Músico dos Átoa foi forcado mas não quer corridas de touros na RTP, tendo sido um dos que assinou uma carta a contestar a transmissão de corridas de touros na RTP1.
O músico João Miguel Direitinho foi forcado no Grupo de Forcados Amadores de Évora mas surge agora como um dos signatários da referida carta contra as corridas de touros na RTP1.
Várias páginas associadas à tauromaquia, contestam a incoerência do músico e a renegação das suas origens e passado.
Há ainda outros artistas que se mostram contra as touradas, mas que actuam em festas de claro cariz tauromáquico.
Ainda a este respeito, a Junta de Freguesia de Azambuja já tomou uma posição: Não contrata artistas anti-taurinos para lá actuar.
Fonte: Infocul.pt
IRRAAAA! PAREM DE NOS CHAMAR ANTI-TAURINOS.
NÓS, QUE NÃO GOSTAMOS DE TAUROMAQUIA, SOMOS ANTI-TOURADA. NÃO SOMOS ANTI-TAURINOS!
Mário Amorim
Fonte:
***
Muito bem, Mário Amorim.
Anti-taurinos são ELES, os que não gostam de Touros ao ponto de os torturar e matar por mero prazer. Isso é que é ser anti-taurino.
Quanto ao forcado, fez bem em EVOLUIR. Um músico que quer singrar na vida não pode ficar agarrado ao passado medievalesco ao qual já pertenceu.
Relativamente à Junta de Freguesia de Azambuja vê-se logo que não evoluiu, e se não quer músicos anti-touradas, não os terá, não os tendo, ficará com festinhas mal-amanhadas e pobrezinhas, se bem que adequadas ao povinho que alberga.
Nenhum músico que se preza deverá ser ou actuar em localidades trogloditas.
Isabel A. Ferreira
Será que pela assistência desta actividade bárbara ser apenas de uma escassa dezena de trogloditas, não é preciso cancelar a tourada, ou querem ser candidatos à infecção do Covid-19?
Na Espanha cancelam-se as touradas.
Em Portugal, em plena época de crise epidémica, continuam a realizá-las, em nome da estupidez. Só mesmo num país sem rei nem roque.
Porém, no próximo sábado (14/03), haverá uma manifestação pela abolição da tauromaquia em Beja. Decorrerá em frente à praça de touros, em dia da polémica tourada “solidária”.
Para quem está na zona de Beja ou tem a possibilidade de ir até lá, fica uma ligação para mais informações sobre este importante protesto, organizado pela Eco Roots.
Ver mais informação aqui:
https://www.facebook.com/events/3147493265282815/
Antro tauromáquico de Beja (imagem de uma evidente decadência)
Barbárie não combina com solidariedade, e nunca poderá ser justificada como caridade, porque não passa de pura crueldade.
Numa altura em que a tauromaquia começa a ver o fim dos subsídios e o aumento do imposto sobre as entradas, apelar à tortura de Touros à pala de uma hipócrita solidariedade, para justificar uma actividade bárbara, cruel, violenta, é anormal.
Como se não bastasse, tem como “atracção” o Moura Júnior, porque o sénior, ao que parece, já não vai. Isto é gente que têm dado muito que falar nos últimos tempos por conta dos maus-tratos a animais: Touros, Cavalos, Cães. Uma vergonha!
A Eco Roots junta-se assim ao movimento anti-tourada, e conta com a presença de quem puder e quiser ir, no próximo dia 14 pelas 14 horas, em frente à Praça de Touros de Beja.
Todas as vozes de gente senciente são contra as touradas em Portugal.
Às autoridades do meu País.
À directora da Escola Secundária Sá da Bandeira, Adélia Esteves.
ASSUNTO:
Distribuição de brochuras que incentivam crianças à crueldade e à violência contra bovinos.
Segundo o testemunho da mãe de um aluno, esta brochura, em papel brilhante e de elevada qualidade gráfica, com 12 páginas, foi entregue na escola do seu filho, em horário escolar, DENTRO de uma sala de aula. Como se isso já não fosse bastante para ser repudiado, a brochura foi distribuída especificamente a todos os alunos “anti-tourada”.
Inacreditável!
O que é que um encarregado de educação (seja ele anti-tourada ou não) deve fazer perante tamanha violação dos deveres de um professor, além de pedir satisfações à direcção da escola?... Deve apresentar uma queixa a todas as autoridades que estejam envolvidas com a Educação, incluindo o Ministério da Educação.
Os argumentos e toda a dialéctica do conteúdo da brochura é de bradar aos céus, diz a mãe do aluno, e ao dizerem que a corrida de touros é ética e moralmente boa configura um crime de lesa-infância, sabendo-se como se sabe, que as touradas não passam de uma actividade onde a violência e a crueldade se sublimam.
Tive conhecimento de que foram entregues a alunos da escola que esta senhora dirige, e em horário escolar, dentro da sala de aula (que devia ser um lugar venerável) brochuras a promover a selvajaria tauromáquica, actividade que, lá por ser legal, é eticamente reprovável e rejeitada em todo o mundo civilizado, face aos avanços científicos e civilizacionais já alcançados; é uma actividade geradora de grande fractura na sociedade, uma actividade inadequada aos tempos que correm (a Idade Média já ficou lá muito para trás), daí que venha expressar o meu mais veemente repúdio, pela irresponsabilidade de quem permitiu que tal acto antipedagógico e incivilizacional pudesse ter acontecido.
Uma vez que a referida brochura está repleta de falsidades e contra-informação, levando os inocentes alunos ao engano, tal nunca devia ter sido pensado, muito menos entregue aos alunos, que deviam ir para uma escola APRENDER a ser cidadãos válidos, e não a ser cidadãos inúteis e torturadores de seres vivos.
É necessário tornar pública a posição da senhora directora desta escola, se aprovou e deu autorização para a distribuição destas brochuras anti-civilização, anti-cultura, anti-educação, anti-social, porque o que aqui se passou é GRAVÍSSIMO.
É importante, pois, informar esses alunos, que foram vítimas de uma grande fraude e que estiveram expostos a grandes falsidades como a de que as touradas servem para preservação do Touro e do bem-estar animal.
Uma escola SÉRIA não transmite aos alunos nem falsidades, nem os incentiva à violência e crueldade contra animais tão inofensivos, indefesos e inocentes, como as crianças a quem foram dirigidas tais brochuras, que configuram um crime de lesa-infância.
Já é tempo de as autoridades deste nosso país terceiro-mundista porem fim a estes descalabros, e tratarem as crianças respeitosamente e com a VERDADE.
Espero que as actuais autoridades portuguesas façam alguma coisa útil, ao menos, uma vez na vida, e tomem as necessárias providências, para que tais actos vis não voltem a acontecer, e que a senhora directora desta escola seja chamada a prestar contas por este atentado contra a integridade moral dos alunos.
Com a minha mais veemente repulsa,
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem:
PARTIDO SOCIALISTA, PSD, PCP e CDS/PP optaram, uma vez mais, por se manterem mergulhados nas trevas, que lhes ofuscam a visão da modernidade. Nada que surpreendesse, dada o alto nível de subserviência que caracteriza esse partidos.
Que vergonha para Portugal! Que atraso de vida! Que mediocridade!
Apenas o PEV votou a favor, e BE com uma abstenção.
Por enquanto, a brutalidade e o atraso civilizacional continuarão, em Portugal, contudo, a sua abolição é uma certeza. Absoluta.
Eleitorado anti-tourada, já sabem em QUEM NÃO VOTAR.
Vamos dar-lhes uma grande lição nas próximas eleições legislativas.
Nota das dissidências:
Abstiveram-se: 1 deputado do BE, 1 deputado do PSD e 12 deputados do PS
A favor: 8 deputados do PS e 1 do PSD.
Diante de tamanha prova de atraso civilizacional (para os poupar do outro atraso) e falta de discernimento, o PAN emitiu um comunicado no qual refere e muito bem que o direito ao entretenimento, ainda que disfarçado de herança cultural, não deve poder prevalecer sobre o respeito pela liberdade, pela vida e pela integridade física e psicológica de animais que são sensíveis e que sentem dor, por um lado, nem sobre o ideal de sociedade que rejeita a violência, por outro. Esperámos que os partidos garantissem a liberdade de voto aos seus deputados/as para que, em plena consciência, fosse conferido a opinião individual de cada um. Mas mais uma vez foi clara a posição dos partidos tradicionais que blindaram a vontade expressa de cada deputado/a em representar a sociedade portuguesa».
A luta continuará.
A abolição desta selvajaria é uma certeza. Apenas foi adiada.
Está agora nas nossas mãos darmos uma grande lição a estes partidos que têm um pacto com os minoritários trogloditas, nas próximas eleições.
O governo português perdeu uma oportunidade de se redimir da sua falta de visão (para os poupar). Ficou claríssimo que em madeira velha só entra caruncho, daí que seja necessário substituir essa madeira velha, por madeira nova e fazer uma grande limpeza à carunchosa Assembleia da República.
E isso, meus caros companheiros na luta anti-tourada, só depende de nós.
Aqui fica lançado o repto.
Todos pelos Touros! Todos contra o PS, PSD, PCP e CDS/PP, Partidos Seguidores do Atraso Civilizacional (PSAC)
Isabel A. Ferreira
***
Para os que estiverem interessados, aqui deixo o link, para a leitura do muito bem fundamentado Projecto de Lei pela Abolição das Touradas em Portugal, apresentado pelo PAN, um partido virado para o futuro.
Fonte:
Porque a insanidade e o sadismo não fazem parte de uma sociedade que se quer saudável, limpa e humana, aqui deixo alguns elementos para reflexão, principalmente dos governantes, que teimam em manter uma lei completamente insana, onde a crueldade, a violência e a tortura de seres vivos são permitidas, unicamente para encher os bolsos de trogloditas e divertir “gente” com graves deformações mentais.
Isto não é da Civilização, nem da Cultura, nem da Humanidade.
Por isso, nós, os anti-tourada, não nos calamos:
Seja esse outro um ser humano ou um ser não-humano. O sofrimento é o mesmo.
E por fim, aquela máxima que, se todos os seres humanos seguissem, o Planeta Terra seria um verdadeiro Paraíso.
Pensem nisto, senhores governantes, únicos culpados do caos social, cultural e educacional em que Portugal está mergulhado.
E vós, Portugueses, abri os olhos, e nas próximas eleições autárquicas penalizem quem tanto tem penalizado o nosso país.
Isabel A. Ferreira
Um texto de José Luís Silva, que subscrevo na íntegra, porque é isto assim, tal e qual…
Faço minhas todas as suas palavras.
Texto de José Luís Silva
«Para todos os que me questionam o porquê de eu, assim como dos meus amigos, não dedicarmos os nossos esforços noutras causas que não a luta contra as touradas. Tenho algumas coisas a dizer-lhes:
1º - Na verdade tanto eu como muitos dos meus amigos apoiamos outras lutas que envolvam injustiças ou atrocidades, sejam elas contra as pessoas, animais ou o ambiente;
2º - Muitos de nós estão envolvidos em actividades sociais, culturais e/ou desportivas de forma altruísta;
3º - Nós não sofremos da hipocrisia de quem nos critica que fala à «boca pequena» com o receio de ficar penalizado financeiramente ou socialmente e como tal damos a cara pelo que acreditamos;
4º - Muitos de nós abdicam do convívio familiar, de parte da vida profissional (mesmo sendo penalizados financeiramente), do seu tempo de lazer para despertar consciências em prol de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna, igualitária e participativa;
5º - Muitos dos que nos criticam (alguns conheço pessoalmente) que avançam com «recomendações, sermões, e outros que tais», nunca estiveram envolvidos em actividades sociais, culturais e/ou desportivas, porque isso obriga a dispêndio de tempo e dinheiro. A esses digo-lhes claramente: Deixem de olhar para o vosso umbigo e sejam um bom exemplo para os vossos filhos, familiares, amigos e sociedade em geral, ou em alternativa, enfiem a viola no saco e remetam-se ao silêncio!
Para terminar, desejo-vos um óptimo feriado e as maiores felicidades a todos sem excepção!»
José Luís Silva»
Fonte:
É tudo uma questão de coerência.
Quem manda em Viana do Castelo?
Vejamos:
O actual primeiro-ministro de Portugal, no início do seu mandato, questionado no Parlamento sobre a existência das touradas, como costuma fazer a maioria dos políticos, deu uma no cravo e outra na ferradura, dizendo que nos municípios onde é “tradição” a realização de selvajaria tauromáquica, podem decidir pela sua continuidade ou não, assim como, naqueles que não há “tradição”, e aqui referiu-se mesmo a Viana do Castelo, que se declarou Cidade Anti-Tourada, em 2009, pode optar-se pela sua proibição.
Então de que está à espera o senhor Presidente da Câmara de Viana do Castelo?
Se a cidade se declarou Anti-Tourada, há que respeitar esta vontade dos vianenses. Há que respeitar as decisões camarárias. Ou elas existem apenas para inglês ver?
Dizer uma coisa e fazer outra não é honesto.
O primeiro-ministro disse, está dito.
Viana do Castelo não tem de vergar-se a vontades alheias, só porque existe quem permite touradas ilegais pelo país.
Quem manda em Viana são os Vianenses, e estes não querem o lixo tauromáquico na sua cidade anti-tourada.
Ponto final.
E isto devia bastar para que as outras "autoridades" respeitassem a lei.
A realizar-se, esta tourada será ILEGAL.
BASTA de tanta ilegalidade! De tanta impunidade!
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, mostre quem manda em Viana.
Não permita que desautorizem a vontade expressa dos Vianenses, nem as decisões municipais.
O que querem fazer em Viana é uma afronta à soberania do município e à vontade do povo de Viana do Castelo.
Este é o momento certo para acabar com esta vergonhosa subserviência a um lobby decadente e corrupto.
Portugal está com Viana e com o seu Presidente.
E eu também estou.
Isabel A. Ferreira
(Vale a pena ler, porque é extraordinária)
Ricardo Codorníu y Stárico, Engenheiro Florestal e defensor da causa florestal (Cartagena, 1846 – Múrcia, 1923)
«Para os tauricidas que dizem que os anti-tourada não têm história
Touros ou árvores?
A pergunta pode parecer absurda, mas foi feita há pouco mais de cem anos por Ricardo Codorníu y Stárico, conhecido como o “Apóstolo da Árvore”.
Acabo de encontrar o extracto de uma conferência sua, realizada em Múrcia em 1909 e confesso-vos o meu assombro ao lê-la.
Aqueles Homens, sim, é que eram valentes e modernos e clarividentes.
(…)
“Faz já muitos anos que se falava (e não era pouco) da conveniência que seria para a cultura do povo suprimir as corridas de touros, espectáculo repugnante, em alto grau, para todo o espírito nobre, que traz com ele muitos elementos incultos e até mesmo perversão moral, por isso, é em si mesmo, e por que lhe deu a existência e sustenta, o flamenquismo (afición do flamenco) degradante.”
E pelo que substituiríeis as corridas de touros? Perguntou, admirado, o jornalista Mariano de Cavia.
“Com o "Festival da Árvore", respondeu-lhe o Engenheiro Florestal, para um jornal de Múrcia. Efectivamente, a substituição da “festa” sangrenta pela festa da árvore, representaria um assinalável triunfo da civilização.
Ricardo Codorníu indicou-nos o caminho certo.
Acabemos com as corridas de touros.
A nova festa nacional deve ser a plantação de Árvores (e em Portugal seria bem-vindo um tal festival, devido à perda enorme de milhares de árvores nos incêndios do Verão passado), o respeito pelo meio ambiente, e não o sangrento massacre de inocentes animais.
Esta mensagem chega-nos mais de um século depois, mas continua actual (o que significa pouca ou nenhuma evolução a este respeito).
Eu estou absolutamente de acordo com esta mudança.
E tu, que “festa” preferes: a das Árvores ou a dos Touros?»
Fonte:
O Grupo Anti-tourada de Viana do Castelo diz que “imperou o bom senso”, e eu acrescento que para tal contribuiu também a decadência em que se encontra esta actividade degradante, que já não interessa nem à mais estúpida das criaturas.
Origem da foto:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10154407137039106&set=gm.919432281501169&type=3&theater
Na passada quinta-feira, os "Vianenses pela Liberdade" (que nem sequer são de Viana) anunciaram que este ano não vão avançar com a tentativa de realizar uma tourada durante a Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia, devendo-se esta impossibilidade (pasmemo-nos!!!) ao facto de na tarde de 21 de Agosto se realizar o tradicional cortejo histórico etnográfico, como se já não tentassem realizar uma tourada à hora da procissão!!!!!
Chamem-lhe “impossibilidade de enquadrar a selvajaria no programa das festas!!!”. Enganem-se a si próprios.
O que importa é que Viana do Castelo, este ano, não será conspurcada pelo lixo tauromáquico que uma minoria inculta e encruada queria, porque sim, impor a uma cidade que se declarou Anti-Tourada.
As reacções a esta notícia borbulharam por toda a parte.
Ana Macedo, líder e porta-voz do Grupo Anti-tourada de Viana do Castelo salientou a este propósito que “ganhou o bom senso” e manifestou-se “muito contente” com esta decisão.
«Estamos muitos satisfeitos e desejamos que os aficionados das touradas vivam as festas de Nossa Senhora da Agonia como devem ser vividas, com alegria e amor. A Romaria d’Agonia deve ser vivida sem sobressaltos e sem guerras mas com amor, tal como Viana é conhecida», e acrescentou: “Desejo a esses senhores, que têm feito essa tentativa todos os anos, umas óptimas festas, uma óptima Romaria. Viana é isso mesmo, é alegria, é amor, é a Romaria, não tem nada a ver com tortura nem com maus tratos a animais. Não vale sequer a pena tentarem em Viana”, e deixou um aviso à organização de actividades tauromáquicas: «Se no próximo ano insistirem, cá estaremos».
O porta-voz dos “vianenses”, José Carlos Durães, por sua vez, e numa tentativa de tapar o sol com uma peneira, tentou justificar, deste modo, o recuo deste ano: "Não iríamos conseguir facturar para pagar as despesas. Não vamos dar tiros nos pés". No entanto assegurou que em 2017 a tourada está prevista realizar-se no dia 20 de Agosto.
Pois sim!
Mas a verdade é outra. Nem este ano, nem em qualquer outro ano, conseguiriam empurrar o lixo tauromáquico com os pés, para dentro de Viana, porque estava tudo a postos para o impedir e, com um grande trunfo na manga, que guardaremos para o ano, se tentarem invadir a cidade.
Acabaram-se os privilégios!
Pois, ó rico, se a si lhe deu um fanico, a nós deu-nos um grande asco quando lemos este comentário, por ser retrógrado, desactual, desadequado e impróprio de seres evoluídos.
Não que nos surpreendesse tal arengada, porque estamos fartos de saber que os acéfalos não pensam, nem têm sentimentos e seguem os instintos primitivos próprios de seres que ainda não evoluíram.
Mas sempre ouvimos dizer que água mole em pedra dura tanto dá até que fura, portanto não desistimos.
E ainda que ninguém encomendasse qualquer sermão, ele aqui vai desafrontadamente…
O PAN também não desiste, porque está representado na Assembleia da República Portuguesa pelo André Silva, um Homem evoluído, avançado no tempo, um espírito do futuro, que trouxe àquele lugar velho (que é o hemiciclo da AR, onde uma esmagadora maioria de gente que, apesar de nova, já nasceu velha, se senta, e faz discursos velhos, e aprova leis retrógradas no que concerne aos Direitos dos Animais e das Crianças), um discurso novo e adequado aos tempos modernos e ao avanço dos conhecimentos que hoje temos sobre a senciência animal, e que, os que optam pela ignorância e recusam esse conhecimento, desconhecem.
A proposta do PAN quanto à proibição do uso de carroças, charretes e “charabans” (charabãs) de tracção animal provém de uma mente aberta, arejada, evoluída, futurista, uma mente do século XXIII (assim 23 ou mais) depois de Cristo.
O que diria a rainha de Inglaterra?
E o que nos interessa o que diria a rainha de Inglaterra, uma nonagenária que não evoluiu o suficiente para saber que os Cavalos não nasceram para servir o pré-humano (aquele que ainda não evoluiu para Homem), e são seres extremamente sensíveis, e sofrem horrores a puxar carroças para que rainhas andem de traseiro tremido em cima delas.
E sim, há-de chegar o dia em que vai ser proibido montar Cavalos.
E sabe porquê rico?
Dizemos-lhe, para que não diga que não lhe disseram: porque não é só o esforço físico que muito custa aos Cavalos. São os ferros na boca que magoam e ferem as gengivas, a língua, o palato, a mandíbula, se for barbela, a pressão dolorosa sobre o chanfro, se for serrilha, dor e ferida por um arreio mal adaptado, e os malditos chicotes. E isto não é coisa nossa. Isto é o saber do Médico-Veterinário, Dr. Vasco Reis, que durante vários anos cuidou de Cavalos, no estrangeiro.
Mas os montadores não podem ver (ou não lhes interessa ver) os esgares de dor que os Cavalos exibem, quando são montados, quando puxam carroças, arados, charretes, enfim, quando são usados e abusados pelos pré-humanos.
O rico do PAN é rico, sim. Mas é rico em sentimentos, em sensibilidade, em inteligência, em saber, em evolução, em ética, em essência humana, e claro quando se fala em touradas, tanto defende o Touro como o Cavalo, obviamente, pois ambos estão incluídos nesta selvajaria.
Mas há aqui um pormenore que urge salientar: o PAN ou outro qualquer partido anti-tourada, não pode levar para a Assembleia da República uma proposta abolicionista destas práticas cruéis primitivas, por um motivo simples: é que o lobby tauromáquico está lá instalado de malas e bagagens, e se não passa um projecto de lei de protecção às crianças para que não assistam nem pratiquem estes horrores, como há-de passar um projecto de lei para proteger os animais, que para a esmagadora maioria dos deputados da Nação são apenas os Gatos e os Cães, que não sejam de circo ou de corrida?
A proposta abolicionista só fará sentido quando Portugal estiver representado por deputados evoluídos. Contudo, até lá, estas práticas bárbaras deixarão de existir porque a juventude prefere assistir ao Festival Super Bock Super Rock, e outros que tais, do que ver torturar bovinos e Cavalos indefesos, numa arena cheia de sádicos.
Apenas uma minoria inculta, retrógrada e a cair de velha (em idade, uns, e em mentalidade, outros) se dispõe a ir a uma arena de tortura.
Ó rico, não admira que não consiga entender onde quer chegar o deputado do PAN. E sabe porquê? Porque ele está distanciado de si milhares de anos-luz. E não só de si, como também de todos os que se recusam a ver o óbvio e a evoluir.
E quer saber, o deputado do PAN nunca iria propor que as carroças, as charretes e os seus “charabans” só poderiam circular se puxados por ricos encartados para o efeito, porque o deputado do PAN é um Homem civilizado.
Mas que apetece dizer que seria uma boa ideia, lá isso apetece. Assim os ricos iriam sentir o que custa puxar carroças, e talvez mudassem de ideias e evoluíssem e deixassem os Cavalos em paz.
Sabe, rico, dizer que “gosta muito de animais” e depois os tortura ou gosta de os ver torturados, não é de seres humanos, mas sim de seres desumanos.
Quem defende um Cavalo defende de igual modo um Homem, porque ambos são animais com ADN muito, muito semelhante.
Mas não nos peça para defender um rico, como o que escreveu este comentário, porque só defendemos animais humanos e não-humanos. Não defendemos animais pré-humanos ou desumanos.
E corram, corram bastante até perderem o fôlego, para ver se ainda conseguem alcançar o comboio da evolução, que já percorreu vários séculos, e vocês ainda não se deram conta de ele ter passado pela vossa rua…
Isabel A. Ferreira