Milhares de apoiantes de Alexei Navalny acorreram, hoje, à Igreja do Ícone da Mãe de Deus, em Maryino, Moscovo, para prestarem a sua última homenagem àquele que teve a coragem de se opor ao regime tirânico vigente na Rússia, e que, por causa disso, foi assassinado lentamente, acabando por morrer num campo de concentração, na Sibéria, em 16 de Fevereiro d e 2024.
Como se não bastasse os tormentos que passou em vida, por ser um Homem Livre, um Livre Pensador, o líder da oposição mais veemente a um regime tirânico-satânico, que já não devia ter lugar nas sociedades modernas do século XXI d. C., depois de morto, Navalny continuou a fazer sombra ao ditador, além de o aterrorizar, ao ponto de este enviar para o seu funeral um exército de polícias, pronto para dissuadir os milhares de pessoas que lhe foram fiéis na vida e na morte, que ali foram manifestar-lhe o seu afecto e respeito, na despedida deste mundo.
Navalny já tem assegurado um pedestal na História da Rússia, como o seu Herói Nacional.
Enquanto que o ditador, que o perseguiu e foi assassinando lentamente, ficará à porta da História como uma das figuras mais sinistras e odiadas dos últimos tempos.
É essa grande diferença entre os Corajosos e os cobardes.
Agora, Alexei Navalny poderá descansar em paz, enquanto o seu legado de não desistir terá continuidade entre aqueles que o amaram.
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Hoje, Alexei Navalny, Advogado, activista político, nascido em 04 de Junho de 1976, em Butyn, entrou para a História Mundial como um Herói Nacional, que deu a vida pelos seus ideais, pelos valores da Liberdade e da Democracia, que defendeu, corajosamente, até ao seu último suspiro, nunca se vergando à mais cruel tirania.
Hoje, Vladimir Putin, actual presidente da Rússia, perdeu a batalha para o seu mais destemido opositor.
Hoje, Vladimir Putin fez dele um Herói Nacional e, de si mesmo, um carrasco. E é como carrasco que ficará às portas da História, enquanto Alexei Navalny terá o seu nome escrito em ruas e avenidas, subirá a pedestais, nas cidades livres de uma Rússia livre, que há-de vir. A ele serão erguidas estátuas e os vindouros saberão que Navalny e os seus companheiros de luta quebraram todas as barreiras, para que a Rússia pudesse conhecer os valores da Liberdade e da Democracia.
Ser condenado e aprisionado em celas de isolamento, pelo “crime de extremismo”, ou seja, por lutar por ideais de Liberdade e Democracia, sendo contra um regime neonazista-imperialista, é algo que já não devia pertencer ao nosso tempo.
O seu estado de saúde já se vinha degradando há muito. Não é apenas com um tiro certeiro, que se assassina uma pessoa.
Navalny já tinha passado por um processo de envenenamento. Conseguiu recuperar, ajudado pela família e amigos. Mas há processos lentos de envenenamento, e a ausência de tratamento, de que ele vinha a ser vítima, inclusive queixando-se disso mesmo, é uma forma cruel de assassinato.
A ver vamos se o corpo de Navalny é devolvido à Família, e se esta pode mandar autopsiar o corpo, em liberdade, para se conhecer as causas da sua morte.
A partir de hoje, muita coisa pode mudar na Rússia.
A morte fez nascer um Herói Nacional e esmagou a tirania, ainda que ela possa continuar por mais algum um tempo.
Se Vladimir Putin já estava moribundo para o mundo, ou seja, isolado, hoje, enterrou-se até ao pescoço com a morte de Navalny. O Herói ascenderá às alturas. O carrasco descerá às funduras do tártaro.
Eu, como cidadã do mundo, que também luta contra a tirania, envio as minhas condolências à Família e Amigos de Alexei Navalny.
Pela Liberdade, pela Democracia, pela extinção dos tiranos,
Isabel A. Ferreira