PODEMOS? CLARO QUE PODEMOS!
Milhares de espanhóis na “Marcha da Mudança”, em Madrid, no passado 31 de Janeiro
Origem da imagem
Como toda a gente sabe, a Península Ibérica é constituída por dois países: um Gigante (Espanha) e um Anão (Portugal), isto territorialmente falando.
Entre o Gigante e o Anão existem diferenças óbvias, mas também algumas semelhanças.
Uma das maiores diferenças está na mentalidade do povo que habita o Gigante. Um povo que sai para as ruas, em massa, e grita o seu desespero como verdadeiros lutadores.
O povo que habita o Anão, sim, faz umas manifestações para dizer do seu desagrado, contudo, na maioria das vezes, em vez de gritar palavras de ordem fortes, que possam abanar o sistema (que está podre e quebradiço), carregam garrafões de vinho, montam grelhas para assar febras, levam sanfonas e cantam Grândola Vila Morena.
Ora os governantes ao verem tal manifestação, pensam: «Este é um povo alegre, que come, bebe e canta. Está tudo bem, portanto!»
O povo, que habita o Anão ibérico, manifesta-se com cantorias, e na hora da “verdade” vai votar nos mesmos. E esses mesmos sabem disso, e não se esforçam nada para evoluírem. Fazem que fazem, e legislam despudoradamente para favorecer os lobbies mafiosos que adejam ao redor da Assembleia da República, quais abutres.
E o povo que habita o Anão, se bem que não aplauda esse enxovalho, finge estar farto, mas no momento em que podem dizer NÃO, através do VOTO, dizem um rotundo SIM aos mesmos, e tudo permanece igual.
Há quem pretenda avançar, mas com gente amarrada a laços do passado, não me parece que cheguem a lado algum.
Ao contrário, o povo que habita o Gigante ibérico começa a despertar. Agiganta-se. Grita nas ruas PODEMOS!
Lá existe uma alternativa poderosa.
Um jovem arejado das ideias, que pertence ao século XXI depois de Cristo, cavalga o vento da mudança e, com a ousadia dos grandes guerreiros, varre o fétido mofo que empesta o Gigante, e do qual o povo já está farto.
O Gigante ibérico segue a revolução iniciada na Grécia, com um outro jovem arejado das ideias e que, aconteça o que acontecer, já abriu uma portada, por onde entrou uma lufada de ar fresco, e depois disto, a Europa não mais será a mesma.
Resta o Anão ibérico adormecido na modorra de um passado já gasto e sem futuro, ACORDAR e cavalgar a onda do vento forte e cálido que está a fazer tremer os alicerces de uma Europa envelhecida, cheia de vícios e incapaz de criar um horizonte luminoso, onde possamos construir novos sonhos para o futuro.
Podemos? Claro que podemos!
Mas é preciso OUSAR a mudança.