Estes são os meus irmãos animais, entre todos os outros.
Partilhamos o mesmo Planeta. Temos as mesmas necessidades vitais.
Respiramos o mesmo ar. Somos aquecidos pelo mesmo Sol. Iluminados pela mesma Lua...
Somos filhos da mesma Mãe Natureza.
Mas Portugal é ainda um país primitivo, onde é permitido que psicopatas torturem animais não-humanos, em episódios, a que chamam "espectáculos", cruéis, macabros, violentos, desumanos, medievais, sanguinários...
Em nome de quê?
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem: Internet
Campanha contra as touradas no mundo
«Nenhum dos animais merece e a sociedade não precisa, para nada, de tauromaquia. BASTA!
Basta de permissão a abusos crónicos.
Nenhuma outra forma de prática cultural ou espectáculo recebe a contestação que merece o sector tauromáquico, com os seus caracteres traumáticos, tão evidentes, com os seus rituais sanguinários, com todo o desrespeito demonstrado contra os animais designados, #toiros, #cavalos e outros. E é para mais uma esponja a sugar dinheiros, incluindo muito despesismo e gestão danosa, vergonhosa, da parte de alguns Poderes Públicos, que ainda desviam, podem ainda desviar, dos fundos públicos, para #touradas da seita obscura! Têm regulamentos de lei. Ao menos esses cumprem? Nem isso!»
Fonte:
https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo/photos/1098025566914593
Que mensagem este Centro Infantil pretende passar às crianças, aceitando DINHEIRO SUJO do sangue de seres vivos sencientes, a quem elas carinhosamente tratam por vaquinhas, boizinhos, bezerrinhos? Que espécie de educação estão a dar às crianças? (Isabel A. Ferreira)
***
Após a Cruz Vermelha ter feito saber que, ao contrário do que chegou a ser anunciado, não irá aceitar dinheiro proveniente de uma tourada, que decorrerá no dia 2 de Abril no Redondo, e após ter chegado a existir um beneficiário “fantasma” para a tourada em causa, eis que surge hoje o anúncio de que a entidade beneficiária da tourada será o Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde, do Redondo!
Por favor, peçam ao Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde, do Redondo, que não aceite dinheiro manchado de sangue de Animais inocentes. Façam-no na respectiva página no Facebook ou por e-mail. Obrigado.
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Mensagem sugerida mais abaixo, para envio por e-mail:
Para: centroinfantil2@sapo.pt
Cc: marinhenses.antitouradas@gmail.com
Exmos. responsáveis pelo Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo,
Está a ser anunciada para 02 de Abril uma tourada a favor do Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo (Évora).
https://tauronews.com/festival-no-coliseu-de-redondo-ja-no-proximo-sabado/
após a Cruz Vermelha Portuguesa ter desistido de ser beneficiária desse cruel evento.
Em cada tourada, seis ou sete bovinos são humilhados e torturados quase até à morte (havendo também, frequentemente, cavalos que ficam feridos ou morrem). São-lhes cravados ferros que lhes provocam severas hemorragias. É-lhes provocado um elevado nível de sofrimento físico e psicológico. Horas depois, os inocentes animais são, na sua quase totalidade, abatidos, após um longo período de agonia.
A violência que a tauromaquia implica é de tal ordem que, desde de 2014, o Comité dos Direitos das Crianças da Organização das Nações Unidas (ONU) tem vindo a demonstrar a sua preocupação com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em actuações em touradas, bem como com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espectadoras que são expostas à violência das touradas”
vide s.f.f. pág. 10 em:
https://www.refworld.org/docid/52f89eb84.html
Em 2019, a ONU recomendou a Portugal que proíba as crianças e jovens menores de 18 anos de participarem em touradas ou assistirem a touradas (vide s.f.f. pág. 7 de https://undocs.org/CRC/C/PRT/CO/5-6
Naturalmente, a tauromaquia tem vindo a ser alvo de uma enorme e crescente contestação social e, cada vez mais, a generalidade das organizações optam por se distanciar ao máximo desta cruel actividade por razões de ordem ética. É incompreensível que o Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo apareça como beneficiário da tourada em causa.
O Centro Infantil Nossa Senhora da Saúde do Redondo ainda está a tempo de não compactuar com um evento de desrespeito que implica violência extrema contra Animais sencientes indefesos. Será uma boa medida, que poderá ser apresentada como um contributo para o enriquecimento afectivo das crianças dessa Instituição.
Perante o exposto, peço a V. Exas. que essa Instituição não se deixe instrumentalizar, e se dissocie da tourada em causa, nunca aceitando dinheiro manchado de sangue de Animais inocentes.
Na expectativa de uma resposta positiva, apresento os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
E esta não é a primeira vez!!!!!
Ver aqui:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/cruz-vermelha-e-touradas-red-cross-and-733038
E quando uma instituição, como esta, comete um erro destes, várias vezes, perde a credibilidade.
Já em 2017 tivemos de chamar à atenção da Cruz Vermelha para esta ignomínia, imprópria de um organismo cuja missão é aliviar o sofrimento humano [um sofrimento que se iguala ao sofrimento dos Touros e Cavalos que serão torturados em prol da CVP, uma vez que seres humanos e seres não-humanos são ANIMAIS, com um ADN muito semelhante e portadores de sistema nervoso central]; e também proteger as vidas (e Touros e Cavalos, também TÊM uma VIDA, a deles, que o homem sendo RACIONAL deve proteger e preservar, não, torturar]; e a CV também tem a missão de preservar a dignidade humana [que, neste caso, fica comprometida, com esta associação a tamanha barbárie].
SHAME ON YOU RED CROSS!!!!!
Isabel A. Ferreira
A bullfight is being advertised for 2nd April in support of the Redondo branch of the Red Cross. Please act now.
Está a ser anunciada, para 2 de Abril de 2022, uma tourada a favor da Cruz Vermelha do Redondo!
Por favor, envie, por E-MAIL, de uma só vez, com texto em inglês e em português (colocando o seu nome no final de cada uma das versões), a mensagem abaixo sugerida, ou outra, para os endereços indicados.
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EN | PT
Subject/Assunto: Red Cross and Bullfighting / Cruz Vermelha e Touradas
To/Para:
pmaurer@icrc.org, mgirodblanc@icrc.org,
sede@cruzvermelha.org.pt, marketing@cruzvermelha.org.pt,
Cc:
marinhenses.antitouradas@gmail.com
[EN]
Dear All,
I am writing this e-mail on the issue of the association between the Portuguese Red Cross (PRC) and bullfighting.
Unfortunately, in Portugal bullfighting is still a common practice. In each of these sad events about six or seven bulls are humiliated and tortured almost to death (and often horses perish as well). Spears with barbs are thrusted forcefully into their backs, causing severe bleeding and internal damage. A very high level of physical and psychological pain is caused to the bulls. Hours later, these innocent animals are then butchered, after a long period of painful agony.
Although it is still legal in some countries, bullfighting has become the target of huge and growing social protests. For ethical reasons, more and more organizations choose to distance themselves as much as possible from this cruel activity.
It is quite difficult to understand how a prestigious Institution such as the Red Cross can be associated to such cruel activities practiced upon the animals. As a matter of fact, aside from the regular provision of ambulances and human means to eventually assist people actively involved in bullfighting, there are some branches of the Portuguese Red Cross who advertise, sell tickets for and/or accept money from the bullfighting events – red blood-stained money from innocent animals.
Presently a bullfight is being advertised for 2nd April in support of the Redondo branch of the Red Cross (https://tauronews.com/festival-a-2-de-abril-no-coliseu-do-redondo/).
The Portuguese Red Cross admits there are branches that receive money from bullfights but states they are not the organizers, and thus undervalues the regular protests, from members and sympathizers, it receives.
In face of what has been said I would like to appeal to the Red Cross to dissociate itself as much as possible from performances based on animal abuse, namely by not allowing its denomination/logo to be used in bullfighting posters, by not advertising bullfights, and by not accepting blood-tainted money or goods from bullfights.
Thanking you in advance for the kind attention devoted to this letter, I look forward to your kind reply, which I hope will be a positive one.
Best regards,
Isabel A. Ferreira – Porto (Portugal)
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Isto é inadmissível, em pleno século XXI d.C., e NÃO dignifica o ser humano.
[PT]
Exmos. responsáveis pela Cruz Vermelha Portuguesa
Escrevo-lhes a propósito da associação da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) à tauromaquia.
Infelizmente, em Portugal ainda se realizam touradas. Em cada uma, seis ou sete bovinos são humilhados e torturados quase até à morte (havendo também, frequentemente, Cavalos que ficam feridos ou morrem). São-lhes cravados ferros que lhes provocam severas hemorragias. É-lhes provocado um elevado nível de sofrimento físico e psicológico. Horas depois, os inocentes animais são, na sua quase totalidade, abatidos, após um longo período de agonia.
Embora ainda legalmente permitida em alguns países, a tauromaquia tem vindo a ser alvo de uma enorme e crescente contestação social e, cada vez mais, a generalidade das organizações optam por se distanciar ao máximo desta cruel actvidade por razões de ordem ética.
É incompreensível que uma Instituição como a Cruz Vermelha se associe a estas práticas de crueldade sobre animais. Com efeito, além do frequente envio de ambulâncias e de meios humanos para eventual socorro de pessoas envolvidas nos espectáculos tauromáquicos, há delegações da CVP que publicitam touradas, vendem bilhetes para touradas, e/ou aceitam dinheiro proveniente de touradas – dinheiro manchado de sangue de animais inocentes.
De momento, está a ser anunciada, para 02 de Abril, uma tourada a favor da Delegação da Cruz Vermelha do Redondo (https://tauronews.com/festival-a-2-de-abril-no-coliseu-do-redondo/).
A CVP reconhece que há delegações que recebem verbas provenientes de touradas, mas salienta que não é organizadora, e vai assim desvalorizando os protestos que, neste âmbito, lhe vão sendo dirigidos por sócios e simpatizantes.
Face ao exposto, apelo a V. Exas. para que a Cruz Vermelha se dissocie o mais possível de espectáculos de maus-tratos aos animais, nomeadamente não permitindo que a respectiva denominação/logótipo conste em cartazes de touradas, não publicitando touradas, nem recebendo dinheiro ou bens provenientes de touradas.
Agradecendo antecipadamente a atenção dispensada e ficando na expectativa de uma resposta a esta mensagem que, espero, seja positiva,
Com os melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira - Portugal
Todos somos animais, com as mesmas emoções, prazeres, necessidades básicas. Todos somos aquecidos pelos raios do mesmo Sol. Todos somos banhados pela luz da mesma Lua.
Somos diferentes. Mas nada nesta vida é IGUAL. Cada ser é um ser único.
De comum temos tudo o resto.
Isabel A. Ferreira
No passado dia 05, em Mourão (uma vilória portuguesa raiana, do distrito de Évora), durante o acto de tortura de seres vivos, vulgo tourada, realizado para divertir os sádicos, ávidos do sofrimento dos Touros, activistas do Grupo Internacional Vegan Strike Group, oriundos de Portugal, França e Holanda, interromperam a tourada.
Esta foi a quarta vez que o Vegan Strike Group interrompeu uma tourada em Portugal. Em 2016 e 2019 este organismo de defesa dos direitos dos animais já o havia feito em Lisboa, e em 2018 em Albufeira.
Todos os que são EMPÁTICOS sabem que tourada é uma forma muito cruel de abuso animal. Por todo o mundo, mais de 250.000 Bovinos são torturados e mortos durante as touradas e suas variantes. Dezenas de milhares de Touros e outros animais também são gravemente abusados, feridos ou mortos nas festas de aldeia.
Em Portugal, os Touros não são mortos na arena, à excepção de Barrancos, onde, pela mão do falecido ex-presidente da República Jorge Sampaio, grande aficionado de Touradas, os Touros de morte foram introduzidos legalmente e são barbaramente mortos; e em Monsaraz, onde, apesar de proibido, os Touros são também barbaramente mortos, mas ILEGALMENTE.
Os que não são mortos na arena, ficam várias horas em grande sofrimento, até serem levados para matadouros onde são mortos, também barbaramente.
Aos Touros juntam-se os Cavalos, que são usados e abusados também barbaramente nas touradas, causando-lhes grande ansiedade e stress.
O ser não-humano da esquerda foi torturado sob aplausos, na tourada da vilória de Mourão. Horas mais tarde, mataram-no barbaramente. O ser humano da direita e uma colega activista saltaram para a arena, durante a referida tourada, para pedirem o fim das touradas. Foram agredidos, e se, de facto, vivemos num país a sério, onde as agressões são punidas, os agressores podem vir a ser presos. A ver vamos como se comportam as autoridades.
Mas se vivêssemos num país a sério, civilizado e culto, esta prática bruta, boçal, violenta e cruel não teria lugar, e estes seres humanos que lutam por um mundo melhor, e os Touros e os Cavalos não seriam agredidos por seres desumanos brutamontes.
Fonte:
https://www.facebook.com/antitouradas/photos/a.215152191851685/5129947590372096/
Quem o diz, numa entrevista ao jornal Público, é Laurentina Pedroso (***) que, curiosamente, é a “Provedora do Animal».
Não acreditam?
Pois então leiam.
Origem da imagem da provedora: https://ionline.sapo.pt/402859?source=social
Com uma provedora assim, que em vez de pugnar pela abolição das touradas em Portugal, como está a acontecer nos restantes sete países, que ainda mantêm activa esta prática troglodita (comprovar neste link:
https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo/ )
pugna pela continuidade da barbárie, mas sem objectos perfurantes (????) como se tudo o resto não fosse uma tremenda violência e crime de maus-tratos contra animais tão sencientes como o são os BOVINOS, nenhum animal está a salvo.
A notícia refere: «A Provedora do Animal Laurentina Pedroso diz que espectáculos culturais não podem manter sofrimento injustificável dos animais e promete lançar debate nacional: “A modernização das touradas permitirá a sua continuidade”. Não lhe repugna um agravamento das penas a aplicar a quem faz mal aos bichos e advoga uma revisão constitucional se isso se revelar necessário para manter em vigor lei que criminaliza os maus tratos.»
Inacreditável, senhora provedora!!!!!! Absolutamente inacreditável!!!!
Estará a senhora Provedora do Animal ao serviço do ANIMAL, ou está ao serviço da indústria tauromáquica, da indústria das carnes, dos “veterinários” que estão do lado da crueldade exercida contra herbívoros mansos????
Numa tão curta, frase Laurentina Pedroso chama “espectáculos culturais” a uma actividade bárbara e medievalesca, violenta e cruel; diz que não podem manter sofrimento injustificável dos animais, o que implica dizer que o sofrimento justificável possa existir, porquanto, numa tourada, tudo o que se passa com o Touro, (um Boi não-castrado) desde o seu nascimento até à entrada na arena, é uma desmedida violência como se pode comprovar nestes textos escritos por um VERDADEIRO Médico-Veterinário, com conhecimento de causa, e que podem ser consultados nestes links:
Percurso do Touro usado para toureio (I)
Percurso do Touro usado para toureio (II)
A provedora do ANIMAL quer a continuidade das touradas, mas MODERNIZADAS??????? Não sabe a provedora que na MODERNIDADE não cabem actividades medievalescas? Estamos no ano 2022 depois de Cristo, não sei se já reparou.
A senhora provedora do ANIMAL não faz a mínima ideia do que é uma tourada.
Além disso NÃO está ao serviço dos animais, mas tão-só dos lobbies que os exploram.
Portugal precisa de evoluir, mas, para tal, há que destituir todos os que não sabem o que andam a fazer. E esses, infelizmente, são muitos, são escolhidos a dedo, e têm Super Cola3 no traseiro, por isso, estão tão pregados às cadeiras do PODER.
E mais do mesmo NÃOOOOOOOO!!!!!!! Por favor!!!!!
Isabel A. Ferreira
***
(***) Bastonária dos Veterinários durante cinco anos, Laurentina Pedroso foi escolhida pelo ministro do Ambiente como primeira provedora nacional do animal. Hoje com 59 anos, chegou a ocupar o cargo de directora executiva da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes e acumula neste momento a provedoria com a direcção da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona. Chegou a integrar a lista do PS à Câmara de Lisboa na eleição que reconduziu Costa na liderança da autarquia.
Fonte da entrevista completa:
Se há Ser Humano que eu respeite com todas as fibras do meu sentir é Hans Bouma, um Ser raro, de rara sensibilidade. Um Ser dotado da Consciência Cósmica, que falta ao comum dos mortais, não porque não possam adquiri-la, mas porque não querem, uma vez que não estão dispostos a evoluir.
Porque todos nós somos animais. Porque o Natal não é a quadra do consumismo desenfreado com que nos querem iludir. O Natal é um tempo para reflectir quem somos, o que somos, de onde viemos, para onde queremos ir, e principalmente para onde vamos…
Reedito este texto sublime dedicando-o àqueles que se dizem católicos, e vão a todas as missas, confessam-se, comungam, rodeiam os templos, andam sempre com a palavra “Deus” na ponta da língua, mas nada sabem de Cristianismo, de Misericórdia, de Piedade, de Compaixão, de Humanidade, e agem como os carrascos que cruxificaram Jesus Cristo, Aquele que deu origem ao Natal, que hoje quase todos que o celebram, celebram-no sem saber o que fazem.
Dedico-o aos que dizem ser representantes de Deus na Terra, mas não têm o “toque divino” para poderem fazer um Sermão de Paz como este, proferido em 22 de Dezembro de 2014, em Amsterdão, por Hans Bouma.
Leiam-no, com os olhos do coração.
Isabel A. Ferreira
Hans Bouma (pastor e poeta, Amsterdão, Maarten Lutherkerk)
«Mais um Motivo - Sermão de Paz para os Animais»
Por Hans Bouma
«No que respeita à relação entre animal humano e animal não-humano - especialmente os animais moralmente excluídos, humilhados e escravizados - a inevitável pergunta que se coloca é: que tipo de homem queres tu ser, e até onde vai a tua humanidade?
No decurso da história, seguramente temos progredido no nosso caminho humano, de respeito e compaixão para com os outros seres. Nós expandimos o sentido das nossas responsabilidades e percebemos que, como seres humanos, formamos uma comunidade global. Os maiores exemplos da evolução da nossa consciência ética são a Amnistia Internacional e Médicos Sem Fronteiras.
Embora estes organismos sejam, certamente, dignos de reconhecimento, não são ainda o nosso objectivo final. Até agora a preocupação deles tem sido as pessoas, os seus semelhantes, os representantes da mesma espécie. Mas os animais estão também aqui. É claro que eles não pertencem à nossa espécie, mas isso não é motivo para excluí-los da nossa moralidade. Eles também participam do mistério chamado VIDA.
Que tipo de homem queres tu ser? Segues o caminho escolhido do respeito e da compaixão? O caminho para o moralmente correcto, mas ainda ignorando os animais não-humanos? Interpretarás a humanidade tão generosamente para nela incluíres os animais não-humanos?
O próximo passo é mais difícil: a etapa do companheiro humano ao companheiro creaturety (uma palavra que inventei) criaturidade; mas o que podemos fazer se a língua ou a cultura nos falha, neste ponto? Se nós não dermos este passo, se não dermos ao animal não-humano nenhum lugar na nossa agenda moral, então seguramente estaremos a ser incoerentes. Então teremos de falar de uma humanidade degradada e, consequentemente, desonesta e incredível. Nós chamamos a isso, discriminação.
O próximo passo.
Se tu és humano, por favor, sê benévolo, sê homem ou mulher plenamente. Se valores como a justiça, a compaixão, a solidariedade, o respeito e amor tiverem apenas significado para a espécie humana, então pouco ou nada compreendemos do mundo. Estes valores são de natureza universal e devem, portanto, ser aplicados universalmente e não restritamente à nossa própria espécie.
Que tipo de homem queres tu ser? Podes dizer que apenas um arrogante sentimento de superioridade pode levar-te a manter os animais fora da ética. Mas é diferente. As pessoas que se recusam a dar o próximo passo têm uma baixa auto-estima e estão sujeitas a sentimentos pungentes de inferioridade.
Que tipo de homem poderias tu ser? Poderias ser tão maravilhoso, porque tens tudo para tratares todos os seres viventes com respeito e compaixão. Se ficares preso ao desenvolvimento da tua humanidade, mantendo os animais não-humanos fora do teu horizonte moral, então vendes-te barato, vivendo claramente abaixo do teu nível. É isso que queres?
É irracional dizerem às pessoas, que defendem os animais que, ao defendê-los, estão a trair os da própria espécie. Mas se eu excluísse os animais não-humanos da minha humanidade, aí sim, estaria a trair-me a mim próprio e a abandonar-me. Então estaria a agredir a minha própria humanidade.
O próximo passo.
É uma questão de pertença, uma crescente consciência de afinidade. Os animais não-humanos começam a fazer parte da tua família, parte da tua vida. Estas são expressões preciosas do mesmo mistério que te envolve na tua própria maneira de ser. E tu não comes a tua família, nem fazes experiências com ela. E Família é o que tu respeitas, o que tu valorizas e o que tu amas.
União e afinidade. Além de acontecer entre as pessoas, as situações de reconhecimento mútuo podem desenvolver-se entre um ser humano e um ser não-humano. Aquilo que o filósofo judeu Martin Buber chama: «Eu e Tu». É possível um diálogo íntimo entre um ser humano e um ser não-humano. «Os olhos de um animal», escreveu Buber, "têm uma imensa força comunicativa». Uma vez que sejas capaz de ser sensível à linguagem dos olhos dos animais não-humanos, o teu mundo torna-se cada vez mais rico. O quanto poderás ver, ouvir e partilhar!
É comovente, ou de cortar o coração, quando olhas nos olhos dos animais encerrados num laboratório, ou nos olhos de um animal num matadouro.
Eu tive oportunidade de olhar nesses olhos, de entender a linguagem deles, e fiquei destroçado. Aquela «imensa força comunicativa» foi a de uma queixa, de uma acusação. Por que estás a fazer isto connosco? O que deu em ti? Que tipo de pessoa és tu?
Está longe de mim minimizar o sofrimento das pessoas, mas também penso no sofrimento dos animais não-humanos. O sofrimento deles tem uma profundidade, uma dimensão desconhecida para nós. Quando sofremos, podemos tirar proveito de todos os tipos de escapes culturais, sociais e religiosos. Nós temos a bênção da fuga espiritual. Nós podemos dar ao nosso sofrimento um sentido, situá-lo numa qualquer perspectiva, sublimá-lo ou transcendê-lo.
Temos inúmeras maneiras de aliviar o nosso sofrimento. Só o facto de podermos verbalizá-lo é já um privilégio.
Mas os animais não-humanos não têm palavras para o sofrimento. Eles não conseguem verbalizar o seu sofrimento. Nunca poderemos explicar aos animais que são maltratados pela indústria ou laboratórios o motivo por que eles estão a sofrer.
Eles nunca entenderão os nossos argumentos e desculpas. Eles enfrentam o mistério de um tempo de vida ou de morte sem o mínimo sentido. Numa interminável tristeza, sem esperança que se funda com o sofrimento que os deprime. Eles vivem num grotesco inferno.
Tu não tens de ser um crente para defender vigorosamente o direito dos animais não-humanos de serem criaturas com um valor absoluto. A partir do simples ponto de vista da tua humanidade tens todos os motivos para agir. Se és religioso, se és cristão, judeu, muçulmano, hindu ou budista, então tens uma razão acrescida para incluir os animais não-humanos na tua consciência ética.
Sejam quais forem as suas diferenças, todas as religiões assumem que a Terra teve uma origem divina. Concebida por um criador, um Deus muito criativo. Um Deus que é tão poderoso e generoso que se deu a conhecer na realidade física deste planeta. O facto de que a Terra é uma criação divina dá-lhe uma característica particular. Tudo e todos têm o seu próprio propósito e o seu próprio segredo. Quer se trate de uma árvore, um animal não-humano ou um homem, tudo o que vive possui o seu próprio direito exclusivo de existir.
Todas as religiões estão centradas na criação de relações e fazer a ponte entre as distâncias em três direcções: horizontal, a respeito de outros seres humanos; vertical, em relação a Deus ou ao divino; e para baixo, em relação à Terra. A palavra religião deriva do latim “religare”: tem o significado de religação, uma nova ligação entre o homem e Deus. Todas as religiões são religiões de salvação.
Salvação significa o todo.
As pessoas precisam de ser reintegradas na sua relação com o mundo. O homem isolado é apenas um fragmento. Para ser completo, ele deve agregar três vertentes: os outros homens, a Terra, e Deus ou o divino.
Como lidas com as criações, com toda a vida que te foi confiada pelo Criador? Essa é a questão vital, inevitavelmente proporcionada por todas as religiões. A tua relação com a vida e a criação de Deus só é salutar se o teu relacionamento com os teus semelhantes e a Terra for ideal. Na tua benevolência para com a vida no seu todo, está o âmago da tua própria vida.
O filósofo e teólogo, músico e médico Albert Schweitzer compreendeu isto perfeitamente. A sua crença é a seguinte: «Eu sou vida que quer viver, rodeada de vida que quer viver». Ele define a religião como «o respeito pela vida posto em prática».
Para Schweitzer religião não é teoria, mas prática. Por exemplo, tu és crente com garfo e faca: comendo carne estás a comer o sofrimento. Que gosto tem isto? Durante décadas Albert trabalhou como médico na selva africana, em Lambaréné; foi um homem extremamente benevolente para com o povo, não apenas para com as pessoas, mas também para com os animais não-humanos. A religião coloca-te na realidade terrena.
Um conceito-chave na tradição judaica e cristã é: êxodo, viagem. Em muitas circunstâncias, tanto os seres humanos, como os seres não-humanos podem ser levados a situações de cativeiro. Eles não têm a liberdade de viver a vida como deve ser vivida, ou em relação aos não-humanos, como é da natureza deles.
Pensa nos animais utilizados na indústria da carne ou em laboratórios. O êxodo em massa é um projecto de libertação, um objectivo de reabilitação moral, assente directamente nas intenções do criador. É um plano que tem um carácter intrínseco. Nada nem ninguém é excluído. Assim como as pessoas devem ser libertadas de situações desumanas, os animais não-humanos devem ser libertados de situações degradantes.
Então ponha-se um fim à exploração animal na indústria, nos laboratórios e em todas as situações degradantes em que o homem os coloca. Estou a lembrar-me da morte horrível de 2/3 triliões de animais mortos anualmente pelas indústrias da pesca. Isso é terrível e repugnante.
Não só o Judaísmo e o Cristianismo, mas também outras religiões seguem a chamada «regra de ouro»: «Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti». O outro pode ser um ser humano, mas também um ser não-humano que, tal como tu, é um ser vivo com emoções e desejos, um ser que pode sofrer e chorar, que pode brincar e festejar. Todos carecem de bem-estar e felicidade, de desenvolvimento e harmonia que podes conceder a ti mesmo, ou a um teu semelhante, mas também a um animal não-humano. Ou vice-versa: tu proteges os outros, pessoas e animais não-humanos, contra tudo de que também queres ser protegido: a violência, a injustiça, a prisão, a humilhação ou a exploração.
Para os crentes, o compromisso com os animais não-humanos, respeito e compaixão por tudo o que vive deve ser uma questão da maior urgência; isto deve ser nada menos do que um acto de fé. Para tudo o que te rodeia, encontras as mesmas razões para partilhar com os animais não-humanos a tua humanidade.
Se a religião não te inspira a compaixão, a respeitar a vida, então ela perde toda a sua relevância. O que resta do Deus criativo quando Ele só pode ser o Deus das pessoas? Pobre Deus, esse!
Agora estamos a comemorar o Natal, a festa da paz. Mas só teremos algo para celebrar, se pudermos olhar, olhos nos olhos, além dos seres humanos, também os animais não-humanos. Aqueles olhos, como diz Martin Buber, com um imenso poder comunicativo.
Mas neste momento, quantos animais – e apenas para esta festa - fecham os olhos depois de uma vida que não foi mais do que um processo de morte lenta? Para eles, não houve saída, nem paz.
Agora, milhões e milhões de animais estão à nossa espera.
À espera de pessoas que também serão verdadeiramente humanas.
Religiosos ou não, nós sabemos o que temos de fazer.
A libertação dos animais não-humanos.
Temos razões suficientes para o fazer.»
Hans Bouma
Fonte: http://www.stopfunkilling.org/SERMON-FOR-ANIMALS-HANS-BOUMA.html
(Traduzido da versão inglesa por Isabel A. Ferreira)
«Nenhum dos animais merece e a sociedade não precisa, para nada, de tauromaquia. BASTA! Basta de permissão a abusos crónicos.
Nenhuma outra forma de prática cultural ou espectáculo recebe a contestação que merece o sector tauromáquico, com os seus caracteres traumáticos, tão evidentes, com os seus rituais sanguinários, com todo o desrespeito demonstrado contra os animais designados, #toiros, #cavalos e outros. E é para mais uma esponja a sugar dinheiros, incluindo muito despesismo e gestão danosa, vergonhosa, da parte de alguns Poderes Públicos, que ainda desviam, podem ainda desviar, dos fundos públicos, para #touradas da seita obscura! Têm regulamentos de lei. Ao menos esses cumprem? Nem isso!» (Campanha contra as touradas no mundo).
Vejam de que sofrimento atroz padecem os Cavalos, com todos estes ferros a cortar-lhes as carnes, nas partes mais sensíveis. E isto é coisa de criaturas monstruosas. Se amam os Cavalos não os montem, nem usem e abusem deles, para coisa nenhuma, porque eles não merecem tamanha atrocidade! (Isabel A. Ferreira)
Fonte: https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo/photos/1098025566914593
As mentiras que os aficionados dizem, para justificar as touradas, são desmascaradas pela Ciência.
O que os aficionados dizem ser “verdades” não passam de mentiras repetidas ao longo de séculos.
Com os conhecimentos científicos, entretanto, adquiridos, essas falsas verdades, caíram uma a uma, e a tourada, hoje, é considerada uma prática essencialmente bárbara, cruel e de uma desumanidade absolutamente indescritível.
Hoje, apenas cavernícolas praticam, aplaudem e apoiam touradas.
Isabel A. Ferreira
«O TOURO»
«O Touro é uma criatura sensível, com emoções e sentimentos complexos, está ciente do seu ambiente e do que acontece com ele, e possui capacidades cognitivas. É um animal sociável, que vive em grupos sociais matriarcais, e sozinho ele não poderia sobreviver. Além disso, ele reconhece os membros da sua família e outros animais. Como qualquer mamífero, o Touro possui um sistema nervoso central, e tem a capacidade não só de sentir prazer, mas também dor.
Da mesma forma que todos os outros animais, o Touro tem os seus próprios interesses, como não estar fisicamente ou mentalmente lesionado e viver em liberdade. Os interesses dos outros animais são tão importantes quanto os nossos; uma vez que tal como eles, nós, seres humanos, também somos animais. Portanto, o nosso dever é opormo-nos às iniquidades que lhes são infligidas, quando a nossa espécie beneficia de privilégios à custa da vida deles.
É por isso que pôr os nossos interesses à frente dos interesses dos Touros ou de outros animais é uma posição especista. Especismo é o sistema de opressão que considera os interesses humanos acima dos interesses dos outros animais, impondo-lhes o estatuto de propriedade, de bens ou de objectos; de tal forma que eles são utilizados para que se tire proveito da vida deles.
O domínio que os humanos exercem sobre os animais de outras espécies manifesta-se através de diversas práticas que os submetem a um sistema que os oprime e mata indiscriminadamente: o especismo.
Ao contrário do que afirmam os defensores da tourada o Touro usado para combater não é um animal bravo; pelo contrário, é um ser pacífico e sensível que prefere evitar as lutas e o confronto até ser forçado a lutar.
Só quando ele não tem alternativa é que lutará pela sua vida.»
Fonte:
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