Vejam como agir aqui: 📧 https://bit.ly/3iGSZBU =
Sabiam que, em Portugal, têm vindo a ser canalizados, ano após ano, milhões de euros de dinheiros públicos para a tauromaquia [ = tortura de Touros e Cavalos] ?
Por exemplo, em 2019, a Câmara Municipal de Santarém destinou cerca de 20 mil euros às touradas. Quinze mil euros foram para a compra de bilhetes para oferta e o restante para pagar o seguro dos forcados locais. Choca-te? Então, façam qualquer coisa.
O Fim aos Subsídios Públicos à Tauromaquia está prestes a ser discutido em Plenário. Têm uma mensagem-tipo que podem enviar por e-mail para os grupos parlamentares. Está aqui: https://bit.ly/3iGSZBU
E aqui está a lista de dinheiros públicos que vão para a tauromaquia, elaborada pela Associação Animal:
Fonte: https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/3353672761332930/?type=3&theater
Chegou o momento para dizermos aos deputados que elegemos o que queremos que eles façam exactamente.
Por favor, enviem as vossas mensagens para:
gp_ps@ps.parlamento.pt; gp_psd@psd.parlamento.pt; bloco.esquerda@be.parlamento.pt; gp_pcp@pcp.parlamento.pt; GPCDS@cds.parlamento.pt; pan.correio@pan.parlamento.pt; PEV.Correio@pev.parlamento.pt; gabinete@il.parlamento.pt; gabinetejkm@ar.parlamento.pt;
Com CC a: info@animal.org.pt
Exmos. Senhores deputados da Nação,
Está para ser discutida em Plenário, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos cujo Projecto-Lei “sugerido” determina o fim dos subsídios públicos à tauromaquia.
É público e oficial que muitos órgãos do poder local oferecem (directa e indirectamente) subsídios para as actividades tauromáquicas, quando se sabe que, infelizmente, muitos portugueses estão em situação de desemprego, ou com empregos precários e situações de fome, incluindo crianças e idosos que não têm apoios sequer para as necessidades básicas. A maioria dos concelhos que disponibiliza dinheiro para as actividades tauromáquicas não dispõe sequer de um gabinete de apoio à vítima, e normalmente são concelhos onde existe muita pobreza.
Nestes concelhos verifica-se igualmente falta de dinheiro para a manutenção e gestão dos Centros de Recolha Oficial de animais errantes, contudo, para as práticas violentas e cruéis da tauromaquia o dinheiro não falta, e isto é algo que ofende a sensibilidade de uma sociedade já evoluída, e que enquanto membro activo dessa sociedade, pretendo ver mudado.
A tauromaquia é uma actividade cruel, contra a qual o mundo civilizado se opõe, eu incluída, e recuso-me a pactuar com esta barbárie, como cidadã, que paga os seus impostos, e deseja veementemente que sejam gastos em prol do bem da sociedade, e não em tortura de seres vivos, para que uma minoria involuída possa divertir-se, por desconhecer os divertimentos civilizados.
é sabido que esta prática é legal, porém, isto não significa que ela seja aceitável, e muito menos seja financiada com os meus impostos.
Assim sendo, e independentemente dos interesses que Vossas Excelências defendem no Parlamento, no que respeita a esta prática bárbara, venho solicitar o fim do financiamento a esta actividade, e já agora, lembrar que a abolição da tauromaquia é da inteligência, uma vez que a tauromaquia é incultura, algo que é desadequado aos tempos hodiernos.
Ao eleger Vossas Excelências como meus representantes na Casa da Democracia, que essencialmente é a Casa do POVO, gostaria ainda de lembrar que numa Democracia o bem comum deve estar acima de todo e qualquer interesse privado.
Esperando que Vossas Excelências tenham em consideração estas reflexões, e em nome do bem comum, se inclinem para o que a esmagadora maioria do povo português espera, ou seja, que seja decretado o fim dos subsídios públicos para a tauromaquia, envio os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Um texto de Rui M. Palmela, que nos dá um panorama trágico da "festa" diabólica, em Barrancos, em honra de Nossa Senhora da Conceição.
Chamo a atenção para os depoimentos absolutamente aberrantes de personalidades que, apesar de todos os estudos, não evoluíram minimamente, e mantêm-se com os pés e mentes bem fincados num tempo das maiores ignorâncias e obscurantismos.
O que se passa em Barrancos, graças a Jorge Sampaio, ex-presidente da República Portuguesa, é do mais desqualificado, do mais grosseiro, do mais bárbaro que possamos imaginar: crueldade, violência, bebedeiras, boçalidade, tudo elevado ao máximo… em nome da Santa… E é esta vergonhosa ignomínia que a igreja católica sustenta.
Texto de
Rui M. Palmela
«Barrancos é uma vila alentejana onde existe uma tradição centenária sanguinária de matar toiros numa festa religiosa que se realiza ali todos os anos no fim de Agosto "em honra de Nª Srª da Conceição", numa arena improvisada frente à Capela onde se reza e donde sai a procissão, tudo terminando numa diabólica diversão. E a Igreja Católica não se pronuncia cometendo também seu “pecado de omissão” ...
No entanto existe uma bula papal que condena estes espectáculos sangrentos onde se lê o seguinte:
(...) "Considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas na medida das nossas possibilidades com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição a celebração destes espectáculos"... (in "Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio", tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.)
Portugal já foi um país sem touradas no Reinado de D. Maria II, quando pelo um Decreto nº 229 de 1836 se lia o seguinte:
“Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros"...
Porém, as touradas voltaram com a República e se mantêm até hoje com a "Democracia" com partidos de direita à esquerda a apoiarem a sua realização e a chumbarem propostas de sua abolição. Há mesmo figuras públicas bem conhecidas que defendem a tradição barranquenha dos toiros de morte e passo a citar algumas de suas frases que merecem repulsa ou reprovação. Aqui ficam:
Nuno da Câmara Pereira (fadista): "eu estou aqui em Barrancos com os cornos para o ar a apoiar a causa barranquenha, dos touros de morte, tradição que dura há séculos".
Moita Flores (investigador, criminologista), dizia sobre uma certa providência cautelar da Associação ANIMAL que visava travar o espectáculo dos toiros de morte, e se pronunciou assim: "O juiz que decretou a providência não sabe o que escreve, não sabe o que diz, pela simples razão que não conhece o que se passa em Barrancos, possivelmente nem sabe onde fica". Diário de Notícias 23/8/99.
Mafalda Ganhão (jornalista): "Na corrida de morte por exemplo, o touro não é picado para ser destroçado ou humilhado. É sangrado para que descongestione e possa vir ao de cima a sua bravura, corrigindo-lhe alguns defeitos, como a sua forma de investida". Expresso 28/8/99
Miguel Sousa Tavares (jornalista e comentador tv): "O que eu defendo em Barrancos é a sobrevivência de uma cultura própria e enraizada localmente e que tenta resistir em face de investidas do pensamento "moderno", "jovem" e "civilizado", de uma elite urbana e arrogantemente convencida da sua suposta superioridade civilizacional". Público 3/9/99.
Por fim, o padre Vítor Melícias, é um pseudo 'franciscano' que devia envergonhar-se pela sua obsessão por touradas que nada têm a ver com a doutrina de Francisco de Assis que tratava todos os animais como irmãos e condenava qualquer acto de violência e maus tratos aos seres da Criação.
Enfim, a minha opinião de cidadão é de que as touradas em Barrancos deviam ser proibidas com os toiros de morte e se penalizasse criminalmente todos os responsáveis por aquela famigerada 'tradição' que persiste a coberto de uma famigerada "lei de excepção" aprovada em 2002 pelos mesmos partidos políticos que chumbaram recentemente uma proposta do PAN pela sua completa ABOLIÇÃO.»
Rui M. Palmela
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214938431085761&set=a.1309687193754&type=3&theater
EM BENAVENTE REGREDIR É A PALAVRA DE ORDEM
O que se pretende fazer aos Touros, em Benavente, no dia 24 de Junho, dia de São João, é infligir um dos maiores sofrimentos que se pode causar a um animal senciente.
Como isto ainda é possível?
É isso que vamos perguntar às autoridades daquela vila portuguesa, parada no tempo, no distrito de Santarém, e a todas as outras autoridades portuguesas que têm a função de fazer cumprir as leis.
- Isto é uma tradição. Fazemo-lo desde o século XVI.
- 500 anos e não evoluímos nem um pouquinho…
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Benavente,
Exmo. Senhor Comandante do Posto Territorial de Benavente da Guarda Nacional Republicana,
Exmas. autoridades responsáveis pelo cumprimento das leis em Portugal,
Excelências,
Tenho conhecimento de que está prevista uma prática bárbara que dá pelo nome de “Touros de Fogo”, para o dia 22 de Junho, e uma “Picaria de Touros/Picaria à Vara Larga”, no próximo dia 24 de Junho, dia dedicado a São João, um santo católico, e que acontecerão no âmbito de uma “festa” chamada hipocritamente “Festa da Amizade”, que pretende incluir duas actividades que causam a maior repulsa a qualquer ser humano normal.
As “picarias” são práticas que não fazem parte das actividades tauromáquicas portuguesas – tanto que não estão sequer consideradas no Regulamento de “Espectáculos” Tauromáquicos – e que consistem na utilização de varas para picar os animais usados nestas práticas bárbaras, supostamente a fim de se poder aferir a “bravura” destes. Em termos de prática tauromáquica, equipara-se à sorte de varas, no sentido em que consiste na utilização de uma vara do mesmo tipo das que são usadas na sorte de varas, provocando aos animais um sofrimento tão grande quanto aquele que lhes é infligido na sorte de varas.
Sendo a sorte de varas uma prática proibida pelo artigo 3.º, 3, da Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, com a redacção actualizada pela Lei n.º 19/2002, de 31 de Julho, as “picarias”, por se equipararem a esta prática, estão, por implicação, igualmente proibidas. É um facto que a referida proibição contempla excepções para aquilo que determina, mas, tal como no disposto no artigo 3.º, 4, as excepções só são válidas para os casos em que “sejam de atender tradições locais que se tenham mantido de forma ininterrupta, pelo menos, nos 50 anos anteriores à entrada em vigor” do diploma em causa, o que não é o caso desta “picaria” programada para Benavente (além de que, segundo o mesmo diploma, é a Inspecção Geral das Actividades Culturais que detém “competência exclusiva” para autorizar as excepções, quando preenchidos os requisitos legais para tal).
Logo, este evento anunciado para Benavente, não deve ser permitido, pois, a acontecer, infringirá a referida disposição legal.
Quanto aos “Touros de Fogo” são cruéis actividades tauromáquicas praticadas apenas em algumas localidades espanholas, civilizacionalmente atrasadas, nomeadamente Valencia, nas quais os touros são presos pelos cornos a postes, sendo-lhes colocados, através de hastes, bolas de alcatrão ou pez, às quais, como material inflamável que são, é pegado fogo. Os touros são depois soltos dos postes, ficando com os cornos a arder durante o período habitual de uma hora – tempo que esta barbaridade costuma durar.
Segundo testemunhos de médicos veterinários e especialistas em comportamento animal, o sofrimento físico que os touros experienciam quando os seus cornos ficam a arder é muito grande, quer porque os cornos dos touros são muito sensíveis, quer ainda porque os touros acabam por ficar com os olhos, focinho, boca e língua gravemente queimados, entre outras partes do corpo. A isto acresce o sofrimento psíquico que resulta de estarem nestas circunstâncias, querendo libertar-se do fogo que arde nos seus cornos e não sendo capazes de o fazer.
E isto é extramente bárbaro e cruel. Absolutamente desumano.
Também sei que, no seguimento de uma providência cautelar requerida pela Associação ANIMAL em 2006, a propósito de uma iniciativa que previa a utilização de “touros de fogo”, a mesma foi impedida por ordem de um Juiz do Tribunal de Santarém. Por isso, é ainda possível travar esta barbaridade.
Como é que isto ainda é possível acontecer em pleno ano de 2017, da era cristã?
Posto isto, apelo ao bom senso, ao cumprimento das leis, mas sobretudo, à humanidade que julgo existir em Vossas Excelências, e impeçam tais actos bárbaros, inadequados a um povo evoluído.
Isabel A. Ferreira
Enviada para:
ct.str.dcch.pbnv@gnr.pt; carlos.coutinho@cm-benavente.pt,
gp_psd@psd.parlamento.pt, gp_ps@ps.parlamento.pt, gp_pp@pp.parlamento.pt, bloco.esquerda@be.parlamento.pt,gp_pcp@pcp.parlamento.pt, pev.correio@pev.parlamento.pt, comunicacao@pan.com.pt, belem@presidencia.pt,
info@patriarcado-lisboa.pt, ed.portugues@ossrom.va, agencia@ecclesia.pt,ed.portugues@ossrom.va, ap.salesianos.evora@gmail.com, vmredaccao@netcabo.pt, gab.patriarca@patriarcado-lisboa.pt, melicias@netcabo.pt, franciscanosofm@mail.telepac.pt, conv.varatojo@mail.telepac.pt, info@rr.pt, diocese.angra@iol.pt, diocese.evora@gmail.com; ump@netcabo.pt, av@pccs.va,francisco@vatican.va
C/C: info@animal.org.pt
Exmo. Senhor Presidente da República,
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva,
Excelência,
Concedo-me o direito e a liberdade de escrever a Vossa Excelência depois de ter tomado conhecimento de que, no próximo dia 23 de Julho, será entregue a Medalha de Mérito ao Grupo de Forcados Amadores de Santarém.
Como é do conhecimento público, na sua origem a Ordem do Mérito tinha, entre outros, o objectivo de laurear actos de benemerência pública e actos cívicos que se reflectissem no progresso e prosperidade do País.
Foi com inaudita surpresa, pois, que fui informada de que Vossa Excelência ia premiar um grupo de indivíduos que se dedica unicamente a massacrar um animal, naquilo a que chamam “pega”, numa tourada, quando o Touro já está completamente enfraquecido, moribundo, não só pelas hemorragias internas causadas pelas farpas que lhe foram espetadas, mas também por todo o stress provocado pela sua retirada do pasto e o transporte até à arena, e por toda a actuação cruel anterior à intervenção dos forcados.
É completamente inconcebível ver nesta prática cruel qualquer vislumbre de mérito, por muita imaginação que possamos ter, ou que benefício possa trazer à República Portuguesa, a não ser a desonra.
Esta condecoração é, na opinião de todas as pessoas civilizadas e cultas do mundo, uma afronta a quem realmente se dedica ao serviço comunitário, ao avanço do país, e à sua boa imagem.
A indústria tauromáquica já só existe em oito países dos 193 que existem no Mundo e está, cada vez mais, a ser condenada e repudiada pela opinião pública mundial.
Em 2014, o Comité de Direitos das Crianças da ONU recomendou a Portugal para que tomasse medidas que afastassem as crianças da violência física e psíquica que tal prática representa, contudo, esta recomendação caiu em saco roto, pois existem algumas crianças, em Portugal, que continuam a frequentar os antros de violência tidos como “escolas de toureio”, e a presenciar esta brutalidade e crueldade gratuitas sobre um ser vivo, nas arenas portuguesas, sem que autoridade alguma intervenha.
Os próprios países que ainda mantêm a prática tauromáquica estão, aos poucos, a aboli-la, seja estatalmente ou declarando algumas das suas cidades e vilas livres desses exercícios de violência.
Por tudo isto, solicito a Vossa Excelência que reconsidere esta condecoração e que tome em consideração que Portugal, como um país integrado numa Europa que se quer civilizada, deveria dar um bom exemplo e premiar quem dá um contributo educativo e positivo, ao nosso País, em vez de passar a mensagem de que a violência e o derramamento de sangue de seres vivos indefesos e inocentes devem ser recompensados.
Confiando que Vossa Excelência tomará a decisão mais civilizada e pedagógica para que Portugal não seja enxovalhado no mundo moderno e culto, e especialmente para que os mais jovens, se revejam em valores humanos e não em crueldades, e aprendam a respeitar todos os seres, como é da ética e dos bons costumes, despeço-me com todo o respeito,
Isabel A. Ferreira
(Adaptada da carta original da Associação Animal)
Esta é uma campanha que a Associação ANIMAL encetou.
A Ana Galvão iniciou-a. Nuno Markl e o Ricardo Araújo Pereira seguiram-na, bem como o humorista Diogo Faro, o humorista, guionista e apresentador de TV Guilherme Fonseca, a música e instrumentista Sandra Baptista, Fernando Alvim, radialista, humorista e apresentador de TV português, o radialista Nuno Calado, o actor Philippe Leroux, o artista plástico Leonel Moura
Ora acontece que a prótoiro sentiu-se atingida pelas verdades que o Nuno Markl e o Ricardo Araújo Pereira magistralmente disseram neste vídeo.
Cobardes como são, os da prótoiro trataram logo de ir queixar-se à Rádio, para a qual estes dois cidadãos portugueses, livres e lúcidos, trabalham (como se os órgãos de comunicação social não pudessem criticar esta “coisa” indigna de seres humanos, e só não o fazem devido a um motivo que não trarei para aqui, por respeito a estes dois Grandes Senhores da Rádio) e que obrigou o Nuno a escrever o seguinte, na sua página do Facebook:
«A opinião que o Ricardo Araújo Pereira e eu temos sobre as touradas é a nossa, não é nenhuma opinião da empresa em que trabalhamos. Por isso, na próxima semana, faremos um remake do vídeo em território neutro, para que não haja confusões.
A nossa opinião sobre o assunto, essa mantém-se.
Caros aficionados: eu e o RAP manifestámos a nossa opinião sem vos insultar ou ameaçar de pancada/morte. Não vos queremos mal, queremos é o bem dos touros. Essa é uma diferença importante. Tentemos ser uma sociedade digna desse nome e manter o debate sem agressões pessoais - e isto é válido também para quem está do nosso lado da polémica: baixar o nível lixa tudo para ambos os lados. Não lixa tanto como ao touro, mas lixa.
***
Tem toda a razão Nuno Markl.
Mas houve um aficionado que dirigiu ao Nuno este bilhete:
«Caro Nuno Markl, com todo o respeito acho lamentável a sua intervenção no video, se queria intervir adequadamente tinha-se informado sobre o que ia falar e não chegar e dizer ''vamos ver um animal a sofrer'' !
Se tivesse pesquisado sobre o assunto profundamente teria encontrado estudos que comprovam que o Toiro de Lide não sofrer durante a própria lide, que é uma raça selecionada e modificada geneticamente através do seu cruzamento ao longo de seculos, o que o fez desenvolver β-endorfinas especificas que não permitem ao Toiro qualquer sofrimento durante a Lide!
E quanto á questão da violência, se tem amigos que são realmente aficionados e fala com eles sobre isso vai perceber a paixão e o amor pela festa e não qualquer violência ao pronunciar-se sobre a mesma!
Obrigado
João Diogo»
***
(Essa das β-endorfinas é que me deixam intrigada... Como gostava de as produzir também, para ver se não sofria tanto por causa destes ignorantes...)
***
O que se passa é que está mais do que provado de que os Touros, sendo animais sencientes tal como nós, sofrem horrores tal como nós sofreríamos se nos torturassem do mesmo modo que os torturam a eles, nas arenas.
Este parágrafo:
«Se tivesse pesquisado sobre o assunto profundamente teria encontrado estudos que comprovam que o Toiro de Lide não sofrer durante a própria lide, que é uma raça selecionada e modificada geneticamente através do seu cruzamento ao longo de seculos, o que o fez desenvolver β-endorfinas especificas que não permitem ao Toiro qualquer sofrimento durante a Lide!»
foi escrito por alguém completamente ignorante, que não apresentou esse tal “estudo”, porque além desse tal estudo não existir (como poderia?) é totalmente inconcebível dizer que um mamífero, um bovino, um herbívoro, um animal possuidor de um sistema nervoso central tal como nós, não sofre ao ser torturado tão barbaramente.
Só um ignorante o diz.
Além de que se o que se diz neste parágrafo fosse verdade, os que praticam tal barbaridade deviam estar na cadeia, porque não existe lei alguma que permita modificar geneticamente um ser vivo para ser torturado e divertir broncos.
E se o touro “geneticamente modificado” não sofre, porque é que grita tanto quando lhe cortam os cornos, quando o bandarilham, quando lhe trespassam o corpo com uma espada?
Porque é necessário a banda de música tocar tão alto para que não se ouçam os gritos e os relinchos de dor dos touros e dos cavalos?
As mentiras que passaram de geração em geração tornaram-se verdades apenas para aqueles que se recusaram a evoluir.
Mas hoje, só é ignorante quem opta por ser ignorante.
Vão pregar as vossas mentiras para outra freguesia, aficionados.
Nesta, na nossa, as vossas mentiras podem ser desmentidas, uma a uma.
E é isso que me proponho fazer.
Quanto ao vídeo do Nuno e do Ricardo é uma grande lição da civilidade, da lucidez, da evolução e da ética que falta aos que praticam, aplaudem e apoiam a selvajaria tauromáquica.
***
Nuno Markl e Ricardo Araújo Pereira ameaçados de pancada e morte
Isto só demonstra o baixo nível moral, social e cultural de quem tem a selvajaria tauromáquica por "coisa civilizada".
Mas a culpa não é dos da prótoiro, que só conhecem a violência e a crueldade.
A culpa é de uma legislação que permite essa violência e crueldade contra seres sencientes, para divertir criaturas insencientes, estendendo-se essa violência e crueldade também a Seres Humanos, como o Nuno Markl e o Ricardo Araújo Pereira.
Também já me ameaçaram a mim... de morte, e apanhar-me numa esquina, de socos na fussa...
Enquanto essa selvajaria for permitida por lei, este clima de pugilato vai andar no ar... por aí...
Mas quem tem medo de cobardes?
Ler a notícia aqui:
http://www.sol.pt/noticia/388278
Isabel A. Ferreira
Aconteceu em Lisboa, no passado Sábado, dia 11 de Abril, um facto ocultado pelos “grandes” media, vassalos do lobby tauromáquico, constituído por parasitas que vivem à tripa forra à custa dos impostos dos portugueses.
Eis um panorama do cordão humano pelos animais não humanos, realizado na Praça do Comércio, em que podemos ver, não 50 pessoas (como os da prótoiro apregoaram, não surpreendendo, pois a matemática não é o forte dessa “gente”), e também não dezenas de pessoas (como noticiaram dois diários online) mas algumas centenas de Seres Humanos que exercem o superior dever cívico de defender os indefesos.
Estiveram presentes vários grupos e associações e cidadãos a título individual, clamando melhor protecção para os animais em Portugal, e alterações legislativas que permitam alcançar esse objectivo.
Esta iniciativa teve o propósito de mobilizar a sociedade civil para esta causa, que também é nobre, e «educar e sensibilizar a população para o tema, embora essa tarefa devesse competir ao Estado. Porém, são as associações de protecção dos animais que estão a assumir esse papel do Estado, apesar de terem parcos recursos», salientou Rita Silva, presidente da Associação Animal, promotora desta acção.
Ora acontece que só se mobiliza a sociedade civil e se educa e sensibiliza a população se estes acontecimentos chegarem a todos os portugueses, e essa é uma tarefa dos órgãos de comunicação social, que aqui falharam redondamente, por estarem ao serviço não das populações, como é da ética jornalística, mas do abetesgado lobby tauromáquico.
Rita Silva esclareceu ainda que a Associação Animal «continua a condenar as touradas, não porque os Touros e Cavalos sejam mais importantes do que os outros animais, mas porque Portugal é um país em que muita gente, inclusivamente o legislador, ainda aceita que se barbarizem animais, cobrando bilhetes e ainda por cima dando subsídios encapotados, que são pagos pelos contribuintes, o que é inaceitável.»
Por sua vez, Ricardo Oliveira afirmou ter ido propositadamente de Vila Franca de Xira a Lisboa, acompanhado dos seus amigos, para participar nesta iniciativa e defender, entre muitas outras coisas, que «em Portugal é urgente acabar com as touradas, onde se maltratam seres vivos»; e Sheila Cristiano, com um dos seus cães ao colo, referiu «ser altura de agravar as penas para quem maltrata os animais e criticou o comportamento de certos criadores que maltratam as fêmeas e os machos unicamente a pensar no lucro da venda dos animais.»
Entre a multidão que, entretanto se foi avolumando, encontrava-se o deputado do PSD, Cristóvão Norte, um dos autores da lei de criminalização de maus tratos e abandono de animais de companhia, que confirmou «ainda haver um longo caminho a percorrer, em termos legislativos, nomeadamente em alterar o estatuto jurídico dos animais, de modo a distinguir os animais das coisas, o que lhes daria maior protecção, fazendo votos para que a Assembleia da República continue a legislar no sentido de uma protecção jurídica mais ampla para os animais, naquilo que seria um «passo civilizacional significativo».
Ora no passado Sábado, dia 11 de Abril, deu-se um passo significativo na luta pelos Direitos dos Animais, de todos os animais, não excluindo, como os legisladores portugueses excluem, os Touros e Cavalos, os animais utilizados nos circos e os que servem para a alimentação dos humanos, os quais são barbaramente, cobardemente, cruelmente torturados, uns para diversão de uma minoria inculta, e outros por mera maldade.
Esperemos que a Assembleia da República também dê o mais depressa possível, o passo civilizacional que é necessário dar, para que Portugal entre no rol dos países civilizados e evoluídos.
Até lá seremos o que somos: o Portugal das mentes pequeninas.
Fonte:
Agência Lusa
Era de esperar o quê?
Tudo o que diz respeito à tauromaquia está protegido por leis… parvas, mas ainda assim…leis…
E depois há o resto…
Observe-se bem este vídeo, que mostra a actuação do montador Marcelo Mendes em relação aos manifestantes que estavam sentados no chão, e onde NÃO SE VÊ ninguém a apedrejar, nem a atirar o que quer que seja.
Alguém que precisava de óculos para discernir, não os tinha colocados, na altura de ver a prova. Então, em vez de Justiça, fez-se justiça à portuguesa, que é acreditar mais no atacante, do que nas evidências que ficaram registadas em vídeo.
Enfim, nada que nos surpreenda.
A história conta-se numa penada.
O Juízo de Instrução Criminal (JIC) de Aveiro decidiu não levar a julgamento o montador Marcelo Mendes (não lhe chamo cavaleiro, porque cavaleiro é outra “louça”), que conforme se viu no vídeo, atacou a cavalo, vários manifestantes antitourada na Murtosa, em Setembro de 2012, quando lá foi realizada uma tortura de Touros, se bem que contra a maioria da população local, nada virada para estas manifestações imbecis, o que serviu (ao menos isso) para que nunca mais lá se realize iniciativas deste género inferior.
O montador estava acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de um crime de coacção na forma tentada, mas o juiz de instrução decidiu não pronunciar o arguido, por falta de provas.
Ora, sobre a visualização do vídeo, e das provas nele contidas, vamos ler o que diz o Médico Veterinário, Dr. Vasco Reis:
«A informação sobre alguma experiência minha visa credibilizar as opiniões que apresento.
Que justificação tão inacreditável da parte do senhor juiz!
Se o cavalo tivesse prestado atenção aos manifestantes e se tivesse assustado, nunca iria carregar sobre os presumíveis assustadores, mas sim teria fugido afastando-se deles. Mas não é nada disso o que o vídeo comprova.
Qualquer pessoa, que tenha conhecimentos de equitação, seja por simples observação ou por experiência própria, como cavaleiro, reconhece sem qualquer dificuldade, ao prestar atenção a este vídeo, que a investida do cavalo montado pelo cavaleiro tauromáquico é provocada e comandada completamente pelo cavaleiro e que o cavalo está sempre dominado.
Esta montada nada mais faz do que reagir às ordens que o cavaleiro intencionalmente lhe transmite por pressão das pernas e violência das esporas, por tracção das rédeas e acção mais ou menos desagradável/dolorosa provocada pelos ferros na boca, pela posição do corpo e, certamente, por incitação vocal.
Os cavalos treinados e utilizados para toureio estão concentrados nas ordens que o cavaleiro lhe transmite e pouco ou nada reagem ao resto do que à volta acontece.
É incrível, irresponsável, ridícula, revoltante, a justificação que o juiz em questão apresenta para esta sua decisão. Se nada percebe de equitação em geral ou de equitação tauromáquica, devia ter solicitado o parecer de entendidos honestos.
O que afirmo é fundamentado por ser Médico Veterinário, conhecedor e proprietário de cavalos, cavaleiro experiente em concursos hípicos completos e ter sido, durante 3 anos, médico veterinário destacado profissionalmente para zelar pelo chamado respeito pelos touros lidados em touradas.
***
Mas o que se lê no despacho de não pronuncia?
Depois de ouvir o montador acusado e as várias testemunhas, durante a fase de instrução, o juiz concluiu que se viveram momentos de "muita tensão", com "apupos, injúrias e arremesso de vários objectos".
Nestas condições, o magistrado considerou "verosímil" a tese do arguido, que alegou que a investida aconteceu não por sua vontade, mas apenas porque o cavalo se assustou.
«Em julgamento o arguido seria certamente absolvido ou, pelo menos, a absolvição seria muito mais certa que a condenação",
«Apesar de se tratar de um animal altamente treinado e habituado a situações de stress, não deixamos de estar perante um animal irracional, pelo que admitimos como possível que, no caso concreto, o cavalo se tenha assustado com as palavras de ordem gritadas pelos manifestantes e com os objectos arremessados e, por esse motivo, tenha investido contra as pessoas presentes sem que o arguido o tenha conseguido controlar", lê-se no despacho.
Na sequência dos acontecimentos, a Associação ANIMAL, que tinha dois elementos da direcção no local, apresentou queixa na GNR da Murtosa contra o montador, afirmando que «Se viveram momentos de pânico. As pessoas tiveram de fugir para não serem feridas pelo animal que era conduzido para cima delas, contudo não houve nenhum dano físico de maior".
Marcelo Mendes alegou que os participantes na manifestação "projectaram pedras e peças de fruta contra o cavalo" (conforme não se viu no vídeo) facto que o deixou "nervoso e difícil de controlar", uma versão contrariada pelos manifestantes que afirmaram que o montador investiu contra eles "de forma deliberada" (conforme se viu no vídeo).
Fonte Publico
***
Duas considerações:
Primeira: como disse o Dr. Vasco Reis, basta ter o mínimo de conhecimentos de equitação, (ou até nenhum) para poder ver-se no vídeo que o cavalo esteve sempre controlado pelo montador.
Segunda: o animal irracional, a que se refere o senhor juiz, não era, com toda a certeza, o Cavalo.
***
Proponho que ouçam esta pequena entrevista do montador Marcelo Mendes (agora ilibado de ter atacado manifestantes pacíficos) para avaliar da sua “desenvoltura” mental.
(Transcrevemos o que ele disse para facilitar a compreensão)
«Eu penso que é uma tradição secular, temos de mantê-la, há várias,… nós… eu penso que é um pouco o intuito do povo português perder aquilo que é nosso… imitarmos os outros, e enquanto que devia ser ao contrário… e eu creio que… não podemos deixar nós, eu e outras pessoas como eu, que estão directamente ligadas à festa, que isso aconteça.
Mas por vezes as pessoas argumentam que os touros sofrem… quer dizer… não sei se os touros sofrem,… o que é um facto é que os touros começam a ser lidados e nós cravamos dois, três ferros compridos e os touros investem sempre sobre o castigo.
Portanto, se um touro… se nós dermos um pontapé a um cão, o cão a seguir vai fugir e não vai voltar a levar outro, não é? Portanto, está provado, que o castigo que os touros sofrem, não… quer dizer, sofrem… ou que os touros estão sujeitos, não os faz sofrer, assim tanto como as pessoas pensam apesar de ver o sangue a correr… eu creio que é isto… que é que eu posso acrescentar mais?
Eu acho, na minha opinião isto acaba por ser o essencial…»
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Pois é, mais do que essencial. Isto diz tudo sobre o montador que nem sequer sabe o que anda a fazer dentro da arena…
Para terminar, e depois de tanta desgraça, uma piadinha saberá bem…
A 'coragem' do cavaleiro
Por Henrique Monteiro
Há quem considere isto uma grande vitória…
Eu considero apenas um pequeno passo… (melhor do que nenhum) no muito que tinha de se aprovar, e um grande passo para os Cães e para os Gatos.
O principal, não conseguiram eles (os deputados) entender: é que os Touros e os Cavalos TAMBÉM PERTENCEM AO REINO ANIMAL… e os seus torturadores deviam estar contemplados nesta CRIMINALIZAÇÃO, e não estão.
E os restantes animais? Como ficam? Na mesma, claro.
Fiquei contente pelos nossos cãezinhos e gatinhos. Fiquei. Mas para mim NÃO CHEGA. Os outros também SÃO ANIMAIS, e continuarão a ser TORTURADOS IMPUNEMENTE. Isso não é justo.
Os Touros e os Cavalos continuarão EXCLUÍDOS do Reino Animal. Podem ser TORTURADOS que ninguém tocará nos torturadores.
Os animais "comestíveis" continuarão a sofrer como uns desgraçados. Os de caça também.
O que foi aprovado: CRIMINALIZAÇÃO PARA QUEM MALTRATA ANIMAIS DOMÉSTICOS (Cães e Gatos) - COIMA ATÉ 5000 EUROS!!! JÁ PODEM DENUNCIAR SE SOUBEREM DE CASOS!!! NÃO HESITEM!
O que é isto, entre o tanto que tinham de aprovar?
Querem fazer os portugueses de parvos, senhores deputados?
Isto foi o “melhor” que o Parlamento Português conseguiu dar de si? Não tiveram mais imaginação?
«Na discussão das iniciativas legislativas, o deputado do PSD Cristóvão Norte considerou que o projecto de lei apresentado pelos sociais-democratas "faz história no avanço da protecção dos animais em Portugal", abrindo um "novo paradigma civilizacional".»
Francamente! Quanta pobreza! Paradigma civilizacional seria acabar com TODOS os maus tratos a TODOS os animais. E não só a Cães e a Gatos. Estou feliz por estes. Muito feliz. MAS FURIOSA com a migalhinha que os deputados deram ao povo, para o calar. Um rebuçadinho para ficarem contentinhos.
O caso é que continuamos quase na mesma.
Que pobreza de espírito, senhores deputados.
Não conseguem mesmo entender as coisas. Nem mesmo com figurinhas.
Os interesses económicos, uma vez mais, falaram mais alto.
O que não foi aprovado?
Não foi aprovado um EXTREMAMENTE IMPORTANTE projecto de lei da Associação ANIMAL
http://animal.org.pt/pdf/Projecto-Lei_Lei_de_Proteccao_dos_Animais.pdf
cujas PRINCIPAIS MEDIDAS eram:
◈ Alteração do Estatuto Jurídico dos Animais;
◈ Inclusão das Despesas de Alimentação e Saúde dos Animais de Companhia no IRS;
◈ Controlo da Sobrepopulação de Animais Errantes;
◈ Criminalização dos Maus-Tratos a Animais;
◈ Proibição dos Rodeios;
◈ Proibição das Touradas;
◈ Proibição do Uso de Animais em Circos;
◈ Proibição do Tiro aos Pombos;
◈ Proibição da Promoção de Lutas entre Animais e entre Animais e Humanos;
◈ Proibição dos Carrosséis de Póneis (ou outros animais);
◈ Proibição da Compra e Venda de Animais Vivos através da Internet.
(Faltou a Proibição da Caça e da Pesca Desportivas)
Só o que está sublinhado foi aprovado. SE APROVASSEM TODAS ESTAS MEDIDAS, isso sim, seria um PARADIGMA CIVILIZACIONAL EM GRANDE.
Mas nada disto aconteceu.
O que aprovaram foi uma gotinha de água num oceano, e ficaram muito contentes. Demonstraram apenas a vossa incapacidade de se projectarem num futuro que acontecerá, mas NÃO graças a V. Exas.
Em Portugal, apenas os Cães e Gatos são considerados ANIMAIS pelos deputados da Assembleia da República Portuguesa.
Não é de mentes redutoras?
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http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3573664
«Não se esqueçam, Senhores Deputados, de que os Touros e os Cavalos TAMBÉM são ANIMAIS, e que o mundo inteiro tem os olhos postos na Assembleia da República Portuguesa.
Por favor, não façam Portugal PASSAR VERGONHA» (I.A.F.)
Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República de Portugal
Exmas Senhoras Deputadas e Exmos Senhores Deputados
Assunto:
Petição Nova Lei de Protecção dos Animais em Portugal
Sou cidadão português com muito interesse e respeito por animais não humanos, o que me levou a estudar e a licenciar em Medicina Veterinária e a trabalhar nessa profissão durante 41 anos e a contactar e lidar com inúmeros animais de várias espécies e com detentores e tratadores de animais na Suíça, na Alemanha, nos Açores, em Angola e em Portugal continental.
A maneira como em Portugal está legislado em relação ao respeito e à protecção dos animais não humanos é insuficiente, medíocre e autorizando excepções eticamente inaceitáveis.
Tudo isto contribui para que aconteça muita exploração de animais e que lhes seja infligido imenso sofrimento por parte de indivíduos humanos, sem que tais práticas possam ser contrariadas e os responsáveis acusados, julgados e punidos.
Tudo isto perturba a tranquilidade da sociedade, a evolução de mentalidades e a boa educação animalista da juventude.
A constatação do sofrimento causado impunemente aos animais impressiona, desespera, revolta muitos cidadãos, dentro e fora do país, prejudicando altamente a reputação de Portugal, dissuadindo de virem como turistas muitas pessoas conscientes, que não estão dispostas a visitarem um país permissivo nesse sentido.
Lembro pensamentos de sábios vultos da História.
Mahatma Gandhi - “A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.”
Arthur Schopenhauer – “O Homem faz da Terra um inferno para os animais”
O senso comum de pessoas equilibradas compreende e a ciência vai confirmando que os animais são seres sencientes, conscientes, inteligentes.
A anatomia, a fisiologia e a neurologia dos animais não humanos e humanos é muito semelhante.
Animais não humanos, tal como os humanos, são seres dotados de sistema nervoso, que os condiciona a serem sencientes, terem consciência do que se passa, inteligência, sentidos, sentimentos, ânsia de viver, capacidade de sentirem dor e prazer, confiança e desconfiança, empatia, amizade, paixão, satisfação, capacidade de brincar, de sentirem medo, pânico, capacidade de reagir a agressões, de fugir, etc.
As plantas contrastam com os animais por não possuírem sistema nervoso, serem seres vegetativos, não possuírem nenhuma das capacidades indicadas atrás, não terem capacidade de reagir e fugir a agressões.
Apelo empenhadamente a V. Exas para que, como Membros da Assembleia da República de Portugal, ao serviço do progresso de Portugal, cidadãos cultos, respeitadores da vida e do bem-estar de seres sencientes, humanos e não humanos, compassivos e com sentido de ética, queiram votar favoravelmente a petição.
Com os meus melhores cumprimentos
Vasco Manuel Martins Reis
Médico veterinário municipal aposentado
Aljezur
BI 1200792
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FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO DR. VASCO REIS
QUE VENÇA A ÉTICA, A RAZÃO E A INTELIGÊNCIA
Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República Portuguesa:
Depois da grande estupefacção e decepção que em mim causou o adiamento do debate da petição da ANIMAL, não com certeza por influência da ATCT (que se vangloriou do seu contributo, neste sentido, o que a ser verdade seria bastante grave), mas por outro motivo qualquer que, espero, seja menos obscuro do que este, seguiu-se aquele “fait divers”, protagonizado pela ministra Assunção Cristas, relativamente ao número de animais que os cidadãos poderiam ter nos seus lares, com certeza com o intuito de “tomar o pulso” ao povo Português, o que também me surpreendeu pela negativa.
Como a reacção do povo foi imediata e em massa, a ministra deixou cair o assunto e a MAIORIA dos deputados da Assembleia da República puderam então ter uma ideia da força e do poder do povo.
E porque ainda quero acreditar que vivo num País democrático, com órgãos governativos e governantes cumpridores das suas funções, e respeitadores da Constituição Portuguesa e do juramento que fizeram ao tomar posse dos seus cargos, tento manter uma espectativa, se bem que periquilitante, no bom senso de V. Exas.
Portugal não pode continuar na senda da violência, da idiotice, da selvajaria, da incultura e da falta de lucidez, no que respeita ao sofrimento de bovinos e cavalos, transformados pela “indústria” tauromáquica em instrumentos para se torturar cruelmente, no intuito de divertir uma minoria (e todos sabemos que é uma minoria) de cidadãos sádicos, que histericamente aplaudem o sofrimento atroz de um herbívoro trespassado de bandarilhas, a sangrar copiosamente, esgotado de forças, a bradar de dor até à morte, e o sofrimento silencioso (porque lhes cortam as cordas vocais) dos cavalos.
Não é da Ética Política os Senhores Deputados da Nação serem cúmplices do ecocídio que grassa nas terreolas mais atrasadas de Portugal, apenas para “agradarem” a um lobby obscuro e empedernido, o que também é contra todas as regras civilizadas e racionais dos verdadeiros estadistas.
Por tudo isto, o filósofo australiano Peter Singer e Tom Regan têm combatido, intensamente, o especismo, que submete os animais não humanos a torturas e maltratos de toda a espécie, o que impele para um plano do mais inferior que existe os indivíduos que praticam, aplaudem e apoiam tal ignomínia.
A reacção contra a opressão e exploração dos animais começou já em 1975, com a publicação da obra "Libertação Animal" do já referido filósofo Peter Singer.
Porém, em Portugal, como sempre acontece com tudo o que diz respeito a avanços civilizacionais, os Direitos dos Animais nunca foram objecto de importantes debates, como já acontece em vários países que estão na senda da evolução.
E, como se isto não bastasse para colocar Portugal no rol dos países terceiro-mundistas, a Lei nº 92/95, de 12 de Setembro, irracionalmente, exclui os Touros e os Cavalos do Reino Animal, para que um lobby possa tirar proveito monetário da tortura legislada e apoiada por governantes que talvez não saibam que os Touros e os Cavalos têm um ADN muito semelhante ao dos seres humanos, logo, sofrem horrores quando deles fazem objectos de tortura.
Quanto aos outros animais, a lei e as autoridades policiais penalizam quem tenta socorrê-los e amenizar o sofrimento deles, mais do que sancionam aqueles que os maltratam e abandonam.
Isto é absolutamente irracional. Inacreditável. Inadmissível.
O critério determinante para libertar os animais da tirania humana é, justamente, a capacidade de sofrer e de sentir emoções semelhantes às nossas, por parte desses seres erradamente considerados irracionais. (É preciso rever este falso conceito).
Além disso, a compaixão pelo sofrimento atroz dos animais é um factor decisivo na criação de uma nova Lei de Protecção dos Animais, que cada vez está a tornar-se mais necessária e urgente.
Uma nova Lei que ponha, finalmente, termo ao indizível sofrimento dos Touros e dos Cavalos, nas arenas, e dos restantes animais nos canis municipais (autênticos campos de concentração nazis), dos que são abandonados nas ruas, dos do circo, dos que são aproveitados para lutas, enfim… de todos os que são cruelmente maltratados como se fossem cacos partidos, e não seres vivos, que têm sangue e alma como nós.
Para que os Senhores Deputados possam ter um suporte de reflexão, nada melhor do que ver para crer, porque creio que muitos do que estão sentados nas cadeiras do poder não fazem a mínima ideia do sofrimento animal, e por isso, quando aparece algum projecto-lei a este respeito, votam sem conhecimento de causa (o que é um grave erro), arrastados por aficionados colocados estrategicamente nas listas dos candidatos à Assembleia da República, que nada mais fazem ali do que puxar a brasa para a sardinha da já tão apodrecida tauromaquia.
Por isso aqui deixo a V. Exas. um excelente vídeo para que possam reflectir.
Senhores Deputados, sejam os primeiros, entre os oito tristes países que ainda mantém costumes bárbaros, a dar o exemplo de um avanço civilizacional. Pelo menos, por uma vez na vida, sejam construtivos.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira