«Hoje em dia, só é ignorante quem quer.
A informação sobre esta matéria é mais que muita.
Hoje em dia, ser ignorante é uma opção. E como é triste comprovar que ainda há criaturas, e algumas com diplomas universitários, governantes no activo, ex-governantes e candidatos a governantes que optam pela ignorância» …
Aqui deixo a verdade verdadeira sobre a selvajaria que o Estado português vergonhosamente promove…» (Isabel A. Ferreira)
Este é o Médico Veterinário, Dr. Vasco Reis, o único expert português que tem a coragem de dar a cara e o nome pela abolição da selvajaria tauromáquica em Portugal, por isso tem a minha admiração e respeito (IAF)
«Os animais humanos e não humanos são seres dotados de sistema nervoso, mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é agradável, perigoso e agressivo e doloroso.
Estes seres experimentam sensações, emoções e sentimentos muito semelhantes. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa e de fuga, sem as quais, não poderiam sobreviver. Portanto, medo e dor são condições essenciais de sobrevivência.
Afirmar-se que nalguma situação não medicada, algum animal possa não sentir medo e dor se for ameaçado ou ferido, é testemunho da maior ignorância, ou intenção de negar uma verdade vital.
A ciência revela que o esquema anatómico, a fisiologia e a neurologia do touro, do cavalo e do homem e de outros mamíferos são extremamente semelhantes.
As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto, o ferimento. O senso comum apreende e a ciência confirma-o.
Depois desta explicação, imaginem o sofrimento horrível que uma pessoa teria se fosse posta no lugar de um touro capturado e conduzido ao “calvário” de uma tourada.
Conclusão comportamental ética?
Seres humanos (tauromáquicos) não devem infligir a outros seres de sensibilidade semelhante (touros e cavalos), sofrimentos a que os próprios infligidores (tauromáquicos) não aceitariam ser submetidos.
Na tourada à portuguesa importa mencionar o terrível sentimento de claustrofobia e pânico que o touro sofre desde que é retirado violentamente da campina e transportado em aperto até à arena. Depois, há o maltrato com a finalidade de o enfraquecer física e animicamente antes de ser toureado.
Na arena, o touro enfrenta a provocação e a tortura durante a lide e no fim desta, com a retirada sempre violenta e muito dolorosa das bandarilhas, rasgando ou cortando mais o couro sem qualquer anestesia.
No final de tudo, o animal é metido no transporte, esgotado, ferido e febril, em acidose metabólica horrível que o maldispõe e intoxica, até que a morte o liberte de tanto sofrimento.
O cavalo sofre um esgotamento e terrível tensão psicológica ao ser usado como veículo, sendo dominado, incitado e lançado pelo cavaleiro e obrigado a enfrentar o touro, quando a sua atitude natural seria a de fuga e de pôr-se a uma distância segura.
À força de treino, de esporas que o magoam e ferem, de ferros na boca e corrente à volta da mandíbula, que o magoam e o subjugam, o cavalo arrisca morte por síncope/paragem cardíaca, ferimentos mais ou menos graves, até a morte na arena.
É difícil, senão impossível, acreditar que toureiros e aficionados amem touros e cavalos, quando os submetem a violência, risco, sofrimento.
Questiono-me porque se continua a permitir uma actividade que assenta na violência e no sofrimento público de animais, legalizado e autorizado por lei e até apreciado, aplaudido e glorificado por alguns?
E uma verdadeira democracia não permite nem legaliza a tortura. E você?
Vasco Reis,13.6.13
Publicado no Algarve Jornal 123, Portimão, Algarve, Portugal
Fonte:
http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/p/os-animais-humanos-e-nao-humanos-sao.html
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Comentários:
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«Concordo plenamente com cada frase escrita e isto só continua porque o dinheiro que envolve as touradas fala mais alto; na minha opinião não é por aficionamento mas sim pelo lucro e o egocentrismo em dominar um animal de grande porte entrincheirado, deslocado do seu meio ambiente, assustado e sem se poder defender.»
(Luís Filipe Ricardo)