Fiquem com uma lista de algumas das praças de touros (indicação da localidade e distrito) já extintas ou sem actividade tauromáquica.
Boa semana
Albufeira (Faro)
Algés (Lisboa)
Aljustrel (Beja)
Assumar (Portalegre)
Azaruja (Évora)
Botocas (Guarda)
Campo de Santana (Lisboa)
Cascais (Lisboa)
Cercal (Setúbal)
Crato (Portalegre)
Espinho (Aveiro)
Gáfete (Portalegre)
Leiria (Leiria)
Malveira (Lisboa)
Marinha Grande (Leiria)
Montalvão (Portalegre)
Porto – 8 praças de touros (Porto)
Póvoa de Varzim (Porto)
Rio de Moinhos (Évora)
Setúbal (Setúbal)
Veiros (Évora)
Viana do Castelo (Viana do Castelo)
Vila Real de Santo António (Faro)
Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=388487260168229&set=a.299348355748787
VilaFranquenses Anti-tauromaquia
Aprovado por maioria!
Com votos a favor PS, PCP e PSD e a abstenção do Bloco de Esquerda. Nem uma palavra pública sobre o pedido da ONU a Portugal de afastar as crianças da actividade tauromáquica, nem uma palavra pública sobre quanto mais esta promoção tauromáquica vai custar às gentes de Vila Franca de Xira, em plena pandemia! Sabemos ao que vamos e o que esperar desde grupo de 11 que supostamente representa todos os vila-franquenses!
REUNIÃO DE CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA
Amanhã, dia 14 de Abril de 2021, o executivo municipal leva a proposta de adesão do Município à recentemente criada Associação Portuguesa de Municípios Taurinos. É mais um estertor dos poucos municípios da secção taurina, da associação nacional de municípios, a quem lá dentro já ninguém liga puto.
Uma última oportunidade de um executivo em fim de mandato fazer aprovar mais uns dinheiros públicos a favor da promoção da barbárie. Amanhã é o dia de todos vermos se alguém daqueles 11 do executivo tem coragem de defender os interesses dos milhares de pessoas que querem a sua terra fora do circuito da violência tauromáquica. Amanhã é dia de ver se os partidos que se dizem 'amigos' dos animais, são mesmo amigos dos animais. Cá estaremos.
Fonte: https://www.facebook.com/VFXAnti.tauromaquia/photos/a.469874876376194/4207988319231479/
As estatísticas de público nas touradas fornecidas pela Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC) não são fiáveis
Comparação entre os dados do INE (Institudo Nacional de Estatística) e da IGAC ( Inspecção-geral das Actividades Culturais) em 2010
Origem da imagem:
http://basta.pt/estatisticas-publico-nas-touradas-nao-sao-crediveis/
O PAN acaba de apresentar uma iniciativa legislativa que pretende que o tratamento de dados estatísticos referentes à actividade tauromáquica volte a ser atribuído ao Instituto Nacional de Estatística.
À Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC) cabe, actualmente, entre outras funções, a elaboração de um Relatório Anual da Actividade Tauromáquica. Um dos elementos constantes deste Relatório diz respeito ao número de espectadores presentes nos espectáculos realizados. No entanto, os dados relativos ao público que assiste a touradas são contabilizados através de uma estimativa por observação, ou seja, pelo “palpite” dos Delegados Técnicos Tauromáquicos, que em cada espectáculo tauromáquico indicam sem contabilização alguma o número de espectadores presentes na praça de touros. Tal como assume a IGAC nos Relatórios Anuais da Actividade Tauromáquica: “o número de espectadores é apurado por estimativa de ocupação através da verificação efectuada pelos Delegados Técnicos Tauromáquicos e com base na lotação definida pela IGAC”.
Fica demonstrado que as estimativas realizadas pela IGAC apresentam resultados muitíssimos empolados face à realidade.
Até 2010 a estatística do número de espectadores que assistia aos Espectáculos Tauromáquicos era feita por duas entidades, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a IGAC, que utilizavam métodos diferentes de contabilização e registo. O INE fazia a contabilização através do número de bilhetes vendidos e oferecidos, o que aliás continua a fazer para os museus, para os espectáculos ao vivo e para o cinema ou para o teatro. A partir de 2011 a IGAC passou a ser a única entidade a realizar as estatísticas da actividade tauromáquica em Portugal, não tendo por base o número de bilhetes vendidos e oferecidos, mas mera estimativa, método de uma total aleatoriedade e susceptível a erros vários.
A comparação entre os dados do INE e da IGAC entre 2000 e 2010 (em anexo) revela a falta de rigor e de credibilidade com que estes dados têm sido apresentados aos portugueses. Verifica-se uma diferença abissal entre o número de espectadores identificados pelo INE, com base nos bilhetes vendidos e oferecidos, e pela IGAC, demonstrando duas realidades completamente diferentes. As estimativas “a olho” efectuadas pela IGAC revelam sempre números de espectadores duas a quatro vezes superiores relativamente aos contabilizados pelo INE, através da bilhética. Fica demonstrado que as estimativas realizadas pela IGAC apresentam resultados muitíssimos empolados face à realidade.
A título de exemplo, no ano de 2005, o INE registou 120.864 bilhetes vendidos e oferecidos, já as estimativas da IGAC indicaram que 503.542 espectadores tinham assistido aos espectáculos, uma gritante diferença de público extrapolado de 417%. Não deixa também de ser assinalável que, por exemplo, no ano de 2008, a relação entre bilhetes oferecidos e vendidos é de 70%, informação que se deixou de obter devido ao fato de a IGAC não a apurar.
A Plataforma Basta alerta ainda de que, além da falta de rigor na obtenção dos números é necessário considerar que os Delegados Técnicos Tauromáquicos são habitualmente pessoas fortemente ligadas ao meio tauromáquico, podendo não estar aptos por falta de isenção a esta função, uma vez que existe uma preocupação assumida no meio em esconder o crescente desinteresse dos portugueses pelas touradas.
Esta análise permite concluir que a contabilização feita pela IGAC não produz resultados fidedignos, uma vez que é feita “a olho”, não se compreendendo qual o motivo para o INE ter deixado de realizar as estatísticas da tauromaquia, como o fazia até 2010, tendo sido esta a única actividade cujos dados deixaram de constar das suas publicações. Para além disso, existe uma clara diferença de tratamento entre a actividade tauromáquica e as restantes no que diz respeito a esta matéria, parecendo que se quer ocultar informação relativa ao crescente desinteresse dos portugueses por este espectáculo.
Fonte do texto:
(Aviso: este texto foi corrigido para a grafia portuguesa em vigor (a de 1945), via corrector automático, visto a aplicação do AO90 ser ilegal, em Portugal, e este Blogue não pactuar com ilegalidades).
Caros amigos,
O Orçamento Participativo de Portugal (OPP), edição 2018, já arrancou, e a votação começou hoje, dia 11 de Junho.
O projecto Portugal sem Touradas (PST), fruto de uma iniciativa de cidadãos que visa inspirar o pensamento crítica sobre a actividade tauromáquica junto da população portuguesa, sobretudo dos mais jovens, é um dos muitos projectos a concorrer ao OPP. Podem visitar a nossa página de projecto em: https://opp.gov.pt/proj/761
Entre várias campanhas e actividades que temos previsto concretizar, caso o projecto seja eleito pelos cidadãos, estão:
Contamos com o vosso apoio para tornar este projecto numa realidade, nos próximos dois anos! Vamos conjuntamente pôr fim à tauromaquia em Portugal!
Podem apoiar esta iniciativa divulgando o projecto nas vossas redes sociais e apelando ao voto, seja através do website, em https://opp.gov.pt/proj/761, ou por SMS, através do envio de mensagem gratuita para o número 3838, com: OPP <espaço> <761> <espaço> <Número de Identificação Civil>.
Alternativamente, poderão ajudar partilhando a nossa publicação: https://www.facebook.com/redeportugalsemtouradas/photos/a.395217411992.170442.248592866992/10155351590726993/?type=3&theater
Muito obrigado pelo vosso apoio!
Nuno Alvim
A equipa PST
Rede de Cidadania pela Abolição da Tauromaquia
Eis o conteúdo de um e-mail que enviei a Vossas Excelências no passado dia 31 de Agosto:
Com os meus cumprimentos,
Ao cuidado da IGAC – A praça de touros amovível no Carregado foi montada com todas as exigências do RET?
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/ao-cuidado-da-igac-a-praca-de-touros-673322
Isabel A. Ferreira
No qual formulei a seguinte pergunta:
Estarão a ser cumpridas as regras do novo RET (segundo o qual desde 12 de Agosto de 2016 é obrigatória a instalação de curros?
O RET, para quem não sabe, é um vergonhoso documento que regulamenta o modo de torturar Touros numa arena, e que cabe à IGAC fazer cumprir.
Ver aqui:
Nesta foto, vemos um Touro a sair de um curro, agora obrigatório ter em todas as praças fixas e amovíveis, para ser torturado até à morte.
Até hoje, aguardo uma resposta concreta, à minha pergunta objectiva.
As que recebi foi uma espécie de “pega lá e vê se te calas”.
Entretanto, fui informada de que a tourada no Carregado se realizou (com a bênção do pároco local), mas sem os tais curros exigidos, e muito mais.
E o tal RET é bem claro a este respeito, e a um outro que, ao que sabemos, não é cumprido em parte alguma (e só vou ater-me a duas alíneas)
b) CURROS
Nota:
O abate em curro deve ser executado ou controlado por um Médico Veterinário ou técnico indicado ou designado pela DGAV, sendo os respectivos custos suportados pelo promotor do espectáculo.
c) CONDIÇÃO PARA O ABATE DAS RESES EM SALAS DE ABATE
As Praças de Touros fixas construídas após 15 de Agosto de 2014 e todas as sujeitas a intervenções que não sejam de mera conservação ou manutenção, devem dispor de condições para efectuar, no local, o abate das reses lidadas.
***
Todos sabemos que no Carregado, ou seja em que localidade for, em praças amovíveis e também em muitas fixas, não há curros, não há médicos-veterinários e não há salas de abate no local, onde os Touros moribundos possam ser abatidos conforme consta no RET, com a dignidade que merece um ser vivo, que está a sofrer atrozmente.
Repito: É à IGAC que cabe fazer cumprir estas alíneas.
Uma vez que o RET, que devia ser RAT (regulamento de actividades - e não espectáculos - tauromáquicos, porque um espectáculo é, por definição, uma exibição pública de actividades artísticas tais como peças de teatro, filmes, bailados, concertos, variedades, não constando aqui a tortura de touros) existe, e é para ser cumprido. Certo?
Uma vez que existe a IGAC, a IGAC deve inspeccionar os locais onde se vão realizar essas actividades tauromáquicas e garantir que o RET é cumprido. Certo?
Quando vos enviei o e-mail a perguntar se a arena amovível que foi montada no Carregado em pleno centro urbano, incluía os tais curros obrigatórios, recebi como resposta que acusaram a recepção do meu e-mail, e relativamente à denúncia fui informada que de que a mesma foi encaminhada à respectiva área de fiscalização, para os devidos efeitos.»
Como a minha pergunta não ficou esclarecida, enviei um outro e-mail a solicitar que me fosse enviado o RESULTADO PRÁTICO desta minha denúncia, que sei não ter sido a única.
Foi-me enviada a seguinte resposta:
«Informa-se V. Exa que a avaliação das condições associadas ao acondicionamento das reses nas praças amovíveis é da competência da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sendo a autorização de instalação de praças desta natureza da autarquia que tutela o espaço onde o espectáculo ocorre.
Mais se informa que inspecção-geral, no que se refere a espectáculos em praças amovíveis, apenas dá sequência a processos de licenciamento de espectáculos tauromáquicos, previstos na legislação em vigor, em praças desta natureza, após avaliação da DGAV.»
Perante esta resposta surpreendente, enviei novo e-mail com o seguinte conteúdo:
«Exma. Senhora,
Desculpe a insistência, mas não é à IGAC que cabe inspeccionar os locais onde irão realizar-se essas práticas, onde animais vivos vão ser manipulados?
Não caberá à IGAC fazer cumprir o RET?
A competência da DGAV não diz respeito ao "espectáculo" em si.
Temos a certeza de que as praças amovíveis montadas por aí, NÃO CUMPREM o regulamento.
Daí a minha insistência.»
***
A partir daqui, não obtive mais nenhuma resposta.
A tourada realizou-se. Sem curros. Garantiram-nos. É verdade?
Os animais feridos não foram mortos nas salas de abate no local. Não esteve lá qualquer veterinário… É verdade?
O padre da paróquia ficou muito feliz. Isto sabemos que é verdade.
Os que assistiram à barbárie também. Isto também é verdade.
Mas nós, defensores dos animais e também do RET (uma vez que ele existe) exigimos saber a verdade quanto à legalidade desta tourada.
Porquê?
Primeiro - Porque os funcionários da IGAC recebem salários oriundos dos nossos impostos, para inspeccionar, e nós, como pagadores, temos o direito de exigir eficiência a quem pagamos o salário.
Segundo – É exigível, no mínimo, que sejam as autoridades a dar o bom exemplo de competência e cumprimento da lei.
Por isso, reformulo a minha pergunta:
A IGAC inspeccionou a arena amovível montada em plena área urbana, no Carregado, e atestou se foram cumpridas estas duas alíneas do RET?
b) CURROS
Nota:
O abate em curro deve ser executado ou controlado por um Médico-Veterinário ou técnico indicado ou designado pela DGAV, sendo os respectivos custos suportados pelo promotor do espectáculo.
c) CONDIÇÃO PARA O ABATE DAS RESES EM SALAS DE ABATE
As Praças de Touros fixas construídas após 15 de Agosto de 2014 e todas as sujeitas a intervenções que não sejam de mera conservação ou manutenção, devem dispor de condições para efectuar, no local, o abate das reses lidadas.
***
Aguardando uma resposta, desta vez, objectiva (por favor) envio os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Tenha a classe política a coragem para acompanhar o desejo de não-violência e de não-discriminação da esmagadora maioria dos portugueses
No início de um novo ano, nada como trazer um tema tão antigo, como polémico, mas cada vez mais consensual entre os portugueses: o da actividade tauromáquica, uma indústria que, nos dias de hoje, sobrevive com balões de oxigénio do Estado através de inúmeros apoios e subsídios.
Tenho sido frequentemente questionado sobre se acredito mesmo ser possível abolir as touradas num país com esta “tradição” e não me canso de responder que é possível. Tenha a classe política a coragem para acompanhar o desejo de não-violência e de não-discriminação da esmagadora maioria dos portugueses.
O país pede uma evolução civilizacional e ética em relação a este assunto e as tradições reflectem o grau de evolução de uma sociedade, logo, não é mais aceitável que a tortura de animais seja considerada uma tradição. Portugal faz parte dos escassos oito países do Mundo que ainda lidam bovinos na arena. Mais de 90% dos portugueses não assiste a touradas, segundo dados oficiais da Inspecção Geral das Actividades Culturais, e as corridas de touros têm vindo a perder milhares de espectadores todos os anos.
Uma indústria de poucas famílias claramente em declínio que apenas sobrevive devido aos subsídios retirados do erário público que se contabiliza, numa estimativa conservadora, em pelo menos 16 milhões de euros anuais.
O fim destes eventos não é uma questão de “se” mas “quando”. Cada vez há mais países e cidades onde as touradas são abolidas e é compreensível, dita a História, que todas as tradições cruéis e anacrónicas vão sendo abolidas com a evolução das consciências. Na tauromaquia, há uma clara colisão de interesses: o de o animal não sofrer (direito primário) e de diversão por parte dos aficionados (direito cultural secundário). As pessoas têm muitas formas de satisfazer o seu próprio interesse e direito cultural sem que tenha que passar necessariamente por infligir sofrimento aos animais.
Posto isto, os argumentos “tradição e identidade nacional” perdem totalmente a sua força. Esta dita “tradição” representa o status quo de uma minoria resistente à evolução ética e moral, que defende uma cultura do sangue, uma cultura do sofrimento, uma cultura da morte, e que provoca uma enorme repulsa à maioria dos portugueses.
A tauromaquia transformou-se numa indústria que, ao invés de operar no mercado com as regras concorrenciais de qualquer outra actividade económica, vive à custa do dinheiro dos contribuintes. A falta de coragem política, com os inaceitáveis apoios financeiros e institucionais atribuídos pelo governo e pelos municípios, dá cobertura e perpetua esta indústria em agonia, uma prática que viola normas comunitárias em vigor no nosso ordenamento jurídico.
A União Europeia vem dizer que só podem ser atribuídas verbas se as normas de bem-estar animal estiverem cumpridas, o que não é o caso. Amplamente reconhecido o sofrimento do animal no decurso do espectáculo, a própria Lei 92/95 reconhece que a tourada é uma actividade que provoca sofrimento aos animais. E, portanto, para além de todas as evidências científicas, o sofrimento é reconhecido pelo legislador.
Precisamos repensar onde queremos alocar recursos de todos nós que podem ser utilizados em áreas bem mais determinantes na nossa sociedade como a saúde e a educação, por exemplo.
Muito me espanta, neste início de campanha para as Eleições Presidenciais, que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, considerado um homem do mundo, das letras e tão ligado ao baluarte da educação, continue a defender publicamente o seu apoio a estas práticas bárbaras e cruéis e que não se impressione com a tortura destes animais nas praças, tão-somente porque fizeram parte do seu crescimento, conforme o próprio assumiu em entrevistas sobre este assunto.
Imaginemos o cenário, e tentando alcançar a perspectiva deste candidato à presidência da República, será que se nunca tivéssemos evoluído como espécie, continuaria a escravatura ou as discriminações de género a serem aceitáveis porque fez parte da nossa educação e crescimento ou da tradição das nossas famílias?
Continuo a defender que os portugueses querem outro tipo de política e de políticos, certamente audaz e incómoda para muitos, mas muito mais em linha com a promoção de prosperidade social onde têm lugar a defesa do real bem-estar das pessoas e dos animais, em equilíbrio com a natureza.
O ano começa com a crença reforçada de que as mudanças já estão a acontecer, com os cidadãos a exigirem transformações efectivas e a desejarem uma sociedade sadia, evoluindo como todo!
Nota: Texto escrito em pré-acordo ortográfico
André Silva
Porta-voz e Deputado do PAN Pessoas – Animais – Natureza
Link da notícia:
http://www.oje.pt/tauromaquia-um-negocio-financiado-pelos-contribuintes/
Lisboa, 29 de Abril de 2015 – O PAN – Pessoas-Animais-Natureza acaba de apresentar uma queixa ao provedor de justiça no âmbito da aprovação da Proposta de Lei n.º 209/XII (3ª), expondo as suas preocupações com a compatibilidade daquele diploma com os direitos fundamentais intrínsecos das crianças.
Segundo aquele diploma, as actividades de artista tauromáquico e auxiliar podem ser exercidas por menores de 18 anos e por crianças menores de 16 anos mediante autorização da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Comissão, essa que, a par de outras entidades, reconheceu que a actividade tauromáquica “pode colocar em perigo crianças e jovens” (in Circular n.º 4/2009).
A Amnistia Internacional emitiu parecer no mesmo sentido. Mais expressivo ainda, é o parecer da Comissão de Regulação do Acesso a Profissões, que recomendou que, tendo a legislação fixado a escolaridade obrigatória até aos 18 anos, então também só deveriam participar neste tipo de actividades indivíduos cuja escolaridade obrigatória esteja já cumprida. Para além disso, a idade mínima de 16 anos corresponde à idade mínima de admissão ao trabalho subordinado (n.º 2 do art. 68.º do Código do Trabalho).
«A tourada é uma actividade violenta e, como tal, deve estar sujeita às mesmas restrições etárias que outras actividades de natureza artística e outros divertimentos públicos considerados violentos. Nomeadamente, não faz sentido proibir um menor de 18 anos de assistir a um filme de ficção no cinema, mas depois permitir que uma criança de 12 anos esteja envolvida na morte de um animal, seja por frequentar a escola de toureio, seja por assistir à morte de um animal para mero entretenimento de quem assiste», defende André Silva, porta-voz do PAN.
Diversos estudos a que o PAN recorreu para elaborar a queixa ao provedor confirmam que a exposição das crianças a violência explícita provoca efeitos significativos no seu desenvolvimento, donde resulta a necessidade de proteger os menores de tais impactos, como manda a Constituição.
No que diz respeito especificamente ao trabalho infantil, o Comité de Direitos da Criança, já expressou a sua preocupação ao referir que «O Comité (…) continua profundamente preocupado com o envolvimento persistente de crianças em trabalhos perigosos e/ou degradantes como o trabalho agrícola em culturas ilegais, tráfico de drogas, mineração ilegal e touradas».
Face ao exposto, o PAN conclui que o diploma em causa enfrenta uma série de constrangimentos legais nacionais e internacionais mas, mais importante que isso, efectivamente revela uma desconsideração pelos direitos fundamentais das crianças a um desenvolvimento saudável.
Importa ainda referir que, no âmbito do supra mencionado processo legislativo, foram ouvidas as seguintes entidades: Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide; Associação Nacional dos Grupos de Forcados; Associação Nacional de Toureiros Portugueses; Associação Nacional de Empresários Taurinos; Secretário de Estado da Cultura e Presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados.
Não foi ouvido um único representante dos direitos das crianças, o Comité dos Direitos da Criança da ONU, assim como não foi ouvida nenhuma ONG que defenda os direitos de animais humanos e não humanos.
Fonte:
http://www.pan.com.pt/comunicacao/noticias/item/573-provedor.html
***
Apenas umas dúvidas:
Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide; Associação Nacional dos Grupos de Forcados; Associação Nacional de Toureiros Portugueses; Associação Nacional de Empresários Taurinos são ENTIDADES de quê?
O secretário de estado da cultura acima mencionado é secretário de estado de que CULTURA?
Não foi ouvido um único representante dos Direitos das Crianças, o Comité dos Direitos da Criança da ONU, assim como não foi ouvida nenhuma ONG que defenda os direitos de animais humanos e não humanos, porquê?
«A tauromaquia é a única actividade cultural que não recebe subsídios do Estado».
in «Correio da Manhã», 28 de Janeiro de 2012
GRANDES MENTIROSOS!
Actividade "cultural"?
CULTURAL? Sim, talvez! Cultura da violência, da crueldade, da morte...
A crise instalou-se na actividade tauromáquica não por causa da actual crise económica que afecta Portugal e o mundo.
A crise instalou-se na actividade tauromáquica, porque esta está em franca DECADÊNCIA.
ESTÁ MORIBUNDA.
É COISA DO PASSADO.
É UMA ACTIVIDADE COM MORTE ANUNCIADA E QUE SÓ DESPRESTIGIA QUEM A SUSTENTA: GANADEIROS, TOUREIROS, FORCADOS, AFICIONADOS, ESTADO PORTUGUÊS...