Terça-feira, 31 de Maio de 2016

Sabiam que ir a Ponte de Lima ver a "Vaca das cordas” é como ir a Fátima no 13 de Maio?

 

Eu também não sabia, mas é o que diz um tal Nuno, num comentário que fez ao texto que escrevi sobre esta matéria.

E já viram uma vaca a comer uma pessoa, num momento de aflição?

Eu também nunca vi, mas o Nuno diz que sim.

Fiquei entre o rir e o chorar.

Mas é isto mesmo que os autarcas limianos, de mãos dadas com a igreja católica, passam a um povo já de si bastante rude, e que as autoridades fazem questão de manter ainda mais rude, para daí poderem tirar dividendos a abeirar o macabro.

 

 

Ponte de LIma.jpeg

Eis o comentário:

Comentário no post Hoje é dia de Ponte de Lima mostrar ao mundo o seu atraso civilizacional com a "vaca das cordas"

 

Acho uma falta de respeito tanto pela crônica como pelos comentários. Uma tradição é e será sempre uma tradição. É como ir a Fátima no 13 de Maio. E já que falam de coitadinhos dos animais, vocês comem o que? Bifes do supermercado? Então é isso vem de onde da prateleira? É lá que cresce? Acordem, porque se os animais tiverem aflitos é que nos comem a nós. Querem criticar critiquem, mas venham ver e sentir com o povo primeiro.

 

Nuno a 26 de Maio 2016, 23:14

(Um comentário sem comentário)

 

***

A propósito da triste e inqualificável prática medieval que, anualmente, acontece em Ponte de Lima

 

José Costa, natural de Viana do Castelo, publicou na sua página do Facebook um pequeno painel cerâmico criado e executado por uma turma do 2º Ciclo, em aulas de E.V.T. (Educação Visual e Tecnológica) de uma Escola pública, onde (sabe ele, e sabemos todos nós), há Educação para a Cidadania e valores.

 

Sobre este painel, como em qualquer outra unidade de trabalho, houve uma pesquisa feita pelos ditos alunos, conversa na aula sobre o tema e depois cada um, criou o seu desenho, ao fim foi eleito um deles e realizado em cerâmica por quatro alunas também eleitas para o efeito. Há doze anos, a Escola, conserva-o louvavelmente, em uma das suas paredes.

 

Painel Ponte de Lima.jpeg

Origem da imagem:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10209347743792618&set=a.2134556285511.277242.1294192848&type=3&theater

 

Este painel diz o seguinte:

 

A SOCIEDADE QUE SE DIVERTE COM O SOFRIMENTO NÃO É CIVILIZADA.

 

Não é.

 

E os limianos adultos, responsáveis pelo terrível sofrimento em que mantém um bovino, durante dois dias, para ser torturado nas ruas, e depois morto cruelmente para ser comido, que exemplo de CIVISMO e VALORES HUMANOS dão às crianças?

 

***

FOI ISTO A “VACA DAS CORDAS” EM PONTE DE LIMA EM PLENO ANO DE 2016 DA ERA CRISTÃ

 

Repare-se na extrema crueldade que é arrastar um ser SENCIENTE pelas ruas, com uma turba a gritar histericamente.

O que se vê neste vídeo é a maior prova do atraso civilizacional em que vive mergulhada a velha vila de Ponte de Lima, cujos autarcas apoiam este costume primitivo e cruel, apenas por motivos €€conómico€€.

[O vídeo era tão cruel, demonstrava ao máximo a crueldade dos limianos para com um ser vivo, que teve de ser retirado da circulação, para que não se visse como esta gente é primitiva!]

E assim se mantém um povinho inculto e bronco, com o apoio da igreja católica portuguesa, porque o objectivo desta crueldade é CELEBRAR o dia do CORPO DE DEUS.

 

Depois não gostam que se chame a esta turba ébria de INCULTA, e se culpem os autarcas e igreja católica da preservação desta incultura e mau exemplo para as crianças.

Isabel A. Ferreira

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:37

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Segunda-feira, 30 de Maio de 2016

Comentário curioso acerca da "vaca das cordas" em Ponte de Lima

 

Não sei se é de um limiano, ou se é culto ou inculto. Nem sequer sei o seu nome. E também não fiquei certa se aplaude ou abomina a existência desta prática abrutalhada e medieval, ainda permitida em pleno século XXI da era cristã.

 

Só sei que um desconhecido me enviou o comentário que passarei a transcrever, sem os palavrões que introduziu no texto (que substituirei por reticências), mas que, apesar disso, diz a verdade exacta sobre esta miséria moral, cultural e social que os autarcas limianos promovem, por meros interesses €conómico€€€€€€€

 

VACA DAS CORDAS.jpg

Veja-se a expressão angustiante deste bovino que, sem saber como nem porquê, é retirado do seu habitat, metido num local escuro até há hora do tormento, depois é embolado, amarrado a cordas e banhado a vinho, rodeado de uma turba ébria a gritar histericamente, e depois é arrastado pelas ruas, sempre com a turba aos gritos, e se isto não configura um maltrato animal, bater na mãe é coisa normal.

 

Eis o comentário:

 

«Gente que defende esta (…), não tem a mínima noção da realidade. Não estamos na era das cavernas e os cérebros servem para alguma coisa, não é só para passear a areia que têm aí dentro.

 

Usar um animal para esta tradição retrógrada é mesmo de quem não evoluiu no tempo. Falam de democracia e apoiam esta criminalidade.

Gostavam que pegassem em vocês e fizessem o mesmo?

 

Eu adorava, sinceramente.

 

Ponte de Lima de bonito só mesmo a paisagem. Sejam mas é a vila mais antiga e mais moderna ao mesmo tempo. Sim porque modernidade não é só tecnologia, a mentalidade devia acompanhar da mesma forma mas existem calhaus andantes como vocês e a (…) da igreja e do capitalismo.

 

Esses (…) a quem chama padres andam aí a mamar das vossas esmolinhas para ter (…) em casa. É mesmo assim sem dó nem piedade. Toda a gente tem o direito de acreditar no que quiser mas a igreja merus caros, roubam-vos tão sorrateiramente que vocês nem se apercebem, e o pior é nem sequer pensarem por vocês próprios e perceberem isso.

 

Tenho pena que uma vila tão bonita continue com esta aberração a quem chama vaca das cordas e que os seus habitantes e quem vai de propósito assistir a esta palhaçada tenham uma mente tão primitiva. Respeitem os animais que também são um ser vivo como vocês. Ah, e já agora quem é contra esta (…) espero que não tenham nenhum animal nas suas refeições e assim o argumento é válido.»

 

***

Este foi o comentário curioso… Muito curioso… e um tanto misterioso…

 

Acrescentarei apenas que o argumento é válido, será sempre válido, não por não se ter, (podendo até ter) animais nas refeições de quem os defende, mas porque não é da Ética, da Moral, da Cultura Culta, da Civilização, da Evolução torturar, deste modo ignóbil, um animal, para depois matá-lo e comê-lo abrutalhadamente.

 

Nem sequer os animais carnívoros que vivem na selva o fazem. Eles não são cruéis para com as suas presas, nem se divertem a torturá-las antes de as comer. O bote é certeiro e a morte, instantânea.

 

Nenhum defensor dos animais, ainda que coma carne (o que não é o meu caso), jamais os tortura, os humilha, os maltrata do modo ignóbil que os defensores da selvajaria tauromáquica o fazem, para depois comê-los.

A diferença entre uns e outros é abismal.

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:46

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