Sábado, 25 de Abril de 2020

Crónica “marginal” da sessão solene comemorativa do 46º aniversário do 25 de Abril

 

Nota prévia:  todos os que me conhecem sabem que sou apartidária (deste facto provém a minha LIBERDADE), mas não sou apolítica, daí que absorva de cada partido político apenas o que cada um apresenta de melhor, porque todos eles, da esquerda à direita, têm coisas boas, coisas menos boas e coisas muito más. Foi com base nesta minha posição que me propus a fazer uma análise marginal à sessão solene, que hoje teve lugar no Parlamento, comemorativa do 46º aniversário do 25 de Abril.

 

Os que me conhecem, também sabem que nada tenho contra os cidadãos que são pais e cônjuges, e decidem ir para a política. Como sou muito exigente e só quero o melhor para o meu País, exijo que os políticos sejam tão bons na política, como são bons pais e cônjuges. O que nem sempre acontece, e então sou severa para com os políticos que não fazem política com Dignidade e Honestidade.  Contra os pais e cônjuges que eles são, nada tenho.

25 de Abril sempre, mas não contra o Povo!

 

25 de Abril . sessão.jpg

Foto: Tiago Petinga - Lusa

 

A primeira observação que me ocorre fazer é a seguinte: muito democraticamente, hoje, no dia em que se celebra as tão propagadas Democracia e Liberdade, que os Capitães de Abril nos proporcionaram, a Deputada Joacine Katar Moreira, eleita por uma determinada fatia do Povo Português, foi impedida de usar a palavra. Não houve uma alminha sequer que, a exemplo de outras ocasiões, propusesse que se abrisse uma excePção, para que a deputada Joacine, no dia em que se celebra a Liberdade e a Democracia, pudesse dizer de sua justiça, ainda que eleita por uma minoria. Tinha esse direito, hoje. Não é para aqui chamado o facto de ela já não pertencer a um partido político. O que aqui interessa é que hoje, no dia em que se comemora a Liberdade e a Democracia, em Portugal, uma deputada da Nação, eleita pelo Povo, muito democraticamente, na Casa que se diz ser da Democracia, que é também a Casa do Povo, foi impedida de usar a palavra. E isto tem um nome: atitude ditatorial.

 

O primeiro convidado a chegar foi o ex-presidente Ramalho Eanes, de cravo na lapela. Nem todos trouxeram cravos. E estão no seu direito. Ninguém veio com máscaras, para o Parlamento. Parece que abriram o teCto do hemiciclo de São Bento, para não parecer um recinto fechado, e não ser obrigatório o uso de máscaras, como o é para o comum dos mortais portugueses, em recintos fechados.

 

Apenas o Director Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), superintendente Manuel Magina da Silva, chegou a São Bento com a sua viseira, como é da boa prática. Mas retirou-a, quando se sentou na Galeria, e verificou (digo eu) que era o único.

 

Nas Galerias estavam apenas 14 convidados, entre eles o ex-presidente da República, General Ramalho Eanes, D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, um representante da Associação 25 de Abril, entre outros. Nem todos os que foram convidados aceitaram ir.

 

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, chegou sem cravo. Lá dentro deram-lhe um cravo, e foi com ele na mão que entrou no hemiciclo, mas logo o pousou algures, e nunca mais foi visto com ele.

 

A distância entre as pessoas, enquanto estiveram sentadas, foi respeitada. Enquanto estiveram de pé, foi ao molhe, em amenas cavaqueiras, sem máscaras ou luvas. É assim mesmo. Isto para demonstrar que o coronavírus não quer nada com o Parlamento Português. Não entra ali, porque Ferro Rodrigues não permite tal ousadia.

 

Depois de ouvido o Hino Nacional, o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, fez um discurso a cair de velho e pobre, começando pelo uso da tal linguagem inclusiva, que anda por aí a ser divulgada como se fosse algo muito chique, mas nada, nada, mesmo nada erudito, e que ora é, ora não é: começou com Portugueses e Portuguesas, como se os Portugueses não representassem UM POVO, onde estão incluídas as mulheres. Até porque, mais adiante e por variadas vezes, Ferro Rodrigues referiu Portugal e os Portugueses, deixando de fora as portuguesas, e os cidadãos do mundo inteiro, excluindo as cidadãs, e isso não se faz…  E esta linguagem parola é algo que me provoca urticária, de tão virulenta que é.

 

Enfim, Ferro Rodrigues começou o discurso evocando o vírus, que impediu uma celebração com todos; fez-se um minuto de silêncio pelos mortos da Covid-19, e o resto foi mais do mesmo.

 

Seguiram-se os discursos dos representantes do Povo, por ordem crescente de representação, na Assembleia da República, à excePção, como já foi referido, daquele povo representado pela deputada Joacine Katar Moreira.

 

Primeiro foi João Cotrim Figueiredo, do partido Iniciativa Liberal, que, sem cravo na lapela, fez um discurso diferente, com algo novo a dizer: leu a carta que escreveu ao seu filho, nascido há 18 anos, precisamente no dia 25 de Abril. Uma bela carta, a um filho a quem se pede que lute pelo futuro, pela liberdade, por um mundo melhor do que aquele que ele, como pai, não foi capaz de lhe deixar. Gostei bastante deste discurso, que não sendo político, foi humano.

 

Seguiu-se André Ventura do Chega, também sem cravo, e que fez um discurso assente em verdades, e as verdades não são de direita, nem de esquerda. As verdades são apenas verdades, e quando são verdades a que o Povo está atento, estes discursos têm um poder que os velhos discursos, ditos e reditos, já não têm. ATENÇÃO a isto!

 

Cuidado! Muito cuidado! Abram os olhos! Acordem para a realidade. A verdadeira Democracia não tem donos. São precisas novas políticas e um 25 de Abril renovado, de outro modo, os sonhos sonhados naquele 25 de Abril de 1974 serão engolidos pelos que chegam ao Povo, e o pesadelo regressará, se já não regressou.

 

Seguiu-se José Luís Ferreira, do PEV, com cravo na lapela. Ele disse que para trás ficou um povo triste e um país a cheirar ao mofo. Será que, na realidade, esse país ficou para trás? Não me parece. Penso que José Luís Ferreira dourou demasiado uma pílula amarelada, já gasta pelo tempo, e louvou demasiado o SNS, que antes do coronavírus era um autêntico caos. Hoje só não é caos porque milhares de pessoas, por medo, deixaram de procurar o SNS. E o esforço brutal que todo o pessoal médico e paramédico está a fazer nos hospitais, com poucos meios e protecção individual escassa, é de louvar. São eles os verdadeiros heróis disto tudo. Vamos ver o que se seguirá à pandemia. Vamos ver se o SNS aguentará o que aí vem.

 

Veio depois, Inês Sousa Real, do PAN, com um cravo na mão, e se não fosse aquele distintas e distintos convidados (então e as convidadas?)  e aquele todas e todos no final, como se Todos não significasse HUMANIDADE, onde estão incluídos eles e elas, eu teria aplaudido o discurso. Abordou as questões do ambiente e do desprezo pelos animais, que mancham a democracia portuguesa. Lembrou aqueles que hoje, não puderam celebrar o 25 de Abril porque estão confinados ou mortos à conta da Covid-19. Não são estas cerimónias que garantem a Democracia, referiu Inês. Pois não. Mas também não é com o modismo da linguagem inclusiva que resolverão o problema das mulheres. Não é através desta linguagem apoucada que elas se integrarão na sociedade, no trabalho, nos cargos políticos e empresariais, na vida. É apenas com atitudes. As palavras de nada servirão.

 

Telmo Correia, falou pelo CDS, sem cravo, e apresentou um discurso coerente, com o qual concordei, porque ali não entrou política, mas bom senso. O facto de 110.228 pessoas estarem contra estas celebrações (não contra o 25 de Abril, é preciso dizer isto alto) não foi uma questão ideológica, porque não foi, mas tão-só uma questão ontológica. E os que se empenharam em celebrar a Liberdade e a Democracia, não respeitaram o que se exigiu ao Povo.  O Parlamento deve respeitar os Portugueses, e este é um mau exemplo. Telmo Correia fez um discurso de protesto, com o qual tive de concordar, porque o meu conceito de Democracia engloba a vontade do Povo, quando ele se manifesta contra as imposições ditatoriais de quem, por eles, foram eleitos.

 

E estou-me nas tintas para os que dizem que com isto eu favoreço "os da direita". Desta vez, os que se dizem de esquerda, comportaram-se como se fossem da direita. E dizer a verdade não é favorecer. É simplesmente dizer a verdade. Certo?

 

Veja-se esta imagem. Correram duas petições: uma, contra a celebração do 25 de Abril por motivos óbvios; outra, a favor, por motivos que poderiam ser adiados, porque, afinal, 25 de Abril não foi celebrado por quatro vezes, e nenhuma esteve ligada a uma pandemia desta dimensão. É bem certo que o promotor da petição contra, não fez chegar o documento ao Parlamento, e fiou-se não facto de que bastava os parlamentares visualizarem a petição para decidirem fazer a vontade de 110. 228 portugueses, porque isso seria um acto democrático, pois era avontade de uma boa fatia do Povo Português. Mas isso não serviu de nada. Como poderia, num regime ditatorial, disfarçado de democracia?

 

E como hoje, se celebra a Democracia e a Liberdade, os parlamentares entenderam que eles também tinham a liberdade de fazer o que muito bem entendessem, não respeitando o que o Bom Senso de milhares de portugueses ditou, nem sequer, as recomendações sanitárias, em recinto fechado.

 

PETIÇÕES.png

 

Seguiu-se Jerónimo de Sousa, do PCP, com cravo à lapela, o velho guerreiro, e o deputado mais antigo da AR, o qual considerou que o 25 de Abril não seria apagado sem esta celebração no Parlamento. Não, não seria. O seu discurso foi coerente como sempre foi. Aliás, devo dizer que admiro a honestidade deste senhor, mas nem sempre concordo com ele, porque falha, por exemplo, quando apoia o lobby troglodita, a pensar nos votos.  Falou do Povo, e o Povo é quem mais ordena, mas desta vez, não ordenou coisa nenhuma. Um discurso quase igual aos que sempre proferiu.

 

Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, também com cravo na lapela, fez um discurso morno, não acrescentando nada de novo a esta celebração; aliás como Rui Rio (sem cravo) pelo PSD e Ana Catarina Mendes (com cravo) pelo PS. Três discursos iguais a si próprios, que nada nos disseram de novo, a não ser palavras de circunstância, que todos estamos cansados de ouvir.

 

Fechou a cerimónia Marcelo Rebelo de Sousa, que perdeu o cravo. O seu discurso centrou-se na preocupação de justificar esta celebração, e pouco mais. Foi mais um discurso, à Marcelo. Uma desilusão. Esperava muito mais.



Para terminar, uma curiosidade: a Itália, também comemora, precisamente hoje, o 25 de Abril dos italianos, para eles hoje, foi dia de celebrar a LIBERDADE, os 75 anos (não os 46, como nós) da libertação do nazi-fascismo. E celebraram esta data, cantando à janela e às varandas o "Bella Ciao", entre outros hinos.

 

Um belo exemplo, de como celebrar em conjunto, uma tão importante data, e, como ouvi dizer a um velho guerreiro italiano: «Hoje não é dia de celebrar a Liberdade, mas de combater o inimigo que nos tirou a liberdade.»

 

Mas nem todos têm esta lucidez e sabedoria.

Sugestão de leitura: clicar no link:

 

A grande farsa das comemorações do “25 de Abril”

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:16

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Sexta-feira, 24 de Abril de 2020

Em 46 anos desconstruiu-se o país que o "25 de Abril" tentou construir

 

Os governantes pós-25 de Abril mataram a Revolução dos Cravos. Os sucessivos governos, desde então, sufocaram-na com as cordas da corrupção, das vigarices, da roubalheira, do desgoverno, das falsidades, do desleixo, de condutas terceiro-mundistas, de imposições ditatoriais.

E os cravos de Abril murcharam.

 

Portugal desconstruiu-se e, hoje, vive num caos (ainda mais acentuado com a invasão vírica), pendurado no abismo, por um fio de teia de aranha. É a chacota do mundo, que lhe finge amizade, por mero interesse, algo que a cegueira mental não permite vislumbrar.

É urgente uma mudança.

É urgente uma nova Revolução, desta vez, a sério. Sem cravos, sem armas, sem ilusões vãs.

É urgente uma Revolução inteligente, que devolva a Portugal a Dignidade e a Identidade perdidas.

Já não somos Portugal.

 

Agonia Sampaio.png

 

Em 25 de Abril de 1974, um grupo de ousados Capitães, que já estão na História como os Capitães de Abril, abriram uma porta para um futuro que se esperava promissor, sem correntes, sem pides, sem o regime opressivo do Estado Novo, sem mentiras, sem qualquer vestígio do passado, sem censura. Os Capitães de Abril abriram uma porta para as tão ansiadas Democracia e Liberdade.

 

Mas o Poder é uma célula cancerígena corrosiva, que ataca quem ambiciona o Poder apenas pelo Poder. E depressa a ilusão da Democracia e da Liberdade foi abafada pela ganância e pela incompetência dos que iam jurando, por uma honra que neles não habitava, cumprir a missão que lhes era confiada.

 

E Portugal, que se abriu para o futuro, em Abril de 1974, tem vindo a regredir a olhos vistos, e Abril ainda não se cumpriu.

 

O Povo que, por essa altura, estava unido e pensava que jamais seria vencido, foi sub-repticiamente sendo enganado e alienado pelas manobras de diversão que, entretanto, os governantes foram promovendo, com a ajuda de uma comunicação social servilista, até à alienação total.

 

Foi-se desenvolvendo a política do pão e circo, uma política que nasceu no Império Romano, e que consistia no modo como os imperadores romanos lidavam com o Povo, para mantê-lo subjugado à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. A designação panem et circenses, no original em Latim, tem origem na Sátira X de Juvenal, humorista e poeta romano que, no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse pelos assuntos políticos, e só se preocupava com o pão para a boca (hoje, dinheiro no bolso) e com o divertimento.

 

Os tempos são outros, mas a política romana mantém-se, e o Povo só sai às ruas por motivos ligados ao vil metal. Os bolsos mais ou menos cheios e o futebol, as novelas, os reality shows de má catadura, mantêm o Povo amansado, alienado, distante do que é essencial, cego aos jogos políticos que se jogam em São Bento, e nos vão afastando da evolução.

 

E com esta política, acolitada pelo mais poderoso veículo de comunicação social, a televisão, instalou-se de tal modo no País, que o Povo acabou por ser vencido, sem se dar conta, por um Poder fantasiado de uma “democracia”, que esconde uma prepotência pior do que a de Oliveira Salazar, porque esse, ao menos, fazia as coisas às claras, e sabíamos com que contar.

 

Sim, podemos dizer que muitas coisas mudaram, depois de 25 de Abril de 1974.

 

Por exemplo, podemos votar livremente e escolher quem queremos que nos desgoverne.

 

Porém, de que serve o voto livre, se a maioria dos votantes não faz a mínima ideia do que faz, porque não é esclarecida? O padre da freguesia diz na missa: votem naqueles, e eles votam naqueles, sem saberem que aqueles vão para o Governo gerir os interesses dos lobbies e não os interesses do Povo, os interesses do País. Por isso, Portugal é, hoje, o paraíso de povos de várias nacionalidades, que aqui se abancam, podem e mandam e têm mais privilégios do que os Portugueses, e os portuguesinhos aceitam isto passivamente, servilmente, humildemente, parvamente, achando que o que é estrangeiro é que é bom, é que é moderno, é que é bué fixe.

 

Para complicar ainda mais as coisas, o Zé Povinho é adepto dos partidos políticos, como se os partidos políticos fossem o clube de futebol dele, portanto, vota nas cores dos partidos da sua predilecção, ainda que os candidatos possam ser incompetentes, corruptos, mentirosos e vigaristas. Mas esta parte não interessa ao Povo.

 

E isto não tem nada a ver com Democracia, mas com cegueira mental, ignorância, alienação, seguidismo.

 

As Democracias só funcionam plenamente quando o Povo é maioritariamente esclarecido, informado, instruído, pensante, dotado de espírito crítico. E não estou a referir-me aos canudos, porque os canudos só dão conhecimento específico em determinadas matérias. Um analfabeto pode ser muito mais esclarecido e informado e educado e pensante e dotado de espírito crítico do que muitos doutores, que por aí andam de gravata ao peito, sendo a gravata a sua única medalha de mérito.

 

Em Democracia, os governantes são meros serviçais do Povo, que lhes paga o salário chorudo que ganham, para (des)governarem o País.

 

Em Democracia, os governantes, sendo nossos serviçais, têm o dever de responder às questões que o Povo lhes coloca, por escrito ou oralmente. Ora acontece que os governantes remetem-se ao silêncio, desprezando os apelos do Povo. Ignorando o Povo. E este desprezo não faz parte da Democracia que, se for verdadeira, o Povo é que é o detentor do Poder.

 

Daí a pergunta: o 25 de Abril entregou-nos uma Democracia a sério?

 

Os cravos de Abril murcharam, e Portugal não avançou para o futuro. Está prisioneiro de políticas retrógradas e de políticos (salvo raras excepções) incompetentes, corruptos, vigaristas, sem honra e sem brio, numa vergonhosa subserviência aos estrangeiros.

 

O Portugal hodierno limita-se a Lisboa, Porto, (e vá lá) Coimbra e ao Algarve, onde quem manda são os estrangeiros. O resto é território terceiro-mundista, nomeadamente o interior do País, onde ainda se vive sem água encanada, sem electricidade, onde ainda se passa fome, na maior miséria. Ao abandono total.

 

Eis o que temos para celebrar na passagem dos 46 anos (já dos 45 foi mais do mesmo)  do 25 de Abril (que os servilistas grafam “25 de abril”):

 

- Um país, onde ainda se continua a viver em pobreza extrema, com crianças e idosos a passarem fome.

- Um país, que continua a ter a maior taxa de analfabetismo da Europa.

- Um país dos que menos gasta na Saúde, com um Serviço Nacional de Saúde caótico, onde falta quase tudo, e o aumento da Tuberculose diz do subdesenvolvimento, do retrocesso e da miséria que ainda persistem por aí.

- Um país que empurra para o estrangeiro os seus jovens mais habilitados: enfermeiros, médicos, engenheiros, investigadores, artistas.

- Um país com o terceiro pior crescimento económico da Europa.

-  Um país com a 3ª maior dívida pública da União Europeia.

- Um país cheio de desigualdades sociais, onde os ricos são cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

- Um país cheio de banqueiros e outros que tais ladrões.

- Um país cheio de berardos a jogar ao gato e ao rato com o dinheiro do Povo.

- Um país onde a Justiça ainda é extremamente cara, desigual, lenta e injusta.

- Um país que promove a violência contra animais não-humanos, o que por sua vez gera a violência contra os seres humanos.

- Um país com um elevado índice de violência doméstica.

- Um país com um elevadíssimo número de crianças e jovens em risco.

- Um país que atira crianças para arenas de tortura de animais, e permite que sejam iniciadas em práticas violentas e cruéis, roubando-lhes um desenvolvimento normal e saudável, o que constitui um crime de lesa-infância.

- Um país cheio de grupos e grupelhos de trabalho, de secretários, de secretários de secretários, de assessores, de secretários de assessores, de comissões, de subcomissões, que não servem absolutamente para nada, a não ser para ganharem salários descondizentes com os serviços que (não) prestam; e com ex-presidentes da República com gabinetes e mordomias.

- Um país que descura a sua Flora e a sua Fauna, mantendo uma e outra ao abandono e à mercê de criminosos impuníveis.

- Um país que mantém as Forças de Segurança instaladas em edifícios a caírem de podres, e com falta de quase tudo.

- Um país onde ainda existem Escolas com instalações terceiro-mundistas, sem as mínimas condições para serem consideradas um lugar de aprendizagem; e com tribunais, como o de Monsanto, que parece um galinheiro ao abandono.

- Um país onde as prisões são lugares de diversão, com direito a vídeos publicáveis no Facebook.

- Um país cheio de leis e leizinhas retrógradas, que não servem para nada, a não ser para servir lobbies dos mais hediondos, e proteger criminosos impuníveis.

- Um país que não promove a Cultura Culta, e para o qual apenas a cultura inculta conta, e é assegurada, contra tudo e contra todos.

- Um país, cujo Sistema de Ensino é dos mais caóticos, desde a implantação da República, com a agravante de se estar a enganar as crianças com a obrigatoriedade da aprendizagem de uma ortografia que não é a portuguesa, a da Língua Materna delas, estando-se a incorrer num crime de lesa-infância.

- Um país, que tinha uma Língua Culta e Europeia, e hoje tem um arremedo de língua, uma inconcebível mixórdia ortográfica, imposta ditatorialmente por políticos pouco ou nada esclarecidos e servilistas, que estão a fabricar, conscientemente, os futuros analfabetos funcionais, e a promover a iliteracia. E já sou poucos os que escrevem correctamente a sua Língua Materna.

- Um país onde, parvamente, se começou a dizer “olá a todos e a todas, amigos e amigas, portugueses e portuguesas”.

- Um país, com um presidente beijoqueiro e viciado em selfies, e um primeiro-ministro que não tem capacidade para ver o visível, muito menos o invisível, que qualquer cego, de nascença, vê à primeira vista.

- Um país, que em 2018/2019 foi marcado por uma constante contestação social, com o número mais elevado de sempre de greves em todos os sectores da sociedade portuguesa, número que continuaria a aumentar no corrente ano não fosse a invasão invisível do coronavírus.

- Enfim, um País que perdeu o rumo, e faz de conta que é um país. E amanhã, contra tudo e contra todos, e violando o Estado de Emergência em que Portugal está mergulhado, os governantes irão dar um mau exemplo ao País, com a ilusão de que estarão a celebrar o 25 de Abril, que ainda não se cumpriu inteiramente.

 

Enquanto tudo isto (e muito mais, que agora não me ocorre) não sair da lista do que não se quer para um País de Primeiro Mundo, evoluído e civilizado, o que há para comemorar neste 25 de Abril?

 

Há o facto de eu poder escrever este texto, sem ir parar ao Campo de Concentração do Tarrafal, o campo da morte lenta, para onde os médicos iam assinar certidões de óbito e não curar, criado pelo Estado Novo, na ilha de Santiago, Cabo Verde, num lugar ironicamente chamado de Chão Bom, de muito má memória.

 

Isabel A. Ferreira



***

Para complementar este texto, leia-se este outro, da autoria de Manuel Damas, publicado no Facebook, em 24 de Abril do ano passado, mas que poderia ter sido escrito hoje, e faço minhas todas as palavras que Manuel Damas escreveu.

 

45 anos depois...

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2332540223434593&set=a.133659383322699&type=3&theater

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:17

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Quarta-feira, 24 de Abril de 2019

Em 45 anos desconstruiu-se o país que o "25 de Abril" tentou construir

 

Os governantes pós-25 de Abril mataram a Revolução dos Cravos. Os sucessivos governos, desde então, sufocaram-na com as cordas da corrupção, das vigarices, da roubalheira, do desgoverno, das falsidades, do desleixo, de condutas terceiro-mundistas, de imposições ditatoriais.

E os cravos de Abril murcharam.

Portugal desconstruiu-se e hoje vive num caos, pendurado no abismo, por um fio de teia de aranha. É a chacota do mundo, que lhe finge amizade, por mero interesse, algo que a cegueira mental não permite vislumbrar.

É urgente uma mudança.

É urgente uma nova Revolução, desta vez, a sério. Sem cravos, sem armas, sem ilusões vãs.

É urgente uma Revolução inteligente, que devolva a Portugal a Dignidade e a Identidade perdidas.

Já não somos Portugal.

 

25 de Abril.png

 

Em 25 de Abril de 1974, um grupo de ousados Capitães, que já estão na História como os Capitães de Abril, abriram uma porta para um futuro que se esperava promissor, sem correntes, sem pides, sem o regime opressivo do Estado Novo, sem mentiras, sem qualquer vestígio do passado. Os Capitães de Abril abriram uma porta para as tão ansiadas Democracia e Liberdade.

 

Mas o Poder é uma célula cancerígena corrosiva, que ataca quem ambiciona o Poder apenas pelo Poder. E depressa a ilusão da Democracia e da Liberdade foi abafada pela ganância e pela incompetência dos que iam jurando, por uma honra que neles não habitava, cumprir a missão que lhes era confiada.

 

E Portugal, que se abriu para o futuro, em Abril de 1974, tem vindo a regredir a olhos vistos, e Abril ainda não se cumpriu.

 

O Povo que, por essa altura, estava unido e pensava que jamais seria vencido, foi sub-repticiamente sendo enganado e alienado pelas manobras de diversão que, entretanto, os governantes foram promovendo, com a ajuda de uma comunicação social servilista, até à alienação total.

 

Foi-se desenvolvendo a política do pão e circo, uma política que nasceu no Império Romano, e que consistia no modo como os imperadores romanos lidavam com o Povo, para mantê-lo subjugado à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. A designação panem et circenses, no original em Latim, tem origem na Sátira X de Juvenal, humorista e poeta romano que, no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse pelos assuntos políticos, e só se preocupava com o pão para a boca (hoje, dinheiro no bolso) e com o divertimento.

 

Os tempos são outros, mas a política romana mantém-se, e o Povo só sai às ruas por motivos ligados ao vil metal. Os bolsos mais ou menos cheios e o futebol, as novelas, os reality shows de má catadura, mantêm o Povo amansado, alienado, distante do que é essencial, cego aos jogos políticos que se jogam em São Bento, e nos vão afastando da evolução.

 

E com esta política, acolitada pelo mais poderoso veículo de comunicação social, a televisão, instalou-se de tal modo no País, que o Povo acabou por ser vencido, sem se dar conta, por um Poder fantasiado de uma “democracia”, que esconde uma prepotência pior do que a de Oliveira Salazar, porque esse, ao menos, fazia as coisas às claras, e sabíamos com que contar.

 

Sim, podemos dizer que muitas coisas mudaram, depois de 25 de Abril de 1974.

 

Por exemplo, podemos votar livremente e escolher quem queremos que nos desgoverne.

 

Porém, de que serve o voto livre, se a maioria dos votantes não faz a mínima ideia do que faz, porque não é esclarecida? O padre da freguesia diz na missa: votem naqueles, e eles votam naqueles, sem saberem que aqueles vão para o Governo gerir os interesses dos lobbies e não os interesses do Povo, os interesses do País. Por isso, Portugal é, hoje, o paraíso de povos de várias nacionalidades, que aqui se abancam, podem e mandam e têm mais privilégios do que os Portugueses, e os portuguesinhos aceitam isto passivamente, servilmente, humildemente, parvamente, achando que o que é estrangeiro é que é bom, é que é moderno, é que é bué fixe.

 

Para complicar ainda mais as coisas, o Zé Povinho é adepto dos partidos políticos, como se os partidos políticos fossem o clube de futebol dele, portanto, vota nas cores dos partidos da sua predilecção, ainda que os candidatos possam ser incompetentes, corruptos, mentirosos e vigaristas. Esta parte não interessa ao Povo.

 

E isto não tem nada a ver com Democracia, mas com cegueira mental, ignorância, alienação, seguidismo.

 

As Democracias só funcionam plenamente quando o Povo é maioritariamente esclarecido, informado, instruído, pensante, dotado de espírito crítico. E não estou a referir-me aos canudos, porque os canudos só dão conhecimento específico em determinadas matérias. Um analfabeto pode ser muito mais esclarecido e informado e instruído e pensante e dotado de espírito crítico do que muitos doutores, que por aí andam de gravata ao peito, sendo a gravata a sua única medalha de mérito.

 

Em Democracia, os governantes são meros serviçais do Povo, que lhes paga o salário chorudo que ganham, para (des)governarem o País.

 

Em Democracia, os governantes, sendo nossos serviçais, têm o dever de responder às questões que o Povo lhes coloca, por escrito ou oralmente. Ora acontece que os governantes remetem-se ao silêncio, desprezando os apelos do Povo. Ignorando o Povo. E este desprezo não faz parte da Democracia que, se for verdadeira, o Povo é que é o detentor do Poder.

 

Daí a pergunta: o 25 de Abril entregou-nos uma Democracia a sério?

 

Os cravos de Abril murcharam, e Portugal não avançou para o futuro. Está prisioneiro de políticas retrógradas e de políticos incompetentes, corruptos, vigaristas, sem honra e sem brio, numa vergonhosa subserviência aos estrangeiros.

 

O Portugal hodierno limita-se a Lisboa, Porto, (e vá lá) Coimbra e ao Algarve, onde quem manda são os estrangeiros. O resto é território terceiro-mundista, nomeadamente o interior do País, onde ainda se vive sem água encanada, sem electricidade, onde ainda se passa fome, na maior miséria. Ao abandono total.

 

Eis o que temos para celebrar na passagem dos 45 anos do 25 de Abril (que os servilistas grafam “25 de abril”):

 

- Um país, onde ainda se continua a viver em pobreza extrema, com crianças e idosos a passarem fome.

- Um país, que continua a ter a maior taxa de analfabetismo da Europa.

- Um país dos que menos gasta na Saúde, com um Serviço Nacional de Saúde caótico, onde falta quase tudo, e o aumento da Tuberculose diz do subdesenvolvimento, do retrocesso e da miséria que ainda persistem por aí.

- Um país que empurra para o estrangeiro os seus jovens mais habilitados: enfermeiros, médicos, engenheiros, investigadores, artistas.

- Um país com o terceiro pior crescimento económico da Europa.

-  Um país com a 3ª maior dívida pública da União Europeia.

- Um país cheio de desigualdades sociais, onde os ricos são cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

- Um país cheio de banqueiros e outros que tais ladrões.

- Um país cheio de berardos a jogar ao gato e ao rato com o dinheiro do Povo.

- Um país onde a Justiça ainda é extremamente cara, desigual, lenta e injusta.

- Um país que promove a violência contra animais não-humanos, o que por sua vez gera a violência contra os seres humanos.

- Um país com um elevado índice de violência doméstica.

- Um país com um elevadíssimo número de crianças e jovens em risco.

- Um país que atira crianças para arenas de tortura de animais, e permite que sejam iniciadas em práticas violentas e cruéis, roubando-lhes um desenvolvimento normal e saudável, o que constitui um crime de lesa-infância.

- Um país cheio de grupos e grupelhos de trabalho, de secretários, de secretários de secretários, de assessores, de secretários de assessores, de comissões, de subcomissões, que não servem absolutamente para nada, a não ser para ganharem salários descondizentes com os serviços que (não) prestam.

- Um país que descura a sua Flora e a sua Fauna, mantendo uma e outra ao abandono e à mercê de criminosos impuníveis.

- Um país que mantém as Forças de Segurança instaladas em edifícios a cairem de podres, e com falta de quase tudo.

- Um país onde ainda existem Escolas com instalações terceiro-mundistas, sem as mínimas condições para serem consideradas um lugar de aprendizagem.

- Um país onde as prisões são lugares de diversão, com direito a vídeos publicáveis no Facebook.

- Um país cheio de leis e leizinhas retrógradas, que não servem para nada, a não ser para servir lobbies dos mais hediondos, e proteger criminosos impuníveis.

- Um país que não promove a Cultura Culta, e para o qual apenas a cultura inculta conta, e é assegurada, contra tudo e contra todos.

- Um país, cujo Sistema de Ensino é dos mais caóticos, desde a implantação da República, com a agravante de estar a enganar-se as crianças com a obrigatoriedade da aprendizagem de uma ortografia que não é a portuguesa, a da Língua Materna delas, estando-se a incorrer num crime de lesa-infância.

- Um país, que tinha uma Língua Culta e Europeia, e hoje tem um arremedo de língua, uma inconcebível mixórdia ortográfica, imposta ditatorialmente por políticos ignorantes e servilistas, que estão a fabricar, conscientemente, os futuros analfabetos funcionais, e a promover a iliteracia. E já sou poucos os que escrevem correctamente. 

- Um país onde, parvamente, se começou a dizer “olá a todos e a todas”.

- Um país, com um presidente beijoqueiro e viciado em selfies, e um primeiro-ministro que não tem capacidade para ver o visível, muito menos o invisível, que qualquer cego, de nascença, vê à primeira vista.

- Um país, que em 2018 foi marcado por uma constante contestação social, com o número mais elevado de sempre de greves em todos os sectores da sociedade portuguesa, número que continua a aumentar no corrente ano.

- Enfim, um País que perdeu o rumo, e faz de conta que é um país.

 

Enquanto tudo isto (e muito mais, que agora não me ocorre) não sair da lista do que não se quer para um País de Primeiro Mundo, evoluído e civilizado, o que há para comemorar neste 25 de Abril?

 

Há o facto de eu poder escrever este texto, sem ir parar ao Campo de Concentração do Tarrafal, o campo da morte lenta, para onde os médicos iam assinar certidões de óbito e não curar, criado pelo Estado Novo, na ilha de Santiago, Cabo Verde, num lugar ironicamente chamado de Chão Bom, de muito má memória.

 

Isabel A. Ferreira

***

Para complementar este texto, leia-se este outro, da autoria de Manuel Damas, publicado no Facebook:

 

45 anos depois...

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2332540223434593&set=a.133659383322699&type=3&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:04

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Quarta-feira, 25 de Abril de 2018

Que liberdade celebramos no "Dia da Liberdade"?

 

Quando, em Portugal, se celebra o 25 de Abril, inevitavelmente, alia-se a Liberdade à revolução dos Capitães de Abril

 

Mas saber-se-á o que é a Liberdade?

 

Que conceito de liberdade ensinam às nossas crianças, nas escolas, a propósito desta revolução que libertou Portugal da ditadura salazarista?

 

LIBERDADE.jpg

(Origem da imagem: Internet)

 

Foi com grande estupefacção e uma certa revolta que ouvi um menino de uma escola que celebrava o 25 de Abril, responder à pergunta do jornalista «sabes o que é a liberdade?», e ele responder inocentemente «liberdade é quando fazemos tudo o que queremos».

 

É isto que têm para ensinar às crianças? A Liberdade limitar-se-á a fazer o que queremos? É este conceito de Liberdade que se tem por aí?

 

Foi este erro crasso, este pensar deturpado, este saber apoucado, que adiou o 25 de Abril, porque o objectivo dos Capitães de Abril, passados 44 anos, ainda não foi atingido.

 

Hoje, o que há para comemorar é a libertação de Portugal, do jugo de uma ditadura que nos tolhia as acções (mas não os pensamentos, obviamente de quem os tinha).

 

Liberdade é outra coisa.

 

Liberdade não é fazermos tudo o que queremos.

 

Liberdade é sermos responsáveis por todos os nossos actos; é viver a vida de acordo com a nossa consciência; é ter a noção de que a nossa Liberdade acaba, quando a de todos os outros começa; é cumprir justamente os nossos deveres cívicos; mas é também estar ciente dos nossos direitos; é ser justo, é ser amável; é saber honrar o nosso País, os nossos antepassados, a nossa História, a nossa Língua Materna; é saber respeitar quem merece respeito; é saber distinguir o trigo do joio; é não rastejarmos quando temos asas no pensamento; é recusarmo-nos a seguir leis injustas; é dizer não à ignomínia; enfim, Liberdade é não fazer aos outros o que não gostamos que nos façam a nós, englobando nestes “outros” todas as criaturas que connosco partilham o Planeta e o próprio Planeta, que dever ser preservado justamente pela nossa Liberdade de nele sabermos como viver.

 

E como se adquire esta Liberdade? Unicamente através da Cultura e do Saber, algo que tem sido negligenciado pelos sucessivos governos de Portugal.

 

Porque aos governantes, ainda que se digam de esquerda (os de direita já sabemos o que pensam a este respeito) mas aos de esquerda também não convém um povo culto, instruído, com juízo crítico. Quanto mais ignorante for um povo, mais submisso ao Poder ele será.

 

E a Revolução de Abril não trouxe aos Portugueses a Cultura e o Saber que lhes daria a verdadeira Liberdade.

 

O 25 de Abril deu-lhes apenas a libertação do jugo ditatorial salazarista, e substituiu-o pelo jugo de uma ditadura esquerdina, (porque ser de esquerda também é outra coisa), que mantém Portugal, se não de todo ainda amordaçado, a andar para trás como o caranguejo.

 

Conclusão: continuamos mal.

 

Precisamos de ressuscitar o 25 de Abril e aprender a verdadeira Liberdade.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:54

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