Sexta-feira, 7 de Agosto de 2020

«Cultura contra Tortura!»

 

DIY (Faz Tu Mesmo)

A CREA - Caldas a Rainha pela Ética Animal convoca anti taurinos, artistas, artesãos, grupos e indivíduos da área da cultura como também cidadãos a criar peças de arte para um futuro melhor.


Um futuro sem touradas onde a arte liberta e a cultura é igualitária.

Para 15 de Agosto está marcada uma tourada em Caldas da Rainha, numa praça sem condições para receber animais, evento esse que para existir conta anualmente com um generoso apoio municipal, que visa a aquisição de centenas de bilhetes de entrada para além dos milhares de euros para manter o grupo de forcados na cidade. Numa cidade onde centenas de jovens artistas se vem obrigados a abandonar o Zona Oeste, por falta de condições e oportunidades para se manterem activos na sua arte, são gastos milhares de euros para subsidiar uma actividade decadente e elitista.

 

CREA.jpg

 

A pandemia COVID-19 veio abalar a estabilidade social, arrasar a economia e reordenar as prioridades humanas, colocando ao centro a saúde. Será que continua a fazer sentido insistir em colocar sobre o estado social o dever de manter viva uma industria de entretenimento que se dedica à tortura de animais? Que continua a fazer sentido subsidiar uma industria que insiste que é de interesse nacional dar alimentar a afición doentia pela tortura animal? Que não estará finalmente na altura de enterrar as touradas como uma coisa que pertence a um passado do qual não nos orgulhamos?


Se por um lado a dificuldade dos artistas escolhidos e reconhecidos foi falada na televisão, a dos milhares de artistas, artesãos anónimos, que não podem vender em feiras, animadores que não encontram eventos, ou músicos locais que se procuram manter com streaming’s não se ouvem, nem são apoiados.



Nas Caldas são formados, todos os anos, milhares de novos artistas de várias áreas, muito poucos encontram apoio na autarquia e se fixam na cidade, e a autarquia gasta milhares de euros numa cultura do passado, que tenta passar por arte e impede um futuro melhor.



Entre o dia 8 e dia 16 vamos estar a partilhar arte anti taurina nas redes sociais. Partilha também!



No dia 15 de Agosto quando saíres à rua deixa a  tua peça de arte ( pintura, texto, artes plásticas, vídeo, teatro, etc.) ou escolhida por ti, para a cidade ver… Posters, stikers, objectos, etc.

Todos as criações partilhadas serão livres para poderem serem duplicadas e distribuídas!


Cria, publica no evento, ou envia-nos a tua peça, o teu texto, vídeo, etc… se te quiseres manter anónimo… e publicaremos!


Por um Futuro Cultural Sem Violência! Sem Touradas, Sem Superioridade!


Crea.caldasdacainha@gmail.com


Fonte: http://creapelosanimais.blogspot.com/2020/08/toiro-ou-cultura-e-futuro-social.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:57

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Sábado, 18 de Agosto de 2018

João Soares e Elísio Summavielle dois marialvas com pés fincados no passado

 

Dois espíritos fechados à evolução.

 

Os dois foram ao campo pequeno ver uma tourada. E deram uma entrevista à Revista Sábado, e falaram sobre a paixão (que só pode ser mórbida) pelos Touros, e disto saiu esta frase curiosa: «Os adversários da tourada são ignorantes atrevidos», desconhecendo que esta declaração demonstra bem de que lado está a ignorância, porque o mundo civilizado sabe que a tourada é uma actividade medievalesca que assenta na mais profunda estupidez, que por sua vez provém da mais monumental ignorância, o que nos leva a questionar se os senhores doutores disseram o que disseram, quando estavam a ver-se ao espelho.

 

JOÃO E ELÍSIO.jpg

 Os senhores doutores João Soares, ex-ministro da “cultura” e Elísio Summavielle, presidente do Centro Cultural de Belém, foram à tourada…

 

E a revista Sábado estava lá, e entrevistou-os.

 

João Soares costuma dizer que não é aficionado, então o que será?

 

Diz ele: «Não, nem de longe, sou um tipo que gosta de vir, há já muitos anos que venho. Até gosto muito do termo aficionado, acho é que seria pretensioso da minha parte dizer que sou. Porque eu não distingo uma verónica de uma chicuelina! Sei que há verónicas, que há chicuelinas, que há capotazos [passes de toureio]... vou aprendendo com o Elísio, com o Vera Jardim e com outros amigos

E Elísio Summavielle acrescentou logo: «Hoje aprendeu o que é uma revolera».

 

Mas que bem! Isto é que é “cultura”! E dizem isto com o orgulho dos pobres de espírito (não confundir com pobres em espírito, que é outra coisa).

 

Por aqui já temos uma amostra desta que eles dizem ser uma “tradiçãoportuguesa, com estes termos muito portugueses, e estas chicuelinas, e capotazos e revoleras fazem parte naturalmente daquela “coltura” enraizada em Portugal, desde o tempo dos beleguins  medievais filipinos e não há meio de isto evoluir.

 

Se lhes perguntarmos o que é uma cabaletta, um gruppetto, uma cavatina, um chariot, saberiam eles responder? Aqui sim, mostrariam conhecimentos e Cultura Culta. Mas ponho as minhas mãos no fogo, como não sabem.

 

João Soares diz que vai às touradas desde miúdo, porque tinha um tio, por afinidade, que foi governador civil, José Manuel Duarte, e lembra-se de no Verão ia às corridas de Touros às Caldas da Rainha, em 15 de Agosto, e continuou a ir ao campo pequeno, quando frequentava o liceu.

 

E Elísio Summavielle disse que frequenta [estes antros] desde   que se conhece, pois, o avô materno era natural da Moita... E falando-se da Moita, fica tudo dito.  

 

Quem vai às touradas desde miúdo, nunca mais consegue livrar-se desse mundo que lhe moldou o carácter. E fica-se desencaminhado para o resto da vida. Transformam-se em espíritos fechados à evolução.

 

Ficou tudo explicado, com esta explicação dos senhores doutores, porque o carácter de uma pessoa molda-se na infância e na adolescência. E se essa infância e adolescência são marcadas pela selvajaria, pela crueldade, pela violência, esse estigma nunca mais os abandonará, por mais universidades que frequentem. Porque as universidades podem dar conhecimentos, mas não dão bom carácter. E é bom carácter, sensibilidade e empatia que faltam a estes senhores doutores que, por uma disfuncionalidade cognitiva se desviaram das percepções mais básicas, e não conseguem ver num Touro um animal como eles, mas tão-só uma “coisa” que serve para ser espetada e sangrar e sofrer, para que eles se divirtam. E por mais informações que lhes facultemos, eles não conseguem apreendê-las. É o que se chama ignorantes optativos.

São raros aqueles que conseguem curar o sadismo, que se desenvolveu neles desde a infância. Mas existem excepções. Para isso têm de ter um espírito aberto.Que não é o caso deste dois senhores doutores, dotados de cérebros de pedra.

 

Summavielle disse que tinha uma quinta em Sarilhos Pequenos, e desde que se conhece habituou-se a ir para lá passar fins-de-semana e a ir à festa, e chamar à tortura de seres vivos festa implica um descomunal sadismo. E Summavielle acha esse ambiente selvático fantástico. Diz que andou um bocadinho fora dessas lides quando era estudante, antes de o 25 de Abril, em que estava metido em algumas conspirações, e ia pouco, e depois reconciliou-se e tornou a ir. Trocou o futebol pela selvajaria tauromáquica, e para ele futebol passou a ser isto. E este isto é a tortura de bovinos. Diz que é benfiquista, mas ali, na arena, não há hooligans. Pois não há. Há sádicos e psicopatas. Que com certeza irá dar ao mesmo. Ao contrário de João Soares, Summavielle gosta muito da corrida à espanhola, ou seja, gosta de ver matar um touro já moribundo, ao vivo, obviamente com todos os requintes de malvadez ao acto associado. E isto diz muito do seu carácter. Porque qualquer indivíduo que se regozije diante do sofrimento e da morte é um sádico.

 

João Soares diz que foi muitas vezes ao campo pequeno também em funções oficiais quando estava na Câmara Municipal de Lisboa. Tal como Jorge Sampaio, o denominado barranquenho, que um dia há-de ter, em Barrancos, uma estátua ao lado de um touro torturado. Mas uma vez houve que Jorge Sampaio levou uma vaia da praça e ficou um bocadinho... Diz João Soares. E acrescenta: «É normal, o público dos touros é um público tradicionalmente à direita[por isso estranhamos a posição do PS e do PCP, que se dizem de esquerda, e pactuam com políticas e actos da direita e monarquistas, contudo, isto não tem nada a ver com política, mas tão-só com berço] ... E João Soares acrescenta: «Mas eu vim muito, quer como vereador quer como presidente da Câmara. O campo pequeno, além de tudo o mais, é um símbolo importante da cidade e ligado à vida política [é um símbolo da cultura inculta dos políticos e das práticas sádicas, quis ele dizer]. Por alguma razão o Otelo dizia "é levá-los para o campo pequeno" (pois, para serem torturados, como fazem aos Touros). O 28 de Setembro começa também à volta de uma tourada em que houve uma vaia a Vasco Gonçalves e o general Spínola foi aplaudido. Não há partido nenhum que não tenha feito aqui comícios, até partidos hoje completamente minúsculos (e tal coisa só desprestigia quem pisa um lugar tão manchado de sangue de inocentes e indefesos seres vivos, que são torturados para divertimento dos sádicos. Um lugar a cheirar a bosta, a urina, a sangue, a álcool, a suor e a sofrimento.

 

O resto da entrevista será mais do mesmo. Uma enxurrada de lugares comuns, com a desculpa da literatura de um tempo em que ainda havia uma enorme ignorância ao redor do sofrimento animal, e que é sempre para aqui chamada, como se os escritores e artistas aficionados de touradas, citados pelos aficionados, fossem deuses, e não se livrassem da praga do sadismo, ou de terem comportamentos patológicos. Basta consultar a biografia desses famosos.

 

Hoje, com toda a informação existente, é de uma pobreza de espírito extrema ver dois senhores doutores ainda tão agarrados a uma prática medievalesca, bruta, cruel, violenta, desadequada aos tempos modernos.

 

Mas é a tal coisa: de pequenino é que se torce o pepino, e estes senhores doutores cresceram neste ambiente perverso, mórbido, disfuncional, e perderam definitivamente o comboio que os levaria à Evolução. De modo que a tauromaquia acabará (já está acabar) com esta geração de marialvas. As novas gerações estão-se nas tintas para as touradas, que são o corolário  dos desvios comportamentais de todos os intervenientes.

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte do texto e da imagem:

http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/os-adversarios-da-tourada-sao-ignorantes-atrevidos?utm_campaign=Newsletter&utm_content=22057732560&utm_medium=email&utm_source=diaria_ON

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:56

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Segunda-feira, 9 de Fevereiro de 2015

PARA OS GOVERNANTES PORTUGUESES “ARTISTAS” SÃO APENAS AQUELES QUE PRATICAM A “ARTE DOS BRONCOS” OU SEJA A SELVAJARIA TAUROMÁQUICA

 

 

A esses, os governantes portugueses chamam-lhe “artistas tauromáquicos”, aos quais dão todo o apoio financeiro e mais algum.

 

Os outros, os que cantam “Acordai” à porta do Ministério da Educação, os músicos, enfim, os que se dedicam às Artes Cultas, são tratados como o rebotalho da Cultura Portuguesa.

 

Isto só acontece num país governando por mentes absolutamente terceiro-mundistas

JE SUIS PROFESSOR.jpg

Origem da foto:

http://observador.pt/2015/02/05/ministerio-tem-luz-verde-tribunal-de-contas-para-pagar-varias-escolas-ensino-artistico/

 

ACORDAI.jpg

Fotos: António Cotrim/Lusa

 

Os professores das escolas de ensino artístico manifestaram-se esta segunda-feira em frente ao Ministério da Educação, com um concerto em protesto pelos salários em atraso.

 

Os manifestantes transportaram instrumentos musicais, outros optaram por levar cartazes, com expressões "um país sem artistas é um país de curtas vistas".

 

Mas não é o país que tem curtas vistas. São os governantes.

 

Para esses (os governantes) apenas os “artistas tauromáquicos” contam…

 

Está prevista a presença de professores, alunos, pais e encarregados de educação de Ponte de Lima, Figueira da Foz, Caldas da Rainha, Setúbal, Ourém, Tomar, curiosamente, municípios que se fartam de esbanjar dinheiros públicos em práticas selváticas tauromáquicas

 

O ensino artístico especializado em Portugal envolve 110 escolas particulares e cooperativas, com cerca de 24 mil alunos e 3.500 professores, e já foram suspensas aulas em várias escolas.

 

No entanto os 12 antros (ou fábricas de monstrinhos) a que chamam “escolas de toureio” continuam abertos e a tirar a inocência de crianças, ministrando-lhes aulas de violência e crueldade contra bovinos bebés.

 

E ninguém fala disto. Não convém?

 

A manifestação de hoje terminou com o coro Lopes Graça a interpretar o "Acordai", com música de Fernando Lopes Graça e letra de José Gomes Ferreira.

 

Como um pouco de Cultura Culta não fará mal a ninguém, aqui deixo a letra e a música…

 

ACORDAI

homens que dormis

a embalar a dor

dos silêncios vis

vinde no clamor

das almas viris

arrancar a flor

que dorme na raiz

Acordai

acordai

raios e tufões

que dormis no ar

e nas multidões

vinde incendiar

de astros e canções

as pedras do mar

o mundo e os corações

 

Acordai

acendei

de almas e de sóis

este mar sem cais

nem luz de faróis

e acordai depois

das lutas finais

os nossos heróis

que dormem nos covais

Acordai!

 

 

***

ACORDAI GOVERNANTES!

PORTUGAL PRECISA DE EVOLUIR URGENTEMENTE!

Fonte:

 http://observador.pt/2015/02/09/ensino-artistico-da-concerto-em-frente-ao-ministerio-contra-atraso-nas-verbas/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:45

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