A CerciBeja já foi beneficiária/apoiante de nove touradas.
Receber dinheiros sujos de sangue é o mesmo que espetar uma faca no coração das crianças deficientes intelectuais, que tanto AMAM os animais.
Estas crianças não merrecem tamanho insulto!
Assunto:
A selvajaria tauromáquica insulta as causas solidárias
Exmos. Srs.,
Começo por me dirigir à Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (FENACERCI), enquanto representante da Cercibeja:
Quero expressar a minha mais veemente indignação pelo facto de a CerciBeja, uma instituição de solidariedade social, ter sido beneficiária e apoiante de um “Festival Taurino” decorrido no passado dia 7 de Outubro de 2017, bem como por ter levado pessoas com deficiência intelectual a assistir a tamanha crueldade, e por ter demonstrado uma total falta de respeito pelas muitas pessoas que deixaram pedidos de cancelamento da tourada na página do Facebook da Instituição mas que tiveram como única resposta a eliminação dos seus respectivos comentários.
Na recente tourada a favor da referida instituição de Beja, obrigaram-se vários equinos e seis bovinos a participar num selvático acto, sujeitando os animais a elevados níveis de stress e a um sofrimento tão inútil como atroz. Humilharam-se e torturaram-se bovinos, cravando-lhes ferros com arpões nos corpos, ao som de olés e aplausos.
É verdade que a tauromaquia ainda beneficia, no nosso atrasado país, de uma excepção declarada na mesma lei que proíbe expressamente “todas as violências injustificadas contra animais”, como sejam, infligir-lhes “a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões”, discriminando assim os Touros e Cavalos relativamente aos outros animais não humanos.
Bem sabemos que os legisladores não reconhecem os Touros e os Cavalos como animais, mas se perguntarem a uma criança deficiente intelectual, o que eles são, ela dirá que os Touros e os Cavalos são animais, aliás são animais dos quais elas gostam bastante.
E digo isto com conhecimento de causa, porque estou ligada a um Movimento de Pais e Amigos de Deficientes Intelectuais e sei o que estas crianças PENSAM sobre tudo isto, a não ser que as crianças e jovens deficientes intelectuais de Beja não sejam orientadas no sentido do Bem, do Bom e do Belo, e lhes impinjam as touradas como sendo algo NORMAL.
Mas é indiscutível e não há qualquer dúvida que, embora ainda legalmente permitida, se trata de uma actividade violenta, cruel, medievalesca, grosseira e estúpida, que causa bastante repulsa na sociedade portuguesa, e no mundo civilizado.
E é por esta irracional actividade assentar na violência e crueldade contra seres sencientes, tão inofensivos, inocentes e indefesos como as crianças e jovens deficientes que a CerciBeja diz “educar” (ou devo dizer asselvajar?) e “reabilitar” (ou devo dizer denegrir?), seres não humanos excluídos e colocados numa situação de vulnerabilidade, que me parece que as Cercis dela se deveriam distanciar, por uma questão simples de ÉTICA.
A mais recente tourada a favor da CerciBeja pode até ter rendido, segundo informações veiculadas por blogues tauromáquicos, 3.013,54 euros; mas é certo que afectou negativamente a credibilidade desta Cerci e das Cercis em geral.
Há, com toda a certeza (porque sei que há) modos CIVILIZADOS de angariar fundos para estas instituições. Já o fizemos várias vezes, com festivais de música, por exemplo.
Posto isto, venho, solicitar à FENACERCI para recomendar às suas associadas que não sejam beneficiárias destas práticas selváticas e indignas de seres humanos, e muito menos de crianças e jovens tão puros.
Aproveito a presente mensagem para perguntar à Caixa Geral de Depósitos se tem conhecimento de que o seu logotipo consta no cartaz publicitário da referida tourada, e se a patrocinou.
Tudo isto é vergonhoso e não dignifica as instituições envolvidas nesta barbárie.
Agradecendo a atenção dispensada,
Isabel A. Ferreira
Com Marinhenses Anti-Touradas
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Não podemos permitir que as Cercis continuem a associar-se à tauromaquia. Por favor, escrevam para a Federação que as representa, bem como para a Caixa Geral de Depósitos, cujo logotipo consta no cartaz da tourada do dia 7/10/2017.
Basta enviar a mensagem sugerida (ou outra) para os endereços indicados.
Para:
com.marketing@fenacerci.pt
cgd@cgd.pt
Cc:
marinhenses.antitouradas@gmail.com
Como se isto por si só já não bastasse para colocar Portugal de rastos perante o Mundo Civilizado, temos a CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, uma empresa pública, que gere dinheiros públicos, METIDA nesta chafurdice sangrenta e medieval.
Esta empresa pública apoia a incultura e a tortura de Touros e Cavalos
Jornadas taurinas? Onde se defende a TORTURA de seres vivos, sencientes, e tão animais como nós?
Como confiar nos futuros “veterinários” carniceiros portugueses?
Como respeitar esta “espécie” de profissionais da barbárie?
Como acreditar no ensino de uma Faculdade que se diz de “MEDICINA VETERINÁRIA”, se esta promove jornadas imbecis dirigidas a sádicos?
O que fazer com toda esta vergonha nacional?
Divulgá-la, o mais que se possa, para que o mundo saiba que em Portugal existem “veterinários” que em vez de cumprirem a sua solene missão de SALVAR A VIDA dos animais, fazem jornadas no sentido de promover a TORTURA CRUEL deles até à morte.
Isto não é de gente, muito menos de profissionais de medicina.
Quanto aos patrocinadores, designadamente a Caixa Geral de Depósitos, ficará também desacreditada, e daqui apela-se ao BOICOTE a esta empresa, que esbanja o NOSSO DINHEIRO a apoiar a INCULTURA dos vergonhosos futuros “veterinários” portugueses, que não merecem que os tratemos por “médicos”.
Seria INSULTAR a classe.
E o que tem a dizer a ORDEM DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS PORTUGUESES?
Também é cúmplice desta idiotice?
Como lamento o ESTADO BABELESCO a que chegou o meu País.
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Um Médico Veterinário é aquele que pensa como este:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/235060.html
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«Os que promovem a tauromaquia são os Mengele do ano de 2013, depois de Cristo:
Josef Mengele foi um médico alemão que se tornou conhecido por ter actuado durante o regime nazista. O apelido de Mengele era Beppo, mas ele era conhecido como Todesengel, "O Anjo da Morte", no campo de concentração.
Este médico de má memória deixou entre nós uma cultura de desrespeito e de tortura que se deslocou para a classe veterinária, sendo a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa um exemplo deste culto condenável.
Ligando-se a eventos promotores de tortura e agressão sobre animais, estes psicopatas disfarçados de veterinários tentam de forma dissimulada continuar a levar a efeito as suas práticas primitivas e abomináveis tentando iludir a sociedade.
Não o conseguem. A opinião pública está alerta e atenta. E torcionários de bata e canudo não deixam de ser torcionários.
Já não enganam. Estamos atentos e sabemos distinguir profissionais que cuidam de monstros que torturam.»
Luís Martins – https://www.facebook.com/#!/luisbarrmat
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A NOTÍCIA QUE SE SEGUE É ABSOLUTAMENTE IMORAL:
«Estando a Tertúlia Tauromáquica da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa a organizar, em parceria com a AEFMV (Associação de Estudantes de Medicina Veterinária), as VII Jornadas da Tertúlia Tauromáquica FMV, vimos por este meio divulgar esta acção de formação (...)
Trata-se de um conjunto de palestras com a duração aproximada de 20 horas, em que iremos contar com a colaboração de profissionais de reconhecido mérito, ligados a esta actividade.
Com esta iniciativa, pretendemos dar continuidade aos objectivos a que nos propusemos no inicio deste projecto, procurando dar a conhecer a Festa e fomentando a afición dentro e fora da Faculdade. Não nos cingimos apenas à classe dos Médicos Veterinários e respectivos estudantes, mas pretendemos sim que estas jornadas tenham um público mais abrangente, estando por isso as jornadas abertas aos aficionados em geral.
Este ano, iremos contar com um dia exclusivamente dedicado a mesas redondas, com o intuito de gerar um discussão saudável entre palestrantes e assistência, para que desta forma se possam discutir os principais problemas da actualidade.»
Como é isto possível, numa Faculdade que se diz de "Medicina Veterinária"?
Só mesmo num país terceiro-mundista.
Isabel A. Ferreira