À ATENÇÃO DA COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE MENORES
(Repare-se em quem patrocina esta iniciativa: (JB) Aplaudir, Casa do Pessoal da RTP e CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM)
Eis o arauto da abertura da temporada da selvajaria na cidade:
um menino.
Sim, porque as pessoas cultas não sintonizam a RTP para ver LIXO TAUROMÁQUICO.
O que mudou com o muito bem pago novo presidente da RTP, Gonçalo Reis (ganha mais do que o primeiro-ministro) que deveria pugnar pela cultura e recusar-se a vergar-se de joelhos diante do lobby tauromáquico, que representa uma minoria vampiresca, em todos os sentidos?
Nada mudou. A RTP continua a promover a tortura de seres vivos para divertir “gente” que já nasceu morta, de tão velha que é…
Aqui fica a Estrela de Ferro para a RTP que, com dinheiros públicos, promove a selvajaria tauromáquica, levando aos portugueses a incultura e uma prática sangrenta e cruel, que em nada dignifica Portugal e a Humanidade Racional e Livre.
No passado dia 2 de Julho a RTP transmitiu em directo uma sessão de selvajaria tauromáquica, no antro do campo pequeno, situado na cidade de Lisboa (que se diz capital europeia, e não passa de uma capital terceiro-mundista).
Não saberá Gonçalo Reis que a tourada é uma prática violenta e cruel, ao nível dos bárbaros espectáculos, do abominável circo romano, os quais aconteceram já há tantos séculos, num tempo onde imperava a ignorância total, e que o mundo, entretanto, evoluiu?
Não saberá Gonçalo Reis que esta prática é do foro de alienados mentais, que se divertem a ver torturar um animal indefeso?
E a Casa do Pessoal da RTP será constituída por que tipo de “gente”?
Acreditará essa “gente” que torturar seres vivos indefesos numa arena é um divertimento digno de seres racionais?
E nesse dia 2 de Julho aconteceu algo muito sugestivo, naquele antro de tortura que é o campo pequeno: parece que enquanto decorria a selvajaria tauromáquica, a PSP teve conhecimento de uma ameaça de bomba no recinto.
Contudo o antro não foi evacuado, como mandam as regras da prevenção.
Porquê?
A PSP não consideraria a ameaça coisa de grande importância? Outro dia fechou-se uma ponte em Lisboa só porque havia um saquinho suspeito, num dos tabuleiros, e que veio a saber-se era um saquinho de ROUPA.
Mas no campo pequeno era uma simples ameaça de bomba. Coisa de pouca monta. Por que haveria de se considerar “isto” importante, num tempo de terrorismo global?
Se realmente a ameaça se concretizasse e fizesse ir pelos ares o campo pequeno, mais todos aqueles sádicos e psicopatas que lá se encontravam, a sociedade portuguesa ver-se-ia livre de uns tantos parasitas que sugam os dinheiros públicos desviados da Saúde, da Educação, da Cultura Culta e de outras estruturas essenciais?
É esta pergunta que fica por responder.
Senhor presidente da RTP, Gonçalo Reis, daqui lhe dirijo os meus pêsames, pela morte da esperança que os Portugueses Cultos depositavam na mudança de administração dessa estação pública de televisão.
Afinal, mudaram-se as “cabeças”, mas o “miolo” continua pobre e podre, como sempre esteve.
Mudam-se os tempos, mas as vontades continuam a ser primitivas e toscas.
Quer agir?
Envie um e-mail para:
rovedor.telespectador@rtp.pt, contacto.cpessoal@rtp.pt,cpessoal.porto@rtp.pt
Exmos. Senhores:
Venho desta forma manifestar o meu desagrado pela continuidade da exibição de touradas no canal público RTP 1, em especial a que é organizada com o apoio da Casa de Pessoal da RTP.
Numa altura em que no mundo se verifica uma dificuldade financeira alargada a diversos estratos em diversos pontos do mundo, resultando até em fechos da televisão pública, não posso concordar que o meu dinheiro cedido em impostos, e em especial directamente na taxa audiovisual, seja utilizado em detrimento de um público restrito, onde está em causa não a formação cívica e cultural, mas sim precisamente o inverso.
A exibição de tais espectáculos constitui, principalmente nas crianças, uma ligação com a violência de que é permitido que outros sejam maltratados e inferiorizados, nos tempos correntes não podemos permitir que isso seja um valor transmitido.
Espectáculos ultrapassados por conterem uma dose de violência, maus tratos e morte, não podem ser arcabouço cultural no espectro público actual.
Não podem continuar a ser argumentada a continuidade de tais tristes espectáculos, com a declaração de que o elemento maltratado não sofre e não morre, quando já todos sabem que tal não é verdade, e até cientificamente provado está.
Não pode continuar-se a afirmar que isto constitui cultura, pelo menos não com o meu apoio, não com os meus impostos, não com a minha contribuição audiovisual que nos custa a todos 140 milhões de euros.
À excepção da exibição de touradas a RTP continua a fazer um bom trabalho, e até um serviço público de excelência, mas que muito mal fica quando é transportada a marca para uma Corrida de Touros a favor da Casa de Pessoal da RTP.
Não me importo que seja mantido ou até incrementada a contribuição audiovisual, mas para isso acontecer não podem continuar a ser passados exemplos de um mau serviço público como a exibição de touradas, em especial em detrimento para uma instituição que leva a marca da RTP.
Agradecendo toda a atenção,
Isabel A. Ferreira
Depois não digam que não avisámos!
No próximo dia 27 de Julho, há que BOICOTAR a RTP1
Isto é deitar dinheiro ao LIXO
Encontrei este texto, por acaso. Mas não é por acaso que vou publicá-lo. Faço-o unicamente para que aqueles que me enviaram comentários super obscenos (à boa maneira dos aficionados) fiquem a saber, que eu escrevo, mas há mais quem escreva o mesmo que eu, mas de outra maneira.
Este texto está excelente, e diz tudo o que pode dizer-se de um “sucide squad”
Porque é que o forcado Nuno Carvalho ficou tetraplégico * XLVIII grande corrida TV?
A Grande Corrida TV e o forcado Nuno Carvalho que ficou paraplégico*
No dia 30 de Agosto de 2012, na Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, ocorreu a XLVIII edição da Grande Corrida TV, organizada pela Casa de Pessoal da RTP. Foram lidados 3 touros da Ganadaria Infante da Câmara e outros 3 da Ganadaria Manuel Assunção Coimbra. Os touros foram furados pelos cavaleiros tauromáquicos Joaquim Bastinhas, João Salgueiro e João Ribeiro Telles Jr.
Depois de devidamente perfurados com arpões, e após litros de sangue perdidos, os touros foram atacados por dois grupos de forcados: o Grupo de Forcados Amadores Portalegre e o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita.
O quinto touro, da Ganadaria Infante da Câmara, que estava a esvair-se em sangue, foi provocado por um bando de 8 forcados, tal como é habitual no final da perfuração do touro com bandarilhas pelo toureiro. Os forcados queriam atacar o bovino ferido, mas o touro, movido pelo instinto de sobrevivência, enfrentou-os e acabou por derrubar e colher o forcado Nuno Carvalho do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita. Derivado da aparatosa colhida, o Nuno Carvalho sofreu lesões vertebrais e ficou tetraplégico. A brutalização do touro correu mal e agora o jovem forcado está condenado a viver numa cadeira de rodas para o resto da vida.
Outras desgraças com contornos semelhantes a esta que aconteceu ao Nuno Carvalho já aconteceram no passado e muito provavelmente irão acontecer no futuro. A tauromaquia é assim mesmo, é uma actividade que tem tanto de inutilidade como de perigosidade. Contudo, apesar destas tragédias com seres humanos serem frequentes nos espectáculos tauromáquicos, nada demove os entusiastas do jogo violento chamado tauromaquia.
Eles conhecem os riscos dos espectáculos tauromáquicos, que são parte da sua festa, mas mesmo assim vão continuar a aplaudir a violência tauromáquica, aconteça o que acontecer, morra quem morrer. As colhidas, os ossos partidos, os hematomas, as hemorragias, os feridos e até a morte de seres humanos são uma realidade indissociável dos eventos tauromáquicos e os aficionados convivem bem com isso de forma doentia. Como diz Leonardo Anselmi, o porta-voz da porta-voz da plataforma Prou (Basta), que desencadeou o processo que levou à abolição das corridas de touros na Catalunha: “a tauromaquia é uma doença social”.
Não satisfeita com a desgraça que se abateu sobre o forcado Nuno Carvalho, a indústria tauromáquica, em grande parte influenciada pelo mediatismo do caso, lança uma campanha de solidariedade para com o forcado tetraplégico, promovendo mais um evento tauromáquico, onde mais uma vez forcados irão arriscar a sua vida de forma estúpida e inútil.
Por enquanto, a gente da tourada faz de conta que se preocupa com o Nuno Carvalho e demonstra interesse em apoiá-lo com touradas ou tampinhas de plástico. Mas com o tempo, vem o esquecimento e o Nuno vai ficar sozinho e ter de enfrentar o elevado preço por ter entrado num jogo cruel, estúpido e inútil.
Embalado na hipócrita onda de solidariedade dos mesmos que aplaudem a violência tauromáquica, o forcado Nuno Carvalho tem feito declarações bastante elucidativas do processo de lavagem cerebral que a indústria tauromáquica leva a cabo.
Declarações como as que fez no programa de televisão Boa Tarde, de 7 de Fevereiro de 2013, da jornalista Conceição Lino, na SIC. Nesse programa, apesar de reconhecer que deu cabo da vida dele e da namorada, Nuno Carvalho afirma que não está nada arrependido de ter sido forcado e que faria tudo de forma igual. Também lança dúvidas relativamente ao papel de Deus na colhida que sofreu afirmando: “Pensava que tinha sido completamente abandonado por Deus…pergunta-mos a nós o que eu fiz a Deus para merecer isto. Uma crueldade enorme.”
Este atribuir de culpas a causas metafísicas é elucidativo da imaturidade e inconsciência dos jovens que são recrutados pela indústria tauromáquica para servirem de autênticos bonecos de trapos, enfrentando um animal inocente ferido e colocando-se em perigo por causa nenhuma.
Quando alguém, por sua própria vontade, se coloca diante de um comboio em andamento e é ferido por causa disso, não podemos dizer que se tratou de um acidente em sentido próprio. Trata-se apenas de uma consequência mais que provável e previsível de um acto. Pela mesma razão, tampouco se pode falar de um castigo aplicado ao forcado Nuno Carvalho.
Quando muito, podemos falar de um castigo auto-infligido, um acto suicida. Não é por acaso que os grupos de forcados são conhecidos em alguns países como ‘suicide squad’, que pode ser traduzido como ‘bando de tolinhos suicidas’. O mito do forcado como herói valente, não passa disso mesmo, um mito divulgado pela indústria tauromáquica numa parcela da sociedade portuguesa que não reflecte devidamente sobre o assunto.
Na realidade os grupos de forcados são um vexame na imagem de Portugal no mundo. Num mundo civilizado não é compreensível que se lutem com animais feridos apenas por diversão. Isso não é coisa de gente civilizada e pouco mais se pode dizer em relação ao absurdo e despropósito de pegar em grupo um touro com arpões cravados na carne e banhado em sangue, só para o humilhar e ferir ainda mais, puxando-lhe o rabo e fazendo-o rodopiar. A actividade dos forcados nos eventos tauromáquicos é cruel e covarde.
O reconhecimento do erro e o arrependimento não é uma virtude para qualquer um possa ter. É necessário coragem para o fazer. Alguns escolhem antes enganar-se a si próprios e, de forma covarde, recusam reconhecer os seus erros.
Os responsáveis pela tragédia do forcado Nuno Carvalho
Importa então perceber a quem é que é imputável esta tragédia que se abateu sobre a vida de um jovem de 26 anos, bem como saber quem é que deve ser responsabilizado moral e financeiramente pelos estropiados dos espectáculos tauromáquicos.
Os rostos dos responsáveis:
1.º
Nuno Carvalho, que é TUDO, menos um herói.
O próprio forcado Nuno Carvalho que, de forma marialva e irresponsável, decidiu atacar um animal de mais de meia tonelada, ferido e em luta pela sobrevivência.
2.º
Câmara Municipal da Moita
A Câmara Municipal da Moita que promove as actividades cruéis e suicidas dos 2 grupos de forcados da Moita com subsídios de milhares de euros retirados dos contribuintes portugueses, e que atribui medalhas de mérito a esses grupos de forcados.
3.º
Federação Prótoiro
Os representantes da indústria tauromáquica, nomeadamente a Federação Portuguesa das Associações Taurinas - Prótoiro, que vivem dos interesses no negócio criminoso da tortura de bovinos e da exploração da imaturidade e irresponsabilidade de jovens como o Nuno Carvalho, que são atirados ao ar como bonecos de trapos nos eventos tauromáquicos.
4.º
Jet Set do Campo Pequeno
O público das bancadas da Praça de Touros do Campo Pequeno, designadamente o “jet set” decadente, que se divertiu a assistir a um evento sanguinário, em que bovinos são furados com ferros por motivos lúdicos, e que aplaudiu o jogo violento, perigoso, cruel e despropositado que é a pega dos forcados.
5.º
Casa do Pessoal da RTP
A Casa do Pessoal da RTP e a Sociedade Campo Pequeno, SA que organizaram mais uma vez esta desgraça tauromáquica, ao serviço de lobbies e interesses particulares, e à revelia da posição dominante na sociedade portuguesa que não tem interesse algum nas touradas.
6.º
Ganadeiros e Famílias da Tauromaquia
A Ganadaria Infante da Câmara, as demais ganadarias e as famílias da tauromaquia que vivem do negócio desumano da tortura de bovinos para diversão de plateias ávidas por verem sangue a escorrer de seres inocentes, e que recebem anualmente milhões de euros retirados dos contribuintes europeus.
Estes são os co-responsáveis pela tragédia do Nuno Carvalho. São todos que de alguma forma contribuem para que que jovens saudáveis arrisquem a saúde e a vida de forma suicida em ataques a bovinos feridos. Eles são os responsáveis pelo que aconteceu ao Nuno Carvalho e por isso devem ser condenados a indemnizá-lo, assim como a todos os feridos e familiares dos mortos em eventos tauromáquicos.
Os anti touradas são os únicos de mãos limpas nesta história de terror, são aqueles que não querem as touradas. Se as touradas não existissem, tal como é o desejo dos defensores dos direitos dos animais, nada disto tinha acontecido com o Nuno Carvalho.
Esperemos que o Nuno Carvalho abra os olhos e perceba que as gentes da tauromaquia estão a marimbar-se para ele e para os muitos forcados que foram e vão continuar a ser feridos e mortos de forma estúpida e inútil.
Que ele seja humano e se arrependa e reconheça a crueldade e a covardia do acto de ferir e atacar animais inocentes em arenas iguais às da antiga Roma.
Que ele seja um novo Álvaro Munera e que contribua para que não aconteçam mais desgraças destas com outros jovens!
«La sangre que vertimos se volverá contra nosotros» Álvaro Múnera, ex-toureiro
http://pelostourosvivos.blogspot.pt/
9 de Fevereiro de 2013
* Substituí o termo “tetraplégico” por “paraplégico” porque o Nuno ficou paraplégico e não tetraplégico.
***
Peço a atenção para este comentário, e apelo a quem souber responder ao que aconteceu, exactamente, na arena, ao Nuno Carvalho-Mata, depois de ser colhido pelo Touro moribundo...
Quem o socorreu? Pessoal especializado ou os forcados? É que numa situação destas, como bem observa o Carlos Ricardo, qualquer movimento errado pode ser fatal para quem está ferido com gravidade...
Carlos Ricardo, deixou um comentário ao post A HISTÓRIA DE UM “SUICIDE SQUAD”, OU SEJA, DE UM FORCADO CHAMADO NUNO DE CARVALHO-MATA às 18:54, 2013-03-05.
Comentário:
«Extraordinário relato da verdade sobre a tauromaquia e dos que a alimentam. Há, no entanto, um pormenor que, pelo menos eu não tenho ouvido falar e muito menos que esteja a ser investigado, que é o facto da assistência ao Nuno Carvalho, dentro da arena e após a colhida ter sido feita pelos outros forcados e não por especialistas do INEM.
Sendo absolutamente verdade, como tantas vezes o INEM adverte, que, em situações como esta, os acidentados não devem ser tocados e muito menos deslocados ou transportados para outro local sem ser por pessoal especializado, como é possível que essa assistência ao Nuno tenha sido feita pelos outros forcados, de forma atabalhoada e rápida demais para uma situação que se adivinhava grave ?
Nestes estúpidos espectáculos não é obrigatória a presença do INEM ou de qualquer outra instituição que SAIBA lidar com um corpo inerte ? Será que a pronta actuação (dentro da arena) de especialistas como o INEM, teriam evitado as sequelas que levaram o Nuno a ficar paraplégico? Fico-me por aqui porque não sei se existe alguma investigação sobre a questão que pus, mas que, no caso de não haver, deveria ser feita, isso acho que sim.»
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Um comentário bastante oportuno, Carlos Ricardo.
Eu também não ouvi falar desses cuidados imediatos e especializados a um ferido grave.
INEM? No campo pequeno para assistir a um forcado ferido?
Aqui deixo a pergunta.
Isabel A. Ferreira