Foi muito triste. E disse muito da desumanidade de quem promove estes “espectáculos” onde usam e abusam de animais, que sofrem uma vida inteira, para que uns poucos se divirtam e outros poucos encham bolsos.
A SIC promoveu os maus-tratos no circo Monte Carlo, que ainda não evoluiu.
A RTP e a CMTV promoveram o circo Cardinali, que se recusa a evoluir.
E pensar que em Portugal já existem circos, cujo o único animal, que nele participa, é o humano, como deve ser, praticando as verdadeiras Artes Circenses!
E pensar que estes verdadeiros Circos não mereceram parangonas nas televisões portuguesas, que, Neste Natal, estiveram ao serviço dos maus-tratos a animais, da mediocridade e da pobreza cultural!
Deixo-vos com um texto intitulado «O circo não é divertimento para todos», onde são abordados todos os maus-tratos que os animais sofrem, desumanamente, para, por uns minutos, se apresentarem a um público que não faz a mínima ideia desse sofrimento, se fizesse, deixaria o circo vazio.
E pensar que tinham, por exemplo, os maravilhosos Circolando e Cirque du Solei para exibir!
Isabel A. Ferreira
Circolando – Circo português sem animais
O circo não é divertimento para todos
Para os menos atentos o circo transparece uma imagem de animação onde os animais executam truques com satisfação e sem qualquer desconforto aparente. Na realidade, os animais nos circos são torturados, abusados e mantidos prisioneiros para quase toda vida em nome do entretenimento.
Cães, elefantes, ursos, camelos, cobras, macacos, araras, papagaios, focas, cavalos, girafas, lamas, cabras, zebras, bovinos, póneis, tigres, pumas e leões, são as espécies animais que mais facilmente se podem encontrar em circos de todo o mundo. Estas mesmas espécies são maltratadas e mantidas famintas, em estado de desnutrição contínua. Passam a vida aprisionados em espaços minúsculos, privados da sua liberdade e expostos a uma sobrevivência rotineira, dolorosa e stressante. Muitos deles já tiveram uma família e um habitat, e foram tirados violentamente às mães, que para isso tiveram de ser mortas. Outros foram comprados a jardins zoológicos e a outros circos.
O estudo do comportamento das diferentes espécies demonstrou que todos os animais sofrem em cativeiro. Para além da fome os animais sentem frio, calor, alegria, tristeza, dor, aborrecimento, repulsa, e sofrem de stress (e muitos peritos afirmam que os mais evoluídos têm memória). Todo o aborrecimento pelo qual os animais passam é a causa principal da perda das suas capacidades naturais. Animais que, no meio selvagem, correriam dezenas de quilómetros por dia, são forçados a passar quase todas as horas dos seus dias em jaulas exíguas, muitas vezes superlotadas, nas quais mal se podem movimentar. A ansiedade e o stress resultantes das pobres condições de bem-estar em que são mantidos e da violência dos treinos a que são submetidos fazem com que fiquem com distúrbios comportamentais (tornam-se apáticos e neuróticos). Repetem permanentemente movimentos estereotipados, auto mutilam-se e, por vezes, até ocorre canibalismo.
No seu meio selvagem, e de acordo com as suas características fisiológicas e psicológicas, os ursos usados nos circos nunca andariam de bicicleta, os babuínos nunca montariam póneis, os tigres e leões nunca passariam por entre arcos em chamas e os elefantes nunca se manteriam apenas em duas patas.
Os circos nada oferecem de pedagógico: crianças são ensinadas a olhar para os animais como objectos de exibição, que se expõem, se exploram e dos quais se abusa. As crianças podem aprender mais sobre os animais e o seu comportamento natural em documentários sobre a vida selvagem.
Apresentam-se de seguida algumas espécies animais e os abusos dos quais são vítimas:
Elefantes:
- Antes de chegarem ao Circo, passam por meses de tortura. São amarrados sentados, numa jaula onde não se podem mexer, para que o peso comprima os órgãos internos e cause dor.
- Levam surras diárias, ficam sobre os seus próprios excrementos, até que o seu “espírito seja quebrado” e passem a obedecer.
- Os elefantes são animais que vivem em grupos com papéis sociais definidos. São extremamente inteligentes. Ficam de luto pelos seus mortos e são capazes de reconhecer um familiar, mesmo tendo sido separados deles quando filhotes.
- Sofrem de problemas nas patas por falta de exercício, pois na natureza os elefantes andam dezenas de quilómetros diariamente.
- No Circo os elefantes permanecem acorrentados o tempo inteiro. Mexer constantemente a cabeça é uma das características da depressão causada pelo cativeiro. [Sou testemunha disto mesmo no circo Cardinali, metia dó vê-los a baloiçarem-se, acorrentados a uma pequena jaula].
"Como fazer para conseguir a atenção de um elefante de cinco toneladas? Surre-o. Eis como".
Saul Kitchener, director do San Francisco Zoological Gardens
Leões, Tigres e outros Felinos:
- De acordo com Henry Ringling North, no seu livro "The Circus Kings", os grandes felinos são acorrentados a pedestais e são enroladas cordas nas suas gargantas, para que tenham a sensação de estarem a sufocar.
- São dominados pelo fogo e pelo chicote, golpeados com barras de ferro e queimados na testa, pelo menos, uma vez na vida, para que não se esqueçam da dor.
- Muitos têm suas garras arrancadas e as presas extraídas ou serradas.
- Passam a maior parte de suas vidas dentro de pequenas jaulas.
Alguns circos alimentam os felinos com cães e gatos abandonados.
Ursos:
- Têm o nariz partido durante o “treino”
- As suas patas são queimadas, para os forçar a ficar sobre duas patas
- São obrigados a pisar chapas de metal incandescente ao som de uma determinada música
- Durante o “espectáculo” os ursos ouvem a mesma música usada durante “o treino” e começam a movimentar-se, dando a impressão de estarem a dançar
- Muitos têm as garras e presas arrancadas. Já foi constatado um urso com 1/3 da sua língua cortada
- Ursos cativos apresentam comportamento atípico, como andar de um lado para o outro
- Alguns ursos auto mutilam-se, batendo com a cabeça nas grades da jaula e mordendo as próprias patas
Macacos:
- Apresentam o mesmo comportamento das crianças que sofrem abusos
- Até 98% do DNA dos chimpanzés é igual ao do humano
- São agredidos de modo a obedecer e obedecem apenas por medo
- Roer unhas e automutilação são comportamentos frequentemente encontrados em macacos cativos
- Os dentes são retirados para que os animais possam ser fotografados junto às crianças
Cavalos, camelos, bois, cabras, póneis, burros e lamas:
- São açoitados e impedidos de fazer caminhadas
- Não são alimentados devidamente
- São agredidos para aprender
Todos os animais de circo:
- Não têm férias nem assistência veterinária adequada
- São obrigados a suportar mudanças climáticas bruscas, viajar milhares de quilómetros sem descanso, etc..
- Estão sujeitos aos clássicos instrumentos de “treino”: choques eléctricos, chicotadas, privação de água e comida.
- Encontram-se sem as mínimas condições de higiene, sujeitos a diversas doenças
Como ajudar?
Há várias coisas que podes fazer para reduzir o sofrimento dos animais. Pode ser algo tão simples como escrever uma carta ou fazer um telefonema num esforço para alterar o modo como estas instituições tratam os animais.
O que acontece aos animais se saírem do circo?
O local adequado para os programas de conservação devem ser as regiões a que os animais pertencem naturalmente, e não a milhares de quilómetros de distância, longe da selva, da floresta, do deserto, das montanhas, dos oceanos, num ambiente e clima completamente diferentes. Os animais resgatados dos circos são geralmente reinseridos nos seus habitats e em parques protegidos (ou santuários), que reúnem as mesmas condições.
É possível um circo existir sem animais?
Cirque du Soleil (imagem: Internet)
Perfeitamente! O circo “Cirque du Soleil”, que foi fundado em 1984 por Guy Laliberté, tem um misto de números de circo e entretenimento de rua. Ao longo das duas últimas décadas o Cirque du Soleil transformou-se num império de divertimento e deu a esta arte um novo sopro de vida, uma vez que defende um circo sem animais, “Não estamos bem certos se o lugar de um elefante ou de um tigre é ficar enjaulado metade da vida ou apresentar-se ao Mundo fazendo acrobacias.” Este circo tem actualmente 2400 empregados e 500 artistas de mais de 40 países. Cerca de 600 mil pessoas assistem às suas peripécias Mundo afora. O circo está muito mais saudável do que antes, porque as pessoas precisam de sonhar e ter esperança, e é disso que falamos!”.
[Lamentavelmente este maravilhoso circo abriu falância neste malfadado ano de 2020]
Fonte:
https://www.centrovegetariano.org/Article-274-O-circo-n-o---divertimento-para-todos.html
Num tempo em que a preocupação maior deve ser salvar vidas e a nossa pobre economia, esbanjar o erário público numa actividade que cultua a tortura e a morte de seres vivos é, no mínimo, imoral e insulta a sociedade portuguesa que, na sua esmagadora maioria, não se revê nestas práticas bárbaras e inadequadas aos tempos hodiernos, e, nomeadamente, ofende os profissionais das verdadeiras Artes: Música, Teatro, Cinema, Dança, Pintura, Escultura, Arquitectura, Ilusionismo, Literatura, Banda Desenhada, Artes Circenses (obviamente sem animais)…
Foi, pois, com grande estupefacção, que li a seguinte notícia: «O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, confesso adepto dos "touros de morte", decidiu receber no passado sábado em Belém a Federação que defende a tauromaquia (Prótoiro). A audiência não foi divulgada no site oficial da Presidência nem consta da agenda do Presidente, mas a imprensa tauromáquica confirma que Marcelo Rebelo de Sousa esteve durante uma hora a ouvir os lamentos da Prótoiro. É muito importante mostrar ao Presidente da República que não estamos desatentos e que é lamentável que, nesta altura de crise, o nosso representante esteja preocupado com o regresso das touradas.» Plataforma Basta de Touradas
Escrevam ao Presidente através deste formulário: ✏️ www.presidencia.pt/?action=5
Muito obrigado!
Fonte: https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069/3198262133537904/?type=3&theater
Foi-me difícil acreditar, que o representante-mor da República de Portugal pudesse ter recebido um grupo de parasitas da nossa sociedade, que vive à custa dos impostos dos Portugueses, a mendigar mais subsídios, para continuar a torturar e a matar seres vivos ,para divertir sádicos.
Senhor Presidente da República Portuguesa, este é o momento certo para acabar, de uma vez por todas, com esta prática cruel e violenta, que só envergonha Portugal e os Portugueses, e decidir aplicar os impostos dos Portugueses em ARTE, não, em TORTURA.
E não tinha nenhuma necessidade disto (clicar no link:)
https://protouro.wordpress.com/2020/05/11/vergonhoso-marcelo-recebe-tauromafia/
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
O circo Nery está a anunciar “espectáculos inesquecíveis”, em Alverca do Alentejo, que exibirão TIGRES BRANCOS.
Ora acontece que o Tigre Branco é um animal da Selva, NÃO do circo.
Quem for ver estes degradantes espectáculos tem de saber que está a contribuir para a infelicidade de belos animais da Selva, confinados a gaiolas e torturados para fazerem aquilo para o qual não nasceram.
É lamentável que se continuem a transportar e exibir animais selvagens enjaulados de terra em terra. Qual é a pedagogia desta barbaridade?
Existe uma moratória para acabar com estes maus-tratos a animais selvagens, mas as autarquias têm de fazer a sua parte, actualizando os seus regulamentos, e não licenciar esta exploração de seres vivos. Se cidades Portuguesas e de todo o mundo já estão conscientes e já o proibiram, para quando Alverca do Ribatejo?
Os circos devem limitar-se às Artes Circenses protagonizadas por ARTISTAS HUMANOS. Os circos devem acabar com a exploração dos animais selvagens que mantém aprisionados e em grande sofrimento. Os circos devem entregá-los aos responsáveis por Santuários, que os acolherão, para mais tarde serem libertados nos seus habitats.
É hora de acabar com esta exploração que não dignifica a Arte Circense.
Por isso, BOICOTE o Circo Nery, se não quiser ser cúmplice do SOFRIMENTO dos Animais Selvagens.
***
Apela-se a todos os que têm esta consciência, para que escrevam às seguintes autoridades a dizerem do vosso desagrado em relação a esta barbárie.
Enviar e-mail para:
Presidente da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Exmo. Carlos Manuel Gonçalves.
E-mail: presidente@jf-alvercasobralinho.pt
Delegação da Câmara Municipal em Alverca do Ribatejo
Telefone: 219 583 149/99
E-mail: del.alverca@cm-vfxira.pt
SEPNA: sepna@gnr.pt
E deixem mensagens de repúdio neste link do Circo Nery:
https://www.facebook.com/Circo-Nery-190175794849116/
Espero que aqui estejam incluídos também os Cães.
Os animais nos circos são barbaramente maltratados para que façam coisas para os quais não nasceram.
O único animal que deve ser permitido nos circos é o animal humano, que tem muito potencial para as artes circenses, sem precisar de torturar animais selvagens ou domésticos.
A primeira e última vez que levei os meus filhos ao circo, foi há muitos anos, quando vi o Vítor Hugo Cardinali a bater, na arena, num elefante que se recusou a fazer a vénia. Levou com um grosso cajado na tromba e as lágrimas escorreram-lhe pela cara.
E se isto foi em público, imagine-se às escondidas!
Além de que os elefantes estavam confinados a jaulas e extremamente stressados. Fotografei-os.
Os animais selvagens pertencem à selva, não aos circos.
Filhote de elefante a ser treinado para o circo, e se isto não são maus tratos… (Foto: PETA)
Treino de um macaquinho num circo da China. Os métodos de treino são bastante cruéis, e envolvem medo, privação e espancamento. Veja-se o ar assustadíssimo do pobre macaquinho. Só de ver estas imagens dá vontade de atirar fogo ao circo. (Foto Reuters)
Foi aprovado, esta quinta feira, na especialidade, o fim do uso de animais selvagens nos circos, tendo sido estabelecido um prazo de seis anos, passados os quais a utilização dos animais passa a ser punida com contra-ordenações.
André Silva, deputado pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), em Dezembro de 2017 promoveu este debate na Assembleia da República.
O novo diploma, hoje aprovado em sede de Grupo de Trabalho sobre Participação de Animais em Circos e ratificado na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, reúne propostas de alteração do PAN, PS e BE, a par do PCP e do PEV.
No documento, as referências a animais selvagens "reportam-se exclusivamente aos espécimes das espécies incluídas nas listas". Dessas listas de espécies fazem parte macacos, elefantes, tigres, leões, ursos, focas, crocodilos, pinguins, hipopótamos, rinocerontes, serpentes e avestruzes.
No entanto, nesta lista, devia constar todos e quaisquer animais não-humanos, uma vez que nenhum animal não-humano nasceu para as artes circenses, que é coisa exclusiva dos “humanos”. Não consta que os animais não-humanos possam ser treinados para substituir o Homem na Assembleia da República, que é um lugar onde há também bastantes palhaçadas. E se não servem para a AR, também não servirão para os circos.
Competirá ao Governo criar um programa de entrega voluntária de animais usados em circos, bem como uma linha de incentivos financeiros destinados à reconversão e qualificação profissional dos trabalhadores das companhias circenses (domadores ou tratadores) que entreguem voluntariamente os animais que utilizem.
O Governo terá ainda de definir uma entidade responsável por garantir o registo e tratamento de dados no Cadastro Nacional de Animais Utilizados no Circo, que terá também de efectuar as apreensões dos animais mantidos ilegalmente nos recintos e recolocar, em centros de acolhimento, os animais entregues voluntariamente pelos seus proprietários ou detentores.
Mas como não há bela sem senão, os representantes portugueses da Associação Europeia de Circos já se manifestaram contra esta proibição, defendendo que o uso de animais selvagens nos circos contribui para a preservação da biodiversidade. E isto só se for no planeta Marte, porque no Planeta Terra, não se preserva a biodiversidade torturando cruelmente animais selvagens para fazerem habilidades humanas. Isto só pode sair de cabeças onde não existe nenhum neurónio a funcionar.
Que se acabe com este tipo de palhaçada nos circos, e que se promovam as Artes Circenses, incluindo a Arte de Fazer Rir, que é nobre e dignifica o Homem. Mirem-se no Cirque du Soleil.
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
Será amanhã debatido na Assembleia da República um projecto-lei que visa acabar com os espectáculos de circo com animais não-humanos em Portugal
O dono do Circo Chen, Miguel Chen, considera uma “palhaçada” debater sobre o fim de espectáculos com animais…
Pois é, é que “palhaçada” é o que há mais no Parlamento, quanto à questão da Defesa dos Direitos dos Animais, quando a maioria parlamentar (ou pralamentar?) considera uns animais mais animais do que outros…
Miguel Chen considera que os circos que usam e abusam de animais não-humanos, que pertencem à savana e à selva, ao mar e os domésticos, são o “elo mais fraco” em relação a outros lugares onde são mantidos animais selvagens em cativeiro, como por exemplo o Zoomarine, o Jardim Zoológico, e acrescenta, «e nas touradas ninguém toca».
Nunca se deve justificar uma estupidez (circos que usam e abusam de animais não-humanos) com outra estupidez (zoomarines e jardins zoológicos).
Numa coisa o senhor Chen tem toda a razão: se vão mexer nos circos, que mexam também nas touradas. É que leões, tigres, macacos, cães, elefantes, piranhas e golfinhos são tão animais como os cavalos e os touros.
Mas o PS, o PSD, o PCP e o CDS/PP (esquerda unida à direita para viabilizar as touradas) acham que os Touros e os Cavalos NÃO SÃO ANIMAIS, por isso e pelos euros, não “tocam nas touradas”.
Agora, o senhor Chen não tem razão nenhuma quando questiona “onde é que há dinheiro para construir os santuários para esses animais selvagens, indicando que associações pelos direitos dos animais prometeram trabalhar para os conseguir, mas ainda nada existe».
Quem disse que não existem santuários para recolher os animais dos circos? Em Portugal há alguns (pouquíssimos), mas existem santuários no mundo que reabilitam animais que estiveram em cativeiro, para os devolver ao seu habitat natural. Existe um preço? Existe. Mas em tudo na vida há um preço a pagar.
O senhor Chen lamenta que «o circo não pode lutar contra ninguém”, e que todos os animais que o circo Chen tinha, excepto sete tigres, foram doados a parques naturais onde podem viver. Os tigres, o senhor Chen não os deu, porque não havia lugar para os pôr, por isso, continua a mantê-los em instalações próprias.
Pois, os tigres. Belíssimos felinos, que jamais deviam ter deixado a selva.
Os homens nunca gostaram de viver encarcerados, mas adoram encarcerar animais tão animais como eles, para os servir,
E isto não é da essência humana.
O Circo Chen tem um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa para não usar animais, e desde há três anos que o Circo trabalha sem animais. Miguel Chen garantiu que “o circo também é um espectáculo sem animais, mas que se perdeu a magia para as crianças, a quem os animais encantam, e o circo não é para os pais, é para as crianças”.
Grande falácia!
Engana-se senhor Chen: as crianças NÃO GOSTAM de ver animais encarcerados e maltratados, e se lhes explicarmos isso, bem explicadinho, irão ao circo ver os palhaços e as outras artes circenses com alegria redobrada. Isso podemos garantir. E os circos não perderão a magia, nem a clientela. Também é garantido.
Todos os países EVOLUÍDOS proibiram os Circos com animais não-humanos, porque é do senso comum que os animais não-humanos não nasceram para palhaços de circo.
Também é do senso comum que as verdadeiras ARTES CIRCENSES não incluem animais não-humanos, mas sim ARTISTAS humanos.
As ARTES CIRCENSES requerem muito talento (temos o exemplo do Cirque du Soleil - o expoente máximo das Artes Circenses) e como nos cirquinhos de meia tigela os talentos não existem, de todo, usam e abusam dos animais não-humanos, que NINGUÉM de bom senso aprecia, muito menos as crianças.
É lamentável que Portugal não esteja no rol dos países evoluídos.
Ah! e a propósito, quem tem falta de senso comum é idiota. Quem o diz é o Professor Pedro Domingos, o português que Bill Gates recomenda que se conheça, para se perceber os caminhos do futuro da Inteligência Artificial.
E quando este Professor diz que quem tem falta de senso comum é idiota, quem sou eu para dizer o contrário. É que também sou da mesma opinião.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem e da notícia:
Elefantes escravizados no Circo Cardinali, em jaulas, com os pés acorrentados, toda uma vida…
Quando tirei esta foto (por entre as grades, antes do “espectáculo”) eles estavam a balouçar-se de um lado para o outro, num estado de grande stress e alienação. Podemos ver a profunda tristeza na expressão alheada destes animais inteligentíssimos, sensíveis e muito, muito mais “humanos” do que quem assim os subjuga…
Um deles, nesse dia, por não fazer a vénia a agradecer ao público (diga-se de passagem, um escasso público) apanhou com um bordão grosso, na tromba, junto aos olhos, e as lágrimas rolaram como pequenas pérolas tristes…
Neste dia, 09 de Agosto de 1997, as crianças choraram também e nunca, nunca mais pisaram a arena de um circo onde os animais são deste modo maltratados, até em público… quanto mais nos bastidores…!
E foi nesse mesmo dia que eu comecei a minha luta contra todos os que maltratam animais não-humanos para divertir humanos…
***
Abram este link para ver a intervenção de Miguel Santos do PAN, e a de Miguel Chen, representante do Circo Chen, no programa «A tarde é Sua», da TVi
Um excelente debate [é de lamentar que já não esteja disponível]
https://www.facebook.com/partidoanimaisnatureza/posts/884485228262214
***
Aqui, a opinião do Dr. Vasco Reis, Médico-Veterinário, defensor dos Direitos dos Animais e Abolicionista da Tauromaquia, sobre este apontamento televisivo:
«Na minha opinião, estiveste muito bem Miguel, digno, cortês, paciente, muito didáctico representante do Partido pela Pessoas, pelos Animais e pela Natureza. Lutaste bem pela Causa dos Animais não Humanos.
É de mencionar sempre a natureza, a susceptibilidade, a senciência, a consciência dos animais não humanos, não muito diferentes das dos humanos, cruelmente atingidas nos espectáculos com animais, não só pela privação de liberdade, pelo confinamento, pela dureza do treino, pelo stress das viagens, etc., etc., etc.
Há que mencionar que o nosso clima de inverno pode ser muito agressivo para animais de climas tropicais, que são bastante vulneráveis e não têm a possibilidade de procurarem melhor abrigo por estarem enjaulados.
A exposição às intempéries, por vezes extremas e às quais os animais exóticos não estão adaptados, é um modo cruel de os maltratar.»
Vasco Reis
***
O Senhor Chen teve toda a razão quando falou nas touradas.
Os Touros não são animais?
Porque são subsidiadas as touradas e os Circos não?
Porquê apenas os circos devem ser penalizados?
Sim, o caso dos golfinhos, também tem razão, o Senhor Chen.
Porquê explorar os golfinhos?
Mas que osanimais no Circo não são maltratados, não é verdade.
Basta estarem fora do seu habitat. Isso é já uma enorme tortura.
Que é possível haver circos SEM ANIMAIS, e as crianças divertirem-se à grande, é bem verdade: bastaria haver palhaços e ilusionistas.
Mas existem muitas mais artes circenses, vejamos:
«O poder do encantamento do circo é sempre surpreendente. Não há como ficar imóvel, com a respiração presa, com o frio na barriga diante das peripécias de um artista circense.
É isso que procuramos fazer com os nossos números e performances: fazer rir, ter medo, ficar com o coração na boca, tremer, gritar, depois respirar aliviado, mas, acima de tudo, procuramos emocionar com nossos números e performances circenses.
Temos um quadro de artistas especializados em diversas modalidades:
- Perna de pau;
- Mão a mão;
- Contorção;
- Malabares – claves, bolas, argolas e etc.;
- Acrobacia de solo;
- Pirâmides humanas; Aéreos – tecido, trapézio e lira de giro;
- Pirofagia – números com fogo;
- Palhaços;
- Arame – corda bamba.
in
http://www.escolapecirco.org.br/?page_id=86
***
Animais não-humanos para quê, se os humanos têm o saber de tantas artes?
Os animais não-humanos não nasceram para fazer malabarismos em circos.
Assim como o chamado Homo Sapiens não nasceu para andar a saltar de galho em galho nas florestas… ou viver em cavernas… ou andar de pescoço esticado a comer folhas nas árvores…
Esse tempo já passou há muito… Certo?
Isabel A. Ferreira