Esta ideia peregrina da transladação foi aprovada por unanimidade em plenário da Assembleia da República, em 15 de Janeiro de 2021. A iniciativa foi da Fundação Eça de Queiroz, presidida por Afonso Reis Cabral, trineto (e não bisneto do autor, como vem referido no jornal Expresso) e impulsionada pelo grupo parlamentar do PS.
É vergonhoso o que está a passar-se. Dá-me a sensação de que será uma vingança pelas críticas ferozes que Eça fazia aos que queriam, podiam e mandavam, no seu tempo, e em tempos mais antigos, ou melhor, desde sempre, porque o Poder sempre foi pernicioso. E perniciosa foi a ideia do grupo parlamentar do PS, aceder a Afonso Reis Cabral.
Alio-me aos seis bisnetos de Eça de Queiroz, que se opuseram à transladação do corpo do escritor para o Panteão Nacional, prevista para amanhã, mas adiada, devido ao tribunal, em cima da hora, não ter considerado a Providência Cautelar interposta por esses bisnetos, e não haver tempo para preparar as cerimónias.
Mas as coisa pode não ficar por aqui.
O povo de Baião também tem algo a dizer. Eça de Queiroz não pertence aos políticos, nem à política. Pertence à Nação. E a Nação somos todos nós.
Eça de Queiroz repousa no lugar da sua eleição.
A maior homenagem que os actuais políticos portugueses podem fazer a Eça de Queiroz é deixá-lo no lugar onde pertence, e PROIBIR que a sua obra seja conspurcada e reescrita na mixórdia ortográfica em que se transformou a Língua Portuguesa, da qual ele é um dos seus maiores estilistas. E já andam por aí umas publicações acordizadas da sua obra, que espero sejam atiradas ao lixo. Acordizar Eça é um crime de lesa-literatura, um insulto à sua memória, e retirá-lo da SUA Tormes é desenraizá-lo, literariamente falando. Ah! E começarem a escrever o seu nome correCtamente: Eça de Queiroz, e não, de Queirós, como ignorantemente se vê por aí.
E isto, sim, seria a maior homenagem que os actuais políticos poderiam prestar ao autor de “A Cidade e as Serras”.
O texto que se segue, atribuído a Eça de Queiroz, data de 1867, e o que mais sobressai deste texto é que ele poderia ter sido escrito hoje, dia 26 de Setembro de 2023.
«Política de Interesse»
Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.
A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.
À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)»
Fonte: https://www.citador.pt/textos/politica-de-interesse-eca-de-queiros
Esta é uma das imagens que as pessoas vêem, logo que ultrapassam a porta de entrada da minha casa. Esta é a minha homenagem ao escritor que nunca se curvou à mediocridade dos políticos. E essa foi uma das grandes lições que aprendi com Eça de Queiroz...
Isabel A. Ferreira
É isto que me ocorre dizer sobre este episódio muito significativo do desprezo que António Costa vota a Portugal e ao Povo Português, demonstrando não ter o mínimo respeito pelo bom funcionamento das instituições governamentais.
O caso Galamba é gravíssimo. E discordando eu, em tantas coisas, do Presidente da República, dei-lhe razão, quando sugeriu a demissão de Galamba. Porém, António Costa, num acto absolutamente absolutista, contra tudo e contra todos, inclusivamente contra o PR, manteve Galamba no cargo de Ministro das Infraestruturas, cargo esse que Galamba tem exercido levianamente, basta ver o circo que se passou no interior do seu ministério.
O que quis provar António Costa, ao não demitir João Galamba? No meu entender, quis provar algo muito óbvio: quem manda aqui sou EU, o Estado sou EU, algo que condiz bem com o regime socialista absolutista, actualmente vigente em Portugal.
Andamos aqui todos ao sabor da incompetência, do eu quero, posso e mando, atributo dos ditadores, do estou-me nas tintas para Portugal, enfim, andamos aqui todos à mercê de alguém, que com muito cinismo, segura o leme da desgovernação.
A este episódio podemos somar muitos outros lamentáveis episódios, que já levaram à demissão de vários ministros e de membros deste governo socialista absolutista.
Num texto que escrevi em 31 de Janeiro de 2022, neste Blogue, sob o título «Os Portugueses, que ontem deram a maioria absoluta ao PS, não sabiam que em Democracia não há lugar para o Absolutismo?» vaticinei que teríamos mais do mesmo… para PIOR.
E o PIOR aconteceu:
Sempre se criticou o Absolutismo.
Sempre se criticou o Absolutismo Monárquico.
Sempre se criticou a maioria absoluta dos outros, mas quando um Povo, pouco esclarecido nestas coisas de absolutismos, dá ao PS a maioria que eles sempre desejaram, faz-se uma grande festa!
E para isto contribuíram duas coisas terríveis: o MEDO da mudança, e o facto de termos um Povo ainda POUCO ESCLARECIDO. E uma Democracia só funciona em pleno numa sociedade maioritariamente esclarecida. E quando digo esclarecida, não se julgue que me refiro a canudos universitários, porque já vimos, pelas experiências na política portuguesa, que ter um canudo universitário não é sinónimo de ser-se esclarecido.
Além disso, pelas entrevistas de rua que vi na televisão, na altura, houve gente que tinha a bandeira de um determinado partido na mão, mas não sabia de que partido era. Como poderão votar em consciência?
Os Portugueses, se bem que apenas uma minoria, ao darem a maioria absoluta ao Partido Socialista, que já tinha dado provas de uma gigantesca incompetência, deram um passo na direcção errada, embora com a legitimidade que essa minoria lhe conferiu. Se já tínhamos um governo do eu quero, posso e mando, esse quero, posso e mando agigantou-se, com essa maioria absoluta.
António Costa começou logo por dizer, no seu discurso de vencedor, que não falaria com o Chega. Esta não será uma atitude ditatorial, como outras que já teve no anterior mandato? Afinal, o Chega ficou a ser a terceira força política, legitimada pelo voto do povo e que nele votou. O Chega existe. Quer se goste, ou não se goste. E se se chegou a tal, foi pela má prestação dos que se dizem de esquerda, da tal geringonça, que não passou disso mesmo: de uma geringonça, pois não conseguiram convencer nem os da esquerda, nem os da direita, com as suas atitudes, por vezes, dúbias e anhti-democráticas, embora isto de “esquerda/direita” me soe a tropa.
Além disso, continuámos a ter o mesmo primeiro-ministro, que além de muitos outros aspectos negativos, desconhece o valor da Língua Portuguesa e a sua Gramática, e falando em nome dos Portugueses [em meu nome não falou] o que gostaríamos era de falar à brasileira, usando redundâncias sem saber o que está a dizer, fazendo discursos numa linguagem insólita, incoerente, onde nem todos são todas, nem os portugueses são as portuguesas, nem os cidadãos são as cidadãs, ou tudo isto no seu vice-versa.
Tudo isto é muito triste.
Se Portugal já estava na cauda da Europa em quase tudo (ao menos serve para os turistas virem reinar, com todas as mordomias, que não se concede aos portugueses, que não passam do Zé do Paga Taxas, Taxinhas e Taxões); se em Portugal, a contestação, em várias frentes, é o pão nosso de cada dia, há tanto tempo; se nos anos de governação socialista, em Portugal não se avançou no SNS, que continua cada vez mais caótico; se não se avançou no Ensino, que continua super-caótico; se não se investiu na Cultura CULTA (não a inculta, que essa recebe chorudos subsídios) que continua a ser marginalizada; se não se anulou o ILEGAL AO90, que estraçalhou a Língua Portuguesa, violando a Constituição da República Portuguesa, a Lei e o direitos dos cidadãos; se não se aboliu a tauromaquia, a caça e todas as outras actividades que vivem da tortura de seres vivos, catapultando Portugal para a Idade Média; se não se orientou da melhor forma as actividades económico-financeiras do país; se não se conseguiu pôr fim à corrupção, à pobreza, à ladroagem que nos cerca por todos os cantos e esquinas; se não se conseguiu diminuir o fosso entre ricos e pobres; SE não… SE não … SE não… tanta coisa!!!! Com a maioria absoluta, sem que a Democracia plena seja executada, sem o contraponto dos restantes partidos políticos com assento na Assembleia da República, vaticinei um tsunami que afundaria ainda mais um Portugal que já estava afundado, desvirtuado, desconjuntado na sua identidade.
Um povo pouco esclarecido é um MANÁ dos deuses para os governantes.
Na altura, escrevi o seguinte: «Esperemos que o novo governo absolutista, tenha a hombridade de consultar TODOS os outros partidos eleitos e com assento no Parlamento, conforme as regras democráticas, e não vá governar conforme lhe der na real gana».
Escrevi esta frase esperançada, mas não me lembrei de que, em Portugal, não vivemos em Democracia, não temos um Estado de Direito, e a Constituição da República Portuguesa, onde estão consignados os direitos, as obrigações e os deveres do Povo, mas também dos governantes, é constantemente violada por estes últimos.
Portanto, o governo governa conforme lhe dá na real gana.
A Política, em Portugal, é exercida sem um pingo de dignidade e honestidade, sem respeito algum pelo Povo Português, enxovalhando com atitudes esvaziadas de nobreza, os Órgãos de Soberania Nacional.
Eu, como cidadã livre-pensadora, dotada de espírito crítico, e com uma elevada noção do seu dever cívico, sinto-me envergonhada com que está a passar-se, em Portugal.
E dou nota mil zeros abaixo de zero a todos os que desavergonhadamente estão a lançar Portugal para o abismo.
É URGENTE que Marcelo Rebelo de Sousa, como Chefe de Estado Português, e garante do funcionamento pleno dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicial, dentro dos trâmites da Constituição da República Portuguesa, cumpra honradamente as suas funções, também de acordo com a CRP, e ponha ORDEM neste pedaço de terra, que tantas vidas sugou, para que HOJE pudéssemos ter um PAÍS, que é dos Portugueses, e que queremos que seja livre e soberano, porque, neste momento, NÃO o é.
Ou então, que se demitam todos, e dêem lugar a quem pugne pela Cultura, pela História, pela Língua e pela Identidade Portuguesas.
Isabel A. Ferreira
Começo por referir as manifestações pró e contra Luiz Inácio Lula da Silva. Barulhentas, com cartazes insultuosos, uns, e amáveis, outros. Gente com opiniões completamente antagónicas sobre o Presidente que os Brasileiros escolheram, democraticamente, para governar o Brasil. Mas não é sempre assim? Os presidentes nunca são de TODOS os cidadãos. São apenas daqueles que votaram neles.
Mas destas manifestações quero destacar a fala de uma senhora brasileira, anti-Lula, que muito indignada, por ver os governantes portugueses a receberem Lula da Silva com toda a pompa e circunstância, disse o seguinte: «Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, são os puxa-sacos de Lula», in CNN mais ou menos pelas 8 horas e 25 m, do passado dia 25 de Abril. E eu acrescentaria, não, pelos mesmos motivos da senhora brasileira, mas por motivos que se prendem com a negociata da Língua Portuguesa: «puxa-sacos é “ápilido”, ou seja, apelido.
1ª Sessão Solene:
Foto: (Tiago Petinga/Lusa)
Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Federativa do Brasil, foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para participar na cerimónia do “25 de Abril”, por conta da descolonização das colónias portuguesas, a qual teve início com o Grito do Ipiranga brasileiro. No entanto, Marcelo esqueceu-se de que o “25 de Abril” fez-se para acabar com uma ditadura que mantinha uma guerra colonial em África, e que o Brasil, país livre e soberano, desde 1822, estava lá longe. Pretender misturar estas águas, foi tentar atirar areia para os olhos dos Portugueses, como se eles fossem muito parvos.
Não cabe ao presidente da República convidar quem quer que seja para uma sessão solene na Assembleia da República, ultrapassando as regras do “território” presidido por Augusto Santos Silva.
Como descalçar esta bota?
Organizando duas sessões solenes.
Aos Portugueses foi dito que Lula da Silva não participaria nas celebrações do “25 de Abril”. Então, por que é que Lula foi de cravo na lapela? Então, porque é que Santos Silva foi de cravo na lapela? Então, porque é que puseram na mão de Marcelo, que veio sem cravo, um cravo, que ele não pôs na lapela, (aliás, nunca pôs, como quem diz: esta revolução não me tocou o coração, o que justifica a indiferença que o Povo Português lhe merece, estando-se completamente nas tintas para os seus APELOS). Então, porque os palanques dos discursos estavam adornados com cravos, símbolo da Revolução de Abril? Ouvi dizer, na televisão, que apenas seriam postos depois da sessão com Lula, mas estavam lá, com Lula.
Então, porque é que, no seu discurso, Lula da Silva, ao contrário de Marcelo e Santos Silva, teve a lembrança de se referir ao “25 de Abril”.
Disseram aos Portugueses que Lula da Silva NÃO viria discursar na cerimónia do “25 de Abril”. Mas fizeram melhor do que isso: fizeram uma cerimónia pomposa, onde apenas Lula da Silva brilhou, de cravo ao peito, a celebrar a Democracia e a Liberdade, uma vez que, segundo o próprio Lula disse à saída da AR à comunicação social, foi para isso que o convidaram.
Então, alguém andou a mentir-nos.
No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa centrou-se, principalmente, na necessidade de justificar o seu interesse desmedido pelo Brasil e pela imposição a Portugal da Variante Brasileira do Português [que, aliás, ele fala muito mal, mas esta será um história para contar numa outra ocasião], indo buscar o avô que foi para o Brasil, os netos brasileiros, ele próprio, um luso-brasileiro, pois tem a dupla nacionalidade, porém nada disso, justifica que ele se esqueça de que é, acima de tudo isso, o Presidente da República Portuguesa, que tem o DEVER de defender e cumprir a Constituição da República Portuguesa, algo que ele NÃO cumpre.
O discurso de Santos Silva foi feito de palavras de circunstância, que não outorgou o mínimo de mais-valia à cerimónia. Falou de diversidade, mas quer impingir-nos a Variante Brasileira do Português. Diz que vivemos em liberdade, mas a liberdade sem bem-estar social, cultural e civilizacional confunde-se com estado do Estado Novo.
Santos Silva, sempre empenhadíssimo em impor-nos o ilegal e inconstitucional AO90, disse que o elo mais forte entre Brasil e Portugal é a língua comum. Que língua comum, se Lula da Silva nem conseguiu perceber as perguntas que a jornalista portuguesa lhe fez, na conferência de imprensa, em Belém, e Marcelo serviu-o como seu TRADUTOR?
O mais sinistro disto tudo é os Três Tristes Trengos (Marcelo, Santos Silva e António Costa) que defendem, contra tudo e contra todos, servilmente, a Variante Brasileira do Português, acharem que os Portugueses são todos muuuuuito parvos.
Santos Silva citou as prosas de Clarice Lispector e Fernando Pessoa. Prosas que se distanciam pela semântica, pelo léxico, pela ortografia, pela morfologia, pela sintaxe, e se ambos comunicassem oralmente, pela fonologia. E vem Santos Silva falar em Língua comum? Clarice escreve segundo o evangelho da Variante Brasileira do Português, e Fernando Pessoa escreve em Língua Portuguesa.
Quando Lula da Silva começou o seu discurso, os deputados do partido CHEGA levantaram-se e exibiram uns cartazes insultuosos, dirigidos ao presidente da República Federativa do Brasil, que, impávida e serenamente, simplesmente ignorou tal afronta, como qualquer pessoa inteligente faria, no seu lugar.
Ao contrário, Augusto Santos Silva, em modo de “dono da casa” (como se a casa fosse dele e não do POVO), numa atitude algo ditatorial, algo anti-democrática, com o dedo em riste, fazendo-me lembrar alguém de outros tempos, quando fazia discursos inflamados, e com um olhar, que se matasse, os deputados do CHEGA hoje iam todos a enterrar, censurou a atitude dos deputados, repreendendo-os como se eles fossem uns miúdos que ali se infiltrassem clandestinamente, e não deputados eleitos por uma fatia do Povo Português.
Não teriam a liberdade de exprimir o seu descontentamento, que, a ficar mal, só ao CHEGA ficaria mal, não fosse a intervenção censória de Santos Silva?
Lula da Silva comportou-se muito mais democraticamente ao ignorar, durante a cerimónia, o comportamento do CHEGA, que pode ser criticado, mas não reprimido, para não parecer que estamos no pré-25 de Abril.
Afinal, para Santos Silva, o “25 de Abril” não acabou com a censura.
Já fora do Hemiciclo, sobre este episódio, Lula da Silva, disse aos jornalistas de sua justiça, desvalorizando a atitude dos deputados, pondo para cima dos ombros deles, a má figura que fizeram.
Acrescento uma nota pessoal: em relação aos cartazes a referir “Lula ladrão, corrupção, lugar na prisão”, é conveniente que se saiba que Lula foi julgado e condenado, pelos factos mencionados nos cartazes. Esteve preso, embora pouco tempo, porque a Justiça brasileira, por motivos que só os magistrados conseguem entender, libertou Lula, ilibando-o das acusações que o levaram à prisão. Daí em diante, o facto de poder candidatar-se novamente à presidência da República é uma questão de leis. A lei permite. Se isto está certo ou errado é outra questão.
Nós cá também não temos casos desses, por aí?
Ao fim e ao cabo, o único que esteve bem nesta 1ª Sessão Solene do "25 de Abril" , foi Luiz Inácio Lula da Silva.
***
2ª Sessão Solene:
Fonte da imagem: https://www.presidencia.pt/atualidade/toda-a-atualidade/2023/04/sessao-solene-comemorativa-do-49-o-aniversario-do-25-de-abril/
Acabada a primeira sessão solene comemorativa do “25 de Abril”, para fazer Lula da Silva brilhar, ofuscando Marcelo e Santos Silva, teve início a segunda Sessão Solene, para a prata da casa.
Uns com cravos na lapela, outros, não, todos os Partidos Políticos, com assento no Parlamento, tiveram direito a discursos.
A intenção foi comemorar a Democracia.
Comemorar o quê, se essa Democracia está comprometida?
Se a nossa identidade linguística está a ser esmagada?
Se Portugal está mergulhado no CAOS em todos os aspectos da vida pública e social?
Se os Portugueses, na sua generalidade, estão descontentes com a actuação da maioria absoluta socialista, que governa em modo de ditadura fascista de esquerda, tão perniciosa, como a ditadura fascista de direita, que o “25 de Abril” destruiu?
Os discursos dos representantes dos Partidos Políticos iniciaram-se com Rui Tavares do LIVRE, que fez um excelente discurso, destacando os podres desta democracia, ainda a ser.
Brilhantes foram também os discursos de Inês Real (PAN) e de Rui Rocha, representante do partido Iniciativa Liberal (IL), sóbrio, incisivo, na mouche.
O PSD e BE foram iguais a si próprios, bem como o PCP que, ao dirigir-se a todas e todos cidadãs e cidadãos, estragou a fala, com este tipo de linguagem pirosa, desconhecendo, por completo, as regras gramaticais do Plural Colectivo.
André Ventura, do CHEGA, gostem ou não gostem de ouvir isto, disse umas boas verdades, daquelas que muitos Portugueses gostam de ouvir, daí que o CHEGA se chegue à frente, e a culpa é de quem? Do PS mais as suas políticas absolutistas.
O jovem do PS não tem a noção do mal que o seu partido está a fazer ao País. Falou de ataques à Democracia, vindos da direita, quando eles próprios são os grandes predadores dessa Democracia, exercendo-a ditatorialmente, com a sua maioria absolutista, através de um poder despótico exercido em nome do Povo.
João Torres fez um discurso onde demonstrou incapacidade de ver a realidade. Os socialistas vivem numa bolha, que construíram para nela se esconderem das vigarices que vão gerando em catadupa. Uma vergonha!
Em que parte o PS está a cumprir a VONTADE dos Portugueses? Em que parte?????
Nota zero para este discurso, onde imperou a cegueira.
Quem também se espalhou no linguajar piroso foi Santos Silva, com “caros e caras, “cidadãos e cidadãs”. Que pobreza de linguagem, para alguém com tão alto cargo, na Nação!!!!!!! E ainda nos quer impingir um outro tipo de linguajar grafado à brasileira, como se nós pertencêssemos ao Brasil!
O discurso de Santos Silva foi oco, sem substância. Um discurso feito de palha, por nada mais ter a dizer. Um discurso afastado do espírito do “25 de Abril”. Mas o que teria para dizer alguém que está a contribuir para a perda da soberania portuguesa?
Falou em estabilidade política. Onde????? Já não tem a noção do que é estabilidade política, que Portugal não vê desde há muito tempo.
Foi um triste discurso, com muita parra e pouca uva.
É o que faz estar há demasiado tempo no Poder: as palavras gastam-se, fogem da realidade, já não resta mais nada para dizer, senão o que já foi dito e redito anos a fio.
E nós que os vemos e ouvimos, todos os dias, há tanto, tanto tempo, já estamos fartos das mesmas caras, das mesmas palavras repetidas, da mesma letargia, que só um tempo longo é capaz de gerar.
A sessão encerrou com o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, que falou da coincidência da vinda de Lula da Silva, numa ocasião em que Portugal celebra o “25 de Abril”, aliando essa data à 1ª descolonização, a do Brasil, para justificar a visita.
Sendo coincidência ou não, maior coincidência foi Lula ter aterrado em Figo Maduro na véspera do 523º aniversário do Descobrimento do Brasil, em 22 de Abril de 1500, tendo iniciado a visita nesse dia histórico. Algo muito sugestivo.
Viria Lula da Silva DESCOBRIR Portugal, para o colonizar, acrescentando aos 500 mil brasileiros, já aqui instalados, muitos mais?
Os nossos governantes andam a jogar um jogo muito perigoso com os Portugueses, julgando que são todos muuuuuuito parvos. E quando isto acontece, há consequências.
E elas virão, no momento certo.
Isabel A. Ferreira
Quem o disse, numa entrevista, para justificar a sua ida ao Qatar, foi Augusto Santos Silva, um socialista que não é uma pessoa qualquer. Trata-se exactamente do presidente da Assembleia da República Portuguesa que, antes de o ser, era o ministro dos Negócios DOS Estrangeiros, que tudo fez (e supõe-se que continua a fazer) para que a Cultura, a História e a Língua Portuguesas, bem como (já agora e depois desta declaração) a Bandeira Nacional e o Hino Nacional deixassem de ser os factores mais importantes de Unidade Nacional.
No estrangeiro, somos identificados pela NOSSA selecção nacional de futebol. Isto não é para qualquer um.
Já no mundial de 2018, Marcelo Rebelo de Sousa, que é nem mais nem menos o presidente da República Portuguesa, disse que a selecção portuguesa de futebol é "um factor de unidade nacional" e até lhes pediu para serem aquilo que são, porque são os melhores do mundo. Aliás, para Marcelo, Portugal é o melhor do mundo, em tudo e mais alguma coisa.
Isto não é patriotismo nem futebolismo a mais. Isto é pura cegueira mental.
Depois de Marcelo (que foi muito bem-recebido pelo Emir, com honrarias e tal…) e Santos Silva, irá ao Qatar António Costa, que é nem mais nem menos o primeiro-ministro de Portugal, para apoiar, segundo o próprio, NÃO os não-direitos humanos vigentes naquele País, mas a tal SELECCÃO que é o factor MAIS importante da nossa Unidade Nacional.
Como identificamos as pessoas que vamos encontrando, quando viajamos? Perguntando-lhes: «Qual é a sua selecção nacional»? A mim, nunca me aconteceu fazerem-me essa pergunta.
Qual Língua Portuguesa, qual Bandeira Nacional, qual Hino Nacional, quais símbolos nacionais? Tudo isto são factores MENORES da Unidade Nacional, para os três representantes MAIORES (???) de Portugal.
Com representantes destes quem precisa de INIMIGOS?
E o pobre português que pague estas estas viagens, que NÃO são de Estado, mas tão-só de puro recreio. E quantos portugueses não gostariam de ir ao Qatar apoiar a SELECÇÃO deles, e NÃO vão porque NÃO têm dinheiro para a viagem?
E isto para não falar da deslocação a um País que NÃO respeita os Direitos Humanos, e à conta deste Mundial, pelo que li, morreram cerca de 6.500 trabalhadores, por falta de condições, foram escravizados, mal pagos; fora a situação das mulheres, enfim…
Mas, já ouvi Marcelo dizer que Portugal mantém boas relações com outras autocracias, e até se consentiu que para a CPLP (que significa Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) entrasse o ditador da Guiné Equatorial, país onde nem sequer se fala Português.
Ditadura também a temos entre nós. Basta ver o autoritarismo com que Portugal, actualmente, está a ser governado, inclusive por SS, na Assembleia da República. Ele ali é o dono daquilo tudo!!!!! Viram o TOM MAIOR com que se dirigiu à PSP, na AR?
Portugal está mergulhado na MEDIOCRIDADE, na INCULTURA, na ILITERACIA, na POUCA-VERGONHA.
Não há um Portugal B, se houvesse, mudava-me para lá. Porque o Portugal A está DESGOVERNADO e não serve os interesses dos Portugueses.
ATENÇÃO! - Não tenho nada contra a Selecção, nem contra o Futebol, quando ele é DESPORTO. Quando é COMÉRCIO não gosto. Não sou de ver futebol, mas não critico quem vê e gosta e aplaude. Não gosto do fanatismo, nem futebolístico, nem de qualquer outro. E sim, quando a Selecção de Portugal joga, eu ASSISTO, e torço por ela. O que NÃO gosto é quando os governantes fazem os Portugueses de PARVOS!!!!!! Por isso, escrevi este texto.
Isabel A. Ferreira
Deputados do PS, PSD e Chega num banquete a celebrar a violência e a crueldade das touradas, à custa dos contribuintes, no passado dia 6/10/2022 na Assembleia da República. Só nos últimos 10 anos, a tauromaquia deixou um rasto de 15 mortes, 2.500 feridos e mais de 12.000 animais torturados e mortos nas arenas em Portugal. Além disso, uma criança morreu numa largada de touros este ano. É isto que celebram? É este rasto de violência que querem perpetuar?
(…)
Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=474222474751949&set=a.325943376246527
Cá estaremos TODOS para denunciar estas iniciativas trogloditas, e a fazer de tudo até que consigamos limpar a Assembleia da República dos mofos tauromáquicos, para que Portugal possa evoluir e tornar-se um país mais civilizado, sem estas práticas bárbaras, que só envergonham a sociedade portuguesa, que já evoluiu, e põe de rastos a Humanidade.
Pelos Touros! Pelos Cavalos!
Abaixo esta miséria moral, social e cultural que vemos na imagem!!!!!!
Isabel A. Ferreira
Existe uma lei, que dizem ser de PROTECÇÃO AOS ANIMAIS: Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, que pode ser consultada neste link:
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=2172&tabela=leis
Nesta “lei”, a Assembleia da República decretou, nos termos dos artigos 164º e 169º, nº 3, da Constituição da República Portuguesa, o seguinte, no Capítulo I, Artigo 1º, alínea d):
d) [É proibido] abandonar intencionalmente na via pública animais que tenham sido mantidos sob cuidado e protecção humanas, num ambiente doméstico ou numa instalação comercial ou industrial;
Em aditamento, diz-se também que:
«Em caso de evidência de sinais da prática de crimes de maus-tratos contra animais de companhia, as forças de segurança, os órgãos de polícia criminal, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e os municípios devem desencadear os meios para proceder à recolha ou captura dos mesmos.»
Pois esta lei, com todos os seus defeitos e excepções (porque uns são mais animais do que outros, e merecem mais protecção do que outros) NÃO é aplicada adequadamente, nem mesmo quando se pede ajuda às autoridades que deviam ser competentes, mas não são.
Foi o caso de um cidadão bragantino, que no dia 05 de Julho do corrente ano, recolheu uma cadelinha grávida e um cãozinho abandonados, e como já tem dois cães, pediu ajuda ao Presidente da Câmara Municipal de Valpaços nos seguintes termos:
Assunto: | Cães abandonados |
Data: | 29-07-2022 20:52 |
De: | Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com> |
Para: | "mesacpn@pan.com.pt" <mesacpn@pan.com.pt> |
Para conhecimento de V. Exa junto segue um texto dirigido ao Sr. Presidente da Câmara de Valpaços, no qual ainda não obtive qualquer resposta, nem apoio das entidades locais, envio uma cópia do assunto referido aguardando do partido ou outra entidade responsável uma resposta, grato pela vossa colaboração.
Exmo. Sr. Presidente, da Câmara de Valpaços
Venho por este meio, comunicar:
No passado dia 05 de Julho de 2022, o exponente que convive com o seu irmão de nome Felisberto Mata, (...), em Santa Valha, alertou os vossos serviços municipais do canil por ter aparecido em nossa casa (já temos 2 cães devidamente legalizados) uma cadelita grávida e mais um cãozito, que presumo terem sido abandonados na aldeia, por alguém sem escrúpulos. A cadelita que não se deixa apanhar, em pouco tempo foi parir 5 crias numa casa abandonada e em ruínas, paredes meias com a nossa casa.
As crias foram resgatadas e levadas para o quintal da nossa casa onde agora se encontram com um espaço muito exíguo e sem quaisquer condições.
Contactado o vosso serviço do canil na pessoa do Sr. Carlos foi-me referido:
Que o canil municipal no momento (5 de Julho de 2022) se encontrava abarrotado - cheio - (não sei que espécie de canil é esse e quais as condições que possui) mas segundo parece um canil feito de raiz exigia-se no mínimo uma oferta muito maior àquela que não tem!
Por isso as condições ali existentes segundo vozes discordantes mereciam coisa melhor do que aquela que realmente não é.
Não obstante, pelas qualidades profissionais do Sr. Carlos e a boa vontade que o caracterizou, rapidamente ofereceu-se para inteirar-se do assunto e imediatamente se deslocou a Santa Valha.
Fotografou os cãezitos e perguntou-me se já comiam, no qual lhe foi dito que sim, retorquindo de seguida que era mais fácil encontrar alguém que os adoptasse depois de serem colocadas as fotos na Net. (Até ao momento não sei se este procedimento foi executado).
Foi referido que não era possível recolher a cadelita nem o cãozito, uma vez que, como acima se refere, já não tinham espaço no canil e a única maneira dos cães sobreviverem seria de facto, eu os adoptar.
Imediatamente me prontifiquei a fazê-lo nas condições seguintes acordadas:
Os serviços do canil assumissem as despesas de todos os encargos, nomeadamente:
Fazer a laqueação da cadelita.
Desparasitar e vacinar os animais tendo em atenção a contribuição para a sua alimentação.
Espero que os vossos serviços sejam céleres na resolução deste problema.
Há um ditado popular que diz " O inferno de boas intenções está cheio", espero que a solução deste assunto não caia em saco roto.
Os meus cumprimentos
Amadeu Mata
Sobre este assunto foi dado conhecimento a outras instâncias superiores
***
As outras instâncias foram a Acção Jurídica PAN, para quem Amadeu Mata enviou a carta dirigida ao Presidente da Câmara de Valpaços, em 29 de Julho, a qual respondeu o seguinte, no dia 19 de Agosto:
«Agradecemos o contacto ao Pessoas-Animais-Natureza (PAN).
Na sequência do e-mail que antecede, solicitamos que nos indique se já obteve das entidades competentes resposta ao S/ pedido e, em caso negativo, pedimos-Lhe o favor de nos informar a fim de reforçarmos a necessidade de uma intervenção junto dos animais.
Ficamos a aguardar a S/ resposta,
Com os melhores cumprimentos,
(…) Secretaria de Acção Jurídica
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Neste mesmo dia, Amadeu Mata respondeu ao PAN, o seguinte:
De: Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>
Enviado: segunda-feira, 19 de Setembro de 2022 09:07
Para: Acção Jurídica PAN <accaojuridica@pan.com.pt>
Assunto: Re: N/ ref. interna n.º 435/2022 - Cães abandonados
Em resposta ao assunto em referência, informo que até ao momento ainda não obtive qualquer resposta ao pedido formulado à respectiva entidade.
O atraso na resposta deveu-se ao facto de sentir alguma esperança por parte das entidades competentes na solução deste problema o que realmente não aconteceu
Com os meus melhores cumprimentos.
Atenciosamente
AFMata
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De: Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>
Enviado: quinta-feira, 29 de Setembro de 2022 13:56
Para: Acção Jurídica PAN <accaojuridica@pan.com.pt>
Assunto: N/ ref. interna n.º 435/2022 - Cães abandonados
Em aditamento à minha mensagem enviada no passado 19 de Setembro de 2022, solicito de Va. Exa. uma resposta urgente uma vez que os meus recursos financeiros de sustentar os animais estão -se a esgotar.
Espero uma resposta urgente, grato pela vossa atenção.
Com os meus cumprimentos
AFMata
***
Em 09 de Outubro, Amadeu Mata escreve ao Provedor do Animal:
De: Amadeu Mata <amadeumata@hotmail.com>
Enviado: terça-feira, 4 de Outubro de 2022 17:36
Para: info@provedordoanimal.pt <info@provedordoanimal.pt>
Assunto: Fw: N/ ref. interna n.º 435/2022 - Cães abandonados
Para conhecimento de V. Ex. Junto segue várias mensagens a pedir ajuda a quem de direito para o facto de cães abandonados a serem alimentados e auxiliados pelo exponente, sem obter quaisquer ajuda das entidades competentes.
Com os meus cumprimentos
AFMata
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Chegados aqui, Amadeu Mata expôs-me o assunto, e aqui estou eu, a narrar publicamente o que se passa em Portugal, na questão de Protecção Animal, num jogo absolutamente impróprio de um País que diz ter leis das mais avançadas, para tudo e para todos.
Primeiro: as leis portuguesas NÃO são assim tão avançadas, pois as lacunas são chocantes e NÃO defendem tudo o que devem defender.
Segundo: as entidades responsáveis por as fazer valer (as leis) apresentam-se irresponsáveis, na sua grande maioria.
Acrescente-se que enviar Cães abandonados para os canis municipais é a opção menos humana, dadas as condições degradantes em que os canis se encontram, salvo raras, raríssimas excepções.
Agora, que tornei pública esta saga, só me resta enviar este texto a todas as entidades envolvidas, e mais algumas, para ver o que acontece. Normalmente não acontece nada, mas pode ser que, desta vez, aconteça.
E aqui fica a imagem dos amorosos cãezinhos, que a cadelinha grávida pariu, à espera de adoptantes RESPONSÁVEIS. E Amadeu Mata está disposto a laquear as fêmeas para que as pessoas, que as adoptarem, não tenham problemas.
Num país onde as leis NÃO são para cumprir, nem os que as transgridem são penalizados, continuaremos a ter animais não-humanos, a ser tratados DESUMANAMENTE por aqueles que abrem a boca para se dizerem seres humanos.
Isabel A. Ferreira
A enviar para:
municipio@valpacos.pt, mesacpn@pan.com.pt, accaojuridica@pan.com.pt, info@provedordoanimal.pt
CC:
gabinete.pm@pm.gov.pt, gabinete.ministro@mc.gov.pt, gp_ps@ps.parlamento.pt, gp_psd@psd.parlamento.pt, gabinete@ch.parlamento.pt, Gabinete@il.parlamento.pt, gp_pcp@pcp.parlamento.pt, bloco.esquerda@be.parlamento.pt, Pan.correio@pan.parlamento.pt, livre@l.parlamento.pt
No entanto, o que vemos mais por aí, nomeadamente nas aldeias ou nos arredores das cidades, são Cães acorrentados, vivendo tristemente, como se fossem uns simples seres desprezíveis, e não houvesse uma lei para os proteger.
Os Animais acorrentados, presos em currais, gaiolas, galinheiros, continuam a morrer, vítimas dos incêndios florestais, que, graças à falta de uma Política Florestal, em Portugal, aliás, à falta de TODAS as políticas de TUDO, continuam a devastar a flora e também a fauna portuguesas – não esquecer isto.
E todos os anos, ouvimos os governantes dizerem sempre o mesmo: vamos fazer isto, e mais aquilo, e mais aqueloutro, e no fim das contas NADA se faz, e, todos os anos, todos os crimes inerentes a estes incêndios diabólicos, são repetidos, porque, simplesmente, NADA é feito.
Os Cães acorrentados permanentemente violam a lei portuguesa em vigor sobre o acondicionamento de animais (Decreto-Lei n.º 276/2001 e Decreto-Lei n.º 315/2003) no entanto, é ainda uma realidade bastante frequente e VISÍVEL a olho nu, por todo o nosso país terceiro-mundista.
E não vemos as autoridades, principalmente a GNR, que anda pelas aldeias a bater às portas de pessoas idosas, quase todas com Cães acorrentados, a adverti-las para o crime que estão a cometer, ao manter os Cães acorrentados.
O PAN emitiu um comunicado onde informa que vai exigir ao Governo implementação urgente do Plano Nacional de Desacorrentamento.
Foto: Associações Ira E Apbs
E isto, no seguimento de mais um ano em que os incêndios voltaram a tirar a vida a animais que se encontravam acorrentados, sem qualquer hipótese de fuga, e foram deixados ali a morrer. Nada que já não tivesse acontecido anteriormente. E ninguém aprende nada com os erros cometidos e repetidos anos, após anos.
Daí que o PAN venha exigir que o Governo implemente, com carácter de urgência, o Plano Nacional de Desacorrentamento de Animais de Companhia que ficou inscrito no Orçamento do Estado 2022, por proposta desse Partido político, e regule as condições de alojamento dos animais.
Segundo se lê no comunicado de imprensa, apesar das mortes trágicas registadas em Santo Tirso há dois anos e em Santa Rita no ano passado, continuam a morrer dezenas de animais de companhia acorrentados, vítimas dos incêndios florestais que varrem o país, como se veio a verificar nos incêndios de Palmela e agora na Serra da Estrela.
[Mas não só os de companhia, são animais. Morrem milhares de animais nas florestas ardidas, presos nos currais, nos galinheiros, nas jaulas...]
No mesmo comunicado, Inês de Sousa Real porta-voz e deputada do PAN, salientou que «não é aceitável que todos os anos continuem a morrer animais de forma tão atroz nos incêndios, por não serem evacuados e se encontrarem permanentemente acorrentados ou sob outras formas de retenção, sem qualquer forma de escapatória a uma morte cruel e dolorosa».
«Sucede que, apesar de a sociedade portuguesa ter ficado horrorizada com imagens como as que nos chegaram dos pelo menos 73 animais de companhia mortos por se encontrarem retidos em dois abrigos em Santo Tirso e de ter pedido uma mudança às autoridades competentes, chegamos ao dia de hoje e continuamos a ter animais de companhia em fogos florestais», lamenta ainda Inês de Sousa Real.
E, acrescenta: “É absolutamente incompreensível que o Governo ainda não tenha avançado com a implementação do Plano Nacional de Desacorrentamento de Animais de Companhia. Plano este que visa apoiar as pessoas a reconverterem os espaços onde os animais se encontram, de forma a poderem ser libertados das correntes”.
A porta-voz do PAN exorta, por isso, o Governo a que dê seguimento com carácter de urgência à elaboração e implementação de um plano nacional de desacorrentamento de animais de companhia, concretizando a medida inscrita no Orçamento do Estado de 2022, por iniciativa do PAN, cuja verba inscrita orça os 500 mil euros.
Paralelamente, o PAN vai voltar a levar o tema à Assembleia da República, mediante a apresentação de uma nova proposta de iniciativa que visa regular o acorrentamento permanente, com vista ao seu fim, e o alojamento dos animais de companhia em Portugal, retomando assim os termos de um projecto de lei submetido em Junho de 2021 e aprovado na generalidade, mas que, por fruto do fim antecipado da legislatura, acabou por não ser sujeito a votação final.
Do mesmo modo, o PAN insiste na importância da iniciativa apresentada para a criação pelo Governo de um Plano Nacional de Resgate Animal a incluir no Plano Nacional de Emergência de Protecção Civil, com aplicação e concretização municipal, já proposto, nomeadamente em sede de OE 2022, rejeitado com os votos contra do PS e a abstenção do PSD, e Iniciativa Liberal.
Isabel A. Ferreira
Uma recomendação que me chegou via e-mail.
«Quando for a Lisboa, aproveite para almoçar bem e barato e, sobretudo, para conhecer talvez a principal causa da decadência do povo da Lusitânia.»
ENTRADA:
Caviar beluga - 1 €
EMENTA:
Gambas, Camarão tigre, Lavagante, Sapateira, Queijo da Serra, Presunto de Barrancos, Garoupa e Bife do Lombo - Vinho:
Palácio da Bacalhoa - 3€
BEBIDAS
Mini - 0,10€
Vodka Eristoff - 1,50€
Gin Bombay Sapphire - 1,65€
Whisky Famous Grouse - 2€
1 garrafa de champanhe Krug - 3 €
Café - 0,05€ (não, não é engano, são mesmo 5 cêntimos)
MORADA
Palácio de S. Bento (Assembleia da República)
1249-068 LISBOA
CONTACTO: Tel: 21 391 9000
E a vilanagem não se farta!
***
A ser verdade, percebe-se por que há tantos pelintras a candidatarem-se para frequentar este restaurante!
Atentem no que diz Paulo Brito, mais abaixo,e eu subscrevo inteiramente.
Na Casa da DEMOCRACIA, as ideias até podem ser diferentes, cada um com a sua, e há que respeitar. As ideias, mas não os ACTOS.
APOIAR descaradamente um ditador que se comporta à moda dos medievais czares da Rússia, o qual invadiu um país livre e democrático, à moda dos tempos bárbaros de Ivan, o Terrível, estando a tentar exterminar o Povo Ucraniano, e a cometer as maiores barbaridades contra civis e cruianças inocentes, um Povo que elegeu DEMOCRATICAMENTE e por uma maioria esmagadora, Volodymyr Zelensky, o seu legítimo e corajoso líder, é de alguém que não consegue olhar para os lados e ver o óbvio.
Um erro que o PCP poderá pagar com a sua extinção na Assembleia da República, quiçá, do mapa político.
Isabel A. Ferreira
Os meus leitores podem fazer as contas, com os dados que aqui deixarei, oriundos da Comissão Nacional de Eleições (CNE) que hoje publicou, no Diário da República, o mapa oficial com os resultados das eleições e a relação dos deputados eleitos para a Assembleia da República.
De 5.417.715 de votos expressos (válidos) 2.302.601 foram para o PS e 3.115.114 distribuíram-se por todas as outras bandas.
Depois de estas contas, fiquei mais descansada, porque fiz uma má ideia do Povo Português, que não tendo grandes motivos para dar a maioria absoluta ao PS, o PS venceu as eleições com maioria absoluta, num universo eleitoral de 10.813.246 eleitores inscritos.
O que são 2.302.601 de votos, entre 10.813.246 de Portugueses capacitados para votar?
Apenas 2.302.601 portugueses são responsáveis pela ascensão de um mais que provável governo despótico, uma vez que as maiorias absolutas a isso levam.
Se bem que, tal como o partido vencedor, as outras opções deixavam muito a desejar.
Façamos as contas: o universo eleitoral era de 10.813.246 eleitores e votaram apenas 5.564.539, tendo-se registado uma taxa de abstenção de 48,54%. No entanto, o número expresso de votos foi de 5.417.715. Acrescentem-lhe, agora os votos em branco 63.103 (1,13%), e os votos nulos 83.721 (1,50%) e os que se distribuíram pelos restantes partidos, e teremos uma minoria a dar maioria ao PS.
O documento refere que o PS foi o partido mais votado, com 2.302.601 votos, correspondentes a 42,50% do total, elegendo 120 deputados.
Mas há que contar o resto:
O PSD ficou em segundo lugar, elegendo 77 deputados. Os sociais-democratas obtiveram 1.539.415 votos nos círculos eleitorais de Portugal continental, da Europa e Fora da Europa, ou seja, 28,41% do total de votos expressos, elegendo 72 deputados.
Na Madeira, o PSD concorreu coligado com o CDS-PP, coligação que obteve 50.636 votos e deu mais três deputados à bancada social-democrata. Nos Açores, a coligação entre PSD, CDS-PP e PPM conseguiu 28.330 votos e elegeu mais dois deputados.
Em terceiro lugar ficou o Chega com 399.659 votos, 7,38%, elegendo 12 deputados (mais 11 do que em 2019).
A quarta força política mais votada foi a Iniciativa Liberal, que elegeu oito deputados (mais sete do que há dois anos) com 273.687 votos, 5,05%.
A CDU, coligação composta pelo PCP e pelo PEV, obteve 238.920 votos, 4,41%, e elegeu seis deputados (menos quatro do que em 2019). O PEV não elegeu deputados e perdeu a representação (dois deputados) que tinha na Assembleia da República.
O BE conseguiu 244.603 votos, 4,52%, e elegeu cinco deputados, menos 14 do que os que tinha obtido em 2019.
O PAN perdeu três dos quatro deputados eleitos há dois anos, elegendo apenas um com 88.152 votos, 1,63%; o Livre repetiu a eleição de um deputado, com 71.232 votos, correspondentes a 1,71% dos votos expressos.
O CDS-PP perdeu a representação parlamentar, obtendo 89.181 votos, 1,65% do total.
E depois, os outros, cujas percentagens referem-se aos votos expressos:
O R.I.R obteve 23.233 votos, ou seja, 0,43%; o PCTP/MRPP alcançou 11.265 votos (0,21%); a JPP 10.786 votos (0,20%); o ADN 10.874 (0,20%); o MPT 7.561 (0,14%); o Volt 6.240 votos (0,12%); o MAS 6.157 (0,11%); o Ergue-te 5.043 (0,09; o Nós Cidadãos 3.880 (0,07%); o PTP 3.533 (0,07%); a Aliança, 2.467 (0,05%) e o PPM 260 (0,00%).
Posto isto, a Lei Eleitoral deve ser revista, urgentemente. Porque não me parece certo fazer contas eleitorais desta maneira, em que uma minoria de votantes elege uma maioria absoluta, que reinará a seu bel-prazer, e pelo já visto, a que bel-prazer!!!!!
É o que dá não haver um povo maioritariamente com sentido cívico e massa pensante.
Isabel A. Ferreira