Enviaram-se centenas de mensagens e cartas como a que se transcreve abaixo, com a sugestão mais óbvia: cancelamento da selvajaria numa cidade que não merece tal lixeira dentro de portas.
Mas a selvajaria aconteceu.
Serão os autarcas ANALFABETOS? Não saberão LER?
Quem colocou essa gente no PODER terá de correr com ela do PODER.
Ainda se pelo menos os cobardes carrascos aprendessem alguma coisa com imagens deste calibre…!
Ainda se os autarcas entendessem que nem para os não humanos, nem para os humanos esta selvajaria faz sentido…!
Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior
Venho por este meio expressar a minha opinião contra a realização de uma tourada, agendada para o dia trinta de Agosto, em Rio Maior.
Torturar animais em nome do entretenimento é uma prática eticamente condenável que é, actualmente, severamente repudiada por um número crescente de pessoas, não só em Portugal mas em todo o mundo.
O despertar da consciência da maioria dos portugueses, interligada com a tourada supracitada, constitui uma imagem negativa que Rio Maior está a transmitir tanto a nível ético e moral, como social e até mesmo educativo.
Gostaria de pedir que se faça uma reflexão séria sobre a postura adquirida em relação à tauromaquia, tendo em conta que a combinação da cidade rio-maiorense com a realização de espectáculos tauromáquicos passa amplamente a mensagem de que a violência e o desrespeito pelos outros são comportamentos aceitáveis.
Considerando também que:
A ciência reconhece inquestionavelmente a maioria dos animais, incluindo cavalos e touros, como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, tanto físicos como psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade;
A tourada ofende o sentimento maioritário da população e contribui para a degradação moral de quem obtém prazer estético e psicológico com o sofrimento dos animais;
As touradas expressam uma cultura envolvida na insensibilidade e na violência que degrada quem a pratica e promove: vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os homens;
O progressivo abandono de tradições anacrónicas e opostas a um sentido humanista de cultura como aquilo que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;
Solicito por este meio o cancelamento do evento ao qual se refere esta mensagem, e que deixem de se dar incentivos e apoios para a continuidade destas práticas violentas contra animais que tanto descaracterizam e desconfiguram os humanos.
Sem outro assunto, despeço-me cordialmente,
Centenas de pessoas assinaram esta carta, que os autarcas de Rio Maior simplesmente IGNORARAM por não SABEREM LER?????
Faço minhas todas as palavras dirigidas por Jorge ao seu amigo aficionado.
Quanto a mim, dirijo-as aos aficionados que aqui vêm ameaçar-me, insultar-me com as ordinarices próprias de quem anda neste mundinho sangrento, e que me odeiam do mesmo modo que odeiam os Touros.
«Manel M., já somos amigos... sei lá... há 25 anos?! e sabes bem que numa coisa sempre me mantive fiel. O meu amor aos animais. Já discutimos sobre este assunto por diversas vezes e não quero que tomes a integridade da minha posição como uma "farpa" espetada a nível pessoal, mas sobre as touradas já sabes que nunca nos encontraremos do mesmo lado da "arena".
Manel, sabes bem que não posso admitir que hoje, em pleno século XXI; que hoje, em que sou Pai e tenho duas filhas, que educo promovendo o respeito pelos seres vivos e para que tenham coragem para ajudar os mais fracos; que hoje, ainda se pratique e promova uma actividade de tortura de seres vivos como espectáculo.
Tu, que és aficionado, poderias por exemplo divulgar DETALHADAMENTE como se "preparam" os touros antes das touradas. Sim, porque as touradas não são lantejoulas, trajes de luzes, cornetas e cavalos.
Conta por exemplo, como se deixam os touros sem água e sem comida na escuridão, como se serram as pontas dos chifres até aos nervos, fazendo com que cada marrada lhes provoque dor, como se lhes coloca vaselina nos olhos para evitar que vejam bem, como são manuseados, picados e espancados dentro dos curros... para depois serem soltos numa arena barulhenta, estranha, plena de ódio e cheia de pessoas sedentas de sangue que se divertem e regozijam com cada ferro que lhes é espetado no dorso... tu, que és aficionado diz-me o comprimento da lâmina serrilhada que tem cada farpa... 4cm? 6cm? 8cm? 10cm?
Manel, fomos colegas de carteira nas aulas de Biologia, lembras-te? Não me venhas dizer que o touro não sofre, que não sente a dor ou que o seu instinto o preparou para aquilo... amigo, até tu, um aficionado, sabe que não é assim.
Sim, sou contra as touradas, sou contra a forma como os animais são abusados e sabes porquê? Porque me coloco no lugar deles e aí sinto a dor, a humilhação e o estupro... sim, Manel, também sou contra a forma como os animais são criados, transportados e mortos nos matadouros, por isso sou quase vegetariano...
Já não me recordo quem disse que o nível cultural e de evolução de um Povo se mede pela forma como trata os seus animais...
Tira daí as conclusões que queiras sobre quem és e sobre quem todos nós somos e quem queremos ser; recebe um forte abraço com amizade,
Jorge»
Fonte:
Num país civilizado, onde os empresários têm vergonha na cara, isto jamais aconteceria…
Umas palavrinhas de repúdio (adaptadas da carta modelo), que servem para chamar a atenção de uma empresa que se deixou descredibilizar.
Exmos. Senhores,
É com grande estupefacção que verifico que a JC Decaux tem o seu nome associado à tauromaquia em Portugal, através do fornecimento de painéis publicitando a polémica corrida de touros que a prótoiro, ditatorialmente, pretendia IMPOR à revelia da população e da autarquia, a Viana do Castelo, no próximo dia 18 de Agosto, em plena celebração da Senhora d’Agonia.
Tratando-se de uma empresa de vanguarda representada mundialmente, é de lamentar a associação do seu “bom” nome (que a partir de agora deixou de o ser) a costumes bárbaros e cruéis, reprovados internacionalmente, e inadmissíveis nas sociedades mais evoluídas.
Hoje em dia não há qualquer justificação para a existência de divertimentos bárbaros e macabros envolvendo o sofrimento de animais sencientes - os mesmos a que a v/ empresa se associou ao divulgar e publicitar a tourada em Viana do Castelo.
Manifesto o meu maior repúdio pela vossa infeliz associação, que farei questão de partilhar por todos os meus conhecimentos, esperando que no futuro a JC Decaux pondere reger-se por princípios éticos, condizentes com sociedades e empresas modernas e evoluídas e com a responsabilidade social que a envergadura da empresa requer.
Com o mais profundo repúdio,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
***
Enviem o vosso protesto para:
jcdecaux@jcdecaux.pt, anita.martins@jcdecaux.pt, miguel.magalhaes@jcdecaux.pt, antonieta.marques@jcdecaux.pt, adm.comercial@jcdecauxairport.pt
Cc: jean.muller@jcdecaux.fr, isabelle.schlumberger@jcdecaux.fr, PortugalAbolicaotouradas@gmail.com
Dizem às crianças: «Os animais são nossos amigos». E as crianças, que sabem perguntar, perguntam: «Se os animais são nossos amigos, por que é que os adultos não são amigos dos animais?»
Que resposta terão para dar a esta pergunta tão apropriada?
Carta aberta aos autarcas sintrenses
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Exmo. Senhor Presidente da Junta de freguesia de S. Pedro de Sintra
Exma. Senhora Presidente da Assembleia de Freguesia de Sintra
Excelências,
Começo por felicitar-vos pela majestosa feira Medieval de Sintra, realizada anualmente na freguesia de S. Pedro de Sintra, e aprecio a valorização que é dada ao artesanato, bem como a promoção de ofícios da época e danças populares, entre outros motivos de interesse recreativo.
No entanto, gostaria de sugerir, para futuras Feiras Medievais nesta ou noutra Freguesia do Vosso Conselho (p. ex. na Feira Setecentista de Queluz), a exclusão da exploração de animais para actividades de “entretenimento”, nomeadamente o uso de póneis para recreação de crianças, e o desfile de burros.
Não é de todo necessária a presença destes animais nas Feiras, posto que a Época Medieval tem várias formas de ser dignamente retratada, sem necessidade de recorrer á exploração de Animais.
Sabemos que a exploração de animais era um costume medieval, mas não há necessidade de “mostrar” a parte negativa dessa época.
A Feira proporciona às crianças e adultos diversas formas de divertimento e actividades lúdicas isentas de exploração, e ficará bastante mais rica sem este tipo de actividades.
A utilização de póneis para divertimento é perfeitamente prescindível, uma vez que os animais são sujeitos a um extremo cansaço de horas de trabalho, em prol da vontade humana, deambulando entre as centenas de visitantes, no meio de ruído e confusão, num ambiente totalmente desaconselhado para a presença de animais, o qual não faz parte do habitat deles.
Igualmente os burros mirandeses, expostos à curiosidade de todos, sujeitos ao mesmo stress, deveriam ser protegidos deste ambiente nocivo, e cada vez mais afastados do conceito de “burro de carga”.
Nos tempos que correm, já não há necessidade disso, e o cansaço visível destes animais é absolutamente desaconselhado a crianças, às quais dizem que “os animais são nossos amigos”, e elas perguntam com propriedade: «Se os animais são nossos amigos, porque é que os adultos não são amigos dos animais?»
Relembro o Artigo constante na Declaração Universal dos Direitos dos Animais:
Artigo 10º
“Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
1) – As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.”
Sintra tem-se vindo a afirmar como uma vila progressista, moral, social e politicamente evoluída, que não deixa de cuidar da protecção dos animais, nomeadamente não autorizando espectáculos que envolvam a tortura física e/ou psíquico-emocional de animais. No entanto, mantém os passeios em charretes puxadas por Cavalos, uma violência tremenda contra animais extremamente sensíveis.
Neste sentido, reitero a sugestão/apelo para que não seja permitido o uso destes animais nas Feiras Medievais, nem em qualquer outra actividade promovida ou realizada, no conselho, mantendo este, deste modo, uma imagem digna e moderna que tem perante a sociedade, munícipes e outros, ou seja, a imagem de uma Vila que se preocupa com o bem-estar de todas as espécies.
Agradecendo a atenção de V. Exas., apresento os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Quer agir?
Envie um e-mail para:
rovedor.telespectador@rtp.pt, contacto.cpessoal@rtp.pt,cpessoal.porto@rtp.pt
Exmos. Senhores:
Venho desta forma manifestar o meu desagrado pela continuidade da exibição de touradas no canal público RTP 1, em especial a que é organizada com o apoio da Casa de Pessoal da RTP.
Numa altura em que no mundo se verifica uma dificuldade financeira alargada a diversos estratos em diversos pontos do mundo, resultando até em fechos da televisão pública, não posso concordar que o meu dinheiro cedido em impostos, e em especial directamente na taxa audiovisual, seja utilizado em detrimento de um público restrito, onde está em causa não a formação cívica e cultural, mas sim precisamente o inverso.
A exibição de tais espectáculos constitui, principalmente nas crianças, uma ligação com a violência de que é permitido que outros sejam maltratados e inferiorizados, nos tempos correntes não podemos permitir que isso seja um valor transmitido.
Espectáculos ultrapassados por conterem uma dose de violência, maus tratos e morte, não podem ser arcabouço cultural no espectro público actual.
Não podem continuar a ser argumentada a continuidade de tais tristes espectáculos, com a declaração de que o elemento maltratado não sofre e não morre, quando já todos sabem que tal não é verdade, e até cientificamente provado está.
Não pode continuar-se a afirmar que isto constitui cultura, pelo menos não com o meu apoio, não com os meus impostos, não com a minha contribuição audiovisual que nos custa a todos 140 milhões de euros.
À excepção da exibição de touradas a RTP continua a fazer um bom trabalho, e até um serviço público de excelência, mas que muito mal fica quando é transportada a marca para uma Corrida de Touros a favor da Casa de Pessoal da RTP.
Não me importo que seja mantido ou até incrementada a contribuição audiovisual, mas para isso acontecer não podem continuar a ser passados exemplos de um mau serviço público como a exibição de touradas, em especial em detrimento para uma instituição que leva a marca da RTP.
Agradecendo toda a atenção,
Isabel A. Ferreira
Esta história começa aqui:
https://www.facebook.com/photo.php?v=484757041607029&set=vb.100002182112086&type=2&theater
Esta imagem é de um evento em Barrancos, onde vive um povo COM CULTURA
joao gonçalves disse sobre BOVINO GRAVEMENTE FERIDO E MORIBUNDO É ATACADO POR DEZENAS DE PSICOPATAS EM BARRANCOS no Sábado, 15 de Junho de 2013 às 20:38:
«\"senhora\" inculta, se em vez de criticar um povo com cultura e tradição te tivesses dedicado a estudar, sabias que o que ocorreu na vacada de dia um de setembro foi para salvar uma vaca que após ter sido solta foi contra a parede:/ e para que fique a fazer parte do seu conhecimento tauromaquico, o bovino do qual estamos a falar foi salvo e ainda hoje serve de treino para varios grupos de forcados ! ninguém mais que este povo gosta mais da tauromaquia e da agricultura! secalhar voce é de uma terra sem cultura e tradiçao, Barrancos sempre lutou por perservar a sua cultura e por isso conseguimos que existi-se touradas de morte nesta vila raiana! Malta anti-taurina acho que deviam primeiro saber o que é perservar o que os nossos antepassados nos deixaram e depois entao criticar!»
***
NÃO FICARÁ TUDO DITO SOBRE A “CULTURA” DO POVO DE BARRANCOS?
Doutor Jorge Sampaio, o senhor que estudou em Londres, e deu o seu aval à tourada de morte em Barrancos, veja o resultado do seu exemplo de cidadão, que já foi Presidente da República Portuguesa.
Não sente sequer um pingo de vergonha da atitude que tomou?
Na altura escrevi-lhe uma carta.
E hoje completo-a com este apontamento.
A deputada do CDS/PP, a aficionada Margarida Netto, que defende a TORTURA DE TOUROS E CAVALOS em Portugal
Com a devida vénia, faço minhas as palavras deste excelente texto de Miguel Marques, dirigida a Margarida Netto, mas que servirão para TODOS OS DEPUTADOS da Assembleia da República que apoiam este ritual primitivo e sanguinário.
Os Portugueses esperavam que os nossos governantes pugnassem por causas mais DIGNAS.
Enganámo-nos.
Sentimo-nos defraudados.
Peçam a demissão ou então evoluam, senhores deputados!
Por Miguel Marques
«Exma. Sra. Deputada,
Tive a oportunidade de assistir à sua intervenção no debate parlamentar da passada quarta-feira, sobre os projectos de lei apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Ecologista os Verdes, que pediam o fim do financiamento público às actividades tauromáquicas, o fim da transmissão destas actividades na televisão pública, e que estes fossem considerados espectáculos susceptíveis de influírem negativamente na formação da personalidade de crianças e adolescentes.
Não lhe escrevo para lhe explicar aquilo que considero ser óbvio quanto à tauromaquia em si, temo que se não compreende a razão pelo qual alguém se manifesta pelo respeito ético e pela valorização da vida de um animal, será certamente porque a sua ignorância sobre os animais não humanos não lhe permite atribuir tal valor e desenvolver tal concepção de ética, e não ambiciono transmitir-lhe tamanho conhecimento numa mensagem electrónica.
Escrevo-lhe para manifestar o maior repúdio por uma afirmação em particular que fez ao fim do segundo minuto da sua intervenção, e passo a citar:
"(...) considera que todos estes espectáculos e tradições ancestrais, dignos de reprovação, citando estudos que ninguém viu, ninguém comprovou, e em que poucos acreditam."
Sinto-me extremamente embaraçado por lhe vir explicar algo que creio ser elementar, de me ver obrigado a explicar-lhe que, enquanto deputada, tem a obrigação por profissão de ser rigorosa nas discussões parlamentares em que se envolve, e jamais fazer afirmações baseadas no mais puro e ingénuo desconhecimento sobre a matéria comentada, acrescentando ainda que a arrogância com que declara a afirmação citada, revela que não teve sequer a menor preocupação em assegurar o rigor na sua intervenção, o que, na minha óptica, torna a situação ainda mais grave. É para mim, enquanto cidadão deste país, uma grande humilhação ser governado por pessoas tão medíocres como a sra. deputada revelou ser numa tão curta frase.
Estou a enviar-lhe por anexo alguns artigos de referência, de uma área de psicologia e psiquiatria que tem vindo a ser bastante explorada no meio académico pelo menos desde os anos '70. Espero que a sra. deputada tenha a ocasião de ler estes artigos, e as referências que dentro deles encontrará, e estarei disponível para lhe enviar, dentro das limitações da minha instituição, quaisquer outros artigos que pretenda ler e contudo não tenha acesso aos respectivos jornais. Recomendo-lhe ainda dois livros de referencia:
"Child Abuse, Domestic Violence and Animal Abuse: Linking the circles of compassion for prevention and intervention", editado por Franck R. Ascione e Phil Arkow, publicado pela Purdue University Press "Animal Cruelty: Pathway to Violence Against People", de Linda Merz-Perez e Kathleen M. Heide, publicado pela Altamira Press.
Ainda sobre o seu comentário, afirmou mais tarde que é falso que as touradas influenciam negativamente as crianças e adolescentes (creio que os artigos que lhe estou a enviar em anexo, um dos quais especificamente sobre tauromaquia e publicado numa revista de revisão científica, a vão esclarecer por completo quanto a este ponto), e que o mesmo não se pode dizer sobre certos filmes e séries (incluindo, na sua opinião, alguns desenhos animados) que passam na televisão; não me apercebi recentemente de nenhuma série ou filme que sendo susceptível de influenciar negativamente crianças, não estivesse classificada como tal, mas se a sra. deputada identificou algum ou alguns casos, creio que deverá ser a sra. deputada a denunciar essas situações e não esperar que alguém do BE ou do PEV se aperceba da situação e se chegue à frente para realizar a devida denuncia. Em todo o caso, estranho que não consiga distinguir a diferença entre violência ficcionada, e violência gratuita apresentada num formato de espectáculo ou festa. Espero que a bibliografia que lhe recomendo a ajude a refinar a sua opinião. Aproveito ainda para lhe enviar também em anexo um artigo, publicado também numa revista de revisão científica, sobre a relação entre preocupação com direitos dos animais e preocupação com problemas sociais e humanos.
Afirmou ainda que a tauromaquia é um dos espectáculos mais participados em Portugal. Sinto-me outra vez na obrigação, embaraçosa, de fazer por si o trabalho de casa que a sra. deputada deveria ter feito antes de preparar sequer a sua intervenção, apresentando-lhe o relatório do INE referente a estatísticas da cultura em 2010:
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=132415701&PUBLICACOESmodo=2
Deverá consultar a página 27 deste relatório.
Espero que este tenha sido apenas um episódio no qual deixou a sua paixão pela cultura tauromáquica superar a sua racionalidade e profissionalismo, e que de futuro os portugueses não voltem a assistir a este tipo de incompetência e descuido da sua parte, no exercício das suas funções politicas.
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Marques
Fonte: https://dl.dropbox.com/u/5028000/pasta%20sem%20nome.zip
Assunto: Massacre de Touros (vulgo “Arte Tauromáquica”) em Portugal
Deputados:
Não vou seguir a norma do “Exmos. Senhores”, porque estou tão indignada com o que se passa nessa Assembleia, que acho que não merecem esta consideração da minha parte. Vá lá, nem todos.
Mas os que podiam dizer algo mais, ficam calados. E isso é péssimo. É cumplicidade.
Pois sei que o meu País está atravessar uma grave crise provocada por gente sem qualquer dignidade, que em vez de governar, desgoverna, e depois o povo é que paga.
Sei, por isso, que o momento não será o mais apropriado, mas ainda assim vou aproveitá-lo, porque esporadicamente um ou outro deputado pega no assunto pela rama e lança a sua acha, muito mal achada, e as coisas ficam por ali mesmo.
De que têm medo, deputados da Nação?
Um deputado medroso não devia ter assento numa Assembleia onde se tem a obrigação de DEFENDER a DIGNIDADE do nosso País.
Vou referir uma intervenção feita por João Almeida, deputado do CDS/PP (um partido que promove Massacres de Touros e tem como principal aficionado o Dr. Paulo Portas), que interpelou o Secretário de Estado da Cultura (?), Francisco José Viegas, sobre esse assunto, disparando uma série de disparates, indignos na boca de um Deputado da Nação.
Primeiro, referiu-se à Tauromaquia como «cultura essencial; um sector da nossa cultura; uma área da Cultura Portuguesa». PASMEI!
Eu, que estudei História, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tive uma cadeira de Cultura Portuguesa, ministrada pelo Professor Doutor Silva Dias, já falecido, e nunca a Tauromaquia foi integrada no nosso estudo. Deveria?
Depois João Almeida falou num sector NÃO SUBSIDIADO (e repetiu-se).
MENTIU, o João Almeida. Porquanto sabemos que as autarquias (isto é público) subsidiam estes actos violentos e sangrentos que não dignificam a Nação. UMA VERGONHA!
A alturas tantas, falou em “gostar ou não gostar” destes massacres, assim como se estivesse a falar de gostar ou não gostar de gelado de baunilha.
Que inconsciência! Que vazio mental!
João Almeida falou em nome de quem? Do interesse de quem?
Dos ganadeiros? E isso interessa à Nação?
Então, como ficamos, senhor Secretário de Estado? Temos ou não temos de defender “este património cultural português”? Quis saber João Almeida.
Francisco José Viegas, intelectual da nossa praça, titubeou, e denominou a Tortura de Touros de “Arte Tauromáquica”, e depois não disse nada de interesse para aqui ser reproduzido.
Arte Tauromáquica, Francisco José Viegas? Arte comparável à Arte Musical? À Arte da Dança? À Arte Cinematográfica? À Arte Teatral? À Arte Literária? À Arte Pictórica?
O acto de torturar violentamente um ser vivo será “arte” que mereça ser tratada pelo Secretário de Estado da Cultura, quando a verdadeira Cultura da Nação está de rastos?... Nem Ministério da Cultura existe, porque num país de incultos que interesse terá um Ministério da Cultura? Será esse o raciocínio?
Um deputado que vá para a Assembleia da República defender a VIOLÊNCIA GRATUITA E O SADISMO sobre um ser vivo, não tem competência para representar a Nação Portuguesa e os Portugueses. Melhor será demitir-se, porque não se ajusta ao cargo para o qual foi eleito, isto é, para defender valores humanos, valores que dignifiquem a Nação, e não valores imorais e violentos.
Os deputados do Partido «Os Verdes» estão caladinhos. Já até houve um que defendeu a Tortura dos Touros. Serão tão “verdes” quanto dizem? Estou em crer que serão tão negros quanto os outros.
UMA VERGONHA.
Já ouvi falar em fazer um referendo sobre a questão.
Penso que a vida e os valores humanos são dados tão adquiridos que não são referendáveis. É uma indignidade perguntar: és pela morte ou pela vida? És pela paz ou pela violência e pela tortura? Que no fundo é isso que vai perguntar-se num referendo sobre Tauromaquia, pergunta que vai embrulhada em papel de prata, para não parecer mal.
QUE VERGONHA!
O Massacre de Touros deve ser abolido não porque o povo quer ou não quer, ou porque o povo gosta ou não gosta. Mas simplesmente porque é algo imoral, primitivo e indigno de uma sociedade civilizada, e porque os animais não humanos não são objectos nem propriedade dos ditos homens, para que estes decidam da sua vida ou da sua morte. Eles nascem livres e livres devem viver no seu habitat. Têm esse direito inalienável.
Por isso, DEPUTADOS DA NAÇÃO, tenham vergonha e acabem de uma vez por todas com esta nódoa negra da sociedade portuguesa, que de “cultura” não tem nada. Acabem com esta ABERRAÇÃO SOCIAL. Façam algo de positivo pelo nosso País, e coloquem-no na lista dos países civilizados.
Não queiram, igualmente, constar da lista dos ignorantes que não sabem que um Touro é um animal tal como todos nós. E que o seu SOFRIMENTO é real, tão real quanto o nosso.
Por que têm de ceder ao lobby tauromáquico? Não tenham medo de dizer NÃO. Não sejam MEDROSOS E COVARDES tal como são os TORTURADORES DE TOUROS (vulgo toureiros).
Ao defenderem a tauromaquia estão a defender a “festa” da ignorância, da crueldade, do tribalismo, da tradição retrógrada, do vazio de ética, da discriminação especista, assentando tudo no sofrimento atroz do Touro e também do Cavalo.
TENHAM VERGONHA, DEPUTADOS DA NAÇÃO.
Pelo menos uma vez na vida HONREM o lugar que ocupam, porque isto não é uma questão de gostar ou não gostar de Massacres de Touros.
ISTO É UMA QUESTÃO CIVILIZACIONAL.
CIVILIZEM-SE, DEPUTADOS DA NAÇÃO.
EVOLUAM!
ESTAMOS NO SÉCULO XXI, DEPOIS DE CRISTO. NÃO SABIAM?...
Barrancos - Arte Tauromáquica, sector da nossa cultura?...