Diz-se que Margarita Correia é linguista e especialista em lexicologia, ou seja, estuda as palavras como se as colocasse num microscópio. Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa foi recentemente eleita presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) um organismo da CPLP, e proferiu esta sentença inacreditável: sensacional: «As reformas ortográficas não são feitas para os velhos. São feitas para o futuro».
A senhora linguista até tem razão. As Reformas Ortográficas são feitas para o futuro. Contudo, a senhora linguista esqueceu-se de especificar que Reformas Ortográficas e para o futuro de quem.
Primeiro, o AO90, não é uma reforma ortográfica, mas simplesmente uma cópia (mais acento, menos acento, mais hífen, menos hífen, mais pê, menos pê, mais cê, menos cê) da grafia brasileira, saída do Formulário Ortográfico de 1943 efectuado no Brasil, portanto, antes da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira 1945, que o Brasil assinou, mas não cumpriu, tendo atirado ao caixote do lixo esse compromisso.
Bom, e é a cópia desse Formulário Ortográfico de 1943 (mais acento, menos acento, mais hífen, menos hífen, e meia dúzia de pês e cês que não emudeceram no Brasil) que a senhora linguista considera reforma ortográfica, e, na verdade, ela não foi feita para os velhos, mas também não foi feita para os novos, porque simplesmente não existiu reforma alguma.
O que se fez foi pegar na actual ortografia brasileira, em vigor desde 1943, modificar-lhe uns acentos e uns hífenes, para disfarçar, chamaram-lhe acordo ortográfico de 1990, engendrado por Malaca Casteleiro (Portugal) e Evanildo Bechara (Brasil) e que apenas os serviçais portugueses aplicam, e que realmente se destina ao futuro, mas ao futuro dos futuros analfabetos.
Francamente, senhora linguista! Esperava-se muito mais de quem estuda as palavras como se as colocasse num microscópio… Ao que parece, o microscópio de V. Excelência é cego.
Para quando a extinção da CPLP e da IILP, dois organismos completamente dispensáveis, porque absolutamente inúteis?
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Enviaram-se centenas de mensagens e cartas como a que se transcreve abaixo, com a sugestão mais óbvia: cancelamento da selvajaria numa cidade que não merece tal lixeira dentro de portas.
Mas a selvajaria aconteceu.
Serão os autarcas ANALFABETOS? Não saberão LER?
Quem colocou essa gente no PODER terá de correr com ela do PODER.
Ainda se pelo menos os cobardes carrascos aprendessem alguma coisa com imagens deste calibre…!
Ainda se os autarcas entendessem que nem para os não humanos, nem para os humanos esta selvajaria faz sentido…!
Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior
Venho por este meio expressar a minha opinião contra a realização de uma tourada, agendada para o dia trinta de Agosto, em Rio Maior.
Torturar animais em nome do entretenimento é uma prática eticamente condenável que é, actualmente, severamente repudiada por um número crescente de pessoas, não só em Portugal mas em todo o mundo.
O despertar da consciência da maioria dos portugueses, interligada com a tourada supracitada, constitui uma imagem negativa que Rio Maior está a transmitir tanto a nível ético e moral, como social e até mesmo educativo.
Gostaria de pedir que se faça uma reflexão séria sobre a postura adquirida em relação à tauromaquia, tendo em conta que a combinação da cidade rio-maiorense com a realização de espectáculos tauromáquicos passa amplamente a mensagem de que a violência e o desrespeito pelos outros são comportamentos aceitáveis.
Considerando também que:
A ciência reconhece inquestionavelmente a maioria dos animais, incluindo cavalos e touros, como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, tanto físicos como psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade;
A tourada ofende o sentimento maioritário da população e contribui para a degradação moral de quem obtém prazer estético e psicológico com o sofrimento dos animais;
As touradas expressam uma cultura envolvida na insensibilidade e na violência que degrada quem a pratica e promove: vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os homens;
O progressivo abandono de tradições anacrónicas e opostas a um sentido humanista de cultura como aquilo que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;
Solicito por este meio o cancelamento do evento ao qual se refere esta mensagem, e que deixem de se dar incentivos e apoios para a continuidade destas práticas violentas contra animais que tanto descaracterizam e desconfiguram os humanos.
Sem outro assunto, despeço-me cordialmente,
Centenas de pessoas assinaram esta carta, que os autarcas de Rio Maior simplesmente IGNORARAM por não SABEREM LER?????