Uma extraordinária Lição de História, recebida via e-mail, a propósito das considerações do Primeiro-Ministro de Portugal, ao dizer que o discurso do Ministro das Finanças holandês o repugnava, quando este Bóer, disse que a Espanha não devia ser ajudada da catástrofe em que o coronavírus está a deixá-la, porque depois não conseguia pagar a dívida.
António Costa criticou as conclusões do Conselho Europeu extraordinário LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
Origem da foto:
«Não vou discutir a questão dos Eurobonds, que já é velha e em que a posição dos diversos países europeus não mudou. O que me ocorre comentar é o acinte do ministro holandês para com a Espanha.
Porquê em especial a Espanha?
Há coisas da História que ficam na memória colectiva dos povos, não tanto enquanto memória dos factos, mas como memória emocional, em ódios e estimas. E o facto é que há na Holanda um ressentimento secular contra Espanha e também contra Portugal, como se constata em blogs e ciber-grupos quando se fala dos Descobrimentos ibéricos. Donde vem isso?
É que a Espanha e a Holanda travaram uma guerra durante 80 anos, entre 1568 e 1648! A qual acabou com a vitória holandesa na Europa, mas a derrota no Ultramar espanhol. É uma longa história, que não vou desenvolver, mas referir apenas que, sem justificação, a Holanda alargou essa guerra a Portugal, no que foi sem dúvida a primeira guerra imperialista moderna da História europeia.
Por cá é pouco conhecida, como tudo o que respeita à História do nosso império ultramarino, mas essa guerra foi a guerra mais longa que Portugal travou na sua História, a seguir à guerra contra os mouros.
Basicamente, a Holanda procurou roubar a Portugal o seu império ultramarino. Começou por piratear sistematicamente os nossos galeões e caravelas, e no Oriente tirou-nos tudo o que pôde - Ceilão, as Molucas (actual Indonésia, de que só nos deixou Timor), o comércio com o Japão, e só não nos tirou Macau por que o imperador chinês nos protegeu, ao contrário do imperador japonês.
Na África tirou-nos o Cabo, não conseguiu tirar Moçambique, mas tentou também tirar-nos o Brasil e as colónias da África atlântica. Que foi onde a guerra foi mais acesa e longa.
A guerra no Brasil foi pela apropriação das plantações de açúcar, e durou 65 anos. Foram os próprios brasileiros quem derrotou e expulsou os holandeses, embora estes tenham depois ido plantar açúcar na Guiana. Como o açúcar brasileiro (que todos os outros depois copiaram no Haiti, em Cuba, etc.) era uma agro-indústria inviável sem os escravos africanos, a Holanda tomou-nos São Tomé e Príncipe, a Mina na costa da Guiné, e em 1640, quando já não éramos súbditos dos espanhóis e, portanto, sem desculpa, Luanda. Mas apenas Luanda, nunca conseguindo desalojar os portugueses das suas posições no interior, graças aos nossos aliados africanos e também à ajuda brasileira.
Também no Brasil, como em Angola, os holandeses nunca conseguiram passar de algumas cidades costeiras para o interior. No interior dominaram sempre os portugueses, os luso-brasileiros, e em Angola os luso-africanos. No Brasil os luso-brasileiros mantiveram cercadas as cidades costeiras sob domínio holandês, desbaratando-os quando tentavam penetrar no interior. E foram os brasileiros quem financiou, construiu e equipou a armada que foi a Luanda e a São Tomé recuperar aquelas fontes de escravos para as plantações de açúcar. A historiografia brasileira oficial considera que foi nessa guerra que se forjou a sua nacionalidade, com a luta combinada de destacamentos luso-brasileiros brancos, tropas índias, e tropas negras formadas por ex-escravos. Todos juntos contra os holandeses.
A questão religiosa foi importante, neste desfecho da guerra luso-holandesa. A aversão calvinista dos holandeses aos ícones religiosos católicos, aos santinhos e aos andores com a Nossa Senhora, às relíquias sagradas e ao Papa, não colhia apoio entre africanos e índios cristianizados pelos estimados jesuítas. Pelo contrário, escandalizava-os.
A Holanda perdeu essa guerra no Atlântico, portanto, mas ficou ressentida.
Nota: a Holanda era a parte norte de uma nação mais vasta, os "países baixos", cuja parte sul acabou por ficar do lado espanhol. Não só com a maioria católica do sul que não se revia no calvinismo holandês, como de parte dos próprios protestantes de outras igrejas, dada a intolerância calvinista. Essa parte sul acabou por conseguir a sua independência em 1830 e é desde então a Bélgica. Com quem Portugal sempre se deu bem.
A História tem muita força...
OBS:
Bem esteve o António Costa quando afirmou que o discurso do Ministro das Finanças holandês, o repugnava, quando este calmeirão Bóer, disse que a Espanha não devia ser ajudada da catástrofe em que o coronavírus a está a deixar porque depois não conseguia pagar a dívida.
Com os melhores cumprimentos
José Abílio Mourato
Portalegre
Só há paz na aldeia, enquanto houver água no poço
(Anónimo)
Portugal acaba de entrar para o rol dos países (agora cinco, entre 196 - ) em que é permitido MATAR ou pôr termo à vida, a pedido de um doente que, estando demasiado fragilizado por uma doença terminal ou crónica, prefere morrer, em vez de exigir que lhe atenuem o sofrimento do fim de vida, não o prolongando com tratamentos que podem ser evitados.
A eutanásia será um direito?
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A eutanásia é um direito? Não creio que seja. Direito é ter cuidados médicos adequados, para que possamos morrer com dignidade.
A eutanásia é apenas um expediente, avalizado pelo Estado português, para que a vida se acabe antes do fim.
Agora pensem bem: por que motivo nesta lista estão apenas estes cinco países, nomeadamente, quatro países onde impera um acentuado materialismo, entre 196 países, segundo a contagem da ONU?
A eutanásia será algo que favoreça assim tanto a essência humana?
A ver vamos no que isto dá, em Portugal, onde tudo anda à balda, porque nos outros países, a "matança" estende-se aos doentes terminais e aos que simplesmente não querem viver, por motivos menos terminais.
Mas para que isto seja posto em prática, ainda faltam umas voltinhas.
Até lá, alegrem-se aqueles que acham que morrer com uma injecção letal ou com uma pílula é a tal "solução final" que confere à morte uma dignidade que a morte através de uma injecção letal ou uma pílula não tem.
Isabel A. Ferreira
20 de Fevereiro 2020
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Ler notícia qui:
https://www.publico.pt/2020/02/20/politica/noticia/eutanasia-vai-novo-votos-632-dias-chumbo-1904901
Subscrevo este texto, porque fala de uma verdade que muitos pretendem esconder.
A eutanásia, para muitos, é uma moda, como outra qualquer…
Lamentável!
Texto do Dr. Pedro Girão
«Recebi esta pergunta de um amigo: como médico, qual a tua opinião acerca da eutanásia?
Não publiquei nada sobre a eutanásia por vários motivos, sendo os principais a complexidade do tema e a avalanche de comentários e opiniões – um “ruído de fundo” que abafou quase todas as opiniões tranquilas. Agora que já está aprovada (pelo menos na generalidade), e julgando que possa haver um pouco mais de tranquilidade, faço um resumo do que penso acerca do assunto, sem nenhuma pretensão de ter a razão do meu lado. É, apenas, a minha opinião.
O meu ponto de partida é, naturalmente, este: como médico, “sou contra”. Digo naturalmente porque, conforme compreenderão, não sinto à partida como missão nem como vocação natural colocar um termo à vida. Quem não leu o conto de Miguel Torga “O abafador” pode supor que a eutanásia seja um tema “moderno” ou “civilizado”; não é tal: o conto é de 1944, reflectindo uma prática ancestral de uma aldeia perdida atrás dos montes. E, se um médico em geral procura prolongar a vida, um anestesista em particular é um “ventilador”, e não um “abafador”...
Dito isto, o ponto de partida não é tudo – e não é necessariamente o ponto de chegada. (A partir daqui, irei usar o termo “profissional de saúde”, para englobar médicos e enfermeiros, que são parte integrante, testemunhas e actores de uma mesma realidade.)
Questão prévia: qualquer profissional de saúde sabe distinguir entre eutanásia passiva e activa; e qualquer profissional de saúde sabe que a primeira, e por vezes mesmo a segunda, são diariamente praticadas nos hospitais em doentes verdadeiramente terminais, sem qualquer controvérsia. (Sublinho o “verdadeiramente terminais”, querendo com isto dizer: doentes cuja esperança de vida é de poucas horas, ou no máximo poucos dias; doentes sem qualquer esperança de recuperação.) Lamentavelmente, basta passar os olhos pelo insuportável “ruído de fundo” destes dias para saber que pouca gente sabe qual a diferença entre eutanásia activa e passiva, e pouca gente sabe que ela faz parte da realidade actual. Concretizando, num doente “verdadeiramente terminal”, que mais frequentemente é um doente com cancro, pode suspender-se o tratamento necessário à sobrevivência do doente (eutanásia passiva), ou administrar-se algum tipo de sedativo/analgésico, que habitualmente compromete também a função respiratória, abreviando um pouco a vida do doente (eutanásia activa). Esta é a prática habitual, realizada em doentes normalmente inconscientes ou, quando muito, semi-conscientes. (Uso termos não inteiramente científicos para mais fácil entendimento.) Esta forma de eutanásia parece-me totalmente aceitável. Diria que me parece humana e natural. E não vejo necessidade de se legislar sobre o assunto.
Ora o que está em cima da mesa na proposta de lei da eutanásia é outra coisa diversa: trata-se de satisfazer o pedido expresso e consciente de um doente não-terminal, embora portador de uma doença “incurável”. E é esta forma de eutanásia que me parece desumana e anti-natural, pelos motivos que apresento em seguida.
Desde logo, “incurável” é uma probabilidade diagnóstica, uma probabilidade com uma certa margem de falibilidade. Não estou à vontade para lidar com essa margem de erro. Diz-se que a esperança é a última coisa a morrer. Não sei. Na minha vida profissional não lido muito com a morte (aliás, não lido, de todo!). A minha experiência é sobretudo pessoal. Tenho visto muita gente sem esperança clínica nenhuma que mantém a vontade de viver, e gente com muitos motivos para ter esperanças de melhoras mas sem nenhuma vontade de viver. Não há regras. Esta é uma das minhas principais dúvidas: a incrível diversidade de formas de se viver a morte (tal como as de viver a vida) devia impedir-nos de enveredar por legislações formatadas.
Segundo aspecto: o decisor desta eutanásia não é o profissional de saúde, é o doente; o profissional de saúde, mais concretamente o médico, torna-se no agente que cumpre ordens de um doente, ou eventualmente ordens de uma estrutura legal. É, nesse sentido, o tal “abafador” da vida, o administrador da injecção letal. (Nota: a “receita” da injecção letal está na Internet; qualquer técnico pode ser o agente desse acto não-médico.) Não contem comigo para isso. Se algum dos meus amigos tiver uma doença incurável, ainda longe do desfecho, e estiver suficientemente desesperançado para desejar a morte imediata, espero que me dê a honra de lhe fazer alguma companhia, humana, sem fármacos. Não prometo curas nem ofereço morte, apenas solidariedade. E tempo. Quem não perceber do que estou a falar, não pode ser um profissional de saúde. Porque tu, meu amigo (meu doente, meu estranho), podes ter perdido a esperança, mas eu mantenho por ti a esperança de que talvez seja possível salvar-te. É (também) isso que me faz viver.
Terceiro aspecto: os abusos. Cito o filme “Relatório minoritário”: a falha do sistema é humana, é sempre humana. Qualquer sistema se presta a abusos. Eu conheço vários abusos, na Holanda, na Bélgica, na Suíça. Conheço casos de gente obviamente deprimida que conseguiu permissão para ser eutanasiada, em nome da sua “liberdade individual”. (A depressão não é um estado que permita tomar decisões, digo isto só por dizer...) Conheço gente que ganha dinheiro à custa da falta de esperança dos outros, à custa da ignorância dos outros, à custa de tudo nos outros – na doença deles. Sim, falo de profissionais de saúde, que são pessoas como as outras, tão grandiosas e tão miseráveis, tão honestas e tão corruptíveis como todas as outras. E essa gente, agora, a poder dar também a morte?!… Conheço o suficiente dos meus colegas para nem querer pensar nisso, porque não quero ter pesadelos à noite. Aliás, regra geral na minha vida: tenho como missão proteger-me, e à minha família/amigos, dos abusos da gente que sei ser má profissional; mas não tenho como missão convencer o resto do mundo acerca dessa gente. Vivo e deixo viver. Deixarei, portanto, também morrer.
Pequena conclusão (mas este assunto seria inesgotável…): preferia que não se legislasse, não no sentido de uma “liberalização”. A extraordinária incultura e a ignorância atrevida que o Facebook nos permite observar no nosso povo, o inqualificável baixo nível que podemos observar, devia fazer-nos optar decididamente pela Educação como um desígnio nacional. Mas não; são desígnios nacionais: o turismo, o “crescimento económico”, a diminuição do défice, o equilíbrio da banca, etc., etc., e também agora a eutanásia. Sublinho: a Saúde está cada vez pior. Não para mim, que sou médico, mas para o povo. Mas quem se importa com o povo? (Palavra que passou de moda após o 25 de Abril…) Quem quer saber que o acesso à Saúde e à Justiça seja cada vez mais desigual? Alguém? Ninguém. Agora, causas fracturantes? Isso é que interessa.
Este é um tema de uma enorme complexidade. Mais do que regras ou leis, cada caso é um caso, um caso humano. A suficiência de muita gente pretensamente inteligente leva-as a crer que sabem tudo e que podem impor tudo a toda a gente, barreiras e limites, regras e leis, para o bem e para o mal. É um erro. O maior erro que vejo na Esquerda moderna (com a qual me identifico naturalmente) é a falta de humildade. É desenvolverem uma ideia de civilização e de progresso – e quererem impô-la a toda a gente, presumindo que quem pensa de forma diferente é incivilizado e retrógrado. Estou contra, portanto. Estou contra o totalitarismo a que querem chamar liberdade. Estou contra a plutocracia a que querem chamar democracia. Estou contra a morte a que querem chamar vida.»
Fonte:
https://www.facebook.com/pedro.girao.96/posts/10222728063129183
Por todo o mundo esta gigantesca onda civilizacional já corre a passos velozes…
Em Portugal marca-se passo…
É inconcebível que se mantenha enjaulado durante toda uma vida, este magnífico animal, nascido para ser livre na savana ou nas florestas…
No próximo dia 21 de Dezembro será debatido na Assembleia da República o projecto-lei que resulta de vários meses de estudo e reuniões com várias entidades e ONGs nacionais e internacionais, visando a proibição de utilização de animais, de qualquer espécie, em circos.
Segundo comunicado do PAN, «a proposta prevê que após a aprovação da lei seja proibida a aquisição ou reprodução de animais para além dos já previstos na Portaria 1226/2009, de 12 de Outubro. Para os animais actualmente detidos pelos circos estabelecer-se-á uma moratória, por um lado, para que os circos se possam adaptar a uma realidade sem animais e, por outro, para que haja tempo para se reencaminharem os animais para reservas. Os tratadores/ treinadores dos circos que cedam gratuitamente os animais ao Estado terão direito a um apoio para efeitos de reconversão profissional. Será ainda estabelecido um regime contra-ordenacional para o incumprimento da lei e para os casos mais graves será prevista a criminalização de certas condutas.
Apesar de em diversos países já existir legislação que proíbe a utilização de animais nos circos como são os exemplos de Chipre, Malta, Grécia, Holanda, Bélgica, Áustria, Itália entre outros na Europa e no Mundo, Portugal tem agora a oportunidade de dar mais um passo para um relacionamento mais ético com os animais.
Vários circos e promotores culturais têm vindo a abdicar dos espectáculos que utilizam animais das mais diversas formas. Os Coliseus de Lisboa e do Porto já o fizeram, adoptando uma decisão ética e de consciencialização da sociedade ao deixar os números artísticos entregues, exclusivamente, a seres humanos.
Nos últimos anos tem havido uma crescente discussão sobre o uso de animais em circos. Isto reflecte-se em várias alterações legislativas sobre esta matéria sendo que, até agora, 19 países da UE adoptaram limitações ao uso de animais em circos, assentes num amplo consenso académico fundamentado por consistentes argumentos científicos. Esta discussão adquire particular relevância nos períodos festivos com um aumento da oferta de espectáculos de circo um pouco por todo o país. É importante fazermos escolhas informadas sobre o tipo de actividades que escolhemos para nos divertirmos e para entreter e educar as nossas crianças. A declaração do Intergrupo do Bem-Estar e Conservação de Animais sobre os efeitos da vida de circo em animais selvagens, de Setembro de 2015 apresenta as principais implicações para o bem-estar de animais selvagens numa vida de circo, que vão do confinamento extremo de espaço, à impossibilidade de expressão dos seus comportamentos naturais, à separação precoce da progenitora, à restrição forçada das interacções sociais, aos treinos rigorosos e comprovadamente desconfortáveis para os animais e às viagens frequentes que perturbam os seus ritmos naturais entre outros constrangimentos.
É relevante recordar que o ano passado a TripAdvisor anunciou que deixou de ser possível comprar bilhetes para atracções que envolvam animais selvagens. O maior website de viagens do mundo não vai vender mais entradas para centenas de atracções nas quais os turistas estão em contacto directo com animais selvagens ou espécies em vias de extinção que estão em cativeiro e numa iniciativa que coloca a responsabilidade social à frente do lucro e que contribui para uma sociedade civil mais participativa e organizada.
“Os animais explorados nos circos são meras sombras daqueles que se encontram na natureza. Os animais que se encontram nos circos devem ser resgatados e colocados em reservas onde possam recuperar e preservar a sua integridade. As pessoas devem ser sensibilizadas e incentivadas a escolher apenas circos onde não haja animais”, refere André Silva, deputado da Assembleia da República, pelo PAN.
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Força PAN, pode ser que desta vez a Lucidez consiga entrar na Assembleia da República.
Porque a verdadeira Arte Circense é apanágio exclusivo do Homo Sapiens Sapiens.
Fonte:
https://pan.com.pt/comunicacao/noticias/item/1479-pan-agenda-projeto-lei-abolir-animais-circos.html
(ADVERTÊNCIA: Este Blog rejeita automaticamente a ortografia brasileira, preconizada pelo falso acordo ortográfico de 1990, que foi imposto ilegalmente aos Portugueses. Este Blog adopta a Língua Oficial de Portugal – a Língua Portuguesa, na sua matriz culta e europeia.)