«Álvaro Covões organizador de festivais de música como o Nos Alive é um dos compradores da espelunca que dá pelo nome de Campo Pequeno e será ele que vai gerir a praça de touros e o centro comercial.»
in Blogue Prótouro, pelos touros em liberdade
«Se alguém pensa que este é o homem que pode acabar com as touradas no bordel está completamente enganado, uma vez, que em 2013 numa entrevista dada à Visão o mesmo afirmou e citamos:
“Gosto de tourada, mas não sou aficionado. Não gosto de touros de morte, mas o toureio a cavalo e a pega acho um espectáculo. Se mandasse, investia nas imagens das pegas de caras para divulgar Portugal no mundo. Mostra bem o que é o povo português, a nossa coragem. Ainda não tive tempo para isso, mas até gostava de trabalhar com touradas. Do ponto de vista turístico, é um produto fantástico. Temos de valorizar as nossas tradições, e se pudermos ganhar dinheiro com isso…”.
«Álvaro Covões a tauromaquia não é produto fantástico para turistas, bem pelo contrário, a tauromaquia afasta turistas quer estrangeiros, quer nacionais. Será que este tipo sabe que muitos dos espectáculos musicais que têm lugar no Campo Pequeno e que são organizados por ele são boicotados por uma grande maioria exactamente porque os portugueses sabem que ao gastarem dinheiro na praça de touros este é injectado na tortura animal.
Se depois desta compra ele continuar a ter na programação do espaço touradas vai acabar por perder dinheiro, e provavelmente a dobrar, porque as pessoas acabarão também por boicotar todos os outros festivais por ele organizados noutros locais.»
Prótouro
Pelos touros em liberdade
É tempo de abolir estas práticas sanguinárias, vampirescas, repugnantes, trogloditas.
Enquanto Portugal as mantiver, é um país civilizacionalmente atrasado, ainda com gente muito atrasada dentro, quer gostem ou não gostem os governantes.
Hoje fiquemo-nos pela repulsiva prática de cravar ferros afiados no dorso dos Touros
Origem da foto:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=409377675811633&set=o.228974020492136&type=3&theater
«As bandarilhas não são instrumentos culturais, são instrumentos para torturar bovinos e devem ser banidas sem qualquer reserva por violarem a dignidade de seres humanos e animais.
Não, os touros não têm pontos de encaixe, nem zonas onde doa menos... As bandarilhas são cravadas na pele, nos músculos, dilaceram as vitimas a cada movimento, provocam hemorragias incuráveis, que ninguém sequer pensa em tratar... as bandarilhas são inqualificáveis instrumentos de tortura de bovinos inocentes.
Juventude anti-tourada Portugal & Mundo Depois, ainda se segue o momento de as arrancar da pele e da carne das desgraçadas vítimas!, que é das partes do “espectáculo” que não está abrangido pelo preço do bilhete, que não mostram a ninguém e quase ninguém vê, quase ninguém ouve.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=592923337450020&set=a.375919462483743.89580.373933776015645
«O arrancar das farpas na "corrida à portuguesa" na RTP
É um dos actos ocultos das cruéis torturas feitas aos bovinos nas touradas. Um novo corte, feito à navalhada, com total indiferença à dor provocada, sem anestesiantes ou curativos. A seguir os animais esperam, são encaminhados numa viagem para a morte num matadouro, viagem e espera que podem tardar vários dias e longas distâncias.
Não, claro que não preferimos que o touro seja morto na arena, muito pelo contrário: os touros não devem ir às arenas. E não deve continuar a excepcional tolerância legal a que sejam espetados com farpas ou com quaisquer outros instrumentos ou humilhações para divertimento de público. Não há motivo para que tais absurdos sejam tolerados, muito menos promovidos a actividade decente, quando está à vista que não o é.
Até quando vamos continuar a permitir que a estação de televisão de todos nós continue ao serviço da tauromaquia?
(…)
Fonte:
***
«O Horror do Arrancar das Farpas Contado por um Aficionado»
«João Dias de Sousa um dos proprietários da empresa NEPTAL – Nova Empresa da Praça de Touros de Alcochete, Lda., relatou ao Infocul o horror porque passam os bovinos quando lhes arrancam as bandarilhas no final das touradas.
Afirma João Dias de Sousa e citamos:
“Quando regressei da Bélgica após 20 anos de estadia naquele país, e por causa do falecimento do meu Pai, decidi vir morar para a nossa casa de família em Alcochete (e muito infelizmente vir trabalhar para Portugal). Ainda assisti a várias corridas de toiros e gostando muito de cavalos gosto também de ver a sua magnífica e arrojada actuação numa corrida. Uma tarde, depois de toda a gente ter saído da praça – e como eu, para além de sócio fui durante muitos anos o presidente da Assembleia Geral da NEPTAL, tinha (e tenho) a chave da praça de toiros – regressei à praça após uma corrida e vi uma coisa horrível, que nenhum “aficionado” vê normalmente, que foi o retirar das bandarilhas de um dos toiros (talvez o último a ser “corrido”). O pobre animal estava encurralado entre paredes e entre traves, atado pelos cornos e a gritar, mugir, uivar intensamente enquanto um homem lhe arrancava a frio umas quantas bandarilhas.
Nunca tinha pensado em tal situação. Como na altura fazia parte de um “blogue” de Alcochete, contei a história e sugeri que os animais, aquando desta inevitável situação, fossem anestesiados localmente (pois há um veterinário presente em cada corrida de toiros) antes das bandarilhas lhes serem arrancadas. Acho que não há nada de mau nem de mal nesta sugestão, mas mesmo assim, recebi tantas críticas, muitas delas extremamente desagradáveis, que decidi nunca mais assistir a uma corrida de toiros. Por esta razão, quando a minha mãe faleceu e que a quota original do meu Pai (os tais 10%) ficou registada em meu nome na Conservatória de Alcochete, pu-la imediatamente à venda”.”
Mais palavras para quê?
Afinal este aficionado só vem reiterar o que os abolicionistas estão fartinhos de afirmar, ou seja, que tudo na tauromaquia é bárbaro e cruel e só mesmo mentecaptos podem considerar que semelhante aberração é arte!
Prótouro
Pelos touros em liberdade
Fonte:
https://protouro.wordpress.com/2017/12/23/o-horror-do-arrancar-das-farpas-contado-por-um-aficionado/
A Democracia só funciona em pleno, num país em que o povo é maioritariamente instruído, esclarecido e imbuído de espírito crítico.
Não sendo assim, a democracia será uma democracia manca.
E obviamente que é essa democracia manca que predomina em Portugal.
Os órgãos de comunicação social mais visíveis (as televisões) atulharam-nos com os resultados de Lisboa (cujo candidato PS perdeu a maioria); do Porto (cujo candidato independente ganhou a maioria); de Oeiras (a maior demonstração da falta de espírito crítico do povo); e Coimbra (cujo candidato PS ganhou sem maioria).
Depois era só falar da vitória do PS, com os melhores resultados de sempre; da derrota do PSD, a nível nacional; no bom resultado do CSD/PP em Lisboa; da perda de mandatos da CDU para o PS; do Bloco de Esquerda que consegue um deputado para a CM de Lisboa e mais alguns, por aí… mas não consegue a Câmara de Salvaterra de Magos, e ainda bem, pois assim temos menos uma aficionada de touradas (sem que o BE, que se diz anti-tourada, se importasse com isso) no poder; dos independentes que se destacaram nestas eleições; e do PAN? Ninguém dizia nada. Era como se não existisse.
No entanto, pela primeira vez, o PAN quintuplicou os seus resultados, conseguindo 26 deputados municipais e uma freguesia, tendo chegado a ficar acima do CDS/PP em vários concelhos, mas para sabermos disto, tivemos de andar a procurar informação.
E isto é muito significativo. Significa que a mosca continua a incomodar o elefante. E o elefante não gosta. E como não gosta passa a palavra: é proibido falar no PAN ::: Pessoas-Animais-Natureza nas televisões. E as televisões obedecem... servilmente...
Bem… safou-se Cascais, que rejeitou a aficionada de touradas do Partido Socialista, Gabriela Canavilhas;
Safou-se a Golegã, do candidato PSD, grosseirão e também aficionado assumido da selvajaria tauromáquica;
Em Viana do Castelo um candidato tauricida levou um grande banho de água gelada;
Em Ponte de Lima foi mais do mesmo, nem eram necessárias eleições, CDS/PP levou a melhor, mas não haverá mal que sempre dure…
Nos restantes municípios, onde o atraso civilizacional é evidente, onde ainda existe a ultrapassada prática medievalesca da diversão assente no sofrimento animal, a saber: Lisboa, Albufeira, Moita, Seixal, Vila Franca de Xira, Póvoa de Varzim, Montijo, Leiria, enfim, nestes lugares obscurantistas o PAN será a mosca que incomodará os elefantes.
A abstenção foi enorme, 45,5%; os votos nulos, 1,9%, e os brancos 2,6, e isto tudo somado dá 50%.
Assim sendo, metade dos eleitores portugueses não disse de sua justiça. Azar o deles. Agora não têm autoridade nenhuma para protestarem sobre o rumo que o país vai levar, se esse rumo não lhes agradar. Terão de aceitar servilmente o que lhes impingirem.
Sei que as leis estão feitas assim. Mas fazendo bem as contas, somando e tirando percentagens dos 50% que votaram, é tudo tão insignificante…!
Resumindo: num país em que o povo é maioritariamente desinstruído (temos a mais alta taxa de analfabetismo da União Europeia), é desiluminado e não tem o mínimo espírito crítico, para saber distinguir o trigo do joio, e não acreditar nos mentirosos, ainda não é desta que o nosso país dará um passo em direcção à evolução.
Continuará mais ou menos tudo na mesma, com tendência para piorar, uma vez que PS, PSD, CDS/PP e CDU tirando um ou outro detalhe, tocam sambinhas de uma nota só.
Contudo, espero com muita fé e esperança que eu esteja redondamente enganada.
Isabel A. Ferreira
Fui ao mural do Facebook, de Victor Borges da Costa, aficionado dos quatro costados, candidato à Câmara Municipal da Golegã, pelo PSD, deixar aquele recado que publiquei ontem, de que não votaríamos em quem fosse comprometido com a selvajaria tauromáquica.
E ele respondeu-me desta maneira magistral, que diz bem do baixo nível moral, cultural, humano e político dos candidatos às autarquias que pugnam pela selvajaria tauromáquica, quer sejam do PSD ou de qualquer outro partido. Quando se trata de aficionados, só há uma cor política possível: o vermelho do sangue dos Touros.
Isto sim, é um candidato com grandes “combições" .
Envergonho-me disto. Como é possível que, no meu país, exista este tipo de gentinha, com tão baixo nível moral, cultural, humano e político a candidatar-se às câmaras municipais? O que tem a dizer sobre esta vergonha, Dr. Passos Coelho?
É este atraso civilizacional, esta incultura, esta falta de civismo e educação, esta ordinária expressão verbal (que o AO90 veio disfarçar), que tem para oferecer a Portugal?
Gente desta não pode estar à frente de uma câmara municipal, ainda que a terrinha seja atrasada civilizacionalmente. Com gente assim Portugal nunca evoluirá.
Até quando teremos esta desgraça nacional a emperrar a evolução do nosso desventurado País, onde ainda há “gente” desta com pretensões a “políticos”?
O comentário, entretanto, foi apagado.
A página deste candidato social-democrata é esta:
Jamais votaremos nesta espécie de candidatos.
Não podemos permitir que "gente" assim se empoleire no Poder.
Isabel A. Ferreira
Façam este vídeo correr mundo, para que se saiba que em Portugal as crianças são incentivadas a aplaudir a crueldade, a violência, o SOFRIMENTO de um animal.
Sinto VERGONHA do governo português, liderado por um PS arcaico, aficionado e completamente fora da modernidade, da civilização, da evolução.
Isto é mórbido, patológico, doença mental grave.
https://www.facebook.com/451257841614428/videos/vb.451257841614428/1569516539788547/?type=2&theater
«Jun 30, 2017 — Governantes, autarcas, deputados e toda a classe política têm as mãos sujas. É a deseducação das crianças e o sangue de seres vivos que é derramado para satisfazer o vício de alguns e encher os bolsos de outros.»
Fonte:
Reflexão de fim de ano sobre o Touro que os tauricidas chamam de “bravo”…
Um tal João Aranha, que não sei quem é, nem me interessa, escreveu um texto completamente imbecil, desprovido do mais básico conhecimento científico sobre bovinos, no aficionado “jornal” Correio da Manhã, sob o título «Do nascimento à extinção - Reflexão de fim de ano sobre o toiro bravo», onde esparramou uma ignorância que vem do tempo das mais profundas trevas, e que foi passando de geração em geração, como se fosse o saber dos saberes…
Porém (existe um porém) os tempos evoluíram, o mundo saiu das trevas, os conhecimentos avançaram, e hoje apenas os muiiiiito, mas muiiiiiito ignorantes é que não sabem que na Natureza não existem Touros “bravos”, mas simplesmente bovinos, que nascem como todos os bovinos, mas que são manipulados e torturados desde a nascença e ao longo da sua curta vida, para fazerem de conta que são “bravos”, e depois são enfraquecidos através dos mais repugnantes métodos, antes de entrarem na arena, para serem barbaramente torturados e morrerem lentamente, para que aos olhos dos sádicos que assistem à tortura, os cobardes tauricidas possam passar por “heróis”, porque a tauromaquia é a suprema arte da cobardia… desde o nascimento do bovino até à sua extinção na arena…
E esta é a única extinção que existe na tauromaquia: a morte lenta e dolorosa de um dócil e pacífico ser senciente, para satisfazer o prazer mórbido de psicopatas, sádicos e dos afectados por uma deformação mental, e encher os bolsos de criaturas acéfalas.
O que se extinguirá, com a abolição da selvajaria tauromáquica é a crueldade e a violência exercidas sobre seres que são muito superiores a quaisquer dos intervenientes nesta barbárie, e obviamente a extinção do bando de parasitas tauricidas que vivem à custa dos impostos dos portugueses.
***
Que haja joões aranhas por aí a destilar um ódio cavernícola por seres sencientes e pacíficos como os bovinos, e a dizer disparates de alto quilate, sobre uma matéria que desconhecem por completo, será (será?) normal, porque a anormalidade, neste nosso país ainda com raízes terceiro-mundistas, está legislada, por mais incrível que isto pareça.
O que é espantoso é existir um “jornal” que tem por função informar, e o que faz? Publica uma enxurrada de imbecilidades, que só contribui para que a ignorância continue a espalhar-se como um vírus nocivo. Por estas e por outras Portugal tem uma franja populacional ainda muito, mas muito atrasadinha…
(Do nascimento… do bovino)
(…à extinção do bovino na arena…)
Esmiucemos o que disse o João Aranha:
«Com mais um ano a findar, eis a ocasião propícia para algumas reflexões. Ao fazê-lo, dei comigo a meditar sobre a ignorância de alguns anti-taurinos e outros fundamentalistas urbano-depressivos que, nunca tendo visto parir uma ovelha ou cobrir uma burra, se permitem criticar quem aponta factos sobre tão importante matéria».
Só este primeiro parágrafo diz da deformação mental dos tauricidas. Eles é que são ignorantes (pois nada sabem de bovinos); eles é que são anti-taurinos (que significa inimigos dos touros) nós somos anti-touradas; eles é que são fundamentalistas, tipo islâmicos (pois sentem prazer em torturar seres vivos); eles é que são urbano-depressivos (tão depressivos que precisam de torturar animais para exorcizar as suas frustrações e a invirilidade de que sofrem); e como são extremamente ignorantes acham que todos são ignorantes também, e medem todos pelo mesmo alqueire.
Todos nós, animalistas, conhecemos bem tudo o que diz respeito aos animais, temos conhecimentos das ciências que se dedicam ao estudo dos animais no que se refere à sua biologia, genética, fisiologia, anatomia, ecologia, geografia e evolução, por isso sabemos do que falamos.
Não queiram vir ensinar o padre nosso ao vigário, quando nem sequer sabem rezar, porque o que vos ensinam nas igrejas que frequentam é apenas odiar os animais. Torturá-los para se divertirem. E isto não é cristão. É diabólico.
O parágrafo que se segue é de uma ignorância crassa. Medieval. Cavernícola. Uma mentira repetida há séculos, para enganar os ignorantes, tornou-se na verdade dos imbecis.
«Igual comportamento provem dos que, à porta do Campo Pequeno, em noite de corrida, ou mesmo na comunicação social, e até na Assembleia da República, continuam a afirmar que o toiro bravo (o toiro de lide destinado à tourada) mais não é do que um bovídeo que não estará condenado à extinção se as touradas acabarem, podendo sobreviver livremente na natureza. Uma tal crença peca por total ignorância de quem, com base num fundamentalismo sem fundamento, desconhece todo o percurso da espécie, desde que se chamava auroque e surgia pintado nas cavernas da pré-História até ao soberbo animal que hoje temos.»
Leia mais, João Aranha. Não enterre essa cabeça oca na areia. Saia das trevas. Ilumine-se.
Vou indicar-lhe aqui informação suficiente para deixar de ser ignorante, e nunca mais se atrever a vir a público dizer tanto disparate.
Fonte:
http://www.cmjornal.pt/opiniao/detalhe/do-nascimento-a-extincao
***
Quando falamos de selvajaria tauromáquica falamos disto:
A verdade perversa sobre a tortura de Touros e Cavalos, antes, durante e depois de lide
“A origem científica da "afición" ”
O sofrimento de um touro diagnosticado por um Médico-Veterinário
Paula Rego pintou «A Madrinha do Toureiro», um quadro que foi recentemente a leilão em Londres, na Sotheby's, e não conseguiu ser vendido por não ter atingido o preço mínimo determinado pelo vendedor, um coleccionador norte-americano.
E nem o governo português, através do seu Ministro da Cultura, o aficionado João Soares, se lembrou de o adquirir para enfeitar as paredes do Palácio de São Bento…
Afinal, é um quadro de Paula Rego…!
Datado de 1990-91, «A Madrinha do Toureiro», («The Bullfighter's Godmother») acrílico em papel sobre tela, de Paula Rego, conceituada artista plástica portuguesa residente em Londres, ficou “encalhado…”
A verdade é que a tauromaquia está de tal modo mal vista que nem pintada num quadro, ninguém, que circula no mundo culto das artes, está interessado em adquirir.
O valor mais alto que alguém se mostrou disposto a pagar pela madrinha do torturador de touros (que é como nos tempos que correm se denomina o que outrora era conhecido como toureiro) não atingiu sequer um terço do valor de outras obras da autora.
E se a memória não me falha, neste leilão, a Madrinha do Toureiro, foi o único quadro que não foi vendido.
Segundo o texto de apresentação da obra no catálogo da Sotheby's (a mais prestigiada leiloeira londrina) aquele era um exemplar importante da obra de Paula Rego. «Em «The Bullfighter's Godmother», Rego pega na longa tradição da história de arte de retratos de toureiros, de Velázquez a Goya, Manet e Picasso.
Só que se esqueceram de que qualquer um desses grandes mestres da arte de retratos viveu numa época em que um toureiro era retratado não pelo “valor” do que fazia (torturar seres vivos), mas pelo garbo dos chamados trajes de luces, que usavam e ficavam bem no retrato, e que a tauromaquia era o divertimento dos inúteis, sempre à disposição dos artistas.
Esqueceram-se principalmente de que o tempo da tauromaquia passou. O mundo evoluiu, e ninguém mais pensa (a não ser, obviamente os poucos que ficaram parados no passado) que um Touro é feito de pau e sumo de tomate.
A tauromaquia está em franca agonia. Esta é a verdade.
Isabel A. Ferreira
Apreciação do Orçamento do Estado - Reunião Plenária nº 39 | ARTV | 22 de Fevereiro de 2016 | Pergunta de André Silva (PAN) e resposta de António Costa
Como disse senhor Primeiro Ministro? Ou não disse?
E por que não disse?
Os dinheiros do Orçamento de Estado são provenientes de onde? Dizem respeito a quem?
Por que não respondeu, senhor Primeiro Ministro?
Não respondeu por ser um aficionado de tourada?
Os Portugueses merecem uma resposta, pois é o dinheiro deles que está em causa.
Ouviu-se demasiadas vezes, esta pergunta: «O que falhou nas candidaturas dos restantes nove candidatos?»
Mas a pergunta a fazer não era essa. A pergunta a fazer devia ter sido a seguinte:
O que funcionou para que Marcelo Rebelo de Sousa ganhasse as eleições?
- Funcionou os vários anos em que ele, como comentador político nas televisões portuguesas, fez campanha eleitoral, em horário nobre, já com o fito nesta candidatura, mostrando-se ao país, semanalmente, e tornando-se, desse modo, mais conhecido do que os tremoços.
- Funcionou o apoio que a comunicação social orquestradamente deu a um candidato que partiu para estas eleições com mais vantagem do que todos os outros, no que respeita ao conhecimento que o povo já tinha das suas ideias acerca da política e da governação, oferecendo-lhe, de mão-beijada, a primazia sobre os demais candidatos.
- Funcionou a falta de estratégia do Partido Socialista, que se mostrou desnorteado, facto que foi aproveitado, e muito bem, pela coligação PSD/CDS que desde logo e sem papas na língua, sugeriu ao seu eleitorado que votasse Marcelo.
- Funcionou a já enraizada falta de sentido crítico dos portugueses, e o facto de serem maria-vai-com-as-outras o que lhes dá apenas a visão de cores partidárias e não de competências.
- Funcionou a circunstância de não haver, nesta corrida a Belém, nenhum candidato realmente forte, com peso na política, e com a popularidade que anos de exposição pública dão a qualquer cidadão.
- Funcionou a táctica de enredar o povo na ilusão de um presidente que andará no meio dele (do povo) a tomar copos nas tascas, a engraxar sapatos na via pública, a viajar de comboio ou mesmo a visitar doentinhos nos hospitais, ou velhinhos nos lares, aos abraços e aos beijos, como se fossem amigos do peito.
O que falhou nas candidaturas dos restantes nove candidatos?
Não falhou nada. Foram candidatos iguais a si próprios. Disseram de sua justiça, mas partiram para estas eleições com uma grande desvantagem em relação ao vencedor: nenhum deles teve a oportunidade de fazer campanha eleitoral, em horário nobre, durante anos a fio.
Entretanto, dizem por aí que a escolha do povo é soberana.
De que povo se fala?
Dos nove milhões e tal de eleitores inscritos nestas eleições, apenas cerca de 2 milhões e 400 votaram Marcelo. A escolha soberana foi apenas de cerca de dois milhões, entre nove milhões. A escolha soberana foi de uma migalha de povo.
Milhares estão-se nas tintas para a política pouco transparente que parece ter criado raízes em Portugal, e para políticos que se vergam aos interesses dos vários lobbies económicos instalados na AR, os que verdadeiramente “governam” o país.
Logo, Marcelo não é o presidente de TODOS os Portugueses. Nem pouco mais ou menos. Simplesmente ganhou umas eleições, cujo sistema deve ser revisto, pois é tudo menos democrático.
Os dois milhões e tal de portugueses elegeram um presidente aficionado de selvajaria tauromáquica e vendilhão da Língua Portuguesa.
Marcelo é inteligente? É. Mas Bin Laden também era um sujeito com uma inteligência acima do normal.
No final do seu discurso de presidente eleito, Marcelo diz que é hora de refazer Portugal e honrar a memória.
Pois se é hora de refazer Portugal e honrar a memória, é hora de colocar Portugal no caminho da evolução, da civilização, da cultura culta, abolindo do território português a selvajaria tauromáquica que envergonha até as pedras da calçada à portuguesa, e de devolver ao País a sua Língua Materna, europeia e culta.
É que a propósito das outras matérias já sabemos nós o que fará Marcelo.
E uma coisa é certa, Marcelo Rebelo de Sousa só será meu presidente quando tiver a hombridade de, como representante máximo de Portugal, pugnar pela abolição da barbárie e pela preservação da Identidade Nacional, devolvendo aos Portugueses a Língua Portuguesa.
«Ao cuidado das autoridades portuguesas:
Esta é uma forma de violência psicológica contra as crianças, nelas moldando um mau carácter e criando uma apetência pela violência e crueldade que, inevitavelmente, as arrastará para uma relação mórbida com os seres vivos (humanos ou não-humanos) que passarem pela vida delas.
Pensem nisto, e no mal que lhes fazem ao serem coniventes com progenitores irresponsáveis». (I. A. F.)
Têm direito a quê?... A serem monstros? Não, não têm...
Texto de:
«Em todo o mundo, cresce a condenação à presença de crianças em espectáculos tauromáquicos, quer como participantes activos, quer como simples assistentes, havendo alguma legislação que considera o mau trato infantil, o mau trato animal cometido na presença de crianças.
O Comité dos Direitos da Criança da ONU já se pronunciou por duas vezes, em 2014, em relação a Portugal, e em 2015, em relação à Colômbia, sobre o assunto tendo-se manifestado contra a presença de crianças e adolescentes como participantes ou simples assistentes em touradas ou outras actividades tauromáquicas. O referido comité, também, recomendou que os mencionados países implementassem medidas para a aplicação efectiva da Convenção dos Direitos da Criança e promovessem campanhas de informação sobre “a violência física e mental associada à tauromaquia e ao seu impacto nas crianças”.
Como é sabido, tanto a nível nacional como nos Açores, nada se faz para que as recomendações da ONU sejam respeitadas. Pelo contrário, a indústria tauromáquica, com a conivência das autoridades, continua a incentivar a presença de crianças em actividades tauromáquicas, promovendo, como a Tertúlia Tauromáquica Terceirense, actividades para elas especialmente dedicadas.
Então, por que razão nem o governo nacional, nem o regional fazem algo para travar a contínua investida da indústria tauromáquica no sentido de garantir que a sua actividade sangrenta e deseducativa perdure ao longo dos tempos?
Não temos dúvida que é a cobardia face a um poderoso lobby que não se importa de manchar o bom nome da região a nível internacional, pois o que lhe interessa é apenas prosseguir com a sua actividade ruinosa, para a economia regional, mas altamente rentável para as suas empresas, já que para elas são canalizados fundos de uma hipócrita Comunidade Europeia.
Além do exposto, os directamente beneficiados com a indústria tauromáquica, eles também alvo de lavagens cerebrais enquanto crianças, para garantir os seus negócios sabem que apesar do repúdio inicial das crianças face aos maus tratos infligidos aos touros e cavalos, com a repetição, aquelas acabam por os aceitar e, tal como acontece com as drogas, acabam por ficar delas dependentes.
Para terminar, apresenta-se um extracto de um interessante livro da autoria do Dr. Augusto Ataíde, editado, em 2006, pela Bertrand, onde o autor explica como se tornou aficionado:
“Ainda numa infância remotíssima, fui pela primeira vez com o Avô Valenças e os Pais à tourada na velha praça de Algés. Logo à chegada, marradas, cornetas e gritarias fizeram-me dar berros de pavor. Que obrigaram o meu pobre Pai, então gordíssimo, primeiro a furar pela multidão com o trambolho ao colo, tropeçando em direcção à saída e, depois — como oportunamente me tivesse calado e manifestasse o desejo de voltar para a Mãe — a subir o mesmo calvário na direcção inversa... Assinalo que o reencontro com a Mãe foi construtivo: logo assegurou o meu bom comportamento para o resto da tarde, não propriamente com o corte de orelhas ou rabo, mas por meio de um bom puxão das primeiras e de algumas palmadas no segundo. As minhas pazes com a «festa» ficaram estabelecidas logo ali e a afición, embora moderada e pouco assídua, durou a vida inteira.”
Açores, 11 de Outubro de 2015
Mariano Soares
***
(Aviso: este texto foi corrigido para a grafia portuguesa em vigor (a de 1945), via corrector automático, visto a aplicação do AO90 ser ilegal, em Portugal, e este Blogue não pactuar com ilegalidades).
Fonte: