Coitados! Ainda não se aperceberam de que as touradas não são factos, nem realidades ancestrais do povo português, nem tão-pouco tradição.
As touradas são apenas o reflexo de uma época bárbara, onde reinava uma ignorância que passou de geração em geração e entranhou-se como uma lepra incurável na pele dos últimos cavaleiros do apocalipse do Século XXI D.C.
Hoje, algures em Lisboa, um grupo de trogloditas tentará derrubar projectos civilizados, esquecendo-se de que a voz da minoria que representam até pode sair da sala, mas só dirá do desespero deles e da sua profunda miséria moral.
O que se vê neste vídeo é a realidade espanhola, que é igualmente a realidade portuguesa. Condutas macabras, que nem os homens primitivos praticavam, acontecem em Barrancos e Monsaraz, em arenas sempre quase vazias…
E apesar desse vazio, eles acham que são muitos. Eles acham que isto é tradição. Eles acham que isto é cultura, é arte, é coisa civilizada…
E o pior é que vivem virados para trás, para um passado que já passou, tão virados, que não conseguem ver a realidade e que o mundo avançou…
E a realidade é que as touradas estão mesmo à beirinha do abismo, e à menor brisa elas nele cairão, para sempre.
Podem reunir-se. Podem bradar aos céus. Podem viver na ilusão da mentira.
Porque os factos e as realidades das touradas são que elas estão definhadas, moribundas e os seus poucos aficionados deliram ao achar que este costume bárbaro está vivo e que ainda tem futuro.
E é como diz Cícero:
Pois, hoje, algures em Lisboa, ir-se-á perseverar no erro.
Isabel A. Ferreira