que devolverá a Portugal a sua Identidade Linguística.
Os governantes portugueses têm de ser pulverizados com as verdades irrefutáveis sobre a inutilidade do AO90, e que não há como rebater, até que compreendam que estão a ser os algozes da Língua Portuguesa, e é como algozes que ficarão para a História se nada fizerem para anular o inconcebível e ilegal acordo que está a esvaziar a Língua Portuguesa da sua individualidade.
A Identidade portuguesa, tal como a identidade de todos os países livres do mundo, é a Língua, muito mais do que o território. A Língua de um Povo é a coluna vertebral da sua Identidade, citação de Jacques Attali, economista e escritor frncês.
Não saberão os governantes portugueses desta verdade tão óbvia, tão óbvia, que até uma criança consegue avaliar?
Os textos seleccionados para evocar este “Dia de Camões e da Língua Portuguesa” foram-me enviados no âmbito do APELO que um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses aos quais já se juntaram Brasileiros, enviou ao Presidente da República, e vai continuar a enviar até que o AO90 seja eliminado do território português. As palavras destes cidadãos dizem do estado d’alma de quem sofre, ao ver que não temos, em Portugal, governantes que defendam, como é do seu dever constitucional, a nossa Identidade, com quase mil anos de história, assente na nossa Língua, com mais de 800 anos de existência.
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Este texto evocativo do Dia de Camões e da Língua Portuguesa vai ser enviado ao Presidente da República, ao governo e aos Deputados da nossa pobre Nação, que tem a infelicidade de estar a ser invadida por uma gigantesca onda de ignorância, sem precedentes, em toda a existência do Reino, do Império, da República, da Ditadura e da actual pseudo-democracia de Portugal.
Evoquemos a NOSSA Língua Portuguesa, com palavras de profundo repúdio pela vil tentativa de, através da imposição ILEGAL do AO90, destruir o NOSSO Património Linguístico, aquele que, mais do que o território, constitui a coluna vertebral da nossa identidade.
Isabel A. Ferreira
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Textos de subscritores do APELO:
«Concordo em absoluto que reúna num texto as contribuições dos subscritores e o publique no seu Blog a enviar para o PR, que neste momento só vê Lulas e mais Lulas. Por isso, é bom deixar passar a febre da lulice aguda e logo, logo a seguir ao 25 de Abril , enviar de novo para o PR e agora via CTT o APELO e a nova lista de subscritores que, felizmente, continuam a chegar.
Não podemos desistir. A razão está do nosso lado e a força bruta está do lado contrário. É urgente, inclusive, enviar o seu Blog, como sempre o tem feito, para todos os continentes onde há portugueses e que muitos possam dar a sua contribuição nesta justa luta. Há, certamente, milhões espalhados um pouco por todo o mundo que abominam o infame AO90 e não o utilizam, porque é irracional, confuso, facilitista, absurdo, tendo nascido no meio de sombras sinistras, lobbies, jogos de poder inacreditáveis. Aliás, a história do infame está por fazer e não serão os que o pariram e o impuseram ao país de forma totalitária que terão alguma vez discernimento e capacidade para escrever tal história. Esta tem de ser escrita. E já vai bem longa. Estou neste momento a lembrar-me, por exemplo, do trabalho gigantesco que a Isabel teve em reunir especialistas na matéria, juristas, psicólogos, jornalistas, historiadores, para enviar o resultado do trabalho para a UNESCO, repudiando o infame AO. Era bom tornar pública também a resposta desta organização que talvez tenha tido alguma credibilidade num tempo passado, mas que actualmente deixa muito a desejar...
[A resposta da UNESCO foi curta, grossa e dúbia, então, pedimos que nos esclarecesse, pois o que nos disseram não tinha pés nem cabeça, nem sequer era atingível, para podermos esclarecer os Portugueses. Até hoje estamos à espera da resposta – I.A.F.].
A desobediência civil é a arma mais poderosa que temos ao nosso dispor. Basta de medos. São estes que agradam à força bruta, ao totalitarismo e não à razão e à inteligência humanas.
É a obediência dos povos que alimenta a tirania dos governos (Agostinho da Silva). As obras deste grande filósofo português deviam ser inseridas nos currículos durante toda a escolaridade obrigatória. Talvez a sociedade portuguesa acordasse do marasmo em que foi obrigada a mergulhar ao longo de dezenas de anos de sucessivos desvarios governamentais e atentados contra a Cultura Portuguesa.
Saudações anti-acordistas SEMPER
Idalete Giga (livre-pensadora)»
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Olá,
O meu nome é António Miguel Pinto dos Santos.
Sou cidadão português, nascido e criado, mas no momento vivo em Londres há já 9 anos, neste momento trabalho como gerente de restaurante.
Adoro literatura sempre gostei de ler e não acredito no que está a acontecer em Portugal.
Já partilhei os factos com amigos daqui e ninguém acredita que um governo tenha a coragem de destruir a nossa identidade e a nossa herança cultural e literária para benefícios económicos. Nunca na vida passaria pela cabeça de um político inglês mudar a forma de escrever e consequente a forma de falar dos cidadãos para poderem beneficiar financeiramente de pressupostas vendas aos Estados Unidos.
Eu até nem acredito que algum dia as empresas portuguesas claramente os média vão vender alguma coisa ao Brasil que já não vendam agora.
Até porque teriam primeiramente de ensinar à população brasileira a apreciar a nossa cultura.
Os portugueses não se manifestam, são uns acomodados eu sempre que posso subscrevo apoios e partilho campanhas a promover o fim do AO90, mas não me parece que as pessoas tenham interesse em proteger a nossa cultura.
No Reino Unido existe uma biblioteca e um teatro em cada esquina. Na cidade do Porto de onde sou existem duas bibliotecas.
Desculpe o desabafo, não acredito como os portugueses não se sentem incomodados com a situação que eu vejo como maquiavélica, vil, como se pode reinar com tanta ignorância no século XXI. O enriquecimento financeiro acima de tudo.
Temos um nível muito baixo de educação e de cultura quando comparado sobretudo com os países do norte da Europa.
Parabéns pelo trabalho muita força e não desista eu acredito que se nós não conseguirmos as próximas gerações vão corrigir os erros cometidos hoje é o que se observa nos países mais avançados as gerações com nível mais elevado de educação entendem a importância de proteger a sua identidade a sua cultura e respeitar os antepassados.
Tudo de bom e muita esperança.
António
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«Tudo quanto seja para anular o absurdo e o caótico "acordo ortográfico", é de insistir. O gang que se apoderou e o vendeu a interesses inexplicáveis, estão pela exaustão a levar a água ao seu moinho. O primeiro-ministro ao dizer publicamente "temos pena de não falarmos com o vosso sotaque", espelha o ideal em como a ilegalidade germina nas mentes traidoras. O "temos" refere-se a nós, portugueses, o que por mim, não tem o aval para o dizer. Quanto ao sr. Presidente da República se dedicasse mais atenção (sendo um homem das letras) pelo cargo que ocupa, não pode alegar desconhecimento do estado actual da Língua Portuguesa e em como tem sido aviltada. É imperioso que seja abanado, para acordar.»
Pedro Jorge Carvalho
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«Prezada Dr.ª Ana Sousa Dias [Provedora do TelespeCtador]
Nós sabemos que houve um governo que ordenou que órgãos dele dependentes passassem a usar o AO90 mesmo antes de o seu uso ser obrigatório.
Devido a sabe-se lá quais pressões, firmas privadas também aderiram.
Tudo isto é triste, embora haja muita gente, como eu, que se insurge contra a falta de lógica e aberrações nessa mixórdia (expectável e expetativa é um exemplo gritante).
Ora eu sou espectador do Jornal Nacional da Rede Globo brasileira, e assim sou testemunha de factos enervantes e humilhantes.
Jornalistas brasileiros adquiriram o hábito (vindo do brasileiro comum) de dizer um 'i' que não existe entre duas consoantes. Exemplos há muitos, mas bastava ter assistido ao discurso do Presidente Lula para ter ouvido um "ábisurdu".
Esse vício, essa deturpação do Português num país que não aprovou o Acordo, deveria ser suficiente para que o uso dele fosse considerado como uma subserviência a quem deveria aprender a falar aquilo que é a língua oficial do país.
Ainda pior que essa inserção oral duma letra que não existe é o seguinte:
Enquanto a RTP (e outros órgãos) escreveria agora "detetada", ouvi uma jornalista da Globo dizer "dêtêquitáda"!
Isto prova que no Brasil continuam a escrever propriamente "detectada" (mas deturpando a pronúncia), enquanto os palermas dos portugueses escrevem (e até dizem!) da maneira que pensam ser brasileira...
Isto enquanto um PM é suficientemente tonto para dizer o que disse sobre o sotaque brasileiro (falando pelo povo!) e um PR que acha graça a tentar imitar brasileiro, o que fez Chico Buarque ficar de boca aberta, espantado com a insanidade...
Onde quero eu chegar?
Que até morrer vou continuar desgostado com o país onde cresci, mas que agora acho que não presta...
Escrever acordês, nunca, jamais!
Cumprimentos cordiais,
C. Coimbra (Toronto - Canadá)»
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«A Língua de Portugal, que aqui nasceu e aqui vive há séculos, é nossa! Cabe-nos a nós, portugueses, respeitá-la, conhecê-la, 'vivê-la' e transmiti-la aos nossos descendentes, na sua integridade, sem a adulterarmos ao sabor da ignorância e da prepotência políticas. Os povos a quem a deixámos, fruto da nossa História comum, são livres de a usarem e dela cuidarem como entenderem.
Nós não demos aos políticos, que temos vindo a eleger, o direito de se apoderarem da Língua de Portugal, para com ela negociarem e lhe imporem o linguisticamente indefensável Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), que a desfigura e está a destruí-la, como se pode verificar todos os dias!
Felizmente há portugueses que não se calam e clamam bem alto o seu amor à nossa língua e a imperiosa necessidade de abolir, de vez, o vergonhoso AO90 - deixo-vos com uma intervenção vibrante e firme, em defesa da língua de Portugal. Vejam e ouçam este vídeo:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/em-luta-pela-lingua-portuguesa-nao-ao-431104
Maria José Abranches
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«O nosso maior tesouro
Nunca é demais realçar que a Língua é um dos instrumentos fundamentais da identidade de um povo. Cada vez mais os jovens comunicam através de interjeições, estrangeirismos vários ou distorções gramaticais. O próprio acordo ortográfico tem revelado várias incongruências e insuficiências. Para além de ser tecnicamente insustentável e juridicamente inválido, é politicamente inepto e materialmente impraticável. Para além de não ter cumprido os objectivos primordiais de unificar e simplificar a língua portuguesa entre os Estados onde é língua oficial, bem como as disfunções linguísticas e jurídicas e até inconstitucionalidades que enferma.
A valorização e enriquecimento da língua é vital para o desenvolvimento e memória de um povo. Importa envolver as comunidades académica, literária e científica, todos os que trabalham com a Língua Portuguesa, com vista à definição de princípios e objectivos gerais que conduzam à dignificação, valorização e enobrecimento da Língua Portuguesa.»
Alfredo Fernandes
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«Olá, Isabel.
O meu nome é Cláudia Maria Raposo Coiteiro e este é o meu email de contacto. Sou Socióloga de formação e exerço as profissões de Formadora, Consultora e Coach. Há 8 anos que vivo em Luanda e felizmente cá não existe essa coisa do ‘aborto ortográfico’.
Força! Esta iniciativa [o APELO ao PR] é muito importante para se tentar repor as coisas no lugar certo.
Muito obrigada.»
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«Penso que Angola é o último reduto da Língua Portuguesa, e quem aí está, não tem de levar com a gradual degradação da Língua, que mete dó até às pedras da calçada portuguesa. Os que dizem que "não vale a pena" nunca fizeram avançar o mundo. Por vezes, basta UM dizer que vale a pena, para que o mundo dê um passo em frente.
Os NINS também nunca fizeram avançar o mundo. São zombies que andam por aí, à deriva, impedindo uma evolução mais acelerada.
Isabel A. Ferreira
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«Quero só contribuir com duas notas:
1 - Esta primeira nota é meramente uma opinião pessoal. Tal como já o tinha comentado num contacto inicial com a Isabel, embora sobre argumentos contra o AO90, sou mais apologista de recorrermos aos argumentos que nenhum acordista pode rebater – a saber, todos os constrangimentos linguísticos que antes não havia e agora há (como as múltiplas grafias que passaram a existir onde antes só havia duas, por exemplo); todas as arbitrariedades e inconsistências do AO90 (em coisas que antes estavam bem definidas); a ilegalidade da implementação do AO90; a falácia da maior projecção da língua de Portugal na comunidade internacional; a falácia da maior facilidade de publicar autores portugueses no Brasil; e muitas outras que correspondem a factos registados em várias fontes. Existem inúmeros sites anti-acordistas que fizeram levantamentos destas e outras razões para se revogar o AO90, justificando-as de forma inequívoca e inegável.
Entendo perfeitamente que haja alguns de nós que se sintam ofendidos no seu patriotismo com esta questão mas, se já vimos que quem defende esta patranha se está bem nas tintas para o respeito pela Língua, querermos apelar ao brio que possam ter por Camões, Pessoa, Eça ou outros dos nossos grandes autores, vai cair no vazio.
Não quero com isto minimizar a importância que dão ao assunto, apenas me parece que é uma questão mais facilmente rebatível e "relativizável" do que os factos que possamos apresentar (e que são muitos).
2 - Esta nota é para dar conta de outros tipos de resistência que podemos aplicar.
Sou tradutor de profissão e, sempre que tenho clientes novos, NUNCA escrevo com AO90, nem mesmo nos testes de tradução que me pedem (quando se trata de agências).
Apenas uso AO90 quando me dizem que é a norma que seguem e, nessa situação, explico que, sendo eu contra (e explicando que o sou pelos constrangimentos linguísticos que acarreta), seguirei a norma, mas que SEMPRE, em situações em que haja dupla grafia, adoptarei a do AO45 e, sempre que posso, fujo como o Diabo da Cruz de usar anormalidades como "pára" sem acento ou "veem".
As agências portuguesas, por ignorância ou preguiça, já quase todas seguem o AO (e sei que, por exemplo, as legendagens para a RTP têm mesmo de seguir o AO90).
Acontece que, recentemente, obtive um cliente novo estrangeiro que, após o teste, me corrigiu "reflecte" para "reflete". Expliquei-lhe o porquê da minha opção ortográfica, que o AO90 dificultava a compreensão do texto, que, além do mais, era ilegal e que, em boa consciência, não podia como profissional da língua recomendar o seu uso. Fiquei agradavelmente surpreendido quando me disseram que desconheciam essa situação e confiaram no meu juízo.
Além de ter sido um bálsamo para os olhos poder traduzir conteúdos em Português correcto e LEGAL, serviu para perceber que muita gente só adopta o AO90 porque DESCONHECE que não deve, nem tem de o fazer.
Foi um pequeno gesto de luta "passiva", mas que se for repetido noutras áreas, contribuirá para manter a luta viva, até que o malfadado AO90 seja enterrado de vez.»
Bruno Afonso
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«Apenas a talho de foice, concordo que para além da resistência activa, também a resistência passiva é importante.
Até 2021 (desde 1975) leccionei na Universidade de Lisboa (ISEG) e nunca apliquei o novo (mas mau e inútil) Acordo, quer nos textos pedagógicos que eram distribuídos aos alunos, e que constituíam textos de apoio às disciplinas, quer nos enunciados dos exames e outros documentos.
Também registo que nunca fui admoestado, nem objecto de reparos, por ninguém, incluindo, naturalmente, os diversos órgãos de gestão, científicos e pedagógicos da Escola.
O único que me "admoesta" é o corrector do meu I_Phone, mas não lhe obedeço.»
Manuel Ramalhete
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«Fui professora de Português e Francês e sou contra o AO90 desde que ele foi publicado no Diário da República. Cheguei a ir ouvir Malaca Casteleiro, a quem perguntei publicamente se as nossas crianças e jovens tinham algum atraso mental, uma vez que ingleses, alemães, franceses, italianos e outros conseguiam aprender ortografias muito mais complexas do que a nossa. Reformada desde Janeiro de 2006, a minha luta no ensino deixou de ser possível. Em 2008, ainda tentei alertar a Associação de Professores de Português (APP) e a FENPROF, em que estava sindicalizada, para a necessidade de promoverem um debate a nível nacional sobre esta questão: não serviu de nada! E não posso entender que os professores aceitem passivamente colaborar na 'vandalização' do Português!»
Maria José Abranches Gonçalves dos Santos
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«Cada qual resiste como pode. Eu por exemplo redijo documentos oficiais, entre eles convocatórias, actas, sumários, propostas, etc., em Português correcto. Quando me vêm com a história dos erros, simplesmente ignoro e faço como quero.
É continuarmos. Água mole em pedra dura... (mas atenção: do outro lado, a água mole em pedra dura também se aplica. Sobretudo se começarmos a dispersar)».
Alexandre Figueiredo
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«Desmontar toda a teia desde o inicio, que segundo li de 27 pareceres duma comissão que analisou a proposta inicial para um pseudo-acordo ortográfico, recebeu 25 negativos e somente dois positivos, sendo um deles de Malaca Casteleiro um dos cozinheiros do festim. Bastava isto para saber como, quem e porquê se continuou o aviltamento já planeado, que é a imposição do dialecto brasileiro como o português instalado de pedra e cal. A traição à cultura portuguesa, à riqueza da nossa ortografia está cada vez mais espelhada na educação escolar, na imprensa, nas TVs e a ter o efeito de dominó nas redes sociais e na Google que começa a estar/está manipulada sem freio, o corrector automático é uma prova disso.»
Pedro Jorge Carvalho
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«PARABÉNS!
Tendo alguém como a Isabel, a lutar como defensora da Língua Portuguesa tal como eu a aprendi, e tão patriota como eu na oposição à bandalheira de uns quantos "intelectuais" e políticos que não bastando estar a afundar Portugal outrora Glorioso, procuram também mutilar a Língua de Camões, desde que com isso se possam considerar aquilo que não são nem virão a ser o que possam ter sonhado, e perdoados pelo crime da traição à Pátria, que é a Nossa Verdadeira Língua, faz-me sentir orgulhosamente mais português.
Não serei eu que não tendo literacia e menos ainda aptidão para escrever, que deixarei também de lutar contra os Vilões que a eles querem que nos associemos.
Tenho quase 85 anos, e mais de metade da minha vivência fora de Portugal, mas nunca abdiquei de ser fiel aos meus dignos antepassados, procurando manter a minha nacionalidade original e defender a integridade, a honra e o nome da Nação que me viu nascer, embora por ela tivesse sido rejeitado, tendo como "castigo" emigrado e encontrado para mim e minha família, uma vida cheia de sucesso, apreço e reconhecimento.
Com um cordial e patriótico abraço,
De Sydney -- Austrália,
Manuel da Costa»
[Apenas os apátridas NÃO são patriotas, Manuel da Costa – Isabel A. Ferreira]
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Devido à lista de nomes já ser demasiado longa, o Blogue não comporta a extensão do texto, de modo que publicarei a lista numa publicação à parte e apensarei aqui o link:
Vou começar esta minha publicação por felicitar Chico Buarque, alguém de quem sou muito fã, na música, nos versos e na prosa, galardoado com o Prémio Camões, embora exista um mar e um longo tempo de distância, entre Camões e Buarque.
Agora vamos ao teor deste texto, que gostaria de NÃO ter escrito, porque seria sinal de que Portugal não anda por aí à deriva, espoliado da sua Língua, da sua História e da sua Cultura.
Que VERGONHA para Portugal, ter um primeiro-ministro que DESPREZA a Língua Oficial do País - a Língua Portuguesa - e LOUVA a Variante Brasileira do Português, ainda mais falando em NOME dos Portugueses.
Que fale por ele, e unicamente por ele, que é um apátrida. Nós, os Portugueses, que prezamos e estamos a lutar pela NOSSA Língua, NÃO temos pena alguma de não falarmos Brasileiro, porque a Língua que se fala no Brasil NÃO é um simples sotaque, um som, uma entoação ou pronúncia particular de um indivíduo ou de uma região. No Brasil fala-se uma linguagem fonologicamente diferente da fonologia portuguesa.
Se vivêssemos numa Democracia plena, e tivéssemos um Presidente da República PORTUGUÊS a sério (afinal Marcelo diz, com um orgulho que nem tenta disfarçar, ser luso-brasileiro, e pelo que vemos é até mais brasileiro do que português); se tivéssemos um presidente que defendesse a Constituição da República Portuguesa, demitiria imediatamente este primeiro-ministro, que não passa de um BAJULADOR do Brasil, sem o mínimo brio pessoal e político.
Porém, Portugal está muito mal servido, também no que toca ao Chefe de Estado, igualmente um BAJULADOR do Brasil e da sua Língua, que NÃO é a Portuguesa, mas a VARIANTE Brasileira da Língua Portuguesa, que deu novas línguas ao mundo, entre elas a Língua do Brasil, através dos seus valorosos navegadores, que deram novos mundos ao mundo (e não é para aqui chamado o que eles fizeram de menos valoroso, à luz dos nossos valores humanos, e que, no entanto, continua perpetuado nos tempos que correm, apesar dos já declarados "Direitos do Homem", que, há época desses navegadores, ainda não existiam, como tal).
Se o Povo Português não andasse tão entretido com o futebol, com as novelas brasileiras de que António Costa tanto gosta, dos Reality Shows degradantes, levantar-se-ia em massa a EXIGIR a demissão de um ministro que NÃO tem competência para defender os interesses de Portugal.
A entrega do Prémio Camões a Chico Buarque serviu para demonstrar o quanto a Língua Portuguesa está à beira do abismo, desprezada pelas autoridades máximas da Nação Portuguesa.
Ficou bem claro de que lado está aquele que foi eleito por uma minoria de Portugueses (a abstenção foi das maiores), para ser o presidente da República, e que o é apenas num documento, uma vez que numa notória subserviência aos convidados brasileiros, pôs nos píncaros a Variante Brasileira da Língua Portuguesa (que nada tem a ver com sotaque) em detrimento da Língua de Camões, que para Marcelo, bem poderia ser a Língua de Chico Buarque.
O brasileirismo do presidente da República de Portugal está de tal forma entranhado em Marcelo Rebelo de Sousa que o faz perder a noção do seu DEVER constitucional de defender a Língua, a História e a Cultura portuguesas.
Marcelo mostrou nitidamente estar-se nas tintas para Portugal e para os Portugueses.
Deveríamos ter um mecanismo que permitisse ao Povo Português DEMITIR um presidente que põe os interesses do Brasil acima dos interesses de Portugal, desprezando, às claras, os interesses daqueles que diz representar. O facto é: Marcelo Rebelo de Sousa NÃO representa Portugal.
Portugal NÃO é o Brasil.
As autoridades máximas portuguesas - Presidente da República, Primeiro-ministro e Presidente da Assembleia da República - NÃO têm de prestar vassalagem ao Brasil.
Pelo seu lado, o Brasil NÃO tem o direito de espezinhar a Soberania de Portugal, e se o faz é porque essas autoridades são seus vassalos.
Foi absolutamente patético ouvir Marcelo Rebelo de Sousa “fálá” - e muito mal - “brásilêru”, numa parte do seu discurso, na cerimónia de entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, o que deixou o laureado com cara de «o que é isto?????». Seria para “cápitá” (palavra que ouvi de uma comentadora brasileira na CNN) a simpatia daqueles que querem transformar Portugal numa colónia brasileira, tendo, para tal, a inacreditável cumplicidade explícita de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Augusto Santos Silva?
Conseguem imaginar o que está por detrás deste SERVILISMO?
Depois de termos ouvido, nestes dias alucinantes, que foram os da visita de Lula da Silva a Portugal, Marcelo a “fálá” brasileiro, António Costa a dizer em alta voz que os Portugueses têm pena de não falar com o “sotaque” brasileiro, e Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República Portuguesa, lugar onde a Vida e a Morte de Portugal se decide como estivessem num campo de batalha, a reclamar a Variante Brasileira do Português, como substituta da Língua Portuguesa que lhe deu origem, se os Portugueses não estivessem tão anestesiados, exigiriam a demissão de todos estes agentes da mediocridade, do caos, da incompetência, do vergonhoso SERVILISMO e da estupidez que se implantou em Portugal, e dir-lhes-iam que juntassem os trapinhos e fossem de malas aviadas para o Brasil, onde se sentirão, com toda a certeza, no Paraíso Linguístico que tanto veneram.
Ouçam com atenção!!!!
UAU!!!!!!! Ouviram bem? Marcelo disse Augusto BUAU????????? BUAU???????
O senhor chama-se Augusto BoaL. Não sei o que pensam os restantes portugueses, EU ENVERGONHO-ME de ter um presidente que não sabe nem falar, nem escrever correCtamente a Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira