Segunda-feira, 6 de Fevereiro de 2023

A propósito do modismo disseminado por aí, que vê o passado pelo prisma do presente, descontextualizando a NOSSA História

 

Deana Barroqueiro é uma das mais destacadas escritoras de romance histórico português, do século XXI, com uma vasta obra, predominantemente de personagens e acontecimentos do Renascimento e Descobrimentos Portugueses, período que estuda há mais de trinta anos. (Wikipédia).

 

Sou sua leitora assídua e atesto a sua escrita correCta e escorreita, seguindo fontes fidedignas, e não baseada no modismo luso-brasileiro, disseminado por aí, que vê o passado pelo prisma do presente, descontextualizando a NOSSA História, e apresentando-a assente numa lavagem cerebral que uma esquerda ignorante se propôs a fazer aos que ainda não estão preparados para separar o trigo do joio, demonstrando, com tal atitude, uma descomunal ignorância optativa, pois quando lhes apresentamos o CONHECIMENTO recusam-se a adquiri-lo.

 

Deana Barroqueiro, na sua página do Facebook, publicou um texto que passo a transcrever, onde diz da sua indignação:
 

Deana Barroqueiro

 

O meu "post" anterior e a minha irritação foram provocados pelas reacções de alguns indivíduos a dois textos que escrevi - um sobre o mau jornalismo e outro de uma exposição sobre os Descobrimentos Portugueses de que fiz parte.

 

Recebi insultos num e noutro. Em alguns destes, pude ver que as pessoas não leram ou não compreenderam o meu texto (no do jornalismo eu apenas criticava o formato e a incompetência do jornalista e não a ideologia). No dos Descobrimentos Portugueses, estão sempre a bater na mesma tecla da escravatura, a extraordinária Expansão Portuguesa dos séculos XV e XVI é sinónimo de escravatura e de nada mais. Todos os ramos da Ciência (Medicina, Botânica, Geografia, Astronomia, Cartografia, Navegação, construção naval, etc.), Literatura, Artes e, sobretudo, o Conhecimento e adaptação de alimentos, com as suas trocas em todo o mundo, feita pelos Portugueses, nada disso conta para esta gente.


Escravatura era uma forma de economia, a nível mundial, os traficantes portugueses substituíram os traficantes muçulmanos (que o faziam já há muitos séculos, seguidos pelos espanhóis, holandeses, franceses, ingleses, ainda no séc. XX).

 

Não podemos ver esse tempo com os olhos do séc. XXI. E nós fomos um dos primeiros países a abolir a escravatura. As pessoas não lêem, ainda menos estudam os temas, mas opinam e têm certezas inabaláveis sobre os assuntos. E insultam a quem nem sequer conhecem. Não há pachorra! Portanto vou passar a exercer censura na minha página: vou correr com todos os que me insultarem e aos meus amigos e apagarei todas as mensagens das conspirações malucas que esta gente espalha pela Net. E jamais pedirei desculpa seja a que grupo for, pelo que ponho nos meus livros. 

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10223971567016861&set=a.1109924468158

 

***

Muito bem, Deana Barroqueiro. Desse mal também eu sofro, quando escrevo sobre esses temas.


A ignorância impera entre os novos jornalistas, os políticos moderneiros e os seus seguidistas, que nada lêem, nada estudam, nada compreendem, e o único argumento que apresentam é o insulto, que só a eles fica mal.

Não podemos permitir que a ignorância  crie raízes em Portugal.


Parabéns, pelo seu texto.

 

Isabel A. Ferreira

 

Karl Popper.png

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:07

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Terça-feira, 2 de Junho de 2020

Torturadores de Touros acorrentam-se à frente do “campo pequeno” para pedincharem apoios, como se fossem “artistas”…

 

Apoios para quê? Se estes acorrentados e todos os outros que não se acorrentaram têm actividades que lhes garantem o sustento para todo o ano, graças aos gordos subsídios que o Estado vai retirar aos impostos pagos por quem realmente trabalha, para os entregar de mão beijada aos parasitas que vivem à tripa forra, e se passeiam, por aí, em Ferraris e Porches à custa do trabalho do Povo?

 

Apoios para quê? Para irem torturar seres indefesos e divertirem sádicos e psicopatas?

 

Os acorrentados.jpg

Fonte da imagem (Prótouro) com texto para ler:

https://protouro.wordpress.com/2020/06/01/tauricidas-birrentos-acorrentam-se-a-catedral-da-tortura/

 

Os verdadeiros artistas deviam recusar-se a actuar neste recinto, enquanto ali se torturarem seres vivos; enquanto aquele campo não fosse limpo do lixo tauromáquico lá acumulado há 128 anos, ainda era vigente a monarquia.

 

Mas nem todos têm a percepção de que actuando num local impregnado do cheiro a sangue, derramado através da tortura de bovinos, do cheiro a bosta, a urina, a suor, a álcool, do cheiro a desumanidade, estão a contribuir para a manutenção dessa desumanidade. E o cheiro da desumanidade é o mais fétido de todos os cheiros.

 

E apesar de já não sermos uma monarquia, não devemos esquecer que a tauromaquia foi criada no seio da monarquia espanhola, e depois trazida para Portugal pelos Reis Filipes, de má memória, para entreter suas altezas, pouco dotadas de inteligência e nada dadas à cultura culta, mas também para entreter um povo a quem se dava pão e circo (neste caso touradas) para o manter alienado dos reais problemas da monarquia.



Apesar de já não vivermos nesse tempo, onde reinavam as trevas e a mais profunda ignorância, teima-se em manter esta prática medievalesca, desadequadíssima aos tempos hodiernos. Porquê?


Nesse tempo das trevas, os toureiros eram considerados artistas, porque o conceito de ARTISTAS não existia tal como o vemos hoje, não estava ligado às ARTES, mas sim, e num sentido figurado, a criaturas tidas como finórias, manhosas, impostoras… Porque quem vê na tortura de um Touro arte e cultura, só pode ser tudo isso, enganando, desse modo, os ceguinhos…

 

Porque o termo ARTISTA significa simplesmente isto: uma pessoa que pratica uma das belas-artes, especialmente uma das artes plásticas ou dos seus prolongamentos actuais; uma pessoa que interpreta uma obra musical, teatral, cinematográfica, coreográfica; uma pessoa que, dedicando-se a uma arte, se liberta das pressões burguesas; uma pessoa que tem ou exprime o sentimento da arte, que ama as ARTES, que tem gosto artístico, o sentimento do BELO.

 

E o que são ARTES?

São isto:

Produção de obras, formas ou peças orientadas por um ideal estético ou com o objectivo de expressar subjectividade ou transmitir um conceito ou uma mensagem (ex.: arte dramática; arte poética; arte da pintura). Conjunto das artes plásticas; totalidade das manifestações artísticas de um determinado período ou região (ex.: arte renascentista; arte italiana do século XV); enfim, por muito que procuremos, com uma lupa de longo alcance, não encontramos em parte alguma a tauromaquia (= tortura de Touros = bovinos torturados desde que nascem, para serem “bravos” = os seja, para se defenderem dos seus carrascos = toureiros e forcados) ligada às Artes ou à Cultura.  

 

Porque CULTURA é isto: aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual); instrução, saber, apuro; perfeição… E aqui também não encontramos nada que se harmonize com a TORTURA de Touros.

 

Naquele tempo, em que os monarcas, os imperadores se divertiam a ver torturar seres vivos, quer fossem humanos ou não-humanos, a CULTURA era uma miragem para 99% da população. Havia uma minoria, tão minoria que nem sequer contava. Contudo, foi essa minoria, a guardiã da Cultura CULTA, que a preservou para os vindouros. E nessa preservação não consta a “arte nem a cultura tauromáquicas”, porque esse conceito era da ignorância, não era do SABER.    

 

O tempo foi avançando, e o que era “cultura e arte” para os ignorantes, revestiu-se de luz, e hoje nada tem a ver com tortura, com violência, com crueldade, com o sangue derramado de animais sencientes e indefesos.


A Covid-19 só veio evidenciar essa abismal diferença.

 

A Espanha, berço desta actividade bárbara, está arecusar-se a apoiar a tortura de Touros, pois seria desviar dinheiros necessários para apoiar ACTIVIDADES HUMANAS, e os verdadeiros ARTISTAS, a verdadeira CULTURA. Seria um insulto à Humanidade apoiar os torturadores de Touros.



Não queira Portugal continuar, na cauda do mundo, quando se trata de EVOLUIR.

 

Actualmente, os toureiros e os forcados não são artistas, tão-só são torturadores de Touros, e a tauromaquia nada tem a ver com Cultura, mas com um costume bárbaro que já não encaixa no século XXI depois de Cristo, e que apenas oito países (três deles europeus) entre 196,  ainda mantêm.

 

Este é, pois, o momento certo para acabar, de uma vez por todas, com este delírio macabro, e dar um salto para a Evolução. Assim saiba agir quem tem a faca e este queijo na mão.


Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:48

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Segunda-feira, 19 de Novembro de 2018

Nunca as touradas levaram tanta pancada como nestes últimos dias porque "se Cão como nós", Touro como nós. Porque não?

 

Sim, caçador Manuel Alegre. Se o Cão é um animal mamífero, como nós, o Touro também é um animal mamífero como nós. Ou acha (se ao menos, pensasse!) que uns são mais animais do que outros, à boa maneira dos ditadores? E aqueles animais que o caçador mata, pelo simples gozo de matar? Serão o quê? Ervas daninhas?

E o caçador diz gostar tanto de animais! E o caçador diz também:

«Que prazer me dá matá-los!»

E como Freud explica bem estas mentes deformadas!

Manuel Alegre deixou de ser o poeta.

Os poetas progridem. Integram-se na Cultura Culta. Não se imiscuem com os torturadores de animais sencientes. Não caçam cobardemente animais indefesos. E se o fazem, deixam de ser poetas, para serem simplesmente caçadores.

O poeta Manuel Alegre morreu, no momento em que declarou o que declarou, envergonhando as Artes e as Letras e a Cultura Culta, e a Civilização e o Socialismo (como doutrina política).

 

MANUEL ALEGRE.jpg

 

Manuel Alegre declara:

 

Eu sei que há evolução, sou contra os maus-tratos aos animais, não haja dúvida nenhuma sobre isso. Mas sou pelas pessoas e sou por qualquer coisa de sagrado que há na corrida, qualquer coisa de sagrado muito antigo. Quem não percebe isso também não percebe a poesia, não percebe a literatura”, afirma Manuel Alegre, que presta homenagem ao Partido Comunista Português (PCP) por ser “fiel às tradições” e “não tem medo do PAN, não tem medo do politicamente correcto”.

 

Como disse o caçador?

Não, não sabe que há evolução. Se soubesse, teria evoluído. E não, não há nada de sagrado na tortura de Touros. Há sadismo. Há psicopatia. Está nos livros. E comparar a tortura de um ser senciente, numa arena (para que um bando de sádicos se divirta), com Poesia e Literatura, é o mesmo que comparar um monte de esterco com um Roseiral. E isto só de alguém que perdeu a noção da virtude.

 

E Manuel Alegre elogia o Partido Comunista Português que se vende por um punhado de votos, na região mais empobrecida de Portugal (Ribatejo e Alentejo) onde a selvajaria tauromáquica está enraizada e confinada, e onde o PCP consegue eleger alguns poucos presidentes de Câmara, algo que envergonharia o Prémio Nobel José Saramago que, das touradas, tinha esta visão universal, que é a do Senso Comum:

 

«A violência das touradas ou dos autos-de-fé apraz ao povo que, obscuro e ignorante, se diverte sensualmente com as imagens de morte, esquecendo a miséria em que vive.» in Memorial do Convento.

 

«(...) As criancinhas ao colo das mães batem palmas, os maridos, excitados, apalpam as excitadas esposas e, calhando, alguma que não o seja, o povo é feliz enquanto o touro tenta fugir aos seus verdugos deixando atrás de si regueiros de sangue. É atroz, é cruel, é obsceno. Mas isso que importa se Cristiano Ronaldo vai jogar pelo Real Madrid? Que importa isso num momento em que o mundo inteiro chora a morte de Michael Jackson? Que importa que uma cidade faça da tortura premeditada de um animal indefenso uma festa colectiva que se repetirá, implacável, no ano seguinte? É isto cultura? É isto civilização? Ou será antes barbárie?» Junho de 2009 in Outros Cadernos de Saramago, neste link:

https://www.facebook.com/TouradasNAO/posts/as-touradas-por-saramagoa-viol%C3%AAncia-das-touradas-ou-dos-autos-de-f%C3%A9-apraz-ao-pov/385462384842313/

 

Obviamente é barbárie, mas o caçador Manuel Alegre, habituado a matar animais indefesos, não sabe, como não sabem os socialistas trogloditas (porque os há civilizados, mas não se manifestam).

 

E querem saber uma grande verdade?

Esta polémica ao redor do IVA dos torturadores de Touros, juntamente com a recente e vergonhosa e falaciosa e encomendada reportagem que a aficionada TVI apresentou (só quem não está habituado aos meandros de uma reportagem realizada com cabeça, troncos e membros não se apercebeu) só veio dar votos ao PAN, de quem Manuel Alegre e os seus camaradas (mas não o povo português) morrem de medo.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:05

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Terça-feira, 9 de Outubro de 2018

A prótoiro CONFUNDE CULTURA COM TORTURA E ACUSA PAN DE “CENSURA CULTURAL”…

 

Isto daria para rir, se não fosse tão trágico, tão irracional, tão aparvalhado...

 

IVA.jpg

 

A prótoiro, despudoradamente, acusa também o PAN de “atacar a cultura portuguesa”, ao propor o fim da isenção de IVA, no que chama de prestação de serviços dos artistas tauromáquicos

 

Chamar a torturadores de Tourosartistas”, insultando com isto os cultores das verdadeiras ARTES, e dizer que esses torturadores “prestam serviços”, ou seja, torturam Touros até à morte, para divertir sádicos e psicopatas, é de muito mau gosto, de muito baixo nível e de uma ignorância pavorosa.

 

A prótoiro confunde tortura com Cultura, demonstrando uma cegueira mental descomunal, e acha que o PAN ataca a “cultura portuguesa”, como se a selvajaria tauromáquica fizesse parte da verdadeira Cultura Portuguesa. Nem aqui, nem na Cochinchina!

 

A prótoiro vive fora do nosso tempo. Da modernidade. Cheira ao mofo, de tanto estar encavernada!

 

Mas, coitados, é o sonho deles que está a ir pelo cano abaixo, devagarinho…

 

E não é pelo facto de terem partidos políticos trogloditas a apoiar a selvajaria tauromáquica (o que põe Portugal na cauda do mundo civilizado) que esta prática medievalesca vá ascender a “cultura”, e muito menos portuguesa, e que se consiga travar a sua natural decadência. O apoio dos partidos trogloditas só diz do atraso civilizacional dos seus componentes.

 

É que o mundo está a evoluir, e o PAN a crescer…

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:25

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Quarta-feira, 12 de Abril de 2017

Se a ignorância pagasse imposto, Portugal seria o país mais rico do mundo

 

Uma reflexão sobre a ignorância e os ignorantes militantes, ou seja, aqueles que, apesar de toda a informação, optam por continuar ignorantes.

 

IGNORÂNCIA1.jpg

INDIFERENÇA.jpg

 Origem da foto: Internet

 

Consta que são bastantes, os ignorantes, os indiferentes, os invejosos, os mesquinhos, os desconfiados, os medrosos, os corruptos e os interesseiros, que desconhecem o sentido da cidadania, logo, não a exercem. E, por isso, permitem que o país seja malgovernado, abandalhado e vendido aos pedaços, a quem dá mais.

 

Se a ignorância pagasse imposto, Portugal seria o país mais rico do mundo.

 

Esta é a triste verdade.

 

É que a ignorância optativa está disseminada por toda a parte, por todos os extractos sociais e pelos mais altos cargos da Nação.

 

A Saúde, em Portugal, está gravemente doente.

 

A Pobreza espreita em cada esquina.

 

O Ensino anda a rastejar por um chão pejado de uma descomunal cegueira mental.

 

A Cultura Culta e a Cultura Crítica emigraram para mundos mais civilizados.

 

As Artes sufocam, e apenas os escravos do poder vivem à custa delas.

 

A Língua Portuguesa anda perdida nos subterrâneos de uma ignorância e de uma indiferença descomunais que, alarvemente, estão a esmagar a identidade do povo português.

 

A política da violência e crueldade contra seres vivos tem os seus maiores defensores sentados nos Palácios de São Bento e de Belém.

 

Os indiferentes andejam por aí, como sonâmbulos. Se lhes mexem nos bolsos, agitam-se, mas sem grande convicção, por isso tudo continua sempre igual, sempre funesto, sempre obscuro, sempre mergulhado no lodo de um passado que se quer passado, e não presente ou futuro.

 

Na hora do voto, vota-se na continuidade, porque o medo de mudar é mais forte do que a vontade de ousar o desconhecido, a modernidade, o avanço civilizacional.

 

A ignorância e a indiferença estão a cozinhar Portugal em banho-maria, e os bobos da corte saltam e riem, porque enquanto houver povo ignorante e indiferente, mantê-lo-ão sob o seu jugo, e destruirão a Nação, em prol de interesses que não interessam, de modo algum, a Portugal.

 

E os Portugueses, tal como num tempo ainda bem presente, lá vão cantando e rindo, levados, levados, sim, pela voz do som tremendo, da ignorância sem fim… (1)

 

Isabel A. Ferreira

 

(1) Excerto adaptado do Hino da Mocidade Portuguesa, letra de Mário Beirão

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:22

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Quarta-feira, 16 de Março de 2016

João Soares, ministro da Cultura do governo português, quer ver a tortura de Touros como património nacional imaterial

 

A França já retirou essa estupidez do seu património.

Mas o socialista João Soares, feito chico-esperto, para agradar os seus compadres autarcas aficionados, prometeu elevar a tortura de Touros (vulgo tauromaquia) a património nacional…

Como se isso fosse possível!

Só se for património da vergonha nacional

 

João Soares.png

João Soares ao lado do que ele quer ver como património nacional imaterial

 

O que se passará pela cabeça de João Soares, filho da Doutora Maria Barroso e do Doutor Mário Soares, ao olhar para a imagem deste Touro torturado?

 

Será possível ver aqui alguma arte? Será possível ver aqui alguma coisa que justifique a designação de património nacional?

 

Sabe o que mais, senhor ministro?

 

Demita-se imediatamente!

Tenha vergonha e DEMITA-SE!

 

Património nacional.jpeg

Origem da imagem:  https://protouro.wordpress.com/2016/03/16/joao-soares-o-ministro-que-envergonha-portugal/

 

Se isto não fosse uma grande tragédia, seria uma enorme comédia.

 

Mas de quem é a culpa?

 

Quem foi que nomeou esta personagem, com provas mais do que dadas, de uma incompetência abismal, para ministro da Cultura, e que de cultura nada entende?

 

O que pretende este novo governo, com tantos aficionados em lugares-chave, incluindo na chefia-mor?

 

O que tem a dizer sobre isto o Bloco de Esquerda, que sempre se disse contra as touradas, mas nunca pediu a abolição delas?

 

Quais são as competências de um Ministro da Cultura?

 

São apoiar a INCULTURA e desapoiar as Escolas de Música e de Artes, que fazem parte da Cultura Culta, por exemplo?

 

Se é para envergonhar Portugal, DEMITA-SE, e fará um grande favor à Nação e a si próprio.

 

Mas se não tiver essa hombridade, que o actual governo português o DEMITA, por óbvia incapacidade de saber discernir entre CULTURA e INCULTURA.

 

Que vergonha!

 

Isabel A. Ferreira

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:20

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Domingo, 14 de Outubro de 2012

Na manifestação cultural ocorrida ontem não vimos representantes da "cultura e artes tauromáquicas"...

 

Das duas uma:

ou

a tauromaquia não é Arte nem Cultura, e então é totalmente ridículo andar sempre com essas palavras na boca quando se refere o tauricídio...

ou

a tauromaquia, sendo “arte” e “cultura” não está em crise, porque recebe chorudos subsídios do governo português e da comunidade europeia, disfarçados de “APOIOS À AGRICULTURA”, ao contrário das outras artes: Música, Dança, Pintura, Escultura, Literatura, Teatro e Cinema, para as quais NUNCA há verbas, e portanto os representantes de tais “artes tauricidas” não precisam de sair à rua para protestar...

Que espécie de governantes temos nós?

TODOS PARA A RUA, JÁ!

Web site desta imagem

Manifestação cultural decorre na Praça de Espanha. Manuel de Almeida/Lusa

expresso.sapo.pt

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:39

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Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

Ser escritor em Portugal

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
 
(Aspecto da sessão de abertura do Correntes d'Escritas, com o escritor Ascêncio de Freitas em primeiro plano)
 
 
É sempre com grande interesse que, na Póvoa de Varzim, acompanho o encontro de escritores de expressão ibérica, denominado Correntes d’Escritas, que este ano celebrou a sua 10.ª edição, com participantes de Portugal, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, México, Moçambique, Peru, São Tomé e Príncipe e Uruguai, com auditório completamente cheio, numa época em que a Literatura parece estar em agonia.
 
O meu interesse por este evento abrange várias facetas: primeiramente conhecer de perto os escritores e a sua obra; ouvi-los divagar sobre variadíssimos temas, e, à margem deles, anotar o que se diz, observar o que se faz, o que se aplaude e o que se desaprova, e evidentemente, estou também atenta aos interesses que fazem mover a grande engrenagem destas Correntes, particularmente, os interesses dos editores portugueses (quase sempre os mesmos).
 
O saldo, certamente, é positivo, em todos os aspectos.
 
Nestes encontros, porém, temos de tudo um pouco: temos aqueles escritores que verdadeiramente o são, isto é, escrevem para os seus leitores e quando estes os interpelam, são simpáticos, conversam, até fazem perguntas, e nós, como seus leitores, ficamos agradados. E temos os outros: aqueles que escrevem para eles. São antipáticos, e fogem dos leitores como o diabo da cruz. São os que, depois de “fazerem o nome” transformam-se em vedetas, sobem aos seus pedestais, e é dali que nos falam, ou então não falam, limitam-se a encolher os ombros, como quem diz estou demasiado alto para te ouvir. Estes, claramente, decepcionam os seus leitores, e não são, de modo algum, os verdadeiros escritores.
 
Como acompanho desde a segunda edição estas Correntes, habituei-me já a separar o trigo do joio, e do “trigo” selecciono os melhores grãos, e tiro proveito do que realmente me interessa.
 
De tudo isto ocorreu-me divagar sobre o que é ser escritor em Portugal.
 
No meu entender, a arte da escrita banalizou-se. Hoje, qualquer um que tenha um livro publicado é tido como um “escritor”. E eles nascem por aí como cogumelos. Basta aparecer na televisão, com uma vidinha mais ou menos turbulenta ou escandalosa, e logo dali nasce um “livro”, a vender milhares de exemplares, porque o que interessa aos editores é ganhar dinheiro. «A Cultura que se lixe», como os meus ouvidos já tiveram a infelicidade de ouvir. Proteger a Língua Portuguesa ou divulgar a Literatura propriamente dita, já não é da competência dos editores. Pelo menos de alguns.
 
Então, além da proliferação de livros que contam vidinhas e escândalos, os “escritores” da moda, os best-sellers, são os que andam por aí: badalados e mediáticos. A sua sobrevivência depende do mediatismo. Sem esse mediatismo não sobreviveriam. E até há quem fale em “escritores parasitas”, isto é, aqueles que pagam a alguém para escrever livros e depois colhem os louros.
 
É preciso estar no lugar certo, no momento certo, com a pessoa certa para que possa singrar-se no mundo da escrita.
 
Um dia, ouvi (ou li, não sei agora precisar) José Saramago dizer que se o escritor faz um trabalho de escrita, não deveria ter um salário de acordo com o trabalho que realiza? A escrita é a “mercadoria” do escritor, a única coisa que ele tem para vender, então por que não lhe pagam o justo valor?
 
Talvez porque não haja um “justo valor”. Põe-se o problema das horas de trabalho: como contabilizá-las? Existe uma certa frustração na realização do trabalho da escrita (pelo menos no que me diz respeito): gastam-se horas, dias, semanas, meses e até anos a escrever uma obra, que depois fica na gaveta porque ou não se é suficientemente mediático ou não se tem um bom padrinho, para ter o direito de publicá-la; ou se a publicamos não recebemos o justo pagamento. Os intermediários são tantos, que para o criador sobra a ínfima parte. Isto em Portugal, porque lá fora, o escritor recebe uma quantia razoável antes de ser publicado, e depois uma percentagem sobre os exemplares vendidos, o que é muito mais justo. Desse modo, impõe-se ao editor o dever de divulgar a obra, para este poder reaver o dinheiro investido e mais algum.
 
Em Portugal passa-se exactamente o contrário. Se queremos ser editados pagamos ao editor e este, não tendo investido nada, nada tem a perder, logo, nada faz para divulgar a obra, e esta, sem divulgação, acaba por ficar encalhada, por muito interessante que seja.
 
Há quem pense que a escrita (as Artes em geral) não é para ser paga. É algo que transcende o materialismo. No entanto, quando o apelo da escrita nos invade terá de ser amarfanhado pelas necessidades da sobrevivência?
 
 
A escrita requer determinadas condições: silêncio, isolamento, lugar envolto pela natureza e disponibilidade de horas (todas as horas só para a escrita). As dificuldades económicas do escritor (e dos artistas em geral) são a vergonha das sociedades, dos governos. Há muito desrespeito pelo seu trabalho. Parece que ele tem a “obrigação” de escrever e sobreviver apenas do ar que respira. A Cultura é ainda uma questão menor.
 
Hoje em dia, ninguém investe num desconhecido, ainda que a escrita desse desconhecido tenha qualidade. O que interessa é vender, e só vende quem se mostra, quem aparece, quem acontece, quem…
 
No entanto há tão bons escritores portugueses, que nunca são referidos nos jornais, nas revistas da especialidade, na televisão. E eu pergunto-me: porquê?
 
Os escritores contemporâneos meus preferidos são o Fernando Campos, o Luís Rosa, o Altino do Tojal, a Luísa Dacosta, entre outros. No entanto quem ouve falar acerca destes mestres da Língua Portuguesa?
 
Um dia, fui apresentada a um senhor editor de uma conceituada editora portuguesa, na altura da loucura do Big Brother. Ao ser apresentada disseram: Esta é uma escritora que faz edições de autor. E eu acrescentei: Faço edições de autor porque não vou ao Big Brother. O editor disse: Sabe, foi uma encomenda de uma grande superfície…
 
A encomenda era um livro do rapaz que mais mal falava (logo escrevia) no tal programa televisivo. Mas foi um best-seller. Tive a curiosidade de ler um excerto, quando fui a uma consulta médica e dei de caras com uma revista, onde se fazia parangona ao livro, logo na capa. Fiquei horrorizada com a “literatura” à qual a tal conceituada editora dava cobertura. Uma editora que já me havia recusado um texto. Não quero dizer com isso que eu seja uma “Saramago”, mas considero que a minha escrita é um pouquinho melhor do que a do tal rapaz.
 
E se quero ser editada por uma editora tenho de pagar o preço de ser escritora em Portugal. Assina-se um contrato, que nunca é cumprido pela editora. E não há lei alguma que obrigue as editoras a cumprir o que está estipulado no contrato. E as contas que deviam fazer-se semestralmente, passa-se um ano, passam-se dois, passam-se três e o escritor que viva do ar que respira, abundante e gratuito…
 
Será este um modo de servir a Cultura, em Portugal?
 
Isabel A. Ferreira
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 19:27

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