Bêbados, violentos, parvos, irracionais... e acham (porque não sabem pensar) acham que a UNESCO elevaria isto a Património Imaterial da Humanidade.
Seria passar um atestado de ignorância e de atraso mental àquela organização que pugna pela CULTURA CULTA.
Evoluam, terceirenses. Evoluam, que isto pertence ao rol das parvoíces daqueles que ainda não evoluíram.
Isto é a demonstração cabal da estupidez humana na sua forma mais requintadamente rasca.
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E AINDA HÁ MAIS ESTE ASSALTO AOS COFRES PÚBLICOS NA ILHA TERCEIRA
Depois não venham queixar-se… Quem, acreditará nos lamentos de quem tem para esbanjar em tortura de seres vivos, mas não tem para viver dentro dos padrões normais de uma sociedade constituída por Seres Humanos?
Fonte:
Partilho esta informação, de uma página do Facebook, porque a única opção é “partilhar”…
A informação é de doidos!
Repare-se na situação em que se encontra o bovino, de pernas enroladas na corda que o deixa á mercê dos seus carrascos e sem qualquer opção de defesa ou e liberdade… E chamam a isto “festa”.
«A corda é o acessório mais importante na tourada á corda, dai o nome atribuído á tradicional tourada da terceira e de outras ilhas que já aderiram a esta festa.
(UM CONCEITO DE FESTA BASTANTE RETRÓGRADO)
A corda acima de tudo tem o papel de manter o toiro bravo dentro das limitações do arraial.
(SÓ ISTO É DE UMA VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA ATROZ. E ESSE “BRAVO” VEM PRECISAMENTE DA TENTATIVA DE AUTODEFESA, DEVIDO À TORTURA IMPOSTA A UM SER, CUJO HABITAT NATURAL É O PRADO E NÃO AS RUAS.)
Esta costuma ser utilizada pelos pastores, onde ficam 5 pastores ao meio da corda e 5 pastores na pancada. A pancada é os pastores que a única função é segurar toiros dentro das limitações.
(ESTA PANCADA… QUE VEM DE PANCA!)
Enquanto os pastores do meio da corda têm outra função, que é proteger o toiro acima de tudo mas também ajudar a capinha a dar a sua contribuição e a cumprir a sua função no arraial.
A corda é importante para fazer o toiro investir em algo, fazer o toiro descansar o mesmo e sobretudo aguentar nos lugares principais de um arraial, com o intuito de provar as gentes que o toiro tem valor.
(PRINCIPALMENTE UM VALOR MONETÁRIO PARA ENCHER OS BOLSOS DE ALGUNS…)
Também é essencial para aqueles toiros que se destacam nas paredes ou tapadas, mas depende da capacidade do comandante da corda para conseguir tirar proveito das suas qualidades.
Mas a corda também tem as suas desvantagens, como por exemplo pode perturbar a lide do toiro. Existe pastores que estão constantemente a puxar o toiro o que leva a que este se amarre muito á corda, comprometendo a lide do toiro e a sua mesma apreciação por parte aficionada.
(ISTO REALMENTE É ALGO MUITO CULTURAL, MUITO INSTRUTIVO, ALGO DIGNO DE GENTE INTELIGENTE, POIS É PRECISO MUITA SABEDORIA PARA MANOBRAR AS CORDAS QUE PRENDEM AS PERNAS DO DESVENTURADO BOVINO, QUE É PUXADO PELAS RUAS, AO SOM DOS BERROS DE BÊBADOS E DE GENTE HISTÉRICA.
SÓ MESMO NOS AÇORES! E … JÁ AGORA…EM PONTE DE LIMA, QUE TAMBÉM TEM ESTE COSTUME PARVO).
Fonte
E este é o “postal” da vergonha açoriana que correrá mundo…
«Isto é o embrutecimento de um povo a todos os níveis. Isto é degradante e o pior é que tem o aplauso dos políticos, seres insensíveis a todos os níveis. Acordai, povo!
Eu já vi touradas à corda ao vivo e a cores por isso posso dizer que aqui não há manipulação nenhuma de imagens, o que aqui se vê é a realidade nua e crua e os terceirenses sabem que é assim.
Contra factos não há argumentos. A população da Terceira é culta? Qual o grau de iliteracia?... Tenho pena mas a evolução não passa pela ilha, o povo continua embrutecido.
Isto é ser bravo? O conceito de bravo, pessoa corajosa, é bem diferente! Touradas é o mais completo atraso! E há coisas que têm de ser reveladas: comumente os testículos do touro também são alvo de "brincadeiras". Por essa gente só se sente repulsa!»
Esclarecimento
Por Jay Nandi
«1.º O governo dos Açores e autarquias açorianas roubam e desviam milhares de euros todos os anos aos açorianos necessitados para entregar o dinheiro à indústria tauromáquica. Os grupos anti touradas açorianos têm divulgado inúmeros documentos oficiais publicados no Jornal Oficial da Região Autónoma que comprovam a atribuição de verbas à tauromaquia e as contas dos municípios também comprovam o mesmo. Não é possível negar porque o desvio de verbas está documentado, publicado e acessível para todos. Para além de não se interessarem por se informarem, não têm um pingo de vergonha na cara em mentir descaradamente.
As licenças pagas não chegam nem de longe, nem de perto para pagar os prejuízos causados pelas touradas à corda. Para além dos custos humanos, com policiamento e fiscalização municipal, as touradas à corda acarretam graves danos nas vias públicas, designadamente no mobiliário urbano muitas vezes destruído. Também o património privado é danificado e muitas vezes as pessoas não são ressarcidas dos prejuízos causados. As estradas são cortadas, pessoas são impedidas de se deslocarem para o trabalho e viverem uma vida normal, o que naturalmente se traduz em prejuízo individual e colectivo incalculável.
2.º Não é verdade que exista um grande número de vendedores ambulantes nas touradas à corda. Muito menos é verdade que esses vendedores ambulantes não pudessem vender os seus produtos em outras festas e lugares. O que os lunáticos aficionados chamam de tascas, trata-se afinal de contas de latas velhas sobre rodas que representam um perigo para a saúde pública. Nem no mais pobre país da África sub sariana essas latas sujas e imundas poderiam ser consideradas como tendo peso na economia.
Comida e bebida não tem de ser à custa de sofrimento desnecessário dos animais. Comam e bebam sem castigar seres inocentes. Portem-se como humanos civilizados.
3.º Como é sabido por todos, o lixo causado pelos fanáticos e bêbados das touradas à corda perdura nas ruas vários dias e os municípios cúmplices com a máfia tauromáquica querem tudo menos aplicar multas aos seus amigos mafiosos. São os serviços das câmaras que acabam por limpar o rasto de imundice dos tarados da tortura à corda. Portanto, tudo pago pelos contribuintes.
4.º O dinheiro angariado é uma ficção e a única realidade que se vê são casas, carros e património público vandalizado no rasto de destruição deixado pelas touradas à corda. As pessoas não são tidas em consideração quando se realizam touradas à corda e têm de se fechar em casa durante a tourada e acarretar com os estragos feitos nas suas casas. Não raras vezes os moradores ficam em silêncio porque têm medo de protestar contra as máfias que organizam os eventos de tortura de bovinos com cordas.
5.º A ilha Terceira é das que têm menos visitantes no conjunto do arquipélago dos Açores e isso deve-se em grande parte a estas práticas trogloditas de bandos de bêbados atacarem animais pelas ruas. A tourada à corda é alvo de chacota no mundo inteiro e isso pode ser verificado nos vídeos das marradas que circulam pela Internet, que constituem um vexame para todos os portugueses. Acéfalos embriagados que voluntariamente levam cornadas, ficando feridos (ou mortos), não é coisa que orgulhe ninguém no seu juízo perfeito.
As touradas à corda contribuem em larga medida para a Terceira se manter no ranking de níveis de alcoolismo. São os próprios frequentadores das touradas à corda que confirmam o abuso escandaloso de álcool que é prática habitual.
Não é verdade que torturar animais seja um gosto “cultural”, porque se trata de uma doença estudada pela psiquiatria forense e claramente diagnosticada pelos médicos psiquiatras. A tourada à corda não tem nada de intelectual, é pura violência gratuita contra os animais. E como todos sabem, em Portugal tal como em todos os lugares civilizados, a violência injustificada contra os animais é proibida por lei. Por isso, torturar animais não é um direito ou liberdade, mas sim uma violação da lei.
As touradas sustentam apenas a economia de meia dúzia de famílias da indústria tauromáquica e, sem dúvida, atrasam a evolução civilizacional e económica dos Açores.»
Jay Nandi
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Este texto já foi publicado neste Blogue. Mas nemhum terceirense veio rebater nenhum dos pontos aqui referidos. Apenas projectaram, nos autores do Blogue e do texto, em "conversa" de Facebook, todo o ódio e complexos que sentem por não serem normais, como toda a gente.
Além de que contra factos não há argumentos.
Isabel A. Ferreira
Quando pensamos que já vimos tudo, há sempre algo que ainda está por ver - as HEDIONDAS “BECERRADAS” de Algemesí, um jogo macabro, realizado à noite, onde bezerros, soltos com um ano ou menos, são torturados até à morte, das formas mais cruéis.
Como não podia deixar de ser, esta “coisa” monstruosa é realizada por BÊBADOS, que saltam para a arena, podendo utilizar qualquer objecto cortante para, sem qualquer conhecimento de toureio, cravar nos corpos destes inocentes e indefesos animais.
Se isto te revolta, escreve para: ajuntament@algemesi.net
É nosso DEVER ajudar a banir os costumes bárbaros que só envergonham a Humanidade.
Fonte:
Até por isto as touradas são um ESCARRO!
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E o mundo civilizado só pode lamentar tanta parolice!
O Presidente do Município, é um triste coitado, pois não tem saber, nem lucidez, nem poder para pôr fim a um evento tão grosseiro, que arrasta o nome de Ponte de Lima para a lama, como se vê neste vídeo que promove esta diversão idiota.
Não fica tudo dito?
E nem sequer o município tem a noção da figura ridícula que faz ao promover publicamente tamanha parvoíce.
É isto a “Vaca das Cordas”: um bando de bêbados covardes a puxar pelas ruas um animal manietado com cordas, ofegante, de língua de fora, cornos embolados (até nisso são covardes, pois nem sequer deixam ao animal a oportunidade de defender-se com as suas próprias armas).
E anda esta gente inútil, pelas ruas, a fazer figura de parva e a celebrar o CORPO DE DEUS…
O que é a “Tourada à Corda”?
De acordo com Manuel Figueiredo, (um homem culto, que correu mundo, comandando navios da Marinha Portuguesa), a “Tourada à Corda” na Ilha Terceira, é «um bando de animais bêbados contra um animal sóbrio!» Brilhante definição! E acrescentou: «A irracionalidade mora na Terceira». E ficamos com tudo dito sobre este ritual sem pés nem cabeça, numa ilha primitiva, perdida no tempo.
Mas existe na Terceira um indivíduo que dá pelo nome de Luís Soares que sobre o meu texto A PROPÓSITO DO LIXO DA TOURADA À CORDA NA ILHA TERCEIRA insiste em dizer, entre outras coisas, o seguinte:
«Vocês não percebem que se as touradas acabarem, o que nunca irá acontecer, o touro de lide também acaba. Assim como muitos postos de trabalho. Mais desemprego... Menos moeda a circular...
Se não é o amor a esta arte, e a admiração pelo touro. Muitos ganaderos já teriam deixado de existir pois os esforços são cada vez maiores.
Aqui na ilha a tradição está bem forte... Aliás cada vez mais forte! Cada vez mais "capinhas" nas ruas. E estes cada vez mais jovens. O festival taurino cada vez melhor. Seminários sobre o touro de lide!.. Houve um este mês inclusive!
Praça sempre cheia.
Tudo bem que são mais sensíveis... Então não vejam. Só vai à praça quem quer e quem paga».
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Que anedota, Luís Soares! Recomendo-lhe que leia o texto inserido neste link.
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/280040.html
E ficará tudo dito.
O que vale é que a tauromaquia e as suas cruéis variantes estão com os pés na cova.
A verdade dita por alguém que (também) sabe o que diz
«Tudo se resume a um bando de alcoolizados a puxar um animal que anda a lidar outro bando de embriagados…»
Um comentário ao meu texto, tão criticado pelos terceirenses.
Leiam este testemunho:
Alberto Garcia disse sobre O LIXO DA TOURADA À CORDA NA ILHA TERCEIRA na Terça-feira, 21 de Maio de 2013 às 12:37:
«...agora imagine o lixo que vai dentro destas cabeças...
Eu, infelizmente, por razões profissionais, já fui obrigado a deslocar-me às São Joaninas por diversas vezes, e desiludam-se as descrições românticas do povo em festa, da limpeza do lixo, da festa dos toiros...
Tudo se resume a um bando de alcoolizados a puxar um animal que anda a lidar outro bando de embriagados...
O lixo, tropeça-se nele por onde se passa...
Fica uma nota sobre os vários turistas desconcertados (e aos quais fiz questão de explicar o que estavam a ver), que fui encontrando em frente às montras das lojas do aeroporto onde passam os vídeos das marradas, que seria de resto o programa recomendado para qualquer família com uma taxa de alcoolemia acima de 1 grama...»
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Mais coisa, menos coisa, foi o que EU DISSE, ó gente terceirense, especialmente ó desconhecido que (ARRE!) tem cabeça dura, e que andam por aqui a tentar vender gato por lebre.
Mas nós não somos da Ilha Terceira. Nós sabemos distinguir divertimento culto de divertimento medíocre.
E eu, pessoalmente, elejo e aconselho a Festa das Flores, na Ilha da Madeira, como uma verdadeira festa. Eu, e os milhares de turistas que lá vão.
E esses não vão à Terceira ver rituais pré-históricos protagonizados por bêbados (podia ter dito alcoolizados, embriagados, mas não tenho de ser politicamente correcta. Não neste tipo de narrativa).
Depois de infinitas estocadas de um covarde, o Touro finalmente verga-se à morte heróica, e um bando de sádicos, bêbados e necrófilos aplaudem e espumam a babugem da estupidez.
E ainda há governos que apoiam isto.
E a igreja católica que, se diz seguidora de Cristo, é cúmplice disto.
E isto é o que de mais baixo existe na escala da crueldade cometida por gente que tem a pretensão de ser “humana” e se diz católica.
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AQUI FICA O DESAFIO DO ARSÉNIO PIRES: QUE APAREÇA UM SÓ TAURICIDA A DEFENDFER RACIONALMENTE O QUE SE VÊ NESTE VÍDEO.
UM SÓ BASTA.
É isto o que o governo português e a igreja católica portuguesa apoiam e aplaudem – O que foi feito desde 2003, para acabar com estes crimes?
Os pajens utilizados na corrida à portuguesa – meninos que perderam toda a sua inocência a partir do momento que os atiraram para arena do campo pequeno…
«Pedofilia preocupa Tauromaquia
NAS BARBAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA
Era a empresa "António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd" quem trajava e ensaiava os menores da Casa Pia que participavam como figurantes – pajens – nas touradas de gala à antiga portuguesa.
Correio da Manhã - 19 Setembro 2003
Por: Jorge Araújo
De acordo com vários testemunhos, as corridas eram meros pretextos já que no final da festa brava muitas destas crianças eram vítimas de abusos sexuais. Pedro Namora confirma que o Campo Pequeno era palco de recrutamento de menores para práticas pedófilas. "Alguns ex-alunos da Casa Pia disseram-me que logo após as touradas eram distribuídos por diversas casas onde faziam sexo ao mesmo tempo que eram filmados", afirmou Namora ao CM no início desta investigação jornalística. Ao que tudo indica estas cenas eram filmadas com material e técnicos ligados à RTP.
Pedro Namora diz ainda que todos os dias têm surgido "em catadupa" novas pistas relativas às ligações entre os menores da Casa Pia e o mundo da tauromaquia. Depreende-se, das suas palavras que a procissão ainda só vai no adro. Em entrevista concedida, domingo passado, ao Jornal Nacional da TVI, aquele que é um dos principais denunciadores deste escândalo de pedofilia acrescenta, referindo-se a um antigo homem forte da RTP: “Ainda hoje estive numa superfície comercial com ex-alunos que me diziam, olha que fulano de tal quando mudavam as roupas dos pagens também se tentava aproveitar".
DUQUE CONFIRMA
Luís Duque, durante anos vice-presidente da "Campo Pequeno S.A." – a responsável pela gestão da praça de Touros de Lisboa – confirmou ao CM que " a empresa Paula Lopes era quem ensaiava os meninos da Casa Pia que participavam nas touradas à antiga portuguesa". A mesma informação foi também confirmada por Maurício do Vale, antigo responsável pelo sector tauromáquico na RTP. Mas tanto um como outro juram desconhecer qualquer tipo de actividades pedófilas. " Nunca ouvi um rumor sequer sobre este assunto" frisa o antigo dirigente sportinguista, Luís Duque, que no entanto se recusa a colocar as mãos no fogo. Maurício do Vale afina pelo mesmo diapasão.
Mas tanto um como o outro afirmaram ao CM que a presença de crianças da Casa Pia nas touradas à antiga portuguesa lhes parecia algo de perfeitamente normal. Por uma razão muito simples. "A Casa Pia é a proprietária da praça de touros do Campo Pequeno". Fonte da Casa Pia disse ao CM que a presença destes menores nas touradas inseria-se no "âmbito de um acordo entre a Casa Pia e a empresa concessionária".
GRANJA ESPANTADO
Adelino Granja um ex-casapiano que participou como pagem em pelo menos cinco corridas à portuguesa disse ao CM que na passada terça-feira ficou "espantado" quando ao sair da PJ reparou que a Paula Lopes e Herdeiros Ltd ainda continuava em actividade. "Por acaso tive interesse em saber se a casa em que eu em 1980 me tinha deslocado para alugar vestimentas à antiga portuguesa ainda estava aberta ou não. Qual não foi o meu espanto, estava mesmo aberta". Granja entrou no interior do estabelecimento e viu uma cara que lhe era conhecida: “Era a pessoa que nos dava as roupas quando lá íamos experimentar". Durante o diálogo com este velho conhecido Granja perguntou por "um senhor baixinho, de cabelo russo, que tomava conta das roupas no Campo Pequeno”. A resposta não se fez esperar. “Era o Manuel Andrade Lopes. Morreu há cerca de cinco anos” afirmou o empregado.
De acordo com Adelino Granja, o seu interlocutor mostrava-se “bastante abatido” com as alegadas ligações da sua empresa ao escândalo da pedofilia. “Ele disse-me que estavam a denegrir a imagem da empresa”. Um rude golpe para uma casa especializada em “guarda-roupa e adereços” com créditos firmados no meio teatral português.
BÊ-Á-BÁ DE UM PAJEM
TRANSPORTE
Os menores da Casa Pia que participavam nas corridas à antiga portuguesa eram transportados para a praça de touros do Campo Pequeno nas carrinhas da própria instituição.
REMUNERAÇÕES
Os casapianos que faziam de pagens - figurantes - recebiam entre cem a duzentos escudos por cada participação. O trabalho não durava mais de vinte minutos.
TRABALHO
Normalmente o pagem dava uma ou duas voltas à praça antes do início da corrida. Os miúdos, entre os 15 e 16 anos, iam sempre à volta de uma carruagem puxada por cavalos.
CRÓNICA DE UM CONTACTO IMPOSSÍVEL
O CM tentou repetidamente contactar o gerente da firma “António da Paula Lopes e Herdeiros Ltd”. Sem sucesso. A primeira tentativa deu-se na quarta-feira da semana passada. “O gerente está de férias. Só volta na segunda-feira, dia 15” disse um dos empregados. Mesmo assim o jornalista deixou as suas referências e pediu para ser contactado.
Na Segunda-Feira indicada, nova tentativa. Sem sucesso. “O gerente só volta, quarta ou quinta-feira” afirmou o mesmo empregado. Dito isto acrescentou: “Mas pode dizer-me qual é o assunto porque eu também sou da família”.
A conversa decorreu num pequeno escritório nas traseiras da loja. O jornalista explicou o teor da investigação. O empregado – que sempre recusou identificar-se – não parece ter gostado muito do que ouviu: “Isso só o patrão é que pode responder.” O CM tentou nos últimos dois dias chegar à fala com o gerente da “Paula Lopes”. Sem sucesso. Desta vez a empresa tinha as portas encerradas. E ninguém respondia ao telefone.
CURSO DE TOUREIO NA CASA PIA ALIMENTA POLÉMICA
O antigo bandarilheiro e matador de touros, Mário Coelho, foi um do principais impulsionadores do curso de toureiros no interior da Casa Pia. No início dos anos 90, Mário Coelho, um dos co-fundadores da Associação Tauromáquica Nacional (ATN), entretanto extinta, tinha no Provedor Adjunto, Victor Manuel Videira Barreto o seu principal aliado no seio da instituição.
A ATN chegou a celebrar um protocolo com a Casa Pia com vista a ministrar aulas de toureio aos "gansos" – assim são conhecidos os alunos daquela instituição – mas o projecto praticamente não saiu do papel. Ainda chegou a haver umas aulas práticas, uma ou outra palestra, mas oficialmente o curso não chegou a funcionar. "Porque o projecto não tinha contornos bem definidos mas também por falta de verbas", disse ao CM fonte da Casa Pia. Mesmo assim as negociações estenderam-se durante cerca de dois anos.
A edição de ontem do "Farpas" escreve que é ao antigo matador Mário Coelho que o "Expresso" se refere no artigo que estabelece as alegadas ligações perigosas entre o mundo da tauromaquia e o escândalo da pedofilia na Casa Pia." Embora não cite o nome de Mário Coelho, a jornalista dá todas as pistas que levam ao antigo matador" escreve o semanário taurino. A investigação do ‘Expresso’ concluía que " a ligação da rede da Casa Pia ao mundo da tauromaquia (...) era garantida por um toureiro de Vila Franca de Xira que chegou a convencer a anterior Provedoria a abrir um curso de toureio no interior da instituição". Mas o jornal vai mais longe: "Toureiro aliciava sob a promessa de uma carreira brilhante, porque o próprio conheceria muitos actores de Hollywood interessados pela festa brava".
Esta investigação do ‘Expresso’ está a abalar o universo tauromáquico nacional. E as reacções não se fizeram esperar. “Se havia recrutamento de miúdos no Campo Pequeno (...) isso nada tinha a ver connosco. Acontecia no cenário das corridas da corridas de gala como podia acontecer noutro local qualquer (...)”, refere o director do “Farpas”, Miguel Alvarenga.
O CM tentou insistentemente contactar Mário Coelho. Sem sucesso. Em declarações recentes a “O Crime” o toureiro diz estar “convencido a duzentos por cento que a nível taurino não havia absolutamente nada, porque é uma raça de gente que de maneira alguma poderia estar envolvida numa coisa destas”. Já quanto aos pedófilos propõe uma solução radical. “Eu capava-os”.»
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/nas-barbas-da-policia-judiciaria
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O Mário Coelho diz que capava os pedófilos, e nós muito gostaríamos de capar todos os que são cúmplices destas práticas imundas que recheiam o mundo imundo da tauromaquia, utilizando crianças tão inocentes como os touros e cavalos que servem de pretexto para um divertimento de bêbados, sádicos e psicopatas.
Tudo, na tauromaquia é do que há de mais baixo na escala das baixezas perpetradas pelo cascalho humano.
Isabel A. Ferreira