Esta é uma campanha que a Associação ANIMAL encetou.
A Ana Galvão iniciou-a. Nuno Markl e o Ricardo Araújo Pereira seguiram-na, bem como o humorista Diogo Faro, o humorista, guionista e apresentador de TV Guilherme Fonseca, a música e instrumentista Sandra Baptista, Fernando Alvim, radialista, humorista e apresentador de TV português, o radialista Nuno Calado, o actor Philippe Leroux, o artista plástico Leonel Moura
Ora acontece que a prótoiro sentiu-se atingida pelas verdades que o Nuno Markl e o Ricardo Araújo Pereira magistralmente disseram neste vídeo.
Cobardes como são, os da prótoiro trataram logo de ir queixar-se à Rádio, para a qual estes dois cidadãos portugueses, livres e lúcidos, trabalham (como se os órgãos de comunicação social não pudessem criticar esta “coisa” indigna de seres humanos, e só não o fazem devido a um motivo que não trarei para aqui, por respeito a estes dois Grandes Senhores da Rádio) e que obrigou o Nuno a escrever o seguinte, na sua página do Facebook:
«A opinião que o Ricardo Araújo Pereira e eu temos sobre as touradas é a nossa, não é nenhuma opinião da empresa em que trabalhamos. Por isso, na próxima semana, faremos um remake do vídeo em território neutro, para que não haja confusões.
A nossa opinião sobre o assunto, essa mantém-se.
Caros aficionados: eu e o RAP manifestámos a nossa opinião sem vos insultar ou ameaçar de pancada/morte. Não vos queremos mal, queremos é o bem dos touros. Essa é uma diferença importante. Tentemos ser uma sociedade digna desse nome e manter o debate sem agressões pessoais - e isto é válido também para quem está do nosso lado da polémica: baixar o nível lixa tudo para ambos os lados. Não lixa tanto como ao touro, mas lixa.
***
Tem toda a razão Nuno Markl.
Mas houve um aficionado que dirigiu ao Nuno este bilhete:
«Caro Nuno Markl, com todo o respeito acho lamentável a sua intervenção no video, se queria intervir adequadamente tinha-se informado sobre o que ia falar e não chegar e dizer ''vamos ver um animal a sofrer'' !
Se tivesse pesquisado sobre o assunto profundamente teria encontrado estudos que comprovam que o Toiro de Lide não sofrer durante a própria lide, que é uma raça selecionada e modificada geneticamente através do seu cruzamento ao longo de seculos, o que o fez desenvolver β-endorfinas especificas que não permitem ao Toiro qualquer sofrimento durante a Lide!
E quanto á questão da violência, se tem amigos que são realmente aficionados e fala com eles sobre isso vai perceber a paixão e o amor pela festa e não qualquer violência ao pronunciar-se sobre a mesma!
Obrigado
João Diogo»
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(Essa das β-endorfinas é que me deixam intrigada... Como gostava de as produzir também, para ver se não sofria tanto por causa destes ignorantes...)
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O que se passa é que está mais do que provado de que os Touros, sendo animais sencientes tal como nós, sofrem horrores tal como nós sofreríamos se nos torturassem do mesmo modo que os torturam a eles, nas arenas.
Este parágrafo:
«Se tivesse pesquisado sobre o assunto profundamente teria encontrado estudos que comprovam que o Toiro de Lide não sofrer durante a própria lide, que é uma raça selecionada e modificada geneticamente através do seu cruzamento ao longo de seculos, o que o fez desenvolver β-endorfinas especificas que não permitem ao Toiro qualquer sofrimento durante a Lide!»
foi escrito por alguém completamente ignorante, que não apresentou esse tal “estudo”, porque além desse tal estudo não existir (como poderia?) é totalmente inconcebível dizer que um mamífero, um bovino, um herbívoro, um animal possuidor de um sistema nervoso central tal como nós, não sofre ao ser torturado tão barbaramente.
Só um ignorante o diz.
Além de que se o que se diz neste parágrafo fosse verdade, os que praticam tal barbaridade deviam estar na cadeia, porque não existe lei alguma que permita modificar geneticamente um ser vivo para ser torturado e divertir broncos.
E se o touro “geneticamente modificado” não sofre, porque é que grita tanto quando lhe cortam os cornos, quando o bandarilham, quando lhe trespassam o corpo com uma espada?
Porque é necessário a banda de música tocar tão alto para que não se ouçam os gritos e os relinchos de dor dos touros e dos cavalos?
As mentiras que passaram de geração em geração tornaram-se verdades apenas para aqueles que se recusaram a evoluir.
Mas hoje, só é ignorante quem opta por ser ignorante.
Vão pregar as vossas mentiras para outra freguesia, aficionados.
Nesta, na nossa, as vossas mentiras podem ser desmentidas, uma a uma.
E é isso que me proponho fazer.
Quanto ao vídeo do Nuno e do Ricardo é uma grande lição da civilidade, da lucidez, da evolução e da ética que falta aos que praticam, aplaudem e apoiam a selvajaria tauromáquica.
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Nuno Markl e Ricardo Araújo Pereira ameaçados de pancada e morte
Isto só demonstra o baixo nível moral, social e cultural de quem tem a selvajaria tauromáquica por "coisa civilizada".
Mas a culpa não é dos da prótoiro, que só conhecem a violência e a crueldade.
A culpa é de uma legislação que permite essa violência e crueldade contra seres sencientes, para divertir criaturas insencientes, estendendo-se essa violência e crueldade também a Seres Humanos, como o Nuno Markl e o Ricardo Araújo Pereira.
Também já me ameaçaram a mim... de morte, e apanhar-me numa esquina, de socos na fussa...
Enquanto essa selvajaria for permitida por lei, este clima de pugilato vai andar no ar... por aí...
Mas quem tem medo de cobardes?
Ler a notícia aqui:
http://www.sol.pt/noticia/388278
Isabel A. Ferreira
Bem-haja NUNO MARKL, por ser como é, num mundo onde há mais vedetas do que Artistas!
«Sobre Tróia
15 de Agosto de 2014 às 16:05
Depois de ficar a par da polémica envolvendo a colónia de gatos de Tróia, decidi cancelar o meu espectáculo agendado para hoje no Tróia Beach Club.
Pelo facto, peço desculpa a quem tinha planeado ir esta noite assistir à sessão. A minha decisão não é uma declaração de guerra ao Turismo de Tróia - baseia-se, simplesmente, na minha vontade de perceber, primeiro, o que está a acontecer em Tróia, como é que a câmara de Grândola e o Turismo de Tróia estão, de facto, a lidar com o problema dos gatos vadios e em que medida é que eu, enquanto figura pública ligada à causa dos direitos dos animais, posso contribuir para encontrar soluções que não sejam desumanas para com os bichos.
Para não ficar nada por dizer e mal resolvido, hoje o João Madeira, director-geral do Tróia Resort, e eu tivemos uma conversa telefónica em que ele compreendeu perfeitamente a minha decisão de não fazer o espectáculo e o meu ponto de vista, ao mesmo tempo que me explicou que, de facto, a colónia de gatos vadios está descontrolada e assumiu que a indicação que a direcção dá aos funcionários do complexo turístico é para não alimentar os gatos, de modo a não os atrair em massa, por uma questão de higiene e saúde pública.
Medidas activas e construtivas têm de ser tomadas. Envenenar os gatos está fora de questão. Mas, conforme eu disse há pouco ao director do Tróia Resort, impõe-se levar a cabo a essencial esterilização dos animais (que não é só positiva para o Turismo de Tróia; é também para os próprios animais, sujeitos a um crescente inferno de fome e doenças, à medida que a sua população aumenta) e promover a adopção dos gatos. O gato é um animal de companhia extraordinário, independente, e fácil de cuidar. Neste momento há centenas deles ao Deus-dará, em Tróia, com fome, e que poderiam estar a viver uma vida reciprocamente feliz com quem lhes desse um lar.
A Ana Galvão e eu temos previsto para breve um projecto importante relacionado com animais, que pretende, entre outros objectivos, ajudar a resolver de forma humana o destino de animais sem lar como os gatos de Tróia e nessa altura investiremos, da forma que pudermos, em ajudar a encontrar mais soluções concretas para este caso.»
Fonte
https://www.facebook.com/notes/nuno-markl/sobre-tr%C3%B3ia/10152661896222387