Cristo incendiou a História
Uma outra perspectiva acerca de Jesus Cristo, da autoria de Artur Soares.
(Desenho da autoria de Agonia Sampaio, premiadíssimo autor de Bandas Desenhadas, oriundo da Póvoa de Varzim)
Por Artur Soares
«Filho de pais bondosos e justos nasceu entre quatro paredes grosseiras, em pavimento (talvez) sujo e malcheiroso; de limpo só a manjedoura onde o dono dispôs o feno e a aveia.
Cresceu como qualquer criança e bem cedo aprendeu a trabalhar na madeira, crescendo em “grande sabedoria”. Analisava atitudes e conhecia como ninguém o ambiente ao redor, ao ponto de deixar estupefactos os intelectuais daquele tempo, pelo que afirmava aos doze anos.
Sua Mãe, atenta e justa com tudo que ao filho respeitava, “guardava para si” os actos, acções e a sua maneira de ser. Já homem, senhor absoluto da humanidade, fisicamente forte e alto, rude de aspecto como qualquer homem do seu tempo, inteligente e conhecedor dos sofrimentos e anseios de quem o rodeava, mete pés ao caminho e põe em acção a missão para o que veio: “servir e não ser servido” e o chocar com os ensinamentos do amor àqueles que eram feras, levando sempre tudo até às últimas consequências: morrer pelos testemunhos que dava e pelo plano que ia expondo: este Homem chamou-se Jesus Cristo.
Este Homem é! Alma aberta e profunda; Homem de recolhimento e voltado para a vida. O mundo exterior existe para Ele: as aves que debicam os grãos, as que fazem os ninhos nos ramos, as que são apanhadas e se vendem por alguns dinheiros, as crianças que brincam, que lutam, que amuam, os desempregados que esperam na praça por um contrato, a dona de casa que busca a moeda perdida, o amigo importuno que vai de noite bater à porta… tudo isto é cheio de vida, é cheio de humanidade!
Alma capaz de admirar ouve a voz da natureza. Nunca se extasia e sente-se à vontade em todas as coisas. Fala dos assuntos mais extraordinários e, às vezes, lê os pensamentos mais dramáticos através duma imagem familiar ou de imagens da natureza.
Ensina como só Ele é capaz, cura e ama os doentes, alimenta os famintos, dá esperança aos estáticos e até acalma os ventos e as tempestades. Ele é verdadeiramente Deus!
Perseguem-no: dizem que é profeta dos fracos e, afinal, deu força aos definhados e colocou-os mais alto que aos reis; disseram (dizem) que é anunciador duma mensagem doente ou moribunda, mas cura e ressuscita; disseram (dizem) que é anarquista e ensina e pratica a justiça elevando os infelizes!
E este Homem, Jesus de Nazaré, tem coração e fala aos corações; é espírito puro e quer purificar espíritos; ama e quer inflamar a todos com amor; tem alma grande e pretende dilatar todas as pequenas almas abandonadas.
Este Homem, quando falava às multidões, aos fariseus, homens de letras e comerciantes, muitos abanavam a cabeça com ar de mau agouro e erguiam-se torcendo a boca e fazendo sinais uns aos outros entre irritados e escandalizados e, mal saíam, um murmúrio de prudente desaprovação brotava das grandes barbas negras ou brancas. Mas nenhum ria.
Escolheu companheiros, nunca se preocupou com o que havia de vestir e de comer, formou a primeira Igreja e anunciou o Reino de Deus, quando pensavam que vinha para ser o rei da matéria. Por isso o mataram.
Mas Cristo está sempre vivo entre os cristãos e em todos que o admiram. Há quem o ame e quem o odeie; há uma paixão pela sua paixão e outra pela sua destruição. Os mercenários não acabam. Estes, geralmente, detestam o que foram, choram o que não têm, receiam o que poderão perder e esquecem-se de viver. Vivem inconformados, rapam o que não lhes pertence, julgam-se únicos nas cadeiras do poder, defendem-se com a mentira e hipocrisia e não conhecem os seus. E o encarniçarem-se contra Cristo, prova que vive.
Na verdade, Cristo foi uma fagulha que nasceu entre animais, cresceu numa região desprezada, mas incendiou a história de toda a humanidade! E os que foram pasto para feras e os que tombaram ao fio da espada, bem como aqueles que ainda hoje tombam por causa do Seu Nome, sempre serão adubo para cultivar novas safras de sementes.»
(Artur Soares)
(O autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico)
Origem da imagem: https://www.wallpaperup.com/37421/pigeons_sky_flight_flly_sunset.html
Foi aprovado, em reunião plenária, embora com os votos contra do PSD, CDS/PP, Chega e PCP (sempre os mesmos travões do progresso e da evolução) o projecto de lei apresentado pelo Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza, o qual determina a proibição da prática de tiro ao voo de aves libertadas de cativeiro, com o único propósito de servirem de alvo, e que vem criar também um regime contra-ordenacional, procedendo à alteração da lei actualmente em vigor.
De acordo com o comunicado do PAN, o incumprimento das proibições previstas no diploma constitui uma contra-ordenação, sancionada com coima de 200 a 3.740 euros, no caso de pessoas singulares, e de 500 a 44.800 euros, no caso de pessoas colectivas, se sanção mais grave não for prevista por lei.
Se o mesmo facto constituir simultaneamente crime e contra-ordenação, o infractor será sempre punido a título de crime, sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias previstas para a contra-ordenação. De entre as sanções acessórias, constam ainda a perda de objectos e animais pertencentes ao infractor e o encerramento do estabelecimento cujo funcionamento esteja sujeito a autorização ou licença de autoridade administrativa e, entre outras, a suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
Esta iniciativa do PAN pode consultar-se aqui.
Auto-retrato
Sou rosa silvestre
Nascida em Janeiro.
Sou folha caída
Em tarde invernosa.
Sou vento forte
Que sopra do Norte.
Sou tarde chuvosa,
Sou triste,
Sou só.
Sou vida
De Outono
Que vem e que vai.
Sou Sol que
Não nasce,
Sou nuvem escura,
Sou chuva que cai.
Sou lágrima,
Sou dor,
Sou noite sem lua,
Sou charco da rua,
Sou luz que apagou.
Sou rosa silvestre,
Sou flor delicada,
Que entre a penedia
O tempo esmagou...
Isabel A. Ferreira
***
Esperança…
A Noite veio
e trouxe o silêncio…
As Estrelas vieram
e cintilaram no céu…
A Lua veio
e iluminou os caminhos…
O Vento veio
e soprou de mansinho…
A Chuva veio
e humedeceu as campinas…
As Aves vieram
e cantaram baixinho…
Vieram depois
os sonhos,
os medos,
os segredos…
Vieram até os anjos
de uma corte celeste…
Só tu não vieste…
Josefina Maller
O governo português sempre em rota de colisão com o BOM SENSO e violando acordos intencionais, não só em questões ambientais.
UMA VERGONHA!
Cientistas portugueses publicaram um artigo em forma de carta, na Revista científica Science pressionando o governo português no sentido de não construir o aeroporto no Montijo, evidenciando sobretudo o efeito destrutivo em centenas de milhares de aves no estuário do Tejo.
Fonte da imagem:
https://pt.slideshare.net/inesserafim/esturio-do-tejo-35403411
Dizem os cientistas que prosseguir com a construção do aeroporto é o contrário de “combater a mudança climática global e reverter a crise da biodiversidade”.
O biólogo José Alves, da Universidade de Aveiro, co-autor com Maria Dias, da organização Birdlife, afirmou esperar que a mensagem chegue lá fora e que isso ajude a pressionar o governo português, para que “o bom senso” prevaleça e o projecto da construção do aeroporto no Montijo seja abortado. é que «estamos a falar de 200 mil aves no Inverno e 300 mil nos períodos migratórios», referiu o biólogo, acrescentando que Movimentos e investigadores na Holanda e na Alemanha, por exemplo, “estão atentos, a questionar o que se passa e o que está em cima da mesa”.
O que está em causa não diz respeito apenas a Portugal e a questão das aves migratórias “não é uma discussão para fazer apenas a nível nacional” porque “há outros países como a Holanda, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido, entre outros, que partilham pontos nas rotas destas aves, que ocupam às centenas de milhares o espaço do estuário do rio Tejo, e investem na sua protecção, porque já estão numa trajectória de declínio.
Estamos a falar do maçarico-de-bico-direito, de que há 80 mil exemplares no estuário do Tejo, tal como o pilrito-comum ou a seixoeira estão entre as espécies de aves sobre as quais o voo de aviões a baixa altitude terá impactos muito assinaláveis.
Segundo o citado biólogo, «a ideia de que as aves, porque voam, podem deslocar-se para outros lugares, não corresponde à realidade. Estas aves, apesar de voarem milhares de quilómetros, são fiéis aos locais para onde migram, por vezes ao quilómetro quadrado (…) Haverá mesmo aviões a sobrevoar parte da Reserva Natural do Estuário do Tejo e, em última análise, as aves acabarão por morrer (…) Com os voos, com os altos níveis de ruído, o que acontece é uma perda de ‘habitat’, mesmo sem construção efectiva. Perdem o seu alimento e as populações diminuem. Perdemos aves»
Os cientistas evidenciam ainda que “praticamente metade do estuário do Tejo será impactado e não pode ser substituído, e que a declaração de impacto ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente tem por base um parecer favorável do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas que contraria o “o parecer interno desfavorável dos seus técnicos».
Há, pois, muita «falta de informação, erros técnicos e adopção de critérios subjectivos, e as medidas de compensação propostas para as aves não são eficazes, porque não terão para onde ir», afirmam os cientistas.
José Alves e Maria Silva assinalam a ironia de Portugal ter conseguido o título de Capital Verde Europeia[uma falácia]alegando a proximidade do estuário do Tejo e de estar na calha um projecto como o do Montijo, que além do impacto nas aves irá gerar “um aumento substancial nas emissões de carbono em torno da capital.
«Este é um exemplo evidente de uma tentativa de um estado-membro em desconsiderar directrizes de conservação, acordos internacionais de protecção de espécies e habitats, e os anúncios que o próprio Governo faz na promoção de um futuro mais sustentável e sem emissões de carbono”, acusam os cientistas.
Fonte da notícia:
O que é que não está a morrer em Portugal?
O que é que não é por culpa dos “humanos?”
Que desamor é este que, perigosamente, está a afectar os homens, que estão a extinguir-se e, com ele, o Planeta?
Foto: Reprodução/Daily Mail
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) informou que as aves marinhas e dos campos agrícolas estão a morrer em Portugal, com perdas de populações que chegam aos 80% na última década.
As principais causas são:
- A degradação dos meios rurais e a intensificação da agricultura provocam a queda livre de aves de muitas espécies, que acabam por morrer.
- A captura acidental nas pescas e a poluição luminosa que afectam especialmente as aves marinhas.
- O uso de pesticidas.
- E há também aquele desafecto do homem-predador pelas outras espécies, como se ele fosse o dono do mundo.
No relatório O Estado das Aves em Portugal 2019, a SPEA salienta que aves dos meios agrícolas como o pardal, o pintassilgo, a rola-brava, o picanço-barreteiro, a águia-caçadeira e o sisão mostram "declínios dramáticos (de 49% a 80%)" nos últimos 10 a 15 anos.
Em espécies marinhas que habitam oceanos e orla costeira, regista-se uma diminuição de 25% nos últimos cinco anos da galheta das Berlengas e vêem-se cada vez menos pardelas-baleares, pilritos-das-praias, tordas-mergulheiras e alcatrazes.
Para a SPEA, salva-se uma "nota positiva" que é "a eficácia das acções de conservação da natureza", com aves como o priolo nos Açores, e a cagarra, nas Berlengas, a recuperarem população e a estabilizarem. A SPEA refere que «o priolo, ave que apenas existe na ilha de São Miguel, nos Açores, e que no início deste século era uma das aves mais ameaçadas da Europa, conta agora com uma população estável em torno dos 1.000 indivíduos».
O presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Domingos Leitão, defendeu que é preciso «investir muito mais dinheiro da Política Agrícola Comum na gestão adequada dos sistemas agrícolas extensivos, como os mosaicos de cereal e pousio e os olivais tradicionais», e salientou que «a política agrícola actual é "perigosa" por causa da expansão da agricultura de regadio intensivo, de monocultura e com uso alargado de agro-químicos».
O relatório aponta ainda a ameaça de espécies invasoras introduzidas em Portugal por acção humana, como o arcebispo e o ganso-do-egipto, que poderão tirar "espaço e alimento" às aves nativas.
Tudo isto, devido à acção do “homem-predador”, o único animal irracional que deambula pelo Planeta. Porque há o outro Homem, o construtivo, mas, ao que parece, existe em menor número, ou está fora das esferas do poder.
Isabel A. Ferreira
Fonte do texto:
O estudo ambiental pedido pelo governo, viabiliza aeroporto do Montijo, mas alerta para as ameaças às aves e ruído.
Só esta ameaça às aves e ruído (que prejudica a saúde das populações) já seria bastante para INVIABILIZAR o aeroporto.
Mas em Portugal é assim: faz mossa? Faz. Então avance-se.
Uma vez mais o governo português tenta atirar areia para os olhos de quem VÊ. Encomenda o estudo, e o estudo reflecte o que os governantes querem.
Mas espero que o POVO, de olhos bem abertos, se oponha a mais esta NEGOCIATA.
É que o resultado do impacte ambiental é DESASTROSO para o ambiente (fauna e flora) e para a saúde da população.
Mas para os governantes, o que é que isso interessa? NADA.
O que interessa é a negociata, que está por trás disto tudo.
Especialmente transcrita para dirigir aos governantes portugueses que ainda não sabem que um Touro e um Cavalo são animais, e que entre os animais, eles são mamíferos, e que como todos os animais não-humanos são tão sencientes como os animais humanos.
Os animais são sencientes, emotivos, conscientes, inteligentes. A ciência já confirmou isso em relação a algumas espécies, mas sabe-se que isso se aplica a muitas mais espécies, ouso mesmo dizer, a todas as espécies.
E não esquecer, que antes do homem, já existia vida animal, e que o homem não é a medida de todas as coisas, nem o dono do mundo, e muito menos da Vida.
***
Publicamos aqui a Declaração de Cambridge sobre a Consciência em Animais Humanos e Não Humanos, escrita por Philip Low e editada por Jaak Panksepp, Diana Reiss, David Edelman, Bruno Van Swinderen, Philip Low e Christof Koch.
A declaração foi proclamada publicamente em Cambridge, Reino Unido, no dia 7 de Julho de 2012, na Francis Crick Memorial Conference on Consciousness in Human and non-Human Animals, no Churchill College, da Universidade de Cambridge, por Low, Edelman e Koch.
O texto foi assinado pelos participantes da conferência na presença de Stephen Hawking, na sala Balfour do Hotel du Vin, em Cambridge.
A declaração foi publicada no site da Francis Crick Memorial Conference (fcmconference.org).
A tradução é de Moisés Sbardelotto (e adaptada para a Língua Portuguesa pela autora deste Blogue).
Eis o texto.
Neste dia 7 de Julho de 2012, um proeminente grupo internacional de neurocientistas, neurofarmacologistas, neurofisiologistas, neuroanatomistas e neurocientistas computacionais cognitivos reuniu-se na Universidade de Cambridge para reavaliar os substratos neurobiológicos da experiência consciente e comportamentos relacionados em animais humanos e não-humanos.
Embora a pesquisa comparativa sobre esse tópico seja naturalmente dificultada pela inabilidade dos animais não-humanos, e muitas vezes humanos, de comunicar clara e prontamente os seus estados internos, as seguintes observações podem ser afirmadas inequivocamente: - O campo da pesquisa sobre a consciência está a evoluir rapidamente. Têm-se desenvolvido inúmeras novas técnicas e estratégias para a pesquisa com animais humanos e não-humanos. Consequentemente, mais dados estão a ser disponibilizados, e isso pede uma reavaliação periódica dos preconceitos previamente sustentados nesse campo. Estudos com animais não-humanos mostraram que circuitos cerebrais homólogos, correlacionados com a experiência e a percepção conscientes, podem ser selectivamente facilitados e interrompidos para avaliar se eles são necessários, de facto, para essas experiências.
Além disso, nos humanos, novas técnicas não invasivas estão a ser disponibilizadass para se examinar os correlatos da consciência.
- Os substratos neurais das emoções não parecem estar confinados às estruturas corticais. De facto, redes neurais subcorticais estimuladas durante estados afectivos em humanos também são criticamente importantes para gerar comportamentos emocionais em animais não-humanos. A estimulação artificial das mesmas regiões cerebrais gera comportamentos e estados emocionais correspondentes tanto em animais humanos como em não-humanos. Onde quer que se evoque, no cérebro, comportamentos emocionais instintivos em animais não-humanos, muitos dos comportamentos subsequentes são consistentes com estados emocionais conhecidos, incluindo aqueles estados internos que são recompensadores e punitivos.
A estimulação cerebral profunda desses sistemas nos humanos também pode gerar estados afectivos semelhantes. Sistemas associados ao afecto concentram-se em regiões subcorticais, onde abundam homologias neurais. Animais humanos e não-humanos jovens sem neocórtices retêm essas funções mentais-cerebrais. Além disso, circuitos neurais que suportam estados comportamental-eletrofisiológicos de atenção, sono e tomada de decisão parecem ter surgido evolutivamente ainda na radiação dos invertebrados, sendo evidentes em insetos e em moluscos cefalópodes (por exemplo, polvos).
- As aves parecem apresentar, no seu comportamento, na sua neurofisiologia e na sua neuroanatomia, um caso notável de evolução paralela da consciência. Evidências de níveis de consciência quase humanos têm sido demonstradas mais marcadamente em papagaios-cinzentos africanos. As redes emocionais e os microcircuitos cognitivos de mamíferos e aves parecem ser muito mais homólogos do que se pensava anteriormente. Além disso, descobriu-se que certas espécies de pássaros exibem padrões neurais de sono semelhantes aos dos mamíferos, incluindo o sono REM e, como foi demonstrado em pássaros mandarins, padrões neurofisiológicos, que se pensava anteriormente que requeriam um neocórtex mamífero. Os pássaros pega-rabuda [1] em particular demonstraram exibir semelhanças notáveis com os humanos, com grandes símios, com golfinhos e com elefantes em estudos de auto-reconhecimento no espelho.
- Nos humanos, o efeito de certos alucinógenos parece estar associado a uma ruptura nos processos de feedforward e feedback corticais. Intervenções farmacológicas em animais não-humanos com componentes que sabidamente afectam o comportamento consciente nos humanos podem levar a perturbações semelhantes no comportamento de animais não-humanos. Nos humanos, há evidências para sugerir que a percepção está correlacionada com a actividade cortical, o que não exclui possíveis contribuições de processos subcorticais, como na percepção visual. Evidências de que as sensações emocionais de animais humanos e não humanos surgem a partir de redes cerebrais subcorticais homólogas fornecem provas convincentes para uma qualia [2] afectiva primitiva evolutivamente compartilhada.
Nós declaramos o seguinte: "A ausência de um neocórtex não parece impedir que um organismo experimente estados afectivos. Evidências convergentes indicam que animais não-humanos têm os substratos neuroanatómicos, neuroquímicos e neurofisiológicos de estados de consciência juntamente com a capacidade de exibir comportamentos intencionais. Consequentemente, o peso das evidências indica que os humanos não são os únicos a possuir os substratos neurológicos que geram a consciência. Animais não humanos, incluindo todos os mamíferos e as aves, e muitas outras criaturas, incluindo polvos, também possuem esses substratos neurológicos".
Notas da IHU On-Line:
1 - A pega-rabuda ou pega-rabilonga (Pica pica) é uma ave da família Corvidae (corvos). A pega-rabuda é comum em toda a Europa, Ásia, Norte da África e América do Norte.
2 - Qualia (plural de quale) é o nome que se dá na filosofia da mente para as qualidades subjectivas das experiências mentais, como a experiência pessoal das cores, da sensação de ouvir música, dos odores, das dores etc.. Alguns filósofos não fazem uma distinção forte entre qualia e consciência. Os qualia são subjectivos e privativos à pessoa individual.
Fonte:
Origem da foto:
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E agora que os governantes portugueses já foram informados sobre a consciência dos animais não-humanos, não têm qualquer razão lógica e racional para continuarem a excluir os Touros e os Cavalos do Reino Animal, e a manter esta coisa execrável e mais primitiva do que as práticas dos humanóides, e a que se dá o nome de tauromaquia ou a "arte" de bem torturar um animal senciente.
Depois disto, insistir neste erro é passar um atestado de infinita ignorância a vós próprios.
Isabel A. Ferreira
Desejo um BEM-AVENTURADO ano 2014 a todos aqueles que vêm a este lugar verde, da cor dos prados, ler o que muitas vezes não gostam de ler, porque as verdades ditas nua e cruamente doem naqueles que têm a consciência pesada (mas não sabem…) e a todos os que me apoiam nesta minha tentativa de expurgar o mundo de uma pestilência, que esmaga a alma dos mais sensíveis…
Que a FARTURA não vos pese…
Que a SORTE vos favoreça…
Que a SAÚDE seja constante na vossa vida…
Que a GENEROSIDADE vos incentive a partilhar…
Que a TRANQUILIDADE vos invada o ser… e o EQUILÍBRIO a mente…
Que a EMPATIA por todos os outros seres vivos vos enriqueça a existência…
E se não puderem salvar o mundo, pelo menos NADA FAÇAM, individualmente, no sentido de o prejudicar…
E…
PAZ… PAZ… PAZ…
LUCIDEZ… LUCIDEZ… LUCIDEZ…
PRECISAMOS DELAS… URGENTEMENTE!
VEJAM AQUELAS AVES, ALI, A PLANAREM…
SIGAMO-LAS…
ELAS LEVAR-NOS-ÃO A ESSE LUGAR ONDE ESTÁ A PAZ…
E ONDE ESTÁ A PAZ, ESTÁ A LUCIDEZ…
E ONDE ESTIVER A LUCIDEZ, ESTARÁ O VERDADEIRO HOMEM…
E ONDE ESTIVER O VERDADEIRO HOMEM, ESTARÁ UM FUTURO POSSÍVEL…
SEJAMOS RACIONAIS, COMO AS AVES!
VÁ!
NÃO CUSTA NADA…