Estarão a ser cumpridas as regras do novo RET (segundo o qual desde 12 de Agosto de 2016 é obrigatória a instalação de curros?
Se não estão, a tourada deve ser cancelada, a exemplo do que aconteceu em Baião.
Além disso é inadmissível que a população mais sensível seja obrigada a fechar-se em casa para que os sádicos possam saciar a sua mente doentia.
Aliás, nenhuma tourada realizada em praças amovíveis reúne as condições exigidas pelo tal RET. Por isso, todas as touradas programadas para arenas amovíveis deveriam ser canceladas.
E mesmo as realizadas nas praças fixas cumprirão todas as regras que a lei exige? Duvidamos.
Origem da foto:
http://www.fundamental-diario.pt/2016/08/29/praca-toiros-no-carregado-esta-revoltar-populacao/
Esta é a praça de touros amovível, foi montada entre os prédios no Casal da Sarra, Carregado, o que está a deixar uma grande parte da população revoltada. E com toda a razão, por se tratar de uma prática cruel e sanguinária, que as pessoas sensíveis e humanas abominam e não têm obrigação de tolerar…
Dizem os aficionados: quem não gosta não vá à janela.
Ora essa! Já agora manda-se no que as pessoas podem ou não fazer nas suas próprias casas?
Este tipo de coisa não é permitido por lei, nas zonas urbanas. Por que o fazem no Carregado? Podemos perguntar?
E há a indicação de que o padre da paróquia está metido nisto até às orelhas. Será verdade? Se é verdade, é o descalabro total. Uma vez mais a igreja católica não cumpre a sua missão cristã.
Paulo Pedro, um dos habitantes revoltados com a montagem desta arena, escreveu na sua página no Facebook: «Não posso concordar com isto: então não é que vão torturar animais a sangue frio mesmo ao pé da minha casa, numa coisa a que chamam cultura mas que para mim e para muitos não passa de uma enorme falta de… tirem-me daqui! (…) O que dizer de andarmos a sustentar uma estação de televisão com os nossos impostos para transmitir touradas e ajudar a sustentar esta barbaridade com o nosso dinheiro?»
Este sentimento de revolta é comum a muitos habitantes do Carregado. Afinal, não se trata de um evento cultural. Trata-se de pura barbárie, que ninguém é obrigado a “ouvir” nas suas próprias casas.
E revolta também quem, de longe, assiste a esta degradação moral, cultural e social, que envergonha o nosso país, que se encontra no rol dos países terceiro-mundistas.
Isabel A. Ferreira