«Derrubar o Padrão dos Descobrimentos, destruir tudo o que faça lembrar o antigo Império ou o Estado Novo é o grande objectivo. Já destruíram a família, destruíram o exército, destruíram a autoridade dos professores, imiscuíram-se na educação parental atingindo gravemente a relação familiar, destruíram a autoridade policial, [destruíram também a Língua Portuguesa – não esquecer] agora atacam os símbolos, já há esboços para destruir Afonso Henriques, aqui e ali já se lê que Viriato era um criminoso. Vão ser o alvo seguinte. (...)«Não, meus caros isso não é liberdade de expressão, isso é só má educação e pobreza intelectual».
Um texto da autoria de Paulo Leote E Brito, que reflecte os tempos obscuros em que uma minoria pouco ou mesmo nada esclarecida (mas com poder) mantém Portugal e os Portugueses.
E nada é mais nocivo a uma sociedade, que se quer evoluída e culta, do que uma minoria pouco esclarecida a quem outorgaram Poder.
Contudo, está nas nossas mãos reduzi-la à sua insignificância.
Isabel A. Ferreira
A DEZ À HORA
1- Aquilo que uma minoria de cidadãos portugueses anda há anos a fazer é rescrever a história, quase milenar, de Portugal, conforme lhes dá jeito.
2- E ninguém os consegue calar. “Ah! Calar é que não que isso é coisa da outra senhora e agora vive-se em liberdade e posso dizer o que me apetecer”. Tenho aí nos comentadores imbecis destes, enchem-me a caixa de comentários com cópias de textos, com excertos da Wikipédia entre outras “fontes”. Não, meus caros isso não é liberdade de expressão, isso é só má educação e pobreza intelectual.
3- Assim de repente até parece que Portugal ficou por descolonizar e há por aí uns heróis que pretendem deitar mãos à obra. Nem vou falar de patriotismo, muito menos de nacionalismo, vou só falar de deslealdade para com o próprio país, que de tão bonito, encurralado entre o mar e Espanha, que lutou bravamente, heroicamente para não ser uma província espanhola, que teve de se virar para o mar, estabelecendo um ADN de coragem no que é ser português, para procurar defender a sua independência e soberania. Mas dizia, que de tão bonito haveria de se deixar habitar por esta corja de cobardes, gente sem terra, gente egocêntrica que não sabe honrar o nome do país que ostentam nos seus cartões de identidade.
4- Alguns nasceram cá mas transportam a história de outros países, outros nem sequer nasceram cá, mas aproveitaram-se daquilo que sucessivos governos andam a fazer há alguns anos, a vender cartões de cidadão a preços de saldo.
5- O estranho nisto é que é mesmo uma insignificante minoria de pessoas que tem estado a transformar a sociedade portuguesa. Estamos reduzidos a escombros, o descaramento anda à solta, e receio que se não pararmos esta esquizofrenia ainda assistamos ao erguer de um Portugal que nada terá a ver com o Portugal que tem inscrito nomes como Viriato e Afonso Henriques. É isso que está em cima da mesa, um novo Portugal, em que daqui a cem anos andamos a estudar nos livros de história o “herói” Mamadou Ba, o grande salvador da nação e quem sabe sejamos colonizados pelo Senegal.
6- Tenho um amigo de há mais de quarenta anos, dez anos mais velho do que eu, filho de um comunista à séria, portugueses de segunda e terceira geração penso que de origem balcã. Este amigo já por três vezes que anula a nossa “amizade” por razões políticas. Curiosamente vem comentar no meu mural, portanto na minha casa, ofende outras pessoas, os que se lhe opõem e depois abala desamigando, ressalvando que não quer misturar virtualidade com realidade. Impõe pensamento único e nem se fala mais disso. Tem uma filha que sofre da mesma doença. Sim, quando nos isolamos das pessoas que são amigas, é sempre sinal de doença.
7- Ora o grande problema deste amigo é o mesmo destas todas as outras minorias, recusam-se a debater. A arrogância, prepotência e desonestidade intelectual destas pessoas não permite nada mais do que ou o desprezo ou o confronto. Ofendem, desprezam, amesquinham e não debatem. A história está cheia de criaturas destas; Hitler, Estaline, Putin, Trump... !
8- Calei-me anos a fio, tolerei, tentei empatizar e valorizar as suas causas, mas não dá. Eles não querem dialogar, querem destruir pura e simplesmente. Destruíram a família, quer o conceito quer a forma. Deram microfone às minorias, nem sei se realmente queriam resolver os seus problemas. Mas há anos que se ouve falar de minorias, há anos que as minorias falam. Sim, as minorias devem ser ajudadas e apoiadas, os seus problemas devem ser resolvidos, mas não desta forma, com tanto barulho mediático para depois quando, pessoas como eu, vamos espreitar, percebemos que os problemas está lá todos.
9- Disse que eram minorias e são, só que estão estrategicamente posicionadas, sobretudo nos órgãos de comunicação social e há comentadores para todas as causas. Vivem disto. Estão a “cagar-se” para as minorias, mas vivem de as defender. Quando lhes perguntam a profissão não são políticos, jornalistas, comentadores, nada disso, são profissionais da exploração da miséria alheia.
10- Derrubar o Padrão dos Descobrimentos, destruir tudo o que faça lembrar o antigo Império ou o Estado Novo é o grande objectivo. Já destruíram a família, destruíram o exército, destruíram a autoridade dos professores, imiscuíram-se na educação parental atingindo gravemente a relação familiar, destruíram a autoridade policial, agora atacam os símbolos, já há esboços para destruir Afonso Henriques, aqui e ali já se lê que Viriato era um criminoso. Vão ser o alvo seguinte. Neste momento e usando mais uma das mentiras, estão a crescer o número de “fascistas” no tal seio de “ignorantes” que são os do povo, essa esmagadora maioria que começa a ficar farta destes enormes “nadas”.
Desculpem qualquer coisinha.
O Homem é um animal.
Biologia, Zoologia, Anatomia, Deontologia, Bioética, Embriologia, Fisiologia, Genética, Reprodução Animal, sinto quase tudo o que estas Ciências descrevem.
Aceito como certo, quase tudo o que aqui nos é transmitido.
Os ditos animais não-humanos, tal como a maioria dos animais humanos, têm medo da morte. Lutam pela vida, e sentem a aproximação da morte, tal como os humanos.
Só quem nunca conviveu com animais, pode dizer que «o animal naturalmente pela sua natureza, enfraquece, extingue-se, acaba». Eles não ACABAM, tal como nós também não acabamos. Eles são feitos da mesma Natureza. Fazem parte da criação do mesmo Deus.
Não acabam, e têm uma alma imortal. Têm um caminho a percorrer, tal como nós.
Eu sei. Sou tão animal como eles. E assim como consigo "ver" a alma de um humano a espreitar pela janela dos olhos, de igual modo vejo a alma dos não-humanos a espreitar nuns olhos semelhantes aos meus. Em tudo.
Estejam atentos a essa Natureza. E saberão do que estou a falar.
Sou um animal que possui cinco sentidos comuns a todos os outros animais; mas em mim, o instinto, que também possuo, não está tão desenvolvido como nos meus outros irmãos planetários.
Sou uma animal com emoções, sentimentos e estados físicos comuns a todos os outros animais: medo, tristeza, alegria, raiva, afecto, sofrimento, dor, cansaço…
Sou um animal com necessidades biológicas ou fisiológicas básicas, comuns a todos os outros animais: comer, beber, respirar, dormir, urinar, defecar, reproduzir, ter segurança, abrigo, viver em grupo…
Sou um animal que pode padecer de um conjunto de sinais e sintomas específicos comuns a todos os seres vivos, alterando o estado normal da saúde, que também é comum a todos os animais.
O vocábulo “doença” vem do latim “dolentia” que significa “dor, padecimento” e eu, como animal, tal como uma infinidade de outros animais, posso padecer de alergia, asma, cancro (em qualquer órgão), catarata, intoxicação, depressão, diabetes, diarreia, gripe, hepatite, pancreatite, hipertensão, HIV (FIV nos gatos), infecção urinária, leucemia, obesidade, osteoporose, hérnias de disco, epilepsia, traumatismos cranianos, tumores cerebrais, fracturas de coluna, entre outras…
Para tratar essas doenças existem a Medicina Humana e a Medicina Veterinária.
E se eu, como animal, sinto dor e padeço com todas essas doenças, logo, todos os outros animais sentirão dor e padecerão também…
Sou um animal biologicamente semelhante a todos os outros animais nos mecanismos pelos quais nos mantemos vivos, com órgãos e sistemas que desempenham funções vitais: cérebro, coração, pulmão, estômago, fígado, pâncreas, bexiga, rins, intestinos e pele; e os sistemas cardiovascular, digestivo, endócrino, genital, imunitário, muscular, nervoso, respiratório, urinário sensorial, tegumentar…
Sou um animal que partilho sequências do meu ADN não só com os meus parentes mais chegados, os símios, mas também com porcos, cães, gatos, bovinos, ratos, e até mesmo com recifes de coral e galinhas.
Os meus amigos e companheiros mais recentes, que criei e cuidei com o desvelo com que criei e cuidei dos meus filhos:
O meu Ratolinha (ratinho branco de cauda comprida) nasceu, cresceu, e morreu com insuficiência respiratória.
A minha gatinha Mindinha nasceu, cresceu, e morreu intoxicada pelo pólen de uma flor belíssima: a açucena.
A minha cadelinha Josefina nasceu, cresceu, e morreu com problemas degenerativos do foro neurológico.
A minha gatinha Francisquinha nasceu, cresceu e morreu com FIV (sida dos felinos).
A minha gatinha Nany nasceu, cresceu, e morreu de cancro da mama.
A minha gatinha Zézinha nasceu, cresceu e morreu com problemas cardíacos.
O meu cãozinho Platão nasceu, cresceu, e morreu com falência dos órgãos vitais devido a idade avançada. Era cego.
O meu gatinho Napoleão nasceu, viveu, e morreu de complicações derivadas da Diabetes.
Sou um animal que nasceu, cresceu e morrerá como todas as coisas, como todos os seres viventes, como todos os restantes animais, certamente com uma qualquer doença das que afectaram os meus amiguinhos patudinhos.
Que motivos terei para não os considerar animais como eu?
Isabel A. Ferreira
Este ano temos sete candidatos à Presidência da República, o mais alto cargo da Nação: aquele que representa Portugal e o Povo Português. Portanto, um cargo que deve ser exercido com dignidade, honestidade, independência total dos restantes poderes, do qual se tenha, sobretudo, a noção da responsabilidade do que é ser Chefe de Estado.
É um erro os partidos políticos apresentarem candidatos à Presidência da República. Um Presidente da República tem de estar acima de qualquer partido político, e de qualquer poder, para que possa exercer o cargo com a máxima independência. Tem de ser um candidato independente. O seu princípio tem de ser defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, de acordo com o juramento que faz na tomada de posse do cargo: «Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.»
Porém, jurar é fácil. Cumprir o juramento é que são elas!
Mas há mais atributos que se requerem de um candidato a Presidente da República.
Na imagem temos os candidatos à Presidência da República de Portugal, por ordem alfabética, porque isto de pôr uns mais à frente do que outros, seguindo sondagens encomendadas, não é honesto.
Todos merecem o nosso respeito. Afinal, são cidadãos que estão a exercer um dever cívico com a firme convicção de que são capazes de representar Portugal e o Povo Português com a máxima hombridade, não estão ali por mera vaidade de poderem ocupar o mais alto cargo da Nação, ou de se aproveitarem dele para segundas intenções. Pelo menos é o que esperamos deles
Desde o 25 de Abril que apenas um Presidente da República, eleito pelo Povo português, mereceu nota positiva durante e depois do mandato: o General Ramalho Eanes. Os restantes deixaram um desprestigiante rasto de muita parra e pouca uva.
O último deles (o ainda actual), nada fez de brilhante, por Portugal, nestes últimos cinco anos. Absolutamente nada que mereça ser destacado como um feito presidencial.
Na Presidência da República precisamos de uma pessoa que pense pela própria cabeça, não seja pau-mandado de ninguém, nem camaleão, nem maria-vai-com-as-outras, e que diga o que tem a dizer, sem papas-na-língua, com firmeza, doa a quem doer.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção do que representa chefiar uma Nação, servindo Portugal e os Portugueses unicamente; não pretender ser mais papista do que o Papa; e não enveredar por outros oceanos e servir interesses que não nos dizem respeito.
Precisamos de uma pessoa que execute, na íntegra, o juramento que faz, no momento da investidura do cargo, essencialmente o de defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa (CRP).
Precisamos de uma pessoa que combata a corrupção e não que a varra para debaixo do tapete; precisamos de uma pessoa que ponha os interesses de Portugal acima dos interesses dos estrangeiros, e que os defenda com garra e convicção. E, neste ponto, quero salientar, particularmente, a questão do Acordo Ortográfico de 1990, cuja aplicação todos os juristas e constitucionalistas são unânimes em considerar inconstitucional e ilegal, mas que uma imponderada e conveniente “interpretação” de uma Lei que nem sequer existe, mantém vigente, desrespeitando abusivamente a Constituição da República Portuguesa.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção do que representa viver num Estado de Direito e numa Democracia, accionando todos os mecanismos intrínsecos à CRP, para que esse Estado de Direito e essa Democracia sejam uma realidade e não uma vergonhosa farsa. Pois para ditadura já nos bastou a salazarista.
Precisamos de uma pessoa que seja popular, mas não popularucha.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção do ridículo e se comporte em conformidade com o elevado cargo de Chefe da Nação, que ocupa.
Precisamos de uma pessoa que fale, quando deve falar, e se cale, quando deve calar-se.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção de que ao ser Presidente da República, está a ser presidente das pessoas, mas também dos animais não-humanos (de todos e não apenas de alguns) e do meio ambiente, e tudo faça, para que os direitos de toda a fauna humana e não-humana, da flora e de tudo o resto que constitui o todo português sejam respeitados, conforme consta na CRP.
Enfim, na Presidência da República precisamos de alguém que saiba arregaçar as mangas, e, ao mesmo tempo, honrar as calças ou as saias que veste.
E como se instala uma tal pessoa na Presidência da República?
Com atitudes.
Não é com a linguagem pirosa (a expressão pirosa não é minha, é do Miguel Esteves Cardoso, mas concordo totalmente com ele) dita inclusiva, que tem a pretensão de dar visibilidade às mulheres, através de redundâncias linguísticas como convidadas e convidados, todas e todos, eles e elas, amigas e amigos, caras e caros, Portugueses e Portuguesas, que vamos dar oportunidade às mulheres para que ocupem cargos públicos de alta envergadura, e dar-lhes salários iguais aos do homem: o mesmo cargo, o mesmo salário. O que não acontece e jamais acontecerá com pirosices linguísticas.
O problema dos candidatos que se apresentam às eleições é que nenhum deles reúne a totalidade das condições aqui apresentadas, e que fazem de um candidato um bom candidato para chefiar a Nação Portuguesa.
Se não vejamos:
Ana Gomes: escrevi-lhe uma carta a pôr-lhe duas questões (*) que, não só para mim, como para milhares de portugueses, são cruciais para o País, mas por serem tabus e estarem ligadas a lobbies poderosos, que os governantes servem mais do que a Portugal, os órgãos de comunicação social não estão autorizados a abordar publicamente. São elas a questão do Acordo Ortográfico de 1990 (ao serviço dos interesses brasileiros, e que nos está a levar à perda da independência linguística e cultural, o que não é coisa pouca) e a vergonhosa prática medieval de torturar touros numa arena para divertimento, algo que recebe chorudos subsídios, retirados dos impostos dos portugueses, e que mantém Portugal com um pé na Idade Média, ou seja, numa etapa evolutiva ainda muito atrasada, o que também não é coisa pouca.
O que sei de Ana Gomes, a este respeito, é que ela usa a pirosa linguagem inclusiva do “todos e todas”, aplica o AO90 na página dela, no Facebook, não sei se está interessada em cumprir a Constituição da República Portuguesa, compelindo o governo a extinguir o AO90, e a repor a Grafia Portuguesa, em Portugal, para podermos recuperar a nossa identidade linguística e cultural.
Quanto às touradas sei que é NIM.
A resposta às minhas questões foi ZERO. Não respondeu. E para zero, zero e meio.
André Ventura: sei que é contra o AO90 (o que não basta) e está ao serviço do lobby tauromáquico. Quanto ao resto, abomino extremismos de direita tanto quanto de esquerda, porque se tocam e fundem. E sabemos ao que pode levar estes extremismos: a horrendas ditaduras. Não aprenderam nada com a História. A postura deste candidato é um ultraje à Democracia.
João Ferreira: suponho que, por ser membro do PCP, e este ser contra o AO90, o candidato também o seja. Mas também está ao serviço do lobby tauromáquico, a não ser que se distancie da postura do Partido, a este respeito. Não sei. Mas sei que não condena publicamente as perversas ditaduras comunistas do mundo actual. Daí que não tenha perfil para presidir aos destinos de um País que se quer livre e democrático.
Marcelo Rebelo de Sousa: sabe-se, por ser público, que é aficionado de touradas. [Nem sei como isto é possível, não entendo as pessoas que têm oportunidade de evoluir, afinal chegou a professor universitário, e não evoluíram]. Quanto ao AO90, sabe-se, porque também é público, que é um seu adepto ferrenho e utiliza a grafia brasileira, preconizada pelo dito pseudo-acordo, na página oficial da Presidência, dá entrevistas, como PR, com o sotaque brasileiro, usa expressões brasileiras, e está-se nas tintas para a destruição da Língua Portuguesa, violando, deste modo, a Constituição da República.
Marcelo Rebelo de Sousa, nestes últimos cinco anos, nada fez por Portugal. Absolutamente NADA, mas fez TUDO pelo seu imenso ego. Mais cinco anos a levar com as suas actuações narcisistas será desastroso para Portugal, que continuará a marcar passo. Não se julgue que Portugal é bem-visto lá fora, porque não é. Só quem não viaja, pensa que somos os maiores! Além disso, Marcelo vulgarizou bastamente o cargo de Presidente da República, ao ponto de já ter um cognome que ficará para a História: “Celinho das Selfies”.
Por outro lado, tal como Ana Gomes, nunca respondeu às minhas questões, acima de tudo as questões de uma cidadã votante, e dotada de espírito crítico, que transmite o pensar e o sentir de milhares de Portugueses. Para zero, zero e meio também.
Marisa Matias: não tem perfil para Presidente da República. Limita-se a dar visibilidade e a defender o programa político do Bloco de Esquerda, que não serve para pôr em prática na Presidência da República. Além disso é adepta do AO90 e da pirosa linguagem inclusiva do “todos e todas”. É contra as touradas, mas isso não basta para lhe dar um passaporte para Belém.
Tiago Mayan Gonçalves: nada sei do que ele pensa, quanto às questões que mais me interessam (a mim e a milhares de Portugueses), por serem tabus. Mas sei que o IL é pró-tourada. Também sei que, no seu site, escreve em mixordês, ou seja, num misto de Português, acordês e brasileirês. As outras questões, não sendo tabus, já sabemos o que todos pensam sobre elas. O candidato, embora demonstrando falta de experiência nestas andanças, parece-me ser uma pessoa equilibrada e inteligente. Contudo, candidatar-se pelo Iniciativa Liberal, é um obstáculo.
Vitorino Silva: Genuíno. Inteligente. Trabalhador. Perspicaz. Um verdadeiro filósofo popular. Tem a sabedoria do Povo. Adoro as suas metáforas. Conhece o Portugal profundo. Não tem os vícios nocivos dos políticos “profissionais”, que nada têm de novo, para nos dizer. É alguém em quem se pode confiar. Como cidadão português tem todo o direito de se candidatar a Presidente da República. Afinal, não são os canudos universitários que fazem um bom presidente. Já todos tivemos oportunidade de o comprovar. Ser calceteiro não seria o impedimento maior. Não sei se aderiu ao AO90. Não sei o que pensa sobre isso e sobre as touradas, mas sei que gosta de animais e é bastante carinhoso com eles. Não tive tempo de lhe escrever, e questioná-lo sobre estes dois temas, que, para mim e milhares de Portugueses, são cruciais, e ninguém debate. Mas de uma coisa eu tenho a certeza: de todos os candidatos aqui apresentados, o Vitorino Silva seria o único a dar-me a honra de uma resposta.
Quem temos para pôr Portugal a mexer e a fazê-lo regressar à sua dignidade de País livre e independente? Porque podem crer, neste momento, quando andam todos distraídos com o futebol, as telenovelas e os realities shows, o nosso País não tem uma Língua que o identifique como Nação independente, e está no rol dos sete países (em 193) que mantém práticas primitivas, indignas de seres humanos.
E isto, para milhares de Portugueses é de máxima importância, porque nem só de pão vive o homem.
***
(*) Um esclarecimento sobre as duas questões (AO90 e touradas) que aqui destaquei por serem tabus, mas também porque têm a ver com a nossa dignidade, enquanto País europeu e civilizado.
Eu, que conheço o mundo civilizado, onde pessoas civilizadas se divertem civilizadamente; eu, que domino outras Línguas, para além da minha Língua Materna, sinto-me esmagada pela vergonha que sinto quando vejo o Parlamento Português viabilizar o massacre de mamíferos sencientes, com um ADN semelhante ao dos humanos, e promover uma mixórdia ortográfica, que desprestigia Portugal, transformando-o na colónia de uma ex-colónia. E de todas as coisas, estas duas são realizadas em nome da mais pura estupidez. Isto é algo que não quero para o meu País.
E se há algo que me tira do sério é precisamente a estupidez.
E a estupidez humana [não há outra], segundo Ernest Renan [escritor, filósofo, teólogo, filólogo e historiador francês] é a única coisa que nos pode dar a noção do infinito…
Todas as outras questões, que são trazidas à liça, nos debates presidenciais, e são esmiuçadas publicamente, até à exaustão, não são tabus, e quando se corrompem, não se corrompem devido à estupidez dos seus intervenientes, mas tão-só à mais vergonhosa incompetência, ao mais descarado despudor, à mais indecorosa indignidade e à mais imoral desonestidade.
Isabel A. Ferreira
Em 23 de Fevereiro de 2012, numa carta aberta a D. Manuel Clemente, na altura, Bispo do Porto, dirigi-lhe um apelo, contando com a clemência (implícita no nome) que todos esperamos de um servidor de Deus, para a Causa da Abolição das Touradas em Portugal.
O meu apelo não foi considerado.
Hoje, repetindo as mesmas palavras da carta de 2012, até porque passados todos estes anos, nada mudou em Portugal, a este respeito, continuando-se a torturar seres vivos, para diversão de sádicos, com a bênção da Igreja Católica Portuguesa, reitero o mesmo apelo, agora que D. Manuel Clemente é Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Espero que, desta vez, me ouça e interfira, porque o tempo é outro, e é preciso evoluir, mas, principalmente, é preciso sermos clementes para com todas as criaturas de Deus: as humanas e as não-humanas.
Exmo. Sr. D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriaca de Lisboa,
Já, por várias vezes, nos encontrámos em Arouca, em Braga, no último Congresso de Cister, enfim, e pelo que tive oportunidade de observar, fiquei com a impressão de que o Senhor D. Manuel Clemente é um homem inteligente, sensível e zeloso das suas obrigações Cristãs.
Por isso atrevo-me a dirigir-lhe estas linhas, com todo o respeito.
É que sendo eu uma defensora dos Direitos dos Animais, Humanos e Não-Humanos, e estando neste momento envolvida na Causa da Abolição das Touradas em Portugal e no Mundo, não compreendo a posição da Igreja Católica Portuguesa a este respeito, sabendo, como sabemos, que «a Tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte», segundo a opinião do Dr. Vasco Reis, Médico-Veterinário.
Sabendo, como sabemos, que «a não-violência é a lei da nossa espécie assim como a violência é a lei dos brutos. O espírito jaz dormente no bruto e ele não conhece nenhuma outra lei a não ser a da força física. A dignidade do ser humano requer obediência a outra lei – à força do Espírito!», de acordo com Mahatma Gandhi.
E ainda, sabendo, como sabemos, que «(...) se fazem reclames entusiastas de espectáculos, como as touradas de praça onde por simples prazer se martirizam animais e onde os jorros de sangue quente, os urros de raiva e de dor e os estertores de agonia só podem servir para perverter cada vez mais aqueles que se deleitam com o aparato dessa luta bruta e violenta, sem qualquer razão que a justifique», como refere Adriano Botelho (ilustre cidadão da Ilha Terceira – Açores).
Posto isto, Senhor D. Manuel Clemente, pergunto por que motivo a Igreja Católica é CÚMPLICE desta selvajaria (há muitos padres católicos aficionados), e “abençoa” os torturadores de Touros (vulgo toureiros), antes destes irem para arena massacrar um ser vivo, que tem um ADN semelhante ao humano? Um ser que sofre e sente a dor tal como nós a sentimos?
Não serão o Touro e o Cavalo também criaturas de Deus?
Jesus Cristo ensinaria ao homem a prática da violência sobre os seres vivos? Foi para isso que viria ao mundo?
Escrevo-lhe para solicitar a douta interferência do Senhor D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, nesta matéria, para que a Igreja Católica Portuguesa tome uma posição pública contra esta barbárie, como é de seu DEVER, até porque se a Igreja interferir, estes massacres acabam por acabar.
Não é de um bom cristão torturar seres vivos para se divertir, mas os torturadores de Touros e Cavalos são cristãos e torturam seres vivos para ganharem dinheiro e divertirem os sádicos.
Penso que o Senhor D. Manuel Clemente, como homem sábio que é, estará de acordo comigo.
Repare-se na cara patética deste “cristão”, na imagem mais acima, que além de torturador é cobarde, e no sofrimento atroz estampado na expressão do Touro, caído no chão, exaurido, dorido, esvaziado da sua dignidade de ser vivo.
São estes ensinamentos que a Igreja pretende que se transmita às crianças?
E a Igreja Católica Portuguesa nada terá a dizer sobre isto?
Isto faz parte de um tempo primitivo e obscuro. Estamos no Século XXI, depois de Cristo. É preciso evoluir, Sr. D. Manuel Clemente.
É preciso colocar Portugal entre os países evoluídos. E a Igreja Católica, tendo a influência que tem no nosso povinho, ainda tão ignorante, tem o DEVER de esclarecer esse povo, e não ser passiva quanto a esta matéria tão cruel, que só desprestigia o Ser Humano.
O senhor D. Manuel Clemente, tal como eu, historiador, saberá que os factos históricos são importantes. A Igreja Católica ficará manchada, para a História, como CÚMPLICE desta barbárie, se não tomar uma posição firme e essencialmente cristã, assim como ficou tristemente enlameada em tantas outras ocasiões, por nada ter feito, como na vergonhosa cumplicidade com as atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial contra os judeus, e nas Santas Cruzadas, e na Santa Inquisição, (apenas para referir os mais conhecidos casos de omissão da Igreja Católica). E é CÚMPLICE quem sabe e nada faz.
Espero que esta minha carta possa servir para acordar a “adormecida” Igreja Católica Portuguesa para esta grave lacuna, do seu apostulado. Os púlpitos são lugares apropriados para passar a mensagem da não-violência contra todos os seres humanos e não-humanos. Não é lugar para se falar de política. É lugar para se falar no que Jesus Cristo nos deixou de mais valioso, o preceito áureo: «não faças aos outros (e nesses outros estão incluídos todos os seres não-humanos) o que não gostas que te façam a ti.» Se todos os homens cumprissem esta simples regra, o mundo seria o lugar ideal para se viver, sem leis, sem governantes, sem polícias, sem armas, sem guerras, sem todos esses horrores, que o animal humano, e apenas o animal humano, inventou.
Porque é preciso acabar de uma vez por todas com esta macabra, patética, sangrenta e sádica prática chamada TOURADA, onde dois magníficos seres vivos (Touro e Cavalo) são barbaramente torturados por psicopatas.
E a Igreja Católica Portuguesa tem o seu quinhão de culpa nisto.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/87535.html
Querem esbanjar dinheiro? Tirem-no das vossas contas bancárias. Das contas bancárias dos governantes e dos deputados da Nação, que permitem tamanha perversidade. Tamanha vergonha. Tamanha estupidez. Sim, porque a tourada é uma prática violenta e cruel, terceiro-mundista, medievalesca, indigna de seres humanos, assente na estupidez, gerada pela monumental ignorância de todos os que praticam, aplaudem e apoiam esta barbárie.
Dizem que no dia 11 de Setembro, a RTP irá transmitir tortura de Touros a partir do antro de Almeirim.
Não é por acaso que a RTP tem a mais baixa audiência.
Acham que um Touro não é um animal? Não é um animal senciente? Não é um mamífero com um ADN semelhante ao vosso? Não é um animal dotado de sistema nervoso central? Não sofre como vós sofreríeis, se estivésseis no lugar dele? Vós não sois dotados de empatia, o sentimento mais nobre do ser humano, um sentimento que os restantes animais partilham connosco? Quanta falta de sensibilidade!
Subscrevo o comentário de Filipe Afonso, no Facebook, a este propósito: «Em little Portugal, os ditos tauromafiosos, dependentes de subsídios em nome duma "cultura", dão-se ao luxo de derreter uma pipa de massa ao alugar um avião com manga publicitária com anúncio de tourada. Passou este passado fim-de-semana na linha do Estoril. Pequeno povinho Português, paguem os impostos para sustentar a tauromáfia e fiquem caladinhos. Merecem!!!»
Se não concordam com este INSULTO e ASSALTO ao nosso bolso, enviem o vosso protesto por aqui https://getmymsg.com/v/joeyt
ou por aqui www.facebook.com/rtp, ou ainda por mensagem para:
rpublicas@rtp.pt, cristina.viegas@rtp.pt
goncalo.reis@rtp.pt, geral@cm-almeirim.pt, gap.cma@almeirim.pt
casadopessoal@rtp.pt, geral@borregoleonor.com.pt
O meu apelo vai aqui:
Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Administração da RTP;
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Almeirim;
Exmo. Senhor Presidente da Casa do Pessoal da RTP;
O investimento da RTP na transmissão de touradas é inaceitável, sendo também o principal motivo de queixa dos telespectadores da televisão pública, pela violência e crueldade contra os animais, inerentes a este tipo de actividade cruel e retrógrada, que sacrifica animais, prejudica a sociedade e o relacionamento com outros seres nossos companheiros da Terra, embota a sensibilidade, deseduca a juventude para uma vida pacífica e compassiva, como refere o Médico-veterinário, Dr. Vasco Reis.
Daí que venha apelar aos responsáveis da RTP: parem para pensar no mau exemplo que dão, ao transmitirem, ao vivo, tortura de animais, para satisfazer a sede de sangue dos sádicos.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207371470481746&set=p.10207371470481746&type=3&theater
O Touro só é "BRAVO " quando o ATACAM. Eu também sou BRAVA, quando me atacam. O que tenho de comum com o Touro? Ambos somos animais, com um ADN muito, muito semelhante. Sentimos dor, sentimos fome, sentimos sede, sentimos alegria, sentimos cansaço, sangramos, sentimos afecto, somos dotados de um sistema nervoso central, temos fígado, temos coração, e quem não sabe isto é extremamente ignorante.
Os tauricidas, que vão enganar os cegos mentais, caro Mário Amorim.
Christophe Thomas, um jovem agricultor francês, comprou o Touro Fadjen, que apelidavam de “bravo”, e que estava separado para uma corrida em Barcelona. Thomas tratou e passou a cuidar dele com muito carinho e respeito. E o “bravo” passou a ser o que ele era na realidade: um bovino brincalhão, amistoso, dócil, pacífico e um bom companheiro. Tal como o cão e o gato.
«Dizem que o touro é bravo, mas a sua suposta bravura, não corresponde à realidade. Depois, eles nunca mostraram provas cientificas, cientificamente provadas, que provassem esta afirmação.
O Touro, é na realidade, um ser dócil. É um dos seres mais dóceis que existe.
Como prova o Fadjen, o touro, é um ser, que se for tratado com amor, amizade, companheirismo, respeito e ternura, oferece amor, amizade, companheirismo, respeito e ternura a quem o soube tratar bem.
Por tanto; tudo que o que os defensores da tauromaquia, afirmam sobre o touro, é mentira!
Mário Amorim
Fonte:
Porque estamos em plena época da aberração tauromáquica, aqui vos deixo mais um excelente contributo do Dr. Vasco Reis, único Médico-Veterinário português que dá a cara pela causa da Abolição das Touradas.
Este texto é baseado na Ciência Médico-Veterinária, na Etologia (disciplina da Zoologia que estuda o comportamento animal) e na experiência profissional e desportiva do autor, escrito por ocasião do II Fórum da Cultura Taurina nos Açores, e que trago à liça por considerá-lo crucial para o esclarecimento daqueles que ainda têm dúvidas quanto ao que é esta “coisa” a que chamam de “tauro (touro) maquia (lucro, dinheiro)”, e que não passa, literalmente, de lucro à custa da tortura de Touros.
Um triste “espectáculo” de baixo nível cultural e artístico, onde Touros e Cavalos sofrem para gozo de um escasso número de sádicos, também de baixo nível intelectual e moral. Valeu a pena? Vieram mais ricos espiritualmente? Encheram a alma com imagens de rara beleza…?
«A verdadeira realidade da tauromaquia»
Por Vasco Reis - Médico Veterinário
O activista Dr. Vasco Reis, na sua luta pela extinção de uma prática que não dignifica a Humanidade.
«Está anunciado o II Fórum da Cultura Taurina com especialistas de 9 países que se reúnem durante 3 dias na Ilha Terceira, a campeã da “afición” no Arquipélago.
Os efeitos do fórum serão evidentes, visto que a tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte.
O fórum está a ser considerado como um momento de reflexão, de prestígio para os Açores, de promoção da atractibilidade da Região e como reforço do turismo.
Considero que, quanto à influência sobre o turismo, as vertentes serão duas e opostas:
Poderá atrair aficionados, gente que sob a designação de arte, aprecia a violência e as fases impressionantes do massacre do touro e as arrancadas e as fintas do cavalo dominado pelo cavaleiro. Poderá também atrair gente tornada curiosa pela publicidade enganosa da organização.
Por outro lado, irá afastar turistas conscientes e compassivos, que vão preferir outros destinos, onde tal espectáculo de massacre não seja permitido.
Quanto à influência sobre o prestígio dos Açores, só pode ser muito negativa, porque publicita o facto de que a Região Autónoma, parte de Portugal (que também é atingido), pertence ao retrógrado grupo dos únicos 9 países do Planeta, onde touros e cavalos são massacrados legalmente.
Falta referir-me ao momento de reflexão, que bem necessário é e para o qual eu pretendo contribuir com muito empenho, argumentando resumidamente com o que a Ciência Médico-Veterinária, a Etologia e a minha experiência profissional e desportiva me ensinaram.
A ciência, fundamentada na investigação anatómica, fisiológica e neurológica dos animais usados na tauromaquia, confirma o que o senso comum revela: touros e cavalos sofrem antes, durante e depois dos espectáculos tauromáquicos.
O touro é o elemento sempre massacrado da tauromaquia, desde intensa e prolongada ansiedade a partir do momento em que é retirado do campo, seguindo-se repetidos e dolorosos ferimentos, esgotamento anímico e físico e quase sempre a morte em longa agonia.
O cavalo, dominado e violentado pelo cavaleiro tauromáquico é o elemento obrigado a arriscar tudo e a sofrer perante o touro, desde ansiedade, ferimento físico até a morte.
Animais são seres dotados de sistema nervoso mais ou menos desenvolvido, que lhes permitem sentir e tomar consciência do que se passa em seu redor e do que é perigoso e agressivo e doloroso. Este facto leva-os a utilizar mecanismos de defesa e de fuga para poderem sobreviver. Sem essas capacidades não poderiam subsistir.
Portanto, medo e dor são essenciais e condição de sobrevivência.
É testemunho da maior ignorância ou intenção de ludíbrio, o afirmar-se que algum animal em qualquer situação possa não sentir medo e dor, se for ameaçado ou ferido.
A ciência revela que anatomia, fisiologia e neurologia do touro, do cavalo e do homem são extremamente semelhantes. Os ADN são quase coincidentes.
As reacções destas espécies são análogas perante a ameaça, o susto e o ferimento.
O especismo é uma atitude que, arrogantemente, coloca o Homem numa posição de superioridade, que lhe permite dispor sobre os animais, como quiser.
A compaixão selectiva visa tratar bem certas espécies (em geral cães e gatos) e menos bem, outras, quase consideradas como objectos.
Os animais não humanos são considerados menos inteligentes do que os seres humanos. Podem estar mais ou menos próximos e mais ou menos familiarizados connosco, mas eles são tanto ou mais sensíveis do que nós ao medo, ao susto e à dor.
É, portanto, nosso dever ético não lhes causar sofrimento desnecessário.
"A compaixão universal é o fundamento da ética" - um pensamento superior do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.
A tauromaquia está eivada de especismo sobre o touro e sobre o cavalo.
O homem faz espectáculo e demonstração da sua "superioridade" provocando, fintando, ferindo com panóplia de ferros que cortam, cravam, atravessam, couro, músculos, tendões, órgãos vitais, esgotam, por vezes acabam por matar o touro, em suma lhe provocam enorme e prolongado sofrimento para gáudio de uma assistência que se diverte com o sofrimento, a agonia e a morte de um animal.
Isto é comparável aos espectáculos de circo romano, há muito considerado espectáculo bárbaro, onde escravos e cristãos eram obrigados a lutar e a matarem-se uns aos outros ou eram atirados aos leões para serem devorados.
O cavalo é dominado com ferros castigando as gengivas bucais e a língua e esporas mais ou menos agressivas, até cortantes, no ventre.
Esta montada é posta em risco de mais ferimento e de morte, pelo cavaleiro tauromáquico, que o utiliza como veículo para combater e vencer o touro.
O sofrimento do cavalo soma-se aqui ao do touro.
Na tauromaquia, touro e cavalo são excluídos de qualquer compaixão, antes pelo contrário, estão completamente submetidos à violência e ao sofrimento.
E o espectáculo é ainda legal em Portugal e mais oito países, publicitado e mostrado na comunicação social, aclamado, fonte de negócio, de prosa e de poesia. Que tristeza.
Tauromaquia é a “arte” de dominar e massacrar touros e cavalos e organizar com isso espectáculos para recreação de aficionados ou de simples curiosos.
Mas nesta “arte” não são somente touros e cavalos que sofrem.
São muitas as pessoas conscientes e compassivas, que por esta prática de violência e de crueldade se sentem extremamente preocupadas e indignadas e sofrem solidariamente e a consideram anti educativa, fonte de enorme vergonha e atentatória da reputação internacional de Portugal, obstáculo dissuasor do turismo de pessoas conscientes, que se negam a visitar um país onde tais práticas, que consideram "bárbaras", acontecem! Porque fazem sofrer os animais os chamados “artistas”? Dar-lhes-á isso algum gozo?
Será isso admirável, corajoso, heróico?
Com certeza que existem boas e inócuas alternativas para os aficionados, para os trabalhadores tauromáquicos, para os "artistas", para os campos e para os touros e cavalos.
Os campos podem ser utilizados de outro modo.
A raça pode ser mantida sem a cruel tauromaquia.
Os trabalhadores, campinos e ganadeiros podem continuar o seu trabalho.
Os forcados, cujo papel só surge depois do touro ter sido massacrado e esgotado previamente, podem dedicar-se a actividades ou desportos leais e entre iguais, onde valentia, luta corpo a corpo são fulcrais, como o boxe, a luta livre e outros e que exigem espírito de equipa, como o rugby por exemplo, considerado desporto de cavalheiros.
Aconselho, pela sua mensagem, alguns vídeos extremamente informativos, muito influentes no processo que teve lugar no Parlamento da Catalunha de que resultou a votação que levou à proibição de corridas de touros naquela região autónoma espanhola, facto que está tendo enorme repercussão mundial.
Fundamentado no acima exposto, anseio pela proibição das corridas de touros em Portugal e no mundo. Não quero nem posso admitir que qualquer região ou nação seja vergonhosamente conhecida no seu trato aos animais como sendo uma região ou nação bárbara, retrógrada e cruel.
Na certeza de que V. Exas. tomarão em consideração esta minha mensagem assino-me
Vasco Manuel Martins Reis, médico veterinário desde 1967,
Actualmente aposentado em Aljezur.
Permitam-me o seguinte curto extracto do meu currículo, o qual ilustra alguma da minha experiência prática que dita muitas das minhas opiniões:
Trabalhei 7 anos na Suíça, 10 anos na Alemanha, 3 anos nos Açores (na Praia da Vitória, Ilha Terceira, onde existe afición e onde tive de intervir obrigatoriamente no acompanhamento dos touros nas touradas na minha qualidade de médico veterinário municipal) e 21 anos em Portugal Continental.
Trabalhei sempre, entre outras espécies, com bovinos e cavalos.
Fui cavaleiro de concurso hípico completo e detentor de dois cavalos polivalentes.
Conheço bem os cavalos, a sua personalidade e as suas aptidões.
Fui entusiástico jogador de rugby durante três anos.
Vasco Reis»
Nota: escusado será dizer que este saber do Dr. Vasco Reis, entrou por um ouvido e saiu pelo outro, dos que têm o poder de acabar com esta prática bárbara. E isto acontece porque em cérebros mirrados se não entra nem um grão de poeira, como poderá entrar a Sabedoria? (I.A.F.)
Eu sou um animal, mas não sou superior a nenhum outro animal, quer humano ou não-humano. Sou feita da mesma poeira cósmica de que são feitos todos os outros animais. O meu ADN contém os mesmos elementos do ADN de todos outros animais. Tenho as mesmas necessidades físicas de todos os outros animais. Quando morrer transformar-me-ei em pó, como todos os outros animais.
Sou iluminada pelo mesmo Sol e pela mesma Lua.
Comunico-me com todos os animais humanos e não-humanos do mesmo modo: falando. Sei falar, sei ler e escrever, sei raciocinar, mas sou incapaz de me orientar na selva, construir um ninho, um formigueiro, uma colmeia, voar... sobreviver no fundo do mar...
Diante das forças da Natureza, vulcões, fogo, tremores de terra, tempestades, tsunamis, a minha condição de ser humano iguala-me à de um lagarto: ambos seremos destruídos num ápice, e apodreceremos do mesmo modo. E no final, o que restar de mim não se diferenciará de nenhum outro animal. E a minha racionalidade não me livrará do mesmo destino do lagarto.
Mas, contudo, faço uma excepção: sou superior apenas à besta humana.
Isabel A. Ferreira
O mundo tauromáquico assenta em três grandes pilares:
Mentira, Ignorância e Estupidez.
Durante séculos mentiu-se, ignorou-se o óbvio e praticaram-se (e continuam apraticar-se) os mais estúpidos actos, em nome deste divertimento de brutos:
Hoje, não podem dizer que não há informação. Ela existe às carradas, mas ainda assim, as mentes atrasadas recusam-se a informar-se e a acatar o desenvolvimento científico, que coloca os Touros e os Cavalos no rol dos seres mais sencientes do Planeta.
E como a ignorância é muita, e a vontade de evoluir é nula, os adeptos desta prática selvática mentem para si próprios, porque recusam a realidade e a evolução.
Por isso espalham por aí estas grandes mentiras em que a tauromaquia assenta. Mas para as grandes mentiras, existem as grandes verdades.
A maioria dos Portugueses gosta de touradas
– Mentira
A esmagadora maioria dos Portugueses abomina as touradas
- Verdade
Cada vez mais Portugueses vão assistir a touradas
– Mentira
Cada vez mais Portugueses se afastam das touradas
- Verdade
Os tauricidas dizem que amam o Touro
– Mentira
Os tauricidas amam torturar o Touro
- Verdade
A tauromaquia não é financiada com dinheiros públicos
– Mentira
A tauromaquia é financiada com os impostos dos Portugueses
- Verdade
A tauromaquia subsidia-se a si própria
– Mentira
A tauromaquia sem o financiamento do Estado Português desaparecia
- Verdade
O touro vive como um rei durante quatro anos
– Mentira
Durante quatro anos o Touro sofre as maiores sevícias, para se tornar “bravo” para a lide
- Verdade
O Touro nasceu para ser toureado
– Mentira
O Touro é um bovino, herbívoro e manso, que nasceu para viver tranquilamente a pastar nos prados
- Verdade
O Touro gosta de ser toureado
– Mentira
O Touro, como animal que é, não gosta de ser toureado, e a prova disso é quando, na arena, ele manda um carrasco, desta para melhor, em legítima defesa
- Verdade
O touro não é torturado, física e psicologicamente antes de uma corrida
– Mentira
O Touro é torturado barbaramente, física e psicologicamente, antes da corrida
- Verdade
O Touro não é torturado nas corridas de touros
– Mentira
O Touro é torturado barbaramente, antes, durante e depois da lide
- Verdade
O touro não sente dor
– Mentira
O Touro, sendo um animal mamífero, possuidor de um sistema nervoso central sente dor tal como os homens
- Verdade
O Touro não sofre
– Mentira
O Touro, ser senciente, tem emoções e sofre tal como os homens sensíveis
- Verdade
E todas estas verdades estão comprovadas cientificamente, e que não estivessem, basta ser-se humano para não fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem a nós.
Não é esta a regra de ouro dos cristãos?
E não é a actividade tauromáquica apoiada pela igreja católica? Então onde fica a compaixão cristã, a regra de ouro, a piedade pelo sofrimento de um animal que tem um ADN semelhante ao do Homem?
Vivemos tempos bárbaros, governados por bárbaros, em pleno retrocesso…
Em suma, uma vergonha!
Isabel A. Ferreira
Tema inspirado no texto do Mário Amorim:
Recordo hoje um texto que escrevi em 2014, a propósito da tortura que a tauromaquia é, também, para os Cavalos, e não só para os Touros, dois magníficos animais não-humanos, sencientes, que não mereciam tão cruel sorte.
Um texto assente na realidade e não em alucinações de algozes.
O que se vê a vermelho, no abdómen do Cavalo, não é sumo de tomate, mas um sangue tão real como o dos humanos…
Na tauromaquia Touros e Cavalos são torturados impiedosamente.
Uns, de uma maneira, outros, de outra.
Nos Cavalos, são utilizados uns instrumentos de tortura como os que se vêm nesta foto.
Contudo, os Cavalos não relincham.
Sofrem calados o seu descomunal tormento.
Os Cavalos! Animais extremamente sensíveis e tão, tão inteligentes!
Porquê?
Porque lhes cortam as cordas vocais, para que eles não relinchem de dor, e não só pelos golpes das esporas, mas também pelo ferro serrilhado que lhes colocam dentro da boca, e que lhes deixa o céu-da-boca em ferida!
É isto a tauromaquia.
É isto a que chamam “cultura” e “arte”.
É disto que o Parlamento Português e a Igreja Católica são cúmplices.
Não será esta uma prática abominável?
A propósito desta abominação, recebi, na altura, um comentário que diz da total alienação mental em que vive esta gente da tauromaquia, que ainda por cima não sabe distinguir homem e mulher:
Comentário:
De BOA noite a 7 de Julho de 2014 às 00:57
Amigo não posso deixar de o informar que como muitos, pouco percebe do que esta a falar, e um concelho de alguém que não concorda consigo, mas que respeita a sua opinião, certifique-se do que diz antes de o colocar para outras pessoas lerem. Aconselho vivamente a participar de perto na criação de touros e de cavalos, e ver quem tem maior amor por eles.
Sendo que com essa experiência terá talvez a alguma resposta para as suas duvidas que me parece ter, mas que por mais que lhe tenta-se explicar não iria querer entender. Não me costumo dar ao trabalho de prenunciar sobre estes assunto, pois só vejo a reclamar, quem não faz minimamente nada de bom para estes animais, apenas se limitam a colocar mensagens e a fazer manifestações. Gostava de de o ver também a cuidar, a ter o simples trabalho de os cuidar, de colher os fenos, tratar dos sistemas de agua, das rações, noites por dormir quando estão doentes, tratamentos caros que se fazem para doenças, na esperança que melhore, ( infelizmente nem algumas pessoas tem esses luxos e esses animais sim tem) e tudo estes compromissos que tem o sei ilustre tratador. Depois veja se mais uma vez tem razão para tais argumentos. certamente verá atitudes mais severas, mas deixo para pensar:" será melhor a educação de uma criança que tem tudo o que quer, sem que quando faça algo de mal a chamem a atenção, ou será um homem ( ou mulher) melhor se for corrigido quando ainda criança?" Espero telo ajudado
***
É obvio que alguém com um discurso bizarro destes, ajuda bastante a compreendermos a mente deformada dos que nascem e vivem para a crueldade, com a agravante de que estão convencidos de que eles é que têm razão, e nós nada sabemos.
Só esta de “aconselhar” a participar na criação de Touros e Cavalos e ver “quem tem maior amor por eles” é algo de uma mente completamente desequilibrada, que não tem a noção de que criar Touros e Cavalos com todos os cuidados com a finalidade de serem torturados é algo macabro, cruel, cínico, hipócrita, impróprio, insultuoso e assente numa desmedida ignorância.
Depois, o resto do discurso desta criatura é de uma total absurdez.
E a pergunta a fazer é esta: terão estes torturadores de Touros e Cavalos culpa desta ignorância entranhada no ADN deles, recusando-se a evoluir?
A resposta é não, não têm culpa.
A culpa é do nosso sistema político, dos governantes que temos, também eles, na sua maioria, absurdamente avessos à evolução.
E enquanto estiverem no Poder, partidos políticos apostados em manter a ignorância, este povinho, que vive alienado no mundo do embuste, jamais optará pela Cultura Culta, e Portugal continuará mergulhado no mais ignominioso obscurantismo.
Isabel A. Ferreira