De acordo com a notícia, um forcado amador da tertúlia tauromáquica do Montijo foi ferido com uma bandarilha, durante a tourada que teve lugar no passado dia 16 em Arruda dos Vinhos, onde a civilização ficou a milhas...
Pois o que há a dizer sobre isto? É que apesar da cara lastimosa do forcado e do sumo de tomate que lhe escorre pelas mãos, isto não doeu nada (não é sumo de tomate que os aficionados acham que sai do corpo dilacerado do Touro, ao não reconhecerem que ele sofre tanto como nós, e que o que lhe corre nas veias é um sangue, com um ADN semelhante ao humano?)
Se não dói aos Touros, que é um animal mamífero, tal como nós, também não há-de doer a um forcado que também é um animal mamífero, apesar de não ter a dihnidade que um Touro tem.
O que se vê na imagem faz parte da arte e da cultura tauromáquicas, apoiadas pelo governo português e pela igreja católica. O forcado está abençoado. Podia ter morrido, mas não morreu. Mas se morresse, a turba iria delirar, do mesmo modo que delira com a morte dos Touros. Faz parte dessa arte e dessa cultura.
Lamento pelo Touro, que estava moribundo, e lamento que o meu dinheiro sirva para pagar a despesa hospitalar de quem foi para a arena, por livre vontade; e se foi espetado por uma bandarilha, pode ser que lhe sirva de lição, porque as bandarilhas rasgam as carnes e as carnes sangram, de facto, sejam carnes de Touros, sejam carnes de forcados.
E quem não consegue entender isto, anda no mundo só por ver andar os outros. São uns pobres coitados, condenados à escuridão.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem e da notícia:
https://protouro.wordpress.com/2018/08/20/touro-moribundo-bandarilha-forcado/
Agora é Arruda dos Vinhos, uma terreola que deve bastante à civilização, no que respeita a divertimentos, a candidatar tertúlias móveis a património nacional, como se isso pudesse travar o processo em curso da abolição das touradas.
Tais pretensões só dizem do desespero dos tauricidas, que estão a ver esta prática troglodita a cair num abismo…
Repare-se nesta imagem:
Fonte da imagem:
Agora, digam de sua justiça, quem tem os neurónios a funcionar, se isto que aqui se vê é algo que possa estar no pódio do Património Nacional.
Uma prática assente na estupidez, na ignorância, na violência, no maltrato animal, na crueldade, na falta de senso comum, na maior pobreza de espírito, enfim, nada aqui leva ao conceito de património da humanidade, mas tão só de património da desumanidade dos que ainda não conseguiram evoluir, e acham que torturar bovinos é um bem imaterial herdado de antepassados ainda menos evoluídos, e que merece ser preservado como uma relíquia de tempos antigos e tenebrosos.
Mas coitados, deixai-os sonhar. Vivem na ilusão de que podem perpetuar uma prática moribunda que não se encaixa nos tempos modernos.
Ó gentes de Arruda dos Vinhos, que não sois capazes de olhar para a frente, andais às arrecuas com a cabeça virada para trás, e não vedes que essas práticas trogloditas não pertencem ao presente, mas a um passado desiluminado, sombrio, assente na maior das ignorâncias!
Sonhai. Tentai elevar o que rasteja. A queda será muito maior e fatal. Mas é o que merecem, por rejeitarem a evolução.
Isabel A. Ferreira
Numa cidade que se diz e se quer turística, capital de um País que caiu em desgraça, mal visto no estrangeiro pelas suas desgovernanças, e filho bastardo de uma União Europeia xenófoba, acolheu um “acontecimento” onde a selvajaria contra seres indefesos foi protagonizada pelos habituais cobardes de serviço.
Origem da foto: http://farpasblogue.blogspot.pt/2013/02/as-fotos-da-final-do-encontro.html
Esta aberração aconteceu em 2013 (de 2014 não se encontrou notícia) naquele que é considerado o símbolo de uma Lisboa medieval, com laivos nazistas – o campo pequeno – um antro de tortura, violência, crueldade e maldade puras, onde uma imbecilidade entranhada se esparrama como o vómito de uma “humanidade” apodrecida.
E a empáfia dos indivíduos que promovem tal anormalidade é de tal modo desmedida que não têm a noção do ridículo, quando abrem a bocarra para chamarem “academia” ao antro de toureio do campo pequeno, que promoveu esta iniciativa de tão baixo nível.
E foi um aprendiz da crueldade, pertencente ao antro lisboeta, que ganhou o prémio - capote de brega - oferecido pelo real (virá da realeza que se dedicava a divertimentos indignos de gente “fina”?) clube tauromáquico português.
Para quem não sabe, o termo brega, como aliás tudo o que se refere à selvajaria tauromáquica tem origem em Espanha (o que significa que este costume bárbaro de português nada tem), e diz respeito à lide dos cobardes carrascos nas arenas.
Mas o termo brega” tem também uma origem obscura, e que se adapta adequadamente aos indivíduos que se dedicam à prática da tortura de bovinos.
Brega significa aquele que não tem maneiras refinadas; aquele que se considera de mau gosto ou não tem refinamento; aquilo que é de qualidade inferior, ou seja, reles; e existe ainda uma outra significação que tem a ver com zona de prostituição, o que se de certa maneira encaixa na tauromaquia, cujos praticantes se dedicam a uma abjecta prostituição mental.
Outros cobardes de Espanha também se distinguiram pelo requinte de crueldade com que provocam sofrimento em seres indefesos.
E no final deste cobarde acto patético (de pateta), onde um punhado de indivíduos premeia a imbecilidade legitimada por uma lei parva, torturaram bovinos bebés, oferecidos por ganadeiros que recebem chorudos subsídios para este negócio da tortura e da morte, quando se corta verbas para a saúde, para a educação, para o apoio a deficientes, para alimentar crianças, para a cultura culta, enfim… dá-se para o enxurro o que se tira ao essencial.
A esta vergonhosa e imbecil iniciativa esteve ligado o município de Arruda dos Vinhos, uma terreola que sofre de um desmedido atraso civilizacional.
Tudo a condizer com um ritual primitivo, que conspurca a cidade de Lisboa, dirigida pelo aficionado socialista António Costa, que não se resolve a banir da capital portuguesa esta nódoa negra que a enxovalha.
Mais um vínculo da Igreja Católica Portuguesa à tortura de seres vivos.
Até quando esta cumplicidade macabra vai durar?
Chamam-lhe “novilhadas das escolas taurinas”.
Não só a Igreja Católica Portuguesa apoia esta ignomínia, como dá cobertura à promiscuidade de crianças, que são atingidas por esta doença mental grave, que é a tauromaquia.
Isto é simplesmente inadmissível.
A Igreja Católica Portuguesa devia ser a primeira a dar o exemplo de compaixão por todas as criaturas de Deus. Mas não, é cúmplice da violência, da tortura, da barbárie que é uma tourada, uma novilhada, ou seja lá o nome que lhe queiram chamar.
Cada vez mais as pessoas se afastam da Igreja, e lá têm a sua razão.
Não foi este o exemplo que Jesus Cristo deixou.
Aqui deixo o meu veemente repúdio por esta iniciativa vergonhosa para a Igreja Católica Portuguesa.