No dia 22 de Dezembro de 2018, uns dias antes do torturador de Touros, morreu a grande senhora que foi Calatina Pestana, antiga Provedora da Casa Pia de Lisboa, a voz das vítimas de abusos sexuais, durante o mais vergonhoso processo que enodoou aquela instituição ESTATAL. Em todo este vergonhoso processo, Calalina Pestana esteve sempre ao lado das vítimas.
Dela disse Bagão Félix: «Foi uma pessoa admirável, com rosto, alma e coração. Esteve sempre ao lado dos que não têm voz, não têm poder e não fazem notícias, não abrem telejornais, dos que estão indefesos».
Não vi a Assembleia da República fazer um voto de pesar por esta grande senhora, que foi ÚTIL à sociedade, tinha rosto, alma e coração, não envergonhou a Humanidade, e serviu com dignidade uma INSTITUIÇÃO DO ESTADO.
Envergonho-me dos deputados da Nação que apresentaram um voto de pesar deste teor, na Assembleia da República Portuguesa, por alguém que torturava seres indefesos para divertir sádicos.
Aqui ficará este vergonhoso voto de pesar, para vergonha de Portugal e para memória futura.
Os vindouros repudiá-lo-ão tanto quanto nós o repudiamos. Porque no futuro, a tauromaquia significará exactamente o mesmo que o Circo Romano, hoje, significa para nós: uma actividade bárbara para entreter turbas alienadas e satisfazer o capricho de governantes alucinados.
Isabel A. Ferreira