No que me diz respeito, não confio em nenhuma autoridade, em nenhuns inspectores e directores, disto e mais daquilo, não confio nos governantes, nem na justiça, nem nos políticos, nem na política, nem em coisa nenhuma que se refira a estas áreas…
É triste, quando assim é. Fazemos denúncias graves de atropelos à lei, à ordem e à racionalidade, e, ou recebemos respostas chapa 5, de que tudo está bem, tudo vai bem, ou um silencio agressivo, que grita que tudo vai mal no reino de Portugal.
Analisemos esta situação:
Neste cartaz, que anuncia uma tourada em Ponte de Lima, não se vê, no rodapé, porque as letrinhas são demasiado pequenas, o que se conseguiu ampliar e está marcado a vermelho.
Quem dirige esta tourada é um delegado da IGAC.
Da Inspecção-Geral das Actividades Culturais??????
Essa mesmo.
Depois, diz-se que o “espectáculo”, ou seja, o evento selvático, está INTERDITO a menores de 3 anos.
Depois, vem uma nota a dizer que as classificações etárias são um mero ACONSELHAMENTO, porque um adulto que queira levar crianças de qualquer idade para dentro do antro, pode entrar, independentemente de saber que este tipo de actividade selvática, a que chamam “espectáculo”, conforme também se indica nesta nota de rodapé, pode ferir a susceptibilidade dos espectadores.
Ora se tal “coisa” pode ferir a susceptibilidade dos espectadores adultos, não ferirá com muita mais facilidade a candura própria da infância? De crianças que são OBRIGADAS a assistir a esta VIOLÊNCIA, ao vivo e a cores, nem que seja à bofetada?
Onde está a coerência disto tudo? Onde se vislumbra um pingo de racionalidade nisto tudo?
O que pretende a IGAC ou a Protecção de Crianças?
Fazer de conta que são autoridades?
Mais vale acabar com estes organismos-fantasmas, que só servem para esbanjar dinheiros públicos, porque, de resto, não servem para absolutamente nada.
Pobres crianças, nascidas nestes antros de crueldade, de violência, de brutalidade! Que não têm outra opção senão acompanharem, à força, os progenitores (nem posso chamar-lhes Pais, porque os Pais querem o melhor dos mundos para os filhos) que não os protegem desta violência, desta crueldade, desta brutalidade.
Se perguntarem às crianças se elas gostam de ver os animais sofrerem, elas gritarão um grande NÃO!!!!
As crianças não são estúpidas. As crianças, que vivem neste meio da selvajaria tauromáquica, são infelizes. Educam-nas, para serem os sádicos do futuro.
E isto é um crime de lesa-infância.
Adianta alguma coisa denunciar isto às autoridades?????
A resposta também é um grande NÃO!!!
Isabel A. Ferreira
Uma excelente Crónica Ilustrada de Filipe Simões sobre o que se convencionou chamar de “festa brava”, e não passa de um atentado cobarde à vida de um ser indefeso, encurralado numa arena…
Vale a pena ler…
Texto de Filipe Simões - artista
Crónica ilustrada para o Jornal O Riachense, Julho 2017
«Desde que o Homem é Homem - e já o é, dizem, há uma catrefada de tempo - que tem a mania de se achar mais que os outros. E quando digo os outros refiro-me a tudo, desde as alfaces e formigas até aos elefantes ou mesmo outros seres humanos, seus semelhantes.
O Homem, reparem que escrevi com letra maiúscula, tem por hábito estabelecer hierarquias onde se coloca sempre no topo, claro, tudo o resto são servos. Se os caracóis soubessem o que é uma hierarquia se calhar também se punham no topo. Ainda bem que não sabem, pois seria uma estrutura bem viscosa.
Olhando para o passado recente, está logo à vista a inevitável questão dos escravos negros que nós tão bem chicoteámos durante gerações. Era uma delícia ver aqueles reles seres inferiores a servirem-nos e nós a manietá-los com toda a imponência e virilidade que nos caracteriza. Foi até alguém ter a brilhante ideia de que "eles" não são em nada inferiores a "nós". Enfim, tradições que se perdem. E bem!
Outra tradição que ainda resiste é a tauromaquia, que consiste em dar uma bela maquia aos tauros (brilhante jogo de palavras, sou realmente um ser superior!).
Se formos a analisar bem a coisa vemos que também aqui há bastante racismo. Primeiro, larga-se o indivíduo no meio de uma espécie de beco sem saída, mas redondo. Depois vêm uma data de rufias todos emproados, uns até montados no seu cavalo (cá está outra vez a mania de superioridade), mandam uns piropos sarcásticos ao tipo encurralado a ver se o provocam, "Oh oh oh, oh tu de chifres, anda cá a ver quem é o maior!", depois fazem umas fintas à Cristiano Ronaldo mas sem a bola, todos armados ao pingarelho e toca de dar umas facadas no cachaço, enquanto uma data de gente altiva ri e aplaude a elegância com que se procede à tortura do infeliz, que só deseja não ter saído da cama naquele dia. Bravo!
Depois do incidente, se houvessem bovinos jornalistas escreveriam a seguinte manchete: "Grupo organizado agride touro até à morte", e no corpo da notícia poderiam ler-se frases como: "Ao que tudo indica trata-se de uma quadrilha referenciada pelas autoridades" e "O touro ainda tentou defender-se marrando naquele que alegadamente seria o chefe do clã, mas de nade lhe valeu". De facto, há tradições muito giras.
Ah! já agora, outra tradição que houve em muitos povos era aquela em que se faziam sacrifícios humanos em nome dos Deuses. Felizmente houve quem conseguisse sacrificar essas tradições em nome do Homem.»
Fonte:
Denunciámos aqui o primeiro acto ILEGAL cometido em Benavente, no passado dia 22 de Junho: os bárbaros “touros de fogo”:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/ontem-benavente-foi-palco-de-uma-serie-724095
Esperámos que o governo português e a ministra da Administração Interna e restantes autoridades tomassem medidas para evitar o segundo acto ILEGAL que teve lugar, ontem, dia 24 de Junho: as bárbaras “picarias”. O que aconteceu foi que a ilegalidade, uma vez mais VENCEU.
A pergunta que fazemos é a seguinte: qual o motivo para que isto esteja a acontecer em Portugal?
Que autoridade terão as autoridades, a partir de hoje, para punir o simples cidadão que cometa uma ilegalidadezinha?
EXIGIMOS EXPLICAÇÕES!
Origem das fotos:
Sardinha Assada Benavente - Festa da Amizade adicionou 2 fotos novas.Gostar da Página
Às 18h o toiro está na rua! #SA17 💪🍷🍞🐟🐂
https://m.facebook.com/story.php...
Como se isto não bastasse para afrontar a dignidade dos cidadãos portugueses, eis o que uns representantes dos doidos de Benavente deixaram no Facebook, e comentários como este podem ser encontrados aos montes nas redes sociais. Isto é só uma pequena amostra.
João Sereno Mas que mentira. Se enfiassem o corno do boi na peida se calhar ficavam melhor servidas. Isso e inveja de termos a melhor festa do Ribatejo e arredores. Crime e matar vos. Ah mas peço desculpa. Esqueci me que ja nao e considerado crime. Aprendam. Ninguém vos da importância. Nao vao ser meia Dúzia de gatos pingados que nos vão estragar a tradição. SA'17 e SA'18 Ainda sera melhor
David Caramelo O povo de Benavente está bastante grato pela publicidade que vossas altezas fizeram a nossa grande e agora ainda maior festa. Graças a isso, tivemos das maiores enchentes. O nosso muito obrigado e continuem o excelente trabalho. Cumprimentos a todos
***
Estes comentários que se repetem constantemente, dizem bem da política educacional e cultural que o governo português tem implementado em Portugal, nomeadamente junto a populações ainda bastante atrasadas civilizacionalmente que, vá-se lá saber porquê, os governantes não querem que EVOLUAM, como é o caso em Benavente e noutras localidades onde estas práticas tauromáquicas, primitivas e cruéis, são permitidas, ainda que desobedecendo à Lei.
Portugal está a tomar um rumo completamente caótico, a muitos níveis.
Ardem pessoas e ardem milhares de hectares de floresta e arde a fauna portuguesa por falta de uma política florestal coerente. Mas também ardem Touros indefesos para divertir psicopatas, com a permissividade de autoridades que não fazem cumprir a Lei.
Será isto GOVERNAR um país?
Tornamos a repetir a pergunta:
Qual o motivo para que isto esteja a acontecer em Portugal?
Não podemos continuar a permitir esta balbúrdia.
Exigimos respostas objectivas. Não respostas chapa 5.
Isabel A. Ferreira
***
Enviado para:
ct.str.dcch.pbnv@gnr.pt,
carlos.coutinho@cm-benavente.pt,
correiopgr@pgr.pt,
csmp@pgr.pt,
correio.dciap@pgr.pt,
gp_psd@psd.parlamento.pt,
Grupo Parlamentar PS <gp_ps@ps.parlamento.pt>,
gp_pp@pp.parlamento.pt,
bloco.esquerda@be.parlamento.pt,
Grupo Parlamentar do PCP <gp_pcp@pcp.parlamento.pt>,
Grupo Parlamentar Os Verdes <pev.correio@pev.parlamento.pt>,
Comunicação PAN <comunicacao@pan.com.pt>
cc: belem@presidencia.pt
(Ao cuidado da PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA e do GOVERNO PORTUGUÊS que permite que as leis não sejam cumpridas em Portugal e que as autoridades não sejam punidas por esse incumprimento).
Ontem foi anunciado que os ilegais “touros de fogo”, previstos para a hipócrita “festa da falsa amizade”, no lugarejo de Benavente, distrito de Santarém, onde ainda se vive na Idade da Pedra Lascada, haviam sido cancelados OFICIALMENTE, confirmação a partir do Comandante do Destacamento de Coruche da GNR, passada através do oficial de serviço do Comando Territorial de Santarém da GNR, de acordo com a ONG Animal.
Eu, previdentemente, não deitei foguetes antes do tempo, porque em terra de doidos tudo é possível.
E na realidade, o que não devia ter acontecido, aconteceu: os “touros de fogo” saíram à rua, ILEGALMENTE, e as autoridades locais nada fizeram para o impedir.
Ver o vídeo aqui:
https://www.facebook.com/intervencaoeresgateanimal/videos/467351183605409/?hc_location=ufi
O PAN, na sua página do Facebook, informou que iriam agir em conformidade, contudo, a conformidade, neste caso, seria meter as autoridades na cadeia, por não terem feito cumprir a lei. Era o que fariam comigo, se eu não cumprisse o meu dever como cidadã. Certo?
Isto é uma vergonha para a Nação Portuguesa.
Vou enviar o vergonhoso cartaz da horrorosa "festa " da falsa AMIZADE de Benavente para os operadores turísticos estrangeiros. É que andam por aí a vender um Portugal bonito, que existe, sim, mas também existe este outro, feio e podre, que tem de ser denunciado ao mundo, para que se saiba que em Portugal, em determinadas localidades, ainda se vive como na pré-história, do período da Pedra Lascada, e existe uma espécie de homo que está ao nível da mais primitiva bactéria, apenas porque as autoridades portuguesas assim o permitem.
O inconcebível aconteceu: a notícia diz que o evento dos “touros de fogo” foi CANCELADO, mas CANCELADO na linguagem das autoridades significa LUZ VERDE.
A barbárie dos “touros de fogo” CONSUMOU-SE, naquele lugarejo, habitado por atrasados mentais, sádicos e psicopatas e por autoridades que não têm autoridade para fazerem cumprir a Lei.
O evento ILEGAL realizou-se, e nenhuma autoridade se atreveu a IMPEDI-LO. Porquê? É a pergunta.
Vivemos num tempo bárbaro, apesar de estarmos no terceiro milénio da era cristã. E Portugal e os Portugueses não merecem isto.
Pois agora é hora de denunciar essas autoridades a uma autoridade maior, se é que a há, neste nosso pobre país, entregue a bárbaros.
Sinto a maior vergonha por viver num país onde práticas bárbaras e cruéis fazem parte do “divertimento” de um povo abestalhado, apoiado por governantes irresponsáveis.
E amanhã, dia de São João, dizem que há mais: há as PICARIAS, também ilegais.
Ficamos a aguardar por mais este atrevimento.
Serão capazes de repetir o mesmo ERRO duas vezes seguidas?
(Origem da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=142650249621933&set=p.142650249621933&type=3&theater
O Pedro Calçada publicou um vídeo, e cobardemente retirou-o. Ficou apenas esta prova. Afinal isto não é uma festa. É um crime...??? Se fosse festa não teria sido retirado.
Isabel A. Ferreira
EM BENAVENTE REGREDIR É A PALAVRA DE ORDEM
O que se pretende fazer aos Touros, em Benavente, no dia 24 de Junho, dia de São João, é infligir um dos maiores sofrimentos que se pode causar a um animal senciente.
Como isto ainda é possível?
É isso que vamos perguntar às autoridades daquela vila portuguesa, parada no tempo, no distrito de Santarém, e a todas as outras autoridades portuguesas que têm a função de fazer cumprir as leis.
- Isto é uma tradição. Fazemo-lo desde o século XVI.
- 500 anos e não evoluímos nem um pouquinho…
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Benavente,
Exmo. Senhor Comandante do Posto Territorial de Benavente da Guarda Nacional Republicana,
Exmas. autoridades responsáveis pelo cumprimento das leis em Portugal,
Excelências,
Tenho conhecimento de que está prevista uma prática bárbara que dá pelo nome de “Touros de Fogo”, para o dia 22 de Junho, e uma “Picaria de Touros/Picaria à Vara Larga”, no próximo dia 24 de Junho, dia dedicado a São João, um santo católico, e que acontecerão no âmbito de uma “festa” chamada hipocritamente “Festa da Amizade”, que pretende incluir duas actividades que causam a maior repulsa a qualquer ser humano normal.
As “picarias” são práticas que não fazem parte das actividades tauromáquicas portuguesas – tanto que não estão sequer consideradas no Regulamento de “Espectáculos” Tauromáquicos – e que consistem na utilização de varas para picar os animais usados nestas práticas bárbaras, supostamente a fim de se poder aferir a “bravura” destes. Em termos de prática tauromáquica, equipara-se à sorte de varas, no sentido em que consiste na utilização de uma vara do mesmo tipo das que são usadas na sorte de varas, provocando aos animais um sofrimento tão grande quanto aquele que lhes é infligido na sorte de varas.
Sendo a sorte de varas uma prática proibida pelo artigo 3.º, 3, da Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, com a redacção actualizada pela Lei n.º 19/2002, de 31 de Julho, as “picarias”, por se equipararem a esta prática, estão, por implicação, igualmente proibidas. É um facto que a referida proibição contempla excepções para aquilo que determina, mas, tal como no disposto no artigo 3.º, 4, as excepções só são válidas para os casos em que “sejam de atender tradições locais que se tenham mantido de forma ininterrupta, pelo menos, nos 50 anos anteriores à entrada em vigor” do diploma em causa, o que não é o caso desta “picaria” programada para Benavente (além de que, segundo o mesmo diploma, é a Inspecção Geral das Actividades Culturais que detém “competência exclusiva” para autorizar as excepções, quando preenchidos os requisitos legais para tal).
Logo, este evento anunciado para Benavente, não deve ser permitido, pois, a acontecer, infringirá a referida disposição legal.
Quanto aos “Touros de Fogo” são cruéis actividades tauromáquicas praticadas apenas em algumas localidades espanholas, civilizacionalmente atrasadas, nomeadamente Valencia, nas quais os touros são presos pelos cornos a postes, sendo-lhes colocados, através de hastes, bolas de alcatrão ou pez, às quais, como material inflamável que são, é pegado fogo. Os touros são depois soltos dos postes, ficando com os cornos a arder durante o período habitual de uma hora – tempo que esta barbaridade costuma durar.
Segundo testemunhos de médicos veterinários e especialistas em comportamento animal, o sofrimento físico que os touros experienciam quando os seus cornos ficam a arder é muito grande, quer porque os cornos dos touros são muito sensíveis, quer ainda porque os touros acabam por ficar com os olhos, focinho, boca e língua gravemente queimados, entre outras partes do corpo. A isto acresce o sofrimento psíquico que resulta de estarem nestas circunstâncias, querendo libertar-se do fogo que arde nos seus cornos e não sendo capazes de o fazer.
E isto é extramente bárbaro e cruel. Absolutamente desumano.
Também sei que, no seguimento de uma providência cautelar requerida pela Associação ANIMAL em 2006, a propósito de uma iniciativa que previa a utilização de “touros de fogo”, a mesma foi impedida por ordem de um Juiz do Tribunal de Santarém. Por isso, é ainda possível travar esta barbaridade.
Como é que isto ainda é possível acontecer em pleno ano de 2017, da era cristã?
Posto isto, apelo ao bom senso, ao cumprimento das leis, mas sobretudo, à humanidade que julgo existir em Vossas Excelências, e impeçam tais actos bárbaros, inadequados a um povo evoluído.
Isabel A. Ferreira
Enviada para:
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Isto é a sério ou a brincar?
Futevaca????? Mesa da Tortura????? Seja lá o que isto for, isto é vil, é diabólico, é coisa de “gente” bronca.
A Polícia de Segurança Pública surge como um dos parceiros de diversas actividades tauromáquicas que vão decorrer no próximo fim-de-semana em Santarém, para festejar São José, como se São José fosse o autarca lá da terrinha…
A Plataforma Basta pede que se questione a PSP sobre esta parceria em actividades que colocam em causa o bem-estar dos animais e das crianças, neste link: www.facebook.com/policiasegurancapublica
Entretanto observe-se o cartaz:
A cerveja Sagres, a REPSOL, os cafés Delta, as Águas de Santarém associam-se à PSP nesta vergonhosa e vil celebração de um Santo da igreja católica (assim em letra minúscula porque não merecem mais), com uma série de iniciativas diabólicas e trogloditas, que nem ao diabo lembraria.
Isto é inacreditável, inaceitável, imoral, asqueroso, repulsivo…
Santarém é um antro de mediocridade, de selvajaria, de barbárie.
Onde estão as autoridades deste país?
Crianças vão estar envolvidas nestas actividades que envergonham até os piolhos portugueses, que se comportam com muito mais dignidade, sendo parasitas.
Isto só mesmo num país governado por políticos que não têm um pingo de sentido crítico e de cultura culta.
Isto só num país mediavalesco e grotesco.
Há que BOICOTAR Santarém e todas as marcas que patrocinam esta celebração católica com actos diabólicos.
ENTRETANTO A PSP FEZ O SEGUINTE ESCLARECIMENTO
«Esclarecimento - Festas de São José em Santarém
A Polícia de Segurança Pública informa que o Comando da PSP de Santarém participa, à semelhança dos anos transactos, nas Festas de São José, as quais se inserem nas comemorações do feriado municipal de Santarém, com actividades direccionadas à população/visitantes.
A PSP terá no local uma exposição estática em stand e fará demonstrações de algumas das suas valências, não estando envolvida na organização das demais actividades calendarizadas, nomeadamente as tauromáquicas.
Para além desta participação, assegurará a segurança ao espaço das festas (Campo Infante da Câmara - Casa do Campino) e reforçará o policiamento, como medida preventiva, em face do previsível aumento do fluxo de pessoas durante as festas.
Assim, a parceria desta Polícia com a organização das Festas de São José (CM Santarém e Viver Santarém – Empresa Municipal) restringe-se às acções acima referidas, não podendo, nem devendo, ser interpretada como patrocinadora/promotora de quaisquer outras actividades.»
Fonte:
NO ENTANTO…
… no cartaz, aparece o logotipo da PSP ligado APENAS a ACTIVIDADES TAUROMÁQUICAS, do mais baixo nível...
Se me é permitida a expressão: a treta não diz com a careta…
E é como diz o Jorge Freitas:
«A PSP de Santarém não se deve desculpar, deve agir em conformidade.
O esclarecimento publico da PSP de Santarém é dúbio e fugaz... ... ..., muito fugaz.
.1 - Está no cartaz como patrocinador.
.2 - Se não é patrocinador tem de agir em conformidade.
.3 - Se não age em conformidade, é cúmplice.
.4 - Se é cúmplice, assume a responsabilidade.
.5 - Se a PSP de Santarém assume a responsabilidade, em minha opinião está a cometer um crime. Maltratar apenas por divertimento e lucro (ou outra razão qualquer), um animal, seja ele, de companhia, doméstico ou feroz, é crime.
.6 - É lamentável e triste ver uma força de segurança envolvida nesta vergonha, e quando criticada apenas se desculpa, mas nada faz (que até este momento seja público) quanto ao cartaz.
Recordo e lamento que no cartaz está escrito algures, no lado direito inferior:
** MESA DE TORTURA **
Eu pergunto, tortura a quem?, ou a quê?.
Pergunto ainda: com a permissão de quem?.
Fico à espera de respostas.»
Faço minhas estas palavras e também fico á espera de respostas.
O caçador entregou-se às autoridades para “preservar a sua segurança e integridade”, disse ele, como se só ele tivesse integridade para preservar…
Teve medo de ser abatido. Como se o medo fosse exclusividade dele. E então o medo dos mortos enquanto estavam vivos?
Diz ter sido perseguido como um animal quando ouviu e sentiu os tiros ao seu redor… como se nunca tivesse ele próprio perseguido animais humanos e não humanos…
Fonte da imagem: http://bncamazonas.com.br/2016/02/07/caca-e-cacador/
Na verdade, não passando de um animal (todos nós somos animais, não?) o caçador sentiu exactamente o mesmo medo que todos os animais indefesos sentem quando são perseguidos na floresta (e por ruas desertas) pelos caçadores de arma em punho, aos tiros…
O medo é comum a todos os animais, humanos e não humanos.
Espero que este caçador tenha aprendido a lição, e que esta lição sirva a todos os outros caçadores. É que mais dia, menos dia, o feitiço vira-se contra o feiticeiro, e os cobardes borram-se de medo de serem caçados…
O resto da história deixo para as autoridades. Não me compete a mim julgar o caçador, pelos crimes que alegadamente pudesse ter cometido contra seres humanos.
Eu apenas pretendo chamar a atenção para as atitudes cobardes dos caçadores que, quando no lugar da caça, ficam ao mesmo nível de todos os outros animais., com a diferença de que os outros animais morrem com dignidade, e os caçadores vivem sem ela.
Em Portugal, acontece em Barrancos (legalmente, graças ao ex-presidente da República, Jorge Sampaio) e em Reguengos de Monsaraz (ilegalmente, graças aos olhos vendados das autoridades), e às escondidas, por aí, nas herdades dos tauricidas.
E em parte alguma se cumpre o RET, mas a IGAC dá o seu aval à ilegalidade, nem se cumprem as mais básicas regras da piedade humana. Aliás, em nenhuma tourada a humanidade está presente.
O Touro é assassinado brutalmente. Sofridamente.
Quem o diz é o Médico Veterinário, Dr. Vasco Reis, no texto que passo a transcrever, e que espero sirva para abrir os olhos dos cegos mentais.
«A morte na arena é extremamente sofrida, sem atordoamento, raramente acontece com uma estocada certeira e mesmo se o for, há sempre uma agonia longa e dolorosíssima para a vítima.
A estocada é repetida com grande frequência, até "acertar".
Para disfarçar a agonia para o público e paralisar movimentos da vítima, espetam, cortam a espinal medula na região da nuca do touro.
O animal, em plena consciência e sofrimento, asfixia no próprio sangue, que lhe invade os pulmões.
Corte de orelhas e cauda acontece, muitas vezes, ainda em vida.
A morte na arena não é um acto simples, mas sim complexo e acompanhado de enorme sofrimento e aplaudido delirantemente pelos aficionados!!!
Vasco Reis (Médico Veterinário)»
Fonte:
Baião era a vergonha do Norte de Portugal.
Numa arena amovível, que não cumpria o RET, torturavam-se Touros para sádicos satisfazerem os seus desejos mais mórbidos.
Mas este ano, devido às muitas denúncias que se fizeram, foram canceladas as touradas.
E assim como em Baião, todas as outras arenas amovíveis não cumprem as regras do RET, por isso, ATENÇÃO IGAC, há que cancelar todas as touradas. Inclusive as que se realizam nas arenas fixas, quase sempre contra a lei.
Ou para que servirão as regras e as autoridades?
Origem da foto:
CARTA ABERTA ÀS AUTORIDADES COMPETENTES
ct.vct@gnr.pt, co.dsepna@gnr.pt, veterinaria@cm-viana-castelo.pt, dirgeral@dgav.pt,
Exmos Senhores,
Chegou-me ao conhecimento, através de mensagem electrónica, a situação deplorável e inconcebível, em que se encontra uma cadela, de cor preta, ao que parece de raça labrador, na zona do antigo Bairro do Fomento, na Praça do Vale do Lima, na Meadela, Viana do Castelo.
Em visita a uma casa próxima e de onde se podem ver as traseiras dos prédios desse bairro, avista-se o animal acorrentado quase sem poder movimentar-se, sujo, a viver sobre os seus próprios dejectos, com uma casota mais pequena do que ele, e sem as mínimas condições para uma vida digna e sem sofrimento, tal como prevê a Lei de Protecção dos Animais, n.º 69/2014, de 29 de Agosto.
Para uma melhor averiguação, usou-se o acesso pedonal das traseiras do prédio para uma aproximação mais concreta, e confirmou-se o deplorável estado em que o animal vive. Aliás, a casota encontra-se nesse espaço. Soube-se também que o animal só não passa fome porque é uma senhora que, voluntariamente e com pena dele o alimenta.
Questionados os moradores da zona, eles confirmaram que já foram tomadas providências no sentido de que o dono do animal o trate com a dignidade a que tem direito, que o vacine e o registe, até porque também neste âmbito o seu bem-estar se encontra totalmente descurado e ilegal.
Contactada a Associação Vila Animal, esta informou já ter solicitado a intervenção da Veterinária Municipal, para este caso de negligência e maus-tratos e que, podendo o animal ser retirado ao dono que, ao que tudo indica, não o deveria ter, até porque NÃO É OBRIGATÓRIO TER ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, para serem desestimados, a queixosa se prontifica a acolher a cadela, tratá-la e proporcionar-lhe a vida que merece.
Informaram-me também que à residência do proprietário da cadela já se teria deslocado uma patrulha da PSP, com o intuito de sensibilizar o dono para a necessidade de a tratar, de a vacinar e de lhe aplicar o microchip, tal como a lei prevê.
O dono, como é habitual neste tipo de dono, fez de conta que ia fazer tudo o que a PSP recomendou, mas não fez, e a cadela continua na mesma situação deplorável, e em breve poderá ter a companhia de um outro cão, este de raça Yorkshire, uma vez que o dono apregoa que irá fazê-lo, porque a cadela faz muito barulho em casa.
Manifestamente este dono, seja ele quem for, até á presente data já incorreu em diversas infracções à legislação em vigor, a saber: Decreto-lei 313/2003 de 17 de Dezembro; Decreto-lei 276/2001 de 17 de Outubro com as alterações introduzidas pelos Decretos-lei 315/2003 de 17 de Dezembro e 260/2012 de 12 de Dezembro, e ainda não foi criminalizado.
Deste modo, e na expectativa de que o Comando da PSP de Viana do Castelo, agirá em conformidade, não só com a Lei, mas também com a mesma sensibilidade que outras delegações congéneres da PSP têm já (felizmente) demonstrado por esse país fora, venho juntar a minha voz à voz da queixosa e de outras mais vozes que estão a gritar por justiça para este ser vivo, com direitos consignados numa Lei que, se existe, tem de SER CUMPRIDA.
Esperando que a lei se cumpra, apresento os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira