Fechado na sua cúpula, alheado do mundo, que teve de abandonar, por não ser desejado em parte alguma, ele, diante de uma plateia de andróides inexpressivos, debitou um discurso cheio de blá-blá-blás, palavras fartamente desgastadas pelo tempo, frases descontextualizadas da realidade, intercaladas pelos aplausos mecânicos, de uma plateia entorpecida, e, o mais impressionante é que o restante mundo NÃO ficou impressionado.
Por que haveria de ficar, se ele tal qual um disco riscado, apenas arranhou os ouvidos do mundo, com um discurso nitidamente paranóico, mais do mesmo, para consumo interno?
Bem, e tendo em conta que os paranóicos dão-se ao direito de "poder tudo", até podem dizer o que bem lhes apetecer, para fingir que têm poder.
Contudo, fora da bolha deles, existe um outro mundo, e como diz Jay Leno: «não conseguimos ficar zangados com quem nos faz rir».
E ele faz-nos rir. Não como um palhaço, mas como um falhado.
Já perdeu a guerra, moralmente.
Já perdeu a guerra, humanamente.
Já perdeu a guerra, socialmente.
Já perdeu a guerra, eticamente.
Já perdeu a guerra, economicamente.
E perdê-la-á militarmente, porque Deus suporta os maus, mas não eternamente, citando Miguel de Cervantes. Até porque a História está cheia de nos dar exemplos de que assim é.
Por conseguinte, continuemos a fazer a nossa parte, porque as vozes de paranóicos não chegam ao Céu.
Isabel A. Ferreira