Quinta-feira, 24 de Junho de 2021

PAN propõe um plano nacional para pôr fim ao acorrentamento de animais de companhia

 

 

Só no nosso Portugal terceiro-mundista é que ainda se vê animais acorrentados uma vida inteira, nomeadamente, nas aldeias, por onde passa a GNR, a qual, apesar disto configurar um crime de maus-tratos a animais de companhia, mas também a muitos outros animais que apesar de não serem de companhia, são ANIMAIS, e que, em princípio, deveriam estar protegidos por duas leis (Leis de Protecção e Estatuto Jurídico dos Animais) já aprovadas, mas confinadas às gavetas, nada se faz para acabar com a imagem triste que ilustra este texto.

 

 Isabel A. Ferreira

 

Cão acorrentado.png

Mahatma Gandhi asseverava que «a grandeza de uma Nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados». É fácil pois, mediante esta imagem, avaliar a desgrandeza de Portugal.     

  

O  projecto de lei do PAN visa regular o acorrentamento e o alojamento em varandas e espaços afins dos animais de companhia, defendendo a criação de um Plano Nacional de Desacorrentamento.

 

Nenhum animal de companhia pode ser permanentemente acorrentado ou amarrado. Esta é a proposta do Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza.   

 

E isto, não obstante as alterações legislativas que se têm registado em matéria de protecção e de bem-estar animal desde 2001 - ano em que foram fixadas em diploma as condições de detenção e de alojamento dos animais de companhia - “são inúmeras as denúncias que existem, por todo o país, de animais que vivem permanentemente acorrentados, sem condições de alojamento, com impactos muito negativos no seu bem-estar.

 

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real quer, por isso, um «Plano Nacional de Desacorrentamento e a alteração do diploma, que passará a limitar a possibilidade de alojar animais em varandas ou espaço exíguos ou mantê-los 24/24 horas acorrentados, corrigindo o desajustamento da legislação, que esteve cerca de duas décadas sem qualquer actualização, à realidade actual».

 

A proposta do PAN procura, assim, introduzir a interdição do recurso ao acorrentamento ou a amarração, salvo no caso de se revelar indispensável para a segurança de pessoas, do próprio animal ou de outros animais. Nas situações em que não existe alternativa, o acorrentamento/amarração do animal deve ser limitado ao mais curto período de tempo possível, sem ultrapassar as três horas diárias. «E devem, claro, ser sempre salvaguardadas as necessidades de exercício, de abrigo, de alimentação, de abeberamento, de higiene e de lazer do animal», acrescenta Inês de Sousa Real.

 

Com este projecto de lei, o PAN procura, consequentemente, pôr fim a vários anos de inoperância da legislação vigente, em parte devido a disposições de conteúdo excessivamente indeterminado ou subjectivo, bem como às consequências decorrentes também do carácter qualitativo de algumas das normas que, desprovidas de referenciais objectivos, impossibilitam a devida fiscalização e geram dúvidas de interpretação. Segundo Inês de Sousa Real, «a actual legislação peca por uma indefinição prática ao dispor que «os animais devem dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas, devendo o mesmo permitir a prática de exercício físico adequado». Ora, o que se entende exactamente por adequado

 

Defende ainda a porta-voz do PAN que «não resulta admissível nem conforme aos presentes regimes legais, nem aos valores do nosso tempo, que um animal de companhia possa ser alojado em varandas ou outros espaços semelhantes e mantido acorrentado uma vida inteira, muitas vezes em condições insalubres condenado a uma existência miserável, privada de liberdade de movimentos que é, afinal, a essência da condição animal».   Com efeito, vários são os estudos que dão nota, nomeadamente, de que os cães, enquanto animais sociáveis, necessitam da socialização para poderem desenvolver-se de forma saudável. Se permanecerem acorrentados ou confinados a uma área exígua durante horas, dias, meses ou até anos, podem sofrer sérios danos emocionais e físicos devido aos efeitos acumulados do isolamento, da frustração e do tédio, podendo até consequentemente tornar-se agressivos. De entre os danos físicos a que estão sujeitos os animais amarrados ou acorrentados, contam-se as feridas e os cortes na pele e músculos do pescoço em resultado dos puxões das amarras. Há também o risco de o animal poder asfixiar ao tentar libertar-se, no caso de a corrente ou amarra se enrolar e prender.

 

Nos últimos anos, o acorrentamento de animais de companhia tem sido alvo de grande divulgação na sociedade civil, sendo que a proibição do acorrentamento permanente é já uma realidade, por exemplo, em diversos municípios e comunidades de Espanha, tais como Galiza, Madrid, Catalunha, Saragoça, Valência, Aragão, Andaluzia, Tenerife; na Alemanha; em França e em 23 Estados norte-americanos.

 

Consulte aqui o projecto de lei do PAN.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:42

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Terça-feira, 13 de Outubro de 2020

«Brilhante reportagem sobre touradas em Portugal»

 

Recordemos este texto de 2016. Infelizmente actualíssimo, comprovando-se que, em Portugal, a EVOLUÇÃO é algo que custa a encaixar, nomedamente, nas mentes dos governantes e dos parlamentares, os quais mantêm acesa a chama desta prática selvática, sem se aperceberem de que não têm lugar no pódio de gente civilizada

 

Reportagem espectacular sobre touradas. Todos os argumentos, todos os factos, todas as razões num brilhante trabalho.

"O Touro é um animal que, quando uma mosca pousa no seu dorso... ele afasta-a com a cauda. Ele é hipersensível".

 

COBARDE.jpg

 

Por Cláudia Vantacich

 

«O touro "bravo" ou de "lide" não é agressivo. Estes animais são, por natureza, tão ou mais afáveis do que os cães. O Fadjen, um mediático touro "bravo", salvo de um ganadeiro Espanhol, é neste momento, um excelente exemplo de que a agressividade genética do touro se encerra num mito propagandeado pela tauromaquia. A etologia, como ramo da zoologia, explica que o comportamento não é determinado pela genética, mas pelo ambiente e interacções do animal. Ou seja, independentemente das características genéticas, o seu comportamento será sempre condicionado, em última análise, pelo propósito e personalidade de quem os cria, tal como acontece com os cães. Para os tornarem, não agressivos, mas mais reactivos de modo a que seja possível toureá-los (ou lidá-los), os ganadeiros criam-nos em sistema extensivo, com pouco contacto com humanos, sujeitando-os a duros "treinos" a todos os níveis, sendo os físicos, dignos de um atleta de alta competição e, de vez em quando, alguns morrem subitamente devido ao exagerado esforço a que são sujeitos. Por vezes, os Touros são drogados com Rompum e Calmivet, duas substâncias anestésicas que administradas em pequenas quantidades, causam um efeito calmante. Mas nem sempre a dose "certa" é bem calculada, levando a que alguns sucumbam à dose excessiva, mesmo antes de entrar na arena.

 

Há muito que a ciência provou o sofrimento do touro. Todos os seres sencientes, ou seja, os que possuem um sistema nervoso central, grupo do qual faz parte o ser humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e psicológico, tal como stress, medo, pânico, angústia e tristeza. Sofrem ainda traumas psicológicos e desenvolvem depressões, bem como afectos e constroem ainda relações com outros seres, incluindo o Homem. Na capacidade de sentir, os animais não são diferentes do ser humano.

 

O touro "bravo" tem direito à sua integridade física e psicológica e principalmente tem direito a não ser utilizado como objecto de tortura para gáudio de uma minoria que nem sequer é representativa do povo português. À semelhança de tantas outras espécies, o touro poderá perfeitamente viver em liberdade e em paz no seu habitat, nem que seja em zonas protegidas, não sendo também por isso, aceitável o "argumento" da sua preservação como justificação da tauromaquia.

 

Não é portanto admissível que no século XXI, um país civilizado como Portugal, acolha ainda uma tradição que viola 90% (!) dos pontos considerados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO:

 

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.

2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à protecção do homem.

3 - Nenhum animal deve ser maltratado.

4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.

5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve nunca ser abandonado.

6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.

7 - Todo o acto que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.

8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são consideradas crimes contra os animais.

9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.

10 - O Homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

 

Mas não são apenas os direitos dos animais os que são violados pela tauromaquia.

 

A psicologia, a psiquiatria e a neurociência provaram que assistir a touradas provoca traumas psicológicos nas crianças, tornando-as tolerantes à violência gratuita e contribuindo para que se tornem adultos agressivos. Este foi um dos argumentos que levou à abolição das touradas na Catalunha, em Espanha, país onde a tradição é muito mais forte do que em Portugal, pela sua origem.»

 

Cláudia Vantacich

***

As touradas: Violência, Crueldade, Ignorância, Futilidade

A vergonha de Portugal

 

 

Fonte:

http://ruportugal.blogspot.pt/2016/05/brilhante-reportagem-sobre-touradas-em.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:00

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Quarta-feira, 29 de Julho de 2020

«Faz hoje dez anos que se decidiu pela proibição das corridas de Touros na Catalunha»

 

Quando, de facto, se quer acabar com a barbárie, simplesmente ACABA-SE!

Um dia, que agouramos para breve, poderemos cantar vitória, também em Portugal, nomeadamente em LISBOA, onde, exciste um antro, conhecido por campo pequeno que, infelizmente, ainda continuará a receber os trogloditas portugueses.

Isabel A. Ferreira 

 

CATALUNHA.png

 

Parabéns Catalunha - 10.º Aniversário

 

Faz hoje dez anos que se decidiu pela proibição das corridas de touros na Catalunha.

 

Foi com 68 votos a favor, 55 contra, e 9 abstenções que o parlamento catalão aprovou uma iniciativa legislativa popular, subscrita por mais de 180 mil pessoas, que pedia a referida proibição.

 

A lei entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2012. A proibição acabaria por vir a ser declarada nula em 2016. Mas o mais importante é que houve uma decisão história e que, desde 2012, até à data, não se realizaram corridas de touros na referida comunidade autónoma da Espanha.

 

Parabéns Catalunha.

 

Fonte: Marinhenses Anti-touradas

https://mgranti-touradas.blogspot.com/2020/07/parabens-catalunha-10-aniversario.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+MarinhensesAnti-touradas+%28MARINHENSES+ANTI-TOURADAS%29

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:52

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Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2019

PORTUGAL EM CONTRA-CORRENTE EM RELAÇÃO AO QUE SE PASSA NA EUROPA QUANTO À DEFESA DOS IDIOMAS LOCAIS COMO AFIRMAÇÃO DE SOBERANIA

 

Um magnífico texto de António Vieira que aponta o atraso de vida que se vive em Portugal, e diz do abandono a que os actuais governantes estão a votar a Língua Portuguesa.

Uma vergonha.

Acordem, Portugueses!

Acordem, professores: eles não podem instaurar processos disciplinares a todos os que ousem rejeitar o ilegal AO90.

 

PORTUGAL EM FUGA.png

 

Texto de António Vieira

 

«Agora que a iniciativa ILCAO acabou de dar entrada na A.R.- e conforme se previa - o”plenário” (?) foi deliberadamente reduzido a umas escassas dezenas de deputados “carneiristicamente” alinhados com as ordens provenientes das direcções partidárias, a fim de não “agitar” muito nem “fazer ondas” em demasia, dado que a obediência cega, com reflexos possíveis na manutenção do “tacho” de deputado fala sempre mais alto, e porque precisamente por esse motivo, ainda mais se justifica o empenho na continuidade das “Operações Pelourinho”, algumas outras considerações ocorrem.

 

Em primeiro lugar, surge bem patente a comprovação de que a aberração “A”O 90 se acha em pleno contra-ciclo com as actuais tendências que se registam no Continente Europeu, que caminham no sentido da manutenção e reforço, até, das identidades linguísticas e culturais em alguns países.

 

Como exemplos e começando aqui ao lado, por Espanha, que conforme se sabe, é um mosaico de diversos países com idiomas regionais específicos: na Galiza, onde em tempos ainda não muito atrasados, o Castelhano se procurava impor ao dialecto local, a tendência parece ter-se invertido, a fazer fé pelo menos em alguns casos concretos: onde se lia em tempos idos, La Guardia (do outro lado do Rio Minho, em frente a Caminha), agora lê-se A Guarda, onde dantes se lia Orense (no Rio Límia) agora pode ler-se Ourense (no Rio Lima).

 

E se se analisar o mapa, outros casos do mesmo teor surgem, ou seja, o Povo Galego tem batalhado, e conseguido, afirmar a sua identidade linguística, impondo o seu dialecto próprio (de raíz galaico-duriense, de onde também derivou o nosso Português).

 

Quem atravessar a Espanha, a caminho de França, encontra o idioma Basco (Euskera) em todas as placas rodoviárias, a par da denominação “oficial” castelhana, quando entra nas Comunidades que enformam o País Basco (Vitória, Álava, Guipuzscoa); as palavras que ali se vêem são “intragáveis”, de certo que ninguém de fora as consegue entender (incluindo uma pequena faixa já em território francês) e poder-se-ia pôr a questão: será que os próprios habitantes locais o conseguem (?!);, aliás os peritos em Etimologia ainda não conseguiram identificar a família linguística de onde aquele idioma proveio, e repito, ninguém de fora conseguirá por certo ler aquela “algavariada”, só que, o idioma em questão…está lá! aquela afirmação de Identidade de um Povo …está lá!

 

Para não falar já do mais do que conhecido caso da Catalunha (e da Língua catalã), tão evidente se nos afigura, dentro do mesmo espectro de análise.

 

Outro caso, o da Irlanda: por motivos de carácter histórico, em que refulge o ódio visceral e histórico aos Ingleses, a tentativa de ressurgimento do Gaélico - que parece não ter conseguido vingar, apesar das tentativas encetadas nesse sentido - tem feito com que algumas designações oficiais que têm sido escritas oficial e tradicionalmente em Inglês, têm passado a ser redigidas naquele Idioma que, repete-se, não tem passado de uma iniciativa inglória, ao que parece, só que….a afirmação da Identidade nacional assim o tem imposto: por exemplo: a par de “Republic of Ireland”, surge já em instâncias internacionais a palavra “Eireann” (!), e quem vir o mapa do País, nomeadamente, as duas principais partes que o enformam (Leinster e Munster), encontra por debaixo de muitos nomes de localidades, em Inglês, e entre parêntesis, a correspondente e muito recente denominação em Gaélico.

 

Para além de que o nome oficial do Chefe do Governo - tradicionalmente “Prime-Minister” (e que é assim que continua a ser tratado pela generalidade da população) - passou a ser o “Taosiaech” (será que alguém consegue pronunciar este vocábulo?!), mas essa opção foi adoptada por corresponder a um desígnio forte de afirmação identitária.

 

Finalmente, e para rematar esta pequena “incursão” por algumas fortes manifestações de afirmação de identidade linguística que se podem observar na Europa, vejamos o caso da Bélgica: conforme é sabido, existem “duas Bélgicas”, “Belgie” na Língua Flamenga (“Hoog Vlaams”) maioritariamente protestante e a de Língua Francesa “Belgique” (a Wallonie), maioritariamente católica.

 

 

As duas comunidades degladiam-se desde há mais de dois séculos - aliás, a formação deste País constituiu o resultado de uma iniciativa diplomática britânica, a seguir ao Congresso de Viena em 1815 e à derrota final de Napoleão, com o objectivo de criar um espaço “tampão” entre as duas maiores potências europeias da ocasião, a França e a Prússia (a futura Alemanha) - e continuam a não se entenderem em termos de afirmação linguística, sendo este facto atestado pela destruição frequente de placas de identificação de localidades, por norma durante a noite, por activistas de ambos os lados; mas o facto é que a “facção” flamenga tem vindo a impor-se; se não vejamos: onde hoje se situa a cidade de Kortrijk (junto à fronteira com a França) “estava” a “antiga” Courtrai (quem se lembrará de tal facto?).

 

E mesmo em relação a Liège - centro importante da cultura e língua francesas - já vem a ser “ameaçada” pela menção de “Luik”; basta consultar os mapas mais recentes e as quatro letrinhas em flamengo surgem já entre parêntesis.

 

Nada disto surge por acaso, só não vê isto quem não quiser ver, e mesmo o rio que ali passa, o Mosa (“Meuse”) também aparece já em flamengo (“Maas”), precisamente o rio de Maastricht, cerca de 30 Klm. acima, na Holanda, no Limburgo.

 

É evidente que tudo tem uma intenção clara em concordância com o predomínio avassalador, em termos económicos, da parte flamenga, que até se pode constatar em Portugal: basta para isso ler as inscrições nas cobertas em lona dos camiões TIR que provêm daquele país, por exemplo, Vander Brugge, VandenBergh, VanderElst, Vanden…, Vander.. e, apenas por simples curiosidade, a única referência que consigo detectar, em francês, é da empresa “Laffitte” precisamente de Liège.

 

Entre as tentativas da Comunidade Internacional para tentar evitar a secessão final deste pequeno país, contam-se a implantação de grandes Organizações na sua capital, Bruxelas (NATO e União Europeia-Comissão Europeia) mas não é nada seguro que a citada dupla afirmação de nacionalidade e identidade linguística não acabe por vir a prevalecer.

 

Mas estas referências servem para, e voltando ao tema de início, frisar o facto de o nosso País, estar em contra-corrente relativamente ao que na Europa se constata um pouco por toda a parte, na defesa dos idiomas locais, como uma forte afirmação de soberania.

 

A iniciativa ILCAO deve continuar com a recolha e validação de assinaturas e devemos aguardar que, na sequência da sugestão que aqui deixei, uma vaga de fundo de professores e autarcas, numa acção concertada, através de redes sociais imponha a abolição deste “A”O90, de uma vez por todas, dado eu não acreditar que se possam instaurar processos disciplianres a tantas pessoas.

 

Ou então, mas sempre em termos de complementaridade, aguardar pelo “peso” crescente de Angola, no contexto do universo de utentes da Língua Portuguesa, a fim de que a sua posição oficial de não-ratificação, já assumida oficialmente, resolva a situação de uma vez por todas.

 

António Vieira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:26

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Quarta-feira, 26 de Outubro de 2016

TRIBUNAL CONSTITUCIONAL ANULA PROIBIÇÃO DE TOURADAS NA CATALUNHA, MAS OS CATALÃES NÃO OBEDECERÃO A ESTA IMPOSIÇÃO RETRÓGRADA

 

 

Os aficionados espanhóis são como os aficionados portugueses: vivem na Pré-Idade da Pedra Lascada sem a mínima capacidade mental para ver o óbvio, evoluir e levar adiante a prática da Democracia e da Justiça.

 

A selvajaria tauromáquica está condenada à extinção, bem como os seus capachos. Só eles é que não vêem… E resistem, nem que para isso tenham de ser ridículos…

 

E assim se descredibiliza um tribunal constitucional…

 

MONUMENTAL DE BARCELONA.jpg

Esta arena de tortura, a Monumental de Barcelona, continuará assim: vazia, como estão destinadas todas as arenas dos oito países que ainda mantém estas práticas cruéis, grosseiras e medievais…

 

Lê-se nas notícias que por aí circulam que o Tribunal Constitucional Espanhol anulou a proibição das touradas na Catalunha, respondendo deste modo retrógrado a um recurso apresentado pelo não menos retrógrado Partido Popular espanhol, à decisão do Parlamento Catalão tomada em 2010 e que proibia a selvajaria tauromáquica na Catalunha.

 

Em Espanha, tal como em Portugal, a tauromaquia ainda se mantém em alguns poucos municípios e regiões, graças a mentes primitivas que ocupam cargos de decisão, e subsídios que ambos os governos esbanjam nesta actividade medieval protagonizada por psicopatas, sádicos e broncos.

 

E pensar que seres vivos são barbaramente torturados apenas para satisfazer os desejos mórbidos de um pequeno núcleo populacional portador de graves deformações mentais, bastamente comprovadas pelos estudos realizados por cientistas de várias especialidades!

 

Mas nem assim os partidos populares de ambos os países ibéricos são capazes de ver e aceitar o óbvio: a esmagadora maioria do povo espanhol e português não se revê nestas práticas bárbaras, assentes na mais profunda ignorância.

 

Os promotores da proibição das touradas na Catalunha, dizem que decisão do Tribunal Constitucional foi uma “decisão política” e disto ninguém tem a menor dúvida.

 

COMUNICADO DA PLATAFORMA PROU

 

A Plataforma PROU, impulsionadora da Iniciativa Legislativa Popular que originou a Lei aprovada pelo Parlamento Catalão em 2010, e que aboliu as touradas na Catalunha, emitiu o seguinte comunicado:

 

«Hoje, seis anos depois de se ter conseguido um avanço tão importante quanto à protecção animal e à não violência na Catalunha, no sentido de fomentar a cultura da paz, o Tribunal Constitucional espanhol decide que a dita lei é inconstitucional e que deve ser anulada, alegando motivos débeis e infundados, tendentes a retirar competências às regiões autónomas, impondo-nos, deste modo, um vergonhoso regresso ao passado, e à obrigatoriedade de continuar a autorizar a tortura pública de touros, nas arenas.

 

A Iniciativa Legislativa Popular utilizada foi um mecanismo de democracia participativa, que mobilizou centenas de milhares de pessoas se organizaram civicamente, num exemplo de exercício democrático rigoroso, transparente, aberto e com todas as garantias para o debate e a liberdade de expressão, e esta é a primeira vez na história que se revoga, sem as garantias acima indicadas, uma Lei aprovada através deste recurso.

 

É impossível acreditar que esta sentença responde a normas meramente jurídicas, tratando-se tão só de uma decisão política, que os antecedentes e a História corroboram.

 

Recordamos que o Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy, incluiu no seu manifesto eleitoral a defesa intransigente das touradas, aprovando durante o seu mandato uma lei que definiu a tauromaquia como "património histórico e cultural comum a todos os espanhóis”, com a única finalidade de tentar anular a Lei catalã.

 

Recordamos que o presidente do Tribunal Constitucional, Francisco Pérez de los Cobos, foi notícia pela sua filiação e militância no Partido Popular, ainda que, todavia, continue em funções.

 

Recordamos que nos últimos anos vários magistrados foram fotografados em praças de touros, desfrutando da cruel e sangrenta tortura dos animais.

 

Recordamos que o Partido Popular acumula centenas de casos de corrupção, que inclusive afectam o próprio partido e que vinculam o nome de diversos presidentes deste partido e do Estado espanhol. Recordamos que nos últimos anos foram descobertos casos de corrupção também no mundo tauromáquico, desde a evasão fiscal, até à gestão danosa de corridas de “beneficência”, associadas a crianças deficientes, entre muitos outros.

 

Enquanto na Catalunha se abriu uma brecha de distanciamento social em relação à tauromaquia, essa tendência estendeu-se a todo o Estado espanhol, onde actualmente a sociedade considera as touradas uma terrível forma de maltrato animal; e em 2013, a ONU considerou que esta actividade viola os direitos humanos.

 

Acreditamos firmemente que por trás desta decisão disfarçada de “poderes judiciais” há uma conspiração que só pode ter explicação no momento político que o Estado espanhol está a viver.

 

Negamos rotundamente que esta sentença corresponde aos interesses que diz corresponder.

 

Vamos denunciar, jurídica e moralmente, à opinião pública internacional estes abusos.

 

A Plataforma PROU começará, desde hoje, a trabalhar na denúncia internacional desta violação dos direitos democráticos que a nossa sociedade civil, organizada e mobilizada, sofreu, ao mesmo tempo que apresentará queixas nos tribunais especializados na persecução de atentados contra os direitos políticos. Estes direitos foram claramente violados como consequência da rede existente do relacionamento entre poderes e interesses pessoais, por parte de quem os utilizam.

 

Espera-nos um longo trabalho em toda a Europa e nas instituições jurídicas internacionais.

 

Da mesma forma, a Plataforma PROU também anuncia uma série de acções internas na Catalunha, com o Governo e o Parlamento, para assegurar que a tirania legislativa desta sentença não acabe por ter efeitos práticos e as touradas não voltem a realizar-se.

 

Do mesmo modo, esta Plataforma orgulha-se de partilhar este cenário com outras leis que foram revogadas por este mesmo tribunal, como a que defendia a igualdade de género; a lei que garantia que uma família não pode ficar sem abrigo; a disponibilidade para acolher refugiados na Catalunha; a lei de participação e consulta; a lei de emergência de energia; todas destinadas a melhorar a qualidade da democracia, justiça e igualdade.

 

Tanto quanto a nossa indignação por este atentado contra a democracia e a participação da cidadania legislativa, queremos tornar público o nosso entusiasmo, ao entender que este debate nos permitirá avançar para uma sociedade mais justa, menos violenta, mais civilizada.

 

 

Longe de aceitar o regresso das touradas à Catalunha, a Plataforma PROU acredita que chegou o momento de discutir as práticas violentas que nos envergonham como sociedade.

 

Por isso pedimos:

 

- À comunidade internacional que nos acompanhe.

 

- Ao Parlamento da Catalunha, uma nova Lei adaptada a esta sentença, mas que para efeitos práticos não permita o regresso das touradas.

 

- Ao Governo da Catalunha, que faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar qualquer tipo de actividade proibida pelo nosso Parlamento.

 

- Ao Governo da cidade de Barcelona, que mantenha firme a sua postura e não permita que a praça de touros volte a ser utilizada para actividades tauromáquicas.

 

- E muito especialmente, à comunidade da Catalunha que mantenha o seu apoio firme à causa da protecção animal, algo que orgulha, dignifica e é um importante reconhecimento internacional a este povo excepcional.»

 

Texto traduzido do original, publicado no blogue El Caballo de Nietzsche, em El Diário, neste link:

http://www.eldiario.es/caballodenietzsche/Comunicado-PROU-Tribunal-Constitucional-Cataluna_6_571202886.html

***

O Blogue Arco de Almedina apoia a Catalunha

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:11

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Terça-feira, 14 de Junho de 2016

«Brilhante reportagem sobre touradas em Portugal»

 

Reportagem espectacular sobre touradas. Todos os argumentos, todos os factos, todas as razões num brilhante trabalho.

 

"O Touro é um animal que, quando uma mosca pousa no seu dorso... ele afasta-a com a cauda. Ele é hipersensível".

 

COBARDE.jpg

 

Por Cláudia Vantacich

 

O touro "bravo" ou de "lide" não é agressivo. Estes animais são, por natureza, tão ou mais afáveis do que os cães. O Fadjen, um mediático touro "bravo", salvo de um ganadeiro Espanhol, é neste momento, um excelente exemplo de que a agressividade genética do touro se encerra num mito propagandeado pela tauromaquia. A etologia, como ramo da zoologia, explica que o comportamento não é determinado pela genética, mas pelo ambiente e interacções do animal. Ou seja, independentemente das características genéticas, o seu comportamento será sempre condicionado, em última análise, pelo propósito e personalidade de quem os cria, tal como acontece com os cães. Para os tornarem, não agressivos, mas mais reactivos de modo a que seja possível toureá-los (ou lidá-los), os ganadeiros criam-nos em sistema extensivo, com pouco contacto com humanos, sujeitando-os a duros "treinos" a todos os níveis, sendo os físicos, dignos de um atleta de alta competição e, de vez em quando, alguns morrem subitamente devido ao exagerado esforço a que são sujeitos. Por vezes, os Touros são drogados com Rompum e Calmivet, duas substâncias anestésicas que administradas em pequenas quantidades, causam um efeito calmante. Mas nem sempre a dose "certa" é bem calculada, levando a que alguns sucumbam à dose excessiva, mesmo antes de entrar na arena.

 

Há muito que a ciência provou o sofrimento do touro. Todos os seres sencientes, ou seja, os que possuem um sistema nervoso central, grupo do qual faz parte o ser humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e psicológico, tal como stress, medo, pânico, angústia e tristeza. Sofrem ainda traumas psicológicos e desenvolvem depressões, bem como afectos e constroem ainda relações com outros seres, incluindo o Homem. Na capacidade de sentir, os animais não são diferentes do ser humano.

 

O touro "bravo" tem direito à sua integridade física e psicológica e principalmente tem direito a não ser utilizado como objecto de tortura para gáudio de uma minoria que nem sequer é representativa do povo português. À semelhança de tantas outras espécies, o touro poderá perfeitamente viver em liberdade e em paz no seu habitat, nem que seja em zonas protegidas, não sendo também por isso, aceitável o "argumento" da sua preservação como justificação da tauromaquia.

 

Não é portanto admissível que no século XXI, um país civilizado como Portugal, acolha ainda uma tradição que viola 90% (!) dos pontos considerados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO:

 

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.

2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à protecção do homem.

3 - Nenhum animal deve ser maltratado.

4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.

5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve nunca ser abandonado.

6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.

7 - Todo o acto que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.

8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são consideradas crimes contra os animais.

9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.

10 - O Homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

 

Mas não são apenas os direitos dos animais os que são violados pela tauromaquia.

 

A psicologia, a psiquiatria e a neurociência provaram que assistir a touradas provoca traumas psicológicos nas crianças, tornando-as tolerantes à violência gratuita e contribuindo para que se tornem adultos agressivos. Este foi um dos argumentos que levou à abolição das touradas na Catalunha, em Espanha, país onde a tradição é muito mais forte do que em Portugal, pela sua origem.

 

Cláudia Vantacich

***

As touradas: Violência, Crueldade, Ignorância, Futilidade

A vergonha de Portugal

 

 

Fonte:

http://ruportugal.blogspot.pt/2016/05/brilhante-reportagem-sobre-touradas-em.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:41

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Sábado, 25 de Julho de 2015

ENQUANTO O MUNDO EVOLUI, PORTUGAL RETROCEDE E CONDECORA TORTURADORES DE ANIMAIS

 

Mais um avanço vindo de Espanha. Mais um exemplo vindo de Espanha, com o qual Portugal tem a aprender! Município espanhol reconhece cães e gatos com os mesmos direitos dos humanos

 

ESPANHA.jpg

Um município na Espanha acaba de tomar uma decisão histórica, que representa uma grande vitória para os animais.

 

Na pequena cidade de Trigueros del Valle, região de Castela e Leão, o conselho municipal votou unanimemente em favor de definir cães e gatos como “residentes não-humanos”, o que equivale a conferir a essas espécies direitos similares àqueles dos seres humanos que vivem no município. As informações são do site The Independent.

 

“Cães e gatos vivem entre nós há mais de mil anos. O prefeito precisa representar não só os residentes humanos, também deve auxiliar os outros,” afirma Pedro Pérez Espinosa, actual prefeito da cidade de cerca de 330 habitantes e membro do Partido Socialista Operário Espanhol.

 

Entidades defensoras de animais comemoraram a decisão, que confere mais protecção a gatos e cães. “Hoje, somos mais próximos, como espécies, e somos mais humanos, graças à sensibilidade e inteligência demonstradas pelas pessoas de Trigueros del Valle. Esse foi um óptimo dia para cidadãos humanos e não-humanos também,” segundo a organização Rescate 1.

 

Os novos direitos concedidos a essas espécies também alegraram os opositores das touradas, pois a medida inclui um dispositivo que proíbe “qualquer acção que cause a mutilação ou morte de um residente não-humano.”

 

Muitos municípios e regiões espanhóis já proibiram as touradas e, para activistas, a nova legislação de Trigueros del Valle também tem a proibição como objectivo.

 

Regiões como a Catalunha já baniram a prática, desafiando o governo federal de Madrid, que, lastimavelmente, estaria considerando incluir as touradas no património nacional espanhol. Essa medida ofereceria isenções fiscais aos organizadores de touradas e, essencialmente, permitiria que as proibições regionais à prática sejam ignoradas.

 

Esse não é o único caso em que não-humanos passam a ser titulares de direitos similares aos dos seres humanos. Nos Estados Unidos, há um forte movimento de luta pelo reconhecimento dos direitos de chimpanzés. Em Maio, uma corte norte-americana decidiu que quatro chimpanzés prisioneiros em um laboratório de uma universidade não poderiam ser tratados como propriedade, concedendo personalidade jurídica aos primatas. Foi a primeira vez que direitos individuais foram reconhecidos em favor de sujeitos não-humanos nos Estados Unidos, o que indica que há uma tendência positiva nas cortes do país.

 

Nota da redacção: A ANDA luta para que um dia, todos os animais tenham seus direitos reconhecidos, em todas as cidades de todos os países do mundo.

 

Fonte: ANDA

Fonte:

https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2015/07/25/mais-um-avanco-vindo-de-espanha-mais-um-exemplo-vindo-de-espanha-com-o-qual-portugal-tem-a-aprender-municipio-espanhol-reconhece-caes-e-gatos-com-os-mesmos-direitos-dos-humanos/comment-page-1/#comment-370 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2013

O delírio de um aficionado desesperado

 

Bem, lá terei de praticar mais uma obra de caridade espiritual…

 

 

 

O Diogo vê uma pessoa a assistir à tourada e diz que são milhares…

 

Diogo, deixou um comentário ao post Tauromaquia - A opinião de um Médico-Veterinário verdadeiro (porque os há a fingir) às 00:23, 2013-02-27. Comentário:

« ‘Bla bla bla whiskas saquetas... bla bla bla bla bla whiskas saquetas’.

Pegando neste conhecido anúncio de comida para gato, comparo o que o gato ouve da conversa da sua dona com ignorância e falta de inteligência que é característica de qualquer animal irracional, com aquilo que a sua pessoa ouve e interioriza de quem realmente está por dentro do mundo dos toiros e tenta ensinar-lhe alguma coisa.»

***

Resposta: primeiro, a ignorância é apenas sua, pois todos sabemos, que além do gato, outros animais não-humanos são BASTANTE INTELIGENTES. O porco é tido como o terceiro animal mais inteligente. Portanto se aqui alguém é ignorante ou lhe falta inteligência é ao Diogo, um animal como os outros, porém, ao qual falta a inteligência desses outros.  

 

«Os seus discursos falam de cobardia, falta de inteligência, falta de civismo, falta de educação e instrução, desrespeito ao animal.

 

Pois olhe que se engana. De todos os que conheço que praticam a ''cobardia'' que fala pelo forcado, que eu chamo de valentia, amizade, culto ao toiro...; 90% são formados com curso superior ou estão ainda a formar-se.»

 

Resposta: engano-me? Ai sim? Diz-me que 90% tem curso SUPERIOR? Tirado aonde? Ou como? Comprado naturalmente, porque se me diz que os forcados (que não passam de COBARDES), têm cursos superiores, o ensino em Portugal anda nivelado muito por BAIXO, pois não é SUPERIOR divertir-se sadicamente com seres vivos. Isso é cobardia, falta de inteligência, falta de civismo, falta de educação, de cultura e de instrução, e principalmente desrespeito pelo animal. Não tenha a mínima dúvida. E não sou só eu que o digo. São formados em CRUELDADE, esses 90%.

 

«No meu caso, espero que tenha habilitaçoes literárias tão boas quanto as minhas, pois assim poderá provavelmente estar bem na vida.»

 

Resposta: estava tramada, se as minhas habilitações fossem “tão boas” quanto as suas, que nem sequer sabe usar correctamente a Língua Portuguesa.

 

«Já quanto ao civismo, não creio que seja falta dele que se tome a opção de se querer manter preservada uma tradição e marca tão nossa quanto o nome do nosso país. E acho de louvar quem tenha não só a coragem de enfrentar um toiro de frente, como também lutar contra uma oposiçao ''verdoca'' que no século XXI despertou para lutas que no fundo não são primárias à sociedade.»

 

Resposta: se pensa que a tourada traz prestígio a Portugal, engana-se. Lá fora somos tidos como um país terceiro-mundista que ainda preserva “tradições” primitivas raiando a ESTUPIDEZ. E se acha «de louvar quem tenha não só a coragem de enfrentar um toiro de frente, como também lutar contra uma oposição ''verdoca'' (seja lá o que isto for)que no século XXI despertou para lutas que no fundo não são primárias à sociedade» permita-me que lhe diga que nunca vi um raciocínio tão parvo e estúpido quanto este. Você tem a certeza de que é da nossa época. Não será um troll da Idade Média, que sobreviveu num buraco qualquer por aí, e agora anda pelo mundo a dizer estes disparates fenomenais?  

 

«Lutar contra a fome, doença, guerra, até extinção de espécies como o lince ibérico, para isso ja não se mexe...?? Acho que seria melhor para a sociedade do que andar com estes activismos contra a tauromaquia!»

 

Resposta: pois, você acha, mas não tem de achar nada. Isso é o que vocês querem. Que nos calemos. Você tem é de se civilizar e de ser ÚTIL à sociedade. Eu, neste momento, estou a lutar pela Causa dos Animais (que implica os Humanos e TODOS os Não-Humanos). E você? Está a lutar contra a fome, a doença, a guerra, e até a extinção de espécies como o lince ibérico? Está? Ora diga lá qual é a CAUSA que abraçou para deixar aos seus descendentes uma sociedade melhor?  É a da VIOLÊNCIA contra seres vivos? É?

 

«Quanto à Tauromaquia estar ''com os pés na cova e só faltar o empurrãozinho final'', tenho que discordar novamente. À bem pouco tempo um estudo provou que os ''anti'' representam uma baixíssima parcela de 11% da população portuguesa: LINK Sondagem ''Público'':

 

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/maioria-dos-portugueses-defende-que-touradas-favorecem-imagem-do-pais-no-exterior-1489793

 

Resposta: «À bem pouco tempo?»… (Olhe o seu Português!) Pois… Isto já tem barbas brancas, e NUNCA, NUNCA CORRESPONDEU À VERDADE. JAMAIS! Quantas sondagens encomendadas, como esta, quer?

 

"A verdade é que tem havido muita manipulação dos números e estes demonstram que apenas 11 por cento dos portugueses são contrários aos espectáculos taurinos", refere. Para além do facto de afirmarem contra a verdade de serem muito mais do que aquilo que são:

 

Resposta: a VERDADE é que 89 % dos portugueses SÃO CONTRA AS TOURADAS. Essa é que é a verdade. Todas as sondagens recentes dizem que os DEFENSORES DOS ANIMAIS são a ESMAGADORA MAIORIA. Os predadores estão em minoria. Uma minoria ridícula, e estas contas até são fáceis de fazer. Nem eram necessárias sondagens.

 

«'O presidente da APET e responsável pela Protoiro, grupo que inclui não só os empresários, mas ainda as associações de forcados, toureiros e criadores de touros de lide, comentando os resultados da sondagem - onde 32,8 por cento dos inquiridos referem não ser aficionados, mas nada terem contra os que gostam dos espectáculos tauromáquicos -, diz ainda que grupos como a Animal "são muito proactivos, quase a roçar o extremismo e capazes de argumentar que esta percentagem de pessoas é contra os touros".'' (ora, ir contra a verdade (mentir), com fim de demover as pessoas a juntarem-se a movimentos ''anti-taurimos'', é uma das coisas pela qual eu não fui educado.»

 

Resposta: fale-me de gente SÉRIA. Todos os portugueses de bem sabem quem são os indivíduos da prótoiro, que não tem nenhum, mas nem o mais pequeno vestígio de respeitabilidade e credibilidade na sociedade portuguesa (tal como os políticos que os apoiam, por isso vão ser todos corridos brevemente). Pois eu sei, você lá foi educado para a VERDADE? Claro que não! Foi educado para a MENTIRA, para a VIOLÊNCIA, para a CRUELDADE, por isso não sabe o que diz. E eu não sou Jesus Cristo para o perdoar.

 

«Para além disto, é facto que houve proíbições em certos e determinados sítios, como na Catalunha - isto durante um/dois anos, pois já se prevê o retrocesso dessa mesma proibição, o que demonstra que talvez esteja enganada quanto a força que o Protaurino tem, que tem muita! 27/02/2013 Diogo»

 

Resposta: como estão ENGANADOS. DESINFORMADOS. Em pleno DELÍRIO. AS TOURADAS jamais REGRESSARÃO à Catalunha. E em Portugal e nos restantes países tauricidas, elas estão por um fio de aranha. Não se ILUDAM. Comecem é a comprar lençóis para enxugar as lágrimas que derramarão brevemente,  no ENTERRO DA TAUROMAQUIA. Um brevemente que, comparado com o tempo já passado desde a primeira tourada, pode ainda durar uma meia dúzia de anos, porque a mentalidade humana, ao contrário do progresso tecnológico, anda a passo de uma lesma-bebé.

 

Isabel A. Ferreira
 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:19

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Terça-feira, 29 de Janeiro de 2013

A todos os que lutam pela abolição da tauromaquia

 
 
 
 
 

«Sou o Touro que nunca te escreverá.

 

Sou o Touro que possivelmente nunca acariciarás.

 

Sou o Touro que jamais falará contigo.

 

Sou o Touro que não conhece o teu rosto, nem sabe o teu nome.

 

Contudo, sou o Touro que, graças a ti, já não será torturado e assassinado na Catalunha, em

Bogotá, em Quito (ou no Campo Pequeno…)

 

Por isso, activista, sou o Touro que te agradece e que te pede para não desistires.

 

Do mesmo modo que foste a minha, és a única e a última esperança de muitos outros Touros.

 

Julio Ortega»

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:35

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Sexta-feira, 9 de Novembro de 2012

«A decadência da tauromaquia»

 

 

Mais gente na arena do que nas bancadas. Boa!

 

E dizem eles que a tauromaquia está de boa saúde! A verdade é que ela está moribunda. Com os pés na cova. Vamos dar-lhe o empurrão final para que caia no abismo e fique soterrada para sempre no fundo dos infernos, onde já devia estar há muito tempo.

 

O texto que se segue diz da situação de Espanha, que é o que se passa exactamente em Portugal. Sem tirar nem pôr.

 

Lá  como cá, estamos a trabalhar para que 2013 seja o ano da morte das touradas.

 

Este é um texto que é OBRIGATÓRIO LER.

 

***

 

«Agoniza em declive e ferida de morte» estas seriam as palavras com as quais, no dia de hoje, definiríamos a situação da tauromaquia em Espanha.

 

(E também em Portugal e nos restantes países tauricidas do mundo).

 

Palavras que começam a ouvir-se da boca dos próprios ganadeiros, empresários, jornalistas, críticos taurinos, aficionados e toureiros.

 

A consciência social, a apatia dos aficionados taurinos, a falta de dinheiro, a forte crise que golpeia a Espanha (e também Portugal) e o esforço que algumas Câmaras Municipais estão a fazer, hoje, mais do que nunca, permite que  tauromaquia esteja à beira do precipício.

 

Desde 2007, os festejos taurinos decresceram 47% em toda a Espanha (e em Portugal o mesmo se passa).

 

Os ganadeiros já destinam mais bovinos para os matadouros do que para as arenas, e dia após dia, vêem-se a braços com enormes perdas económicas, pelo que já planeiam seriamente a alternativa dos matadouros como única via de escapar à crise.

 

A ferida aberta pela Catalunha, em 2010, proibindo as corridas de Touros, longe de cicatrizar, torna-se mais funda, à medida que as Organizações de Defesa dos Animais, com o apoio de mais de 73% da população (em Portugal chega-se aos 87%) continuam a trabalhar para abolir esta tradição cruel, digna apenas de um povo primitivo.

 

Dois anos depois da sua proibição na Catalunha, parece chegar a vez de San Sebastian, cujo alcaide quer pôr fim a esta atrocidade e, deste modo, não derramar mais sangue inocente nas arenas daquela localidade.

 

«O sofrimento dos animais não deve converter-se num espectáculo público», referiu o alcaide Juan Carlos Izaguirre.

 

É de realçar que com um país prestes a pedir um resgate financeiro, se desperdicem mais de 500 milhões de Euros em festejos taurinos e que apesar de utilizarem a palavra “austeridade”, muitas Câmaras Municipais continuem a endividar-se, ano após ano, realizando corridas de Touros em praças CADA VEZ MAIS VAZIAS.

 

Apesar de 73% da população estar contra ou ser indiferente à tauromaquia, o governo central faz ouvidos de mercador ao grito unânime da população que pede o fim da tortura e da morte de milhares de Touros, todos os anos.

 

(O mesmo acontece em Portugal, com governantes CEGOS E SURDOS)

 

A tauromaquia sobrevive graças aos interesses privados de alguns políticos, ao endividamento das Câmaras Municipais, às entradas gratuitas a centros escolares de algumas comunidades e aos turistas que lá vão ao engano.

 

A estes últimos vende-se-lhes um espectáculo de dança entre um Touro e um Cavalo, na qual em nenhum momento se maltrata o Touro. Uma vez iniciada a lide, os turistas saem horrorizados, com lágrimas nos olhos pelo que presenciaram.

 

(Além de tauricidas são mentirosos e traiçoeiros).

 

A Organização Internacional pela Defesa dos Animais “AnimaNaturalis" , continuará a trabalhar para que num futuro próximo, esta mal denominada “festa nacional” seja abolida em todo o Estado Espanhol , e deixe de envergonhar a maioria dos cidadãos que não querem ser identificados com tal atrocidade.»

 

Guillermo Amengual,

Coordenador para Espanha de «Campanha Antitauromaquia».

 

Fonte: http://animanaturalis.org/p/1584

 

 ***

 

Em Portugal estamos a trabalhar também para o funeral da tauromaquia.  Talvez demore mais do que gostaríamos. Mas a abolição é CERTA.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:20

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