5% da população portuguesa ainda não sabe ler nem escrever, mas não foram estes 5% de analfabetos que destruíram a nossa Língua Materna. Foram uns tantos "espertos" com grandes bolsos.
O analfabetismo atinge mais de 500 mil portugueses (não contando com o semianalfabetismo, que atinge uma boa fatia das gentes "letradas").
E estamos a caminho para muitos mais "milhões", num futuro próximo, se o AO90 não for urgentemente mandado às malvas.
Este analfabetismo faz parte do programa do governo português.
Quanto mais ANALFABETO for um povo, mais submisso ele é.
Por isso, nunca haverá verbas para implementar a Cultura, o Ensino, a Educação, as Artes…
Mas para a INCULTURA, as verbas rolam a rodos...
Isabel A. Ferreira
O segundo acto
Texto de Miguel Esteves Cardoso
Daqui a 50 anos, em 2065, quase todos os opositores do analfabeto Acordo Ortográfico estarão mortos. Em contrapartida, as crianças que este ano, em 2015, começaram a ser ensinadas a escrever tortograficamente, terão 55 anos ou menos. Ou seja: mandarão no país e na língua oficial portuguesa.
A jogada repugnante dos acordistas imperialistas — ignorantes e cada vez mais desacompanhados pelas ex-colónias que tentaram recolonizar ortograficamente — terá ganho tanto por manha como por estultícia.
As vítimas e os alvos dos conspiradores do AO90 não somos nós: são as criancinhas que não sabem defender-se. Deseducando-as sistematicamente, conseguirão enganá-las facilmente. A ignorância é a inocência. Pensarão, a partir deste ano, que só existe aquela maneira de escrever a língua portuguesa.
Os adversários morrerão e predominará a inestética e estúpida ortografia de quem quis unir o "mundo lusófono" através de um Esperanto lusográfico que não tem uma única vontade colectiva ou raiz comum.
Como bilingue anglo-português, incito os jovens portugueses que falam bem inglês (quase todos) a falar português com a exactidão fonética, vinda do bom latim, da língua portuguesa. Eu digo "exacto" e "correcto" como digo "pacto" e "concreto". Digo "facto" como fact, tal como "pacto" como pact.
Falar como se escreve (ou escrevia) é um acto de rebeldia. Ler todas as letras é libertador. Compreender a raiz das palavras é conhecê-las e poder tratá-las por tu.
Às armas!
Fonte:
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-segundo-acto-1696097?fb_ref=Default#/comments