Pedro respondeu a um comentário no post «Se amam os Cavalos não os montem» às 20:11, 01/10/2024 :
Se montar é pecado, Jesus não teria entrado emJerusalém montado num Burrito. Fico felis por ser catolico e cavaleiro de 3 magnificos cavalos. |
Não, Pedro.
Montar não é pecado.
E Jesus montou um Burrinho, sim, mas não lhe pôs sela, não lhe pôs trelas, não lhe encheu a boca de serrilhas, nem o usou e abusou para se divertir, em corridas, como instrumento de guerra e de lavoura, em touradas, enfim, apenas o montou SEM pecado.
Se fica feliz por ser católico, não vejo onde estará a ligação entre torturar Cavalos com as serrilhas, a sela e as trelas com o catolicismo, muito menos com o Cristianismo, pois do que sabemos, Jesus amava os animais, e não os torturava, como fazem os “cavaleiros”.
Hoje em dia, com todos os conhecimentos que temos sobre o enorme SOFRIMENTO do magnífico ser vivo, que o Cavalo é, ao ser montado, com a sela, com as trelas, com as serrilhas, ser “cavaleiro” é ser um mero CARRASCO de um animal não-humano, muito mais inteligente e sensível do que os indivíduos que os montam.
Isabel A. Ferreira
Extraordinário texto do cronista e escritor Walter Ramalhete, publicado no jornal online Figueira na Hora.
Nunca li nada tão extraordinariamente real.
Uma descrição perfeita, magnífica, sobre a verdade obscena das touradas.
Uma leitura absolutamente obrigatória para os que odeiam, mas também para os que amam as touradas…
Este texto é um monumento à ridícula prática tauromáquica.
Isabel A. Ferreira
… consciente do efeito visual - projecta, premeditadamente, as pudendas partes, artificialmente avolumadas e parcimoniosamente espartilhadas, na direcção de algumas sobreexcitadas damas, com as entre coxas entumecidas por inconfessáveis devaneios, acirrados pelo cheiro a sangue…
Texto de Walter Ramalhete
«Horrorizado, li, que quando um touro mata um toureiro, toda a manada donde proveio é, também, sacrificada. A ser verdade…
Que hedionda vingança!
Que hedionda cobardia!
Estes…, estes,…estes, … - entre tantas palavras que me ocorrem, não consigo encontrar nenhuma, suficiente, para os qualificar -… estas malvadas criaturas, sabem muito bem aquilo que fazem. Com este procedimento, eliminariam um “apuramento”, suprimiriam uma selecção genética, que “A tempo “, poderia redundar na consolidação duma estirpe de animais mais apta, mais ferozmente defensiva que, com maior frequência, passaria a reclamar o seu sangue, com sangue igualmente derramado nas arenas, pelos seus cobardes torturadores. Na verdade, deixar correr naturalmente o curso evolutivo genético, poderia redundar na “troca por troca” ; “ olho por olho, dente por dente”; “ sangue por sangue”; “ moeda por moeda”, como é da mais elementar justiça de Talião!
Mas não!
Por falta de coragem e astuta cobardia, retiram-no da sua casa. Retiram-no dos amplos prados verdejantes, que percorre com mansidão e garboso porte, onde, a sua imponente silhueta é recortada pelo sol, que dele, projecta uma sombra altiva e intimidatória.
Ao invés!
Encerram-no num curro claustrofóbico, depois de horas de viagem, sob calor, fome, sede e, frequentemente, já num estado febril. Por fim, lançam-no numa arena, cercada por barreiras e camarotes apinhados de gentalha, de bêbados, marialvas, coristas e “galifões de crista” que vociferam brados e olés. Lançam-no num espaço confinado e com uma forma geométrica que lhe é totalmente desconhecida.
Fica cercado, envolvido por guizos, chocas, cornetas, cornetins, capotes, mantilhas pretas e uma algazarra intimidante. Por detrás daquela multidão ululante, - e daquele triste “espectáculo”, rebordado por pasodobles vomitados por estridentes cornetas e fanhosos cornetins -, um “machito” espartilhado por roupas reluzentes e coloridas que realçam músculos e volumes ilusórios, falsa e artificialmente aumentados e evidenciados por gestos, passos e compassos duma lúgubre “dança”, escudado por solícitos e atentos peões de brega, bandarilheiros, forcados, cavaleiros e outros tantos patéticos e sinistros actores menores, dá início a um trágico ritual de morte.
Ritual que abre com um cavaleiro que, munido duma lança convenientemente comprida, a espeta no dorso do animal, picando-o vezes sucessivas, por forma a causar-lhe dor e sofrimento desnorteantes. Já diminuído e desnorteado, é ainda mais fatigado por sucessivas verónicas, enfunadas por estirados rodopios em bicos dos pés do “toureador”, rodopios que lhe retesam o corpo, como que acometido por um torpor orgástico, enquanto que – consciente do efeito visual - projecta, premeditadamente, as pudendas partes, artificialmente avolumadas e parcimoniosamente espartilhadas, na direcção de algumas sobreexcitadas damas, com as entre coxas entumecidas por inconfessáveis devaneios, acirrados pelo cheiro a sangue.
Damas que, mais tarde, se submeterão, furiosamente, às estocadas dos usados, mas não ousados marialvas. Já mais lesto, febril, e a sentir-se a desfalecer, é impiedosamente bandarilhado. Não apenas uma vez, nem duas, nem três, mas, enquanto mostrar uma réstia de vitalidade e arremesso. Entretanto, este massacre é acompanhado com gáudio, brados, olés, pasodobles, palmas, e outros vociferantes sons exteriorizados numa histeria colectiva.
Finalmente, arfante, por vezes, já a expelir sangue pela boca, humilhado através de sucessivos passes de muleta, passes que antecedem a morte – morte que, por vezes finta o touro e colhe o energúmeno toureiro - avança, enfraquecido, com o discernimento reduzido, com os reflexos embutidos por tanta dor.
Avança com coragem, com nobreza, com uma dignidade inaudita. Vai. Vai sobre as suas próprias patas, – de uma forma exemplarmente digna –, vai colher a morte libertadora e consoladora que põe termo a tanta crueldade, sofrimento e humilhação.
Desta forma, o tido por irracional - mortalmente estocado com arte de assassino - curva lentamente os quartos dianteiros e superioriza-se à verdadeira besta, ao seu algoz, ao patético “dançarino”.
A turba vociferante, saciada de inocente sangue, entra em êxtase! Atinge-se o clímax da estupidez e da selvajaria. Termina o atroz e vil espectáculo. O cadáver do malogrado “herói” é preso a correntes e é arrastado para fora da arena, ficando, por surda testemunha, um enorme rasto de inocente sangue.
Em contrapartida, o marreco mental, o vilão, entre vivas, olés e pasodobles é ovacionado e levado em ombros por uma turba ululante que grasna patéticos e quejandos sons, ritmadamente acompanhados pela esganiçada fanfarra. Até que, - um dia que espero muito próximo - esta “prática” primária, gratuitamente violenta e absurda, esta nódoa vergonhosa na história da humanidade, seja definitivamente erradicada pela sua incontornável evolução.
Assim como foi com a hedionda escravatura, assim será com a não menos hedionda tauromaquia!»
Fonte: http://www.figueiranahora.com/opiniao/gosto-de-touros-odeio-touradas-e-abomino-toureiros-
Extraordinário texto de Walter Ramalhete, publicado no jornal online Figueira na Hora.
Nunca li nada tão extraordinariamente real.
Uma descrição perfeita, magnífica, sobre a verdade obscena das touradas.
Uma leitura absolutamente obrigatória para os que odeiam, mas também para os que amam as touradas…
… consciente do efeito visual - projecta, premeditadamente, as pudendas partes, artificialmente avolumadas e parcimoniosamente espartilhadas, na direcção de algumas sobreexcitadas damas, com as entre coxas entumecidas por inconfessáveis devaneios, acirrados pelo cheiro a sangue…
Texto de Walter Ramalhete
«Horrorizado, li, que quando um touro mata um toureiro, toda a manada donde proveio é, também, sacrificada. A ser verdade…
Que hedionda vingança!
Que hedionda cobardia!
Estes…, estes,…estes, … - entre tantas palavras que me ocorrem, não consigo encontrar nenhuma, suficiente, para os qualificar -… estas malvadas criaturas, sabem muito bem aquilo que fazem. Com este procedimento, eliminariam um “apuramento”, suprimiriam uma selecção genética, que “A tempo “, poderia redundar na consolidação duma estirpe de animais mais apta, mais ferozmente defensiva que, com maior frequência, passaria a reclamar o seu sangue, com sangue igualmente derramado nas arenas, pelos seus cobardes torturadores. Na verdade, deixar correr naturalmente o curso evolutivo genético, poderia redundar na “troca por troca” ; “ olho por olho, dente por dente”; “ sangue por sangue”; “ moeda por moeda”, como é da mais elementar justiça de Talião!
Mas não!
Por falta de coragem e astuta cobardia, retiram-no da sua casa. Retiram-no dos amplos prados verdejantes, que percorre com mansidão e garboso porte, onde, a sua imponente silhueta é recortada pelo sol, que dele, projecta uma sombra altiva e intimidatória.
Ao invés!
Encerram-no num curro claustrofóbico, depois de horas de viagem, sob calor, fome, sede e, frequentemente, já num estado febril. Por fim, lançam-no numa arena, cercada por barreiras e camarotes apinhados de gentalha, de bêbados, marialvas, coristas e “galifões de crista” que vociferam brados e olés. Lançam-no num espaço confinado e com uma forma geométrica que lhe é totalmente desconhecida.
Fica cercado, envolvido por guizos, chocas, cornetas, cornetins, capotes, mantilhas pretas e uma algazarra intimidante. Por detrás daquela multidão ululante, - e daquele triste “espectáculo”, rebordado por pasodobles vomitados por estridentes cornetas e fanhosos cornetins -, um “machito” espartilhado por roupas reluzentes e coloridas que realçam músculos e volumes ilusórios, falsa e artificialmente aumentados e evidenciados por gestos, passos e compassos duma lúgubre “dança”, escudado por solícitos e atentos peões de brega, bandarilheiros, forcados, cavaleiros e outros tantos patéticos e sinistros actores menores, dá início a um trágico ritual de morte.
Ritual que abre com um cavaleiro que, munido duma lança convenientemente comprida, a espeta no dorso do animal, picando-o vezes sucessivas, por forma a causar-lhe dor e sofrimento desnorteantes. Já diminuído e desnorteado, é ainda mais fatigado por sucessivas verónicas, enfunadas por estirados rodopios em bicos dos pés do “toureador”, rodopios que lhe retesam o corpo, como que acometido por um torpor orgástico, enquanto que – consciente do efeito visual - projecta, premeditadamente, as pudendas partes, artificialmente avolumadas e parcimoniosamente espartilhadas, na direcção de algumas sobreexcitadas damas, com as entre coxas entumecidas por inconfessáveis devaneios, acirrados pelo cheiro a sangue.
Damas que, mais tarde, se submeterão, furiosamente, às estocadas dos usados, mas não ousados marialvas. Já mais lesto, febril, e a sentir-se a desfalecer, é impiedosamente bandarilhado. Não apenas uma vez, nem duas, nem três, mas, enquanto mostrar uma réstia de vitalidade e arremesso. Entretanto, este massacre é acompanhado com gáudio, brados, olés, pasodobles, palmas, e outros vociferantes sons exteriorizados numa histeria colectiva.
Finalmente, arfante, por vezes, já a expelir sangue pela boca, humilhado através de sucessivos passes de muleta, passes que antecedem a morte – morte que, por vezes finta o touro e colhe o energúmeno toureiro - avança, enfraquecido, com o discernimento reduzido, com os reflexos embutidos por tanta dor.
Avança com coragem, com nobreza, com uma dignidade inaudita. Vai. Vai sobre as suas próprias patas, – de uma forma exemplarmente digna –, vai colher a morte libertadora e consoladora que põe termo a tanta crueldade, sofrimento e humilhação.
Desta forma, o tido por irracional - mortalmente estocado com arte de assassino - curva lentamente os quartos dianteiros e superioriza-se à verdadeira besta, ao seu algoz, ao patético “dançarino”.
A turba vociferante, saciada de inocente sangue, entra em êxtase! Atinge-se o clímax da estupidez e da selvajaria. Termina o atroz e vil espectáculo. O cadáver do malogrado “herói” é preso a correntes e é arrastado para fora da arena, ficando, por surda testemunha, um enorme rasto de inocente sangue.
Em contrapartida, o marreco mental, o vilão, entre vivas, olés e pasodobles é ovacionado e levado em ombros por uma turba ululante que grasna patéticos e quejandos sons, ritmadamente acompanhados pela esganiçada fanfarra. Até que, - um dia que espero muito próximo - esta “prática” primária, gratuitamente violenta e absurda, esta nódoa vergonhosa na história da humanidade, seja definitivamente erradicada pela sua incontornável evolução.
Assim como foi com a hedionda escravatura, assim será com a não menos hedionda tauromaquia!»
Fonte:
http://www.figueiranahora.com/opiniao/gosto-de-touros-odeio-touradas-e-abomino-toureiros-
Citando o meu caro amigo, Médico-Veterinário, Dr. Vasco Reis, «devemos elucidar (os que ainda permanecem nas trevas) pois fundamental é educar os jovens e não só! Esclarecer insistentemente e em toda a parte sobre a natureza, a susceptibilidade, a senciência, a consciência dos animais não humanos, não muito diferentes das dos humanos. É fundamental combater a muita ignorância, mitos e falácias que existem sobre tudo isso, até em gente considerada culta. Importante para a evolução de mentalidades. Devemos tentar!»
Concordo plenamente com o Dr. Vasco Reis, se bem que, por muita informação que constantemente disponibilizemos, os que têm comportamentos impróprios de gente culta e civilizada, optam por continuar na ignorância, porque talvez lhes seja mais fácil do que mudar a mentalidade.
Porém há que tentar. Abandonar uma luta é cobardia.
Por isso, uma vez mais, aqui deixo algumas achegas para que as pessoas mal informadas possam vir “beber” à fonte da modernidade e deixar para trás séculos de falsidades, de falácias, de ambiguidades, de falsos mitos, enfim, de uma ignorância que não tem mais razão de ser.
E o que proponho é o novo vocabulário para designar as “coisas” acarunchadas da tauromaquia.
Assim temos que, hoje em dia, existe esta nova terminologia:
Tauromaquia ou Corrida de Touros passou a chamar-se Selvajaria Tauromáquica, pois o que aqui se pratica é de tal modo selvático e sanguinário que não há outro modo de o designar.
Aquilo a que teimam chamar de tradição, na verdade, nada mais é do que um costume bárbaro, pois a tradição implica algo positivo que dignifica a Humanidade e é benéfico para uma convivência saudável entre os seres, o que não é o caso da selvajaria tauromáquica, que é uma forma de psicopatia perigosa e repugnante.
A praça de Touros é na verdade uma arena, um lugar de tortura, de morte, de sangue, de suor, de urina, de fezes, de álcool e de uma demência colectiva, própria de um redondel fechado, e não de uma praça, que implica um espaço aberto e arejado.
Os chamados toureiros, bandarilheiros, forcados, picadores etc., não passam de cobardes torcionários, uma vez que a função deles é torturar Touros já bastante massacrados nos bastidores, antes de entrarem na arena, para que esses torcionários possam exercer a sua cobardia sem grandes perigos. Por vezes, o tiro sai-lhes pela culatra e faz-se justiça.
Os ditos cavaleiros são simplesmente montadores de cavalos, porque um verdadeiro cavaleiro não maltrata o seu Cavalo, e esses que entram nas arenas montados em Cavalos com serrilhas na boca, para que não relinchem, e esporas perfurantes para mais facilmente serem manobrados, não são dignos sequer de possuírem um Cavalo, muito menos de o “montar”. Quem ama os Cavalos não os monta.
E o que dizer do denominado grupo de forcados? Esses são os mais cobardes carrascos, aqueles que quando os Touros já estão moribundos, rasgados por dentro, dilacerados, golpeados, cegos de dor e consumidos por um desmedido sofrimento, atacam o animal em grupo e torturam-no até à exaustão. Por vezes, os Touros mais fortes reúnem derradeiras forças, que vão buscar ao instinto de sobrevivência e mutilam ou matam esses cobardes e então faz-se justiça, logo ali.
O que chamam parvamente de “cultura tauromáquica”, na verdade é a cultura dos trogloditas, dos ignorantes, dos que não evoluíram, dos que se orgulham de algo que os catapulta para o domínio dos brutos, pois é da brutalidade e da crueldade torturar seres vivos (seja para se divertirem, seja para se alimentarem).
E quando falam em arte? Pois tal não passa da arte da cobardia, praticada com requintes de malvadez, sobre indefesos bovinos que não têm como se defender, porque até os cornos (a defesa deles) lhes serram a sangue frio. Sem dó nem piedade.
As chamadas bandarilhas, na verdade são ferros pontiagudos, afiados para serem enterrados nas carnes do bovino e rasgarem-nas, provocando-lhe uma dor indizível, a mesma dor que sentiria um cobarde torcionário se lhe enterrassem nas costas um desses ferros cortantes. A dor seria exactamente a mesma, ou não tivesse o bovino um ADN semelhante aos dos animais humanos.
O retirar as bandarilhas deve denominar-se um acto da mais requintada crueldade, pois são arrancadas a sangue frio, de um corpo completamente desfeito por dentro e por fora, sem a mínima comiseração.
Os Curros são cubículos de tortura e de morte, pura e simplesmente. Os ganadeiros não são mais do que negociantes sanguinários e mercenários que fazem da tortura de bovinos uma fonte de riqueza.
As escolas de toureio (para crianças) são antros de fabrico de sádicos e monstrinhos, onde psicopatas adultos transmitem a menores de idade a prática da violência e da crueldade gratuitas contra indefesos e inocentes bovinos bebés, violando os direitos mais básicos dessas crianças e desses bovinos.
Quando se fala em espectáculo tauromáquico, fala-se de uma prática violenta e cruel, grosseira e primitiva, que nada tem a ver com espectáculo.
Enfim… uma lista que continuará em aberto para que novas palavras possam ser incluídas…
Hoje, nada que diga respeito à prática selvática da tauromaquia pertence ao âmbito da civilização.
E quem não compreende isto ou rejeita compreender, pertence ao rol dos chamados homens e mulheres de palha, ou mortos-vivos que erram pelo mundo, sem rumo, sem sentido, sem humanidade e sem espaço para viverem.
E com isto termino, por hoje. Espero ter sido útil.
Isabel A. Ferreira
(Ora aí está algo que devia acontecer, mas nem sempre acontece, digo eu, porque a primeira obrigação do Touro é defender-se dos seus carrascos)
A frase do cabeçalho quem a diz é o ganadeiro José Luís de Vasconcellos e Sousa d’Andrade numa entrevista onde põe a nu a debilidade da tauromaquia nos tempos que correm.
Ficaremos a saber também por que o campo pequeno enche a casa, nada tendo a ver com tourada.
José Luís de Vasconcellos e Sousa d’Andrade
E José Luís diz mais:
Chama parvos aos empresários que compram touros a “ganaderos” (à moda espanhola, porque isto da tauromaquia não tem nada a ver com “tradição portuguesa”), e que deviam mandar fazer um touro de corda que lhes dava para a temporada inteira.
Dos toureiros diz que estes só sabem de artes de circo, mas lidar um touro “bravo” não é com eles. E acrescenta: «Acha que estou para dar dinheiro a artistas de circo? Acha que gosto de ver um boi no centro da praça com um cavalo cheio de martingalas à volta?»
Pois… martingalas, é o que os tauricidas são.
E sobre a falta de cultura dessa gente? Diz o ganadero: «alguns acham que são muito espertos, mas não passam de patetas. Mas como os portugueses, o que gostam é de ser enganados.»
Quanto ao que eles denominam “cavaleiros” e eu chamo montadores, e com razão, o ganadero diz que eles nem sabem vestir-se, como poderão saber do resto (o resto é saber as “artes de cavalgar”)
E de quem é a culpa?
Essa morre solteira, diz José Luís.
Mas diz mais.
À pergunta: acha que o público não sabe exigir? Ele responde:
- Exigir o quê?! Esses não sabem o que vão ver. Vão para ser vistos. 90% não sabe o que é um toiro nem um toureio.
E quanto à afición no campo pequeno?
(Esta resposta foi a de que gostei mais). Diz o ganadero:
- Das piores, vão lá como lhe disse, para serem vistos e outros para se verem depois nas fotografias. Vão a Lisboa. É diferente. As senhoras ver os fatos umas das outras e falar ao telefone e nós para vermos umas meninas bonitas nas barreiras. Muito pouca gente vai ver a corrida e esses vêm sempre de lá aborrecidos.
Para ver a entrevista completa abram o link:
«Pega de Caras - Taking the face»
Filmado inteiramente em Portugal, é um mergulho no universo arcaico da tourada à Portuguesa.
Desde o nascimento do touro à lide na arena, passando pela sangrenta formação dos matadores que nunca irão poder matar no seu próprio país; sem esquecer o colorido dos forcados que pegam touros de mãos nuas e peito aberto; os cavaleiros e os seus cavalos dançantes; o bizarro ritual do forcão, até desembocar no espectáculo brutal da tourada de Barrancos.
Fonte:
CAPT - Campanha Abolicionista da tauromaquia em Portugal
Apenas a maioria dos deputados da Assembleia da República não sabe, e se não sabe, não está lá a fazer nada, se não está lá a fazer nada, é o atraso de vida do País, e vive à custa dos nossos impostos…
«Um dos argumentos da indústria tauromáquica reside na afirmação de que se as touradas acabassem, milhares de postos de trabalho perder-se-iam!
Não são milhares e a maioria, nem sequer pode ser considerada como verdadeiros postos de trabalho.
Muitos desses postos de trabalho são sazonais e quem os ocupa tem outro tipo de trabalho, caso contrário como é que sobreviveria o resto do ano?
De acordo com um “parecer” da “prótoiro” entregue no princípio deste ano (2012) na Assembleia da República, para organizar uma tourada são precisas 175 pessoas que vão desde o pessoal dos curros, bilheteiros, banda, bombeiros, polícia e trabalhadores dos bares.
O pessoal dos curros, os bilheteiros, a banda e os trabalhadores dos bares, só trabalham quando há espectáculos, ou seja muitas vezes aos fins-de-semana, se estes fossem os seus únicos postos de trabalho, morreriam de fome.
Quanto aos bombeiros e à polícia é totalmente absurdo a sua inclusão neste “parecer”. Porque enquanto estes elementos são desviados para dar cobertura a esta actividade, deixam de estar onde são realmente precisos. Combate à criminalidade e ajuda a pessoas vítimas de acidentes ou combate a incêndios.
Mas continuemos a analisar o dito “parecer”.
“Existem 14 delegados técnicos tauromáquicos e 15 veterinários taurinos”. Uma vez mais todas estas pessoas não vivem disto, têm outros postos de trabalho.
«37 cavaleiros, 24 cavaleiros praticantes, 6 matadores de touros, 86 bandarilheiros, 15 bandarilheiros praticantes, 20 moços de espada e 30 emboladores».
Cavaleiros, toureiros, etc, a maioria deles têm outras fontes de rendimento, tal como ganadarias onde criam outros animais à parte dos touros de lide. Isto para não falar dos subsídios que recebem por essa actividade.
«Existem 48 grupos de forcados que totalizam 1.440 moços de forcado». Esta actividade, não é um emprego, todos eles têm outros postos de trabalho e mais, segundo eles nem sequer recebem nada por pegar touros.
«Existem 120 promotores de espectáculos tauromáquicos».
Uma vez mais nem todos eles vivem exclusivamente dessa “profissão”, muitos deles têm outras e mesmo que só vivessem desse trabalho, poderiam em vez de ser empresários de espectáculos tauromáquicos, ser empresários de actividades que não envolvam a exploração e tortura de animais.
«Finalmente as 110 ganadarias existentes empregam 350 pessoas». No entanto, estas ganadarias não criam exclusivamente touros de lide, portanto se as touradas acabassem essas pessoas não perderiam os seus empregos.
Contas feitas onde é que estão os milhares de postos de trabalho!
Milhares de pessoas neste país perderam os seus verdadeiros empregos e a taxa de desemprego aumenta a uma velocidade impressionante.
Se as touradas fossem abolidas amanhã, nenhum posto de trabalho se perderia.
Esta é tão só uma das muitas mentiras que os aficionados apregoam!»
Fonte:
http://protouro.wordpress.com/2012/07/16/a-industria-tauromaquica-e-a-falacia-da-perda-de-empregos/
***
Ou seja, um panorama de cerca de 2332 indivíduos, que em vez de maltratar touros e cavalos, passariam a cavar batatas, o que é uma profissão bastante mais digna de um ser humano.
Quem terá coragem de comer a carne deste CAVALO?
SE ME CONTASSEM NÃO ACREDITAVA.
MAS LI.
TANTA ESTUPIDEZ JUNTA, SÓ MESMO NESTE NOSSO PEQUENO PAÍS CHEIO DE GENTE LERDA!
E ISTO SÓ PODIA VIR DA GOLEGÃ...
AGORA QUEREM COMER CAVALOS... E JÁ FORAM ABATIDOS 1447 CAVALOS...POR EXCESSO... ACREDITAM?
FIQUEI COM NÁUSEAS...
Li aqui:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/crise-obriga--ao-abate--de-cavalos
«Golegã: 27.ª edição da Feira Nacional do Cavalo decorre até domingo
Crise obriga ao abate de cavalos
Em Portugal, há hoje cavalos a mais para um mercado que está a dar fortes sinais de contracção, sobretudo a nível da procura externa. Quem dá conta deste problema é José Veiga Maltez, criador, presidente da Câmara da Golegã e responsável máximo pela Feira Nacional do Cavalo, o maior certame ibérico dedicado ao mundo equestre, que está a decorrer até ao próximo domingo na vila ribatejana.
"O abate de cavalos é inevitável porque é impossível manter o mesmo número de animais como há anos, quando as condições económicas eram outras", afirmou ao Correio da Manhã Veiga Maltez, explicando que a maioria das coudelarias e criadores estão a sentir grandes dificuldades para manter a rentabilidade desta actividade. "Temos de ser realistas e deixar de ser líricos, porque não podemos continuar a viver da emoção e do sentimento", acrescentou o responsável, dando como exemplo o facto de existirem cerca de 500 cavalos só na Fundação Alter Real, que gere a coudelaria do Estado com graves dificuldades financeiras.
"Ainda há pouco tempo tive a oportunidade de dizer à ministra da Agricultura que, se não há condições para os manter, estes cavalos têm de ser abatidos, embora selectivamente", acrescentou o também presidente da Associação Nacional de Criadores de Raças Selectas. Entre Janeiro e Julho, foram abatidos 1447 cavalos em Portugal, mais 187,7% do que no mesmo período de 2011.
CONSUMO DE CAVALO É SOLUÇÃO
Para Veiga Maltez, autarca da Golegã e presidente da Associação Nacional de Criadores de Raças Selectas, uma das saídas para o grande excedente de animais é o fomento do mercado da carne de cavalo.
"Faz parte da cultura ibérica ver o cavalo como um animal de estimação, mas, de França para cima, toda a Europa consome esta carne", explica o responsável, defendendo que será "desejável" o aparecimento de talhos a comercializarem alimentos feitos a partir do cavalo.
FARDA DE CAVALEIRO CUSTA 800 EUROS
Até ao próximo domingo os vendedores que comercializam artigos relacionados com o mundo equestre esperam, também eles, ganhar um novo alento contra a crise. Segundo o Correio da Manhã apurou junto de vários comerciantes que marcam presença na 27ª edição da Feira Nacional do Cavalo, actualmente a indumentária de um cavaleiro custa, em média 800 €. A saber: botas (65 €), calças de montar (70 €), camisa (20 €), casaco (350 €), colete (20 €), chapéu (35 €), esporas (15 €), luvas (30€), polainas (45€) e toque (protecção para a cabeça, 150 €).
Nos últimos dois dias, a GNR visitou os comerciantes e aconselhou-os para o cumprimento integral da legislação. "Todos os agentes económicos vão ser fiscalizados", disse ao CM fonte do Comando de Santarém da GNR, explicando que a acção preventiva serve para que os comerciantes não sejam apanhados de surpresa quando a ASAE, a Sociedade Portuguesa de Autores ou a Autoridade Tributária e Aduaneira, lhes “baterem” à porta».
***
DIGAM LÁ SE ISTO NÃO É ESTUPIDEZ DA MAIS PURA?
DEIXEM OS CAVALOS EM PAZ, LIVRES NO HABITAT DELES...