Exma. Senhora Ministra,
Li numa notícia intitulada Ministra Ana Catarina Mendes critica "azedume e ressentimento" de Cavaco Silva :
que «a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares considera que o ex-Presidente da República Cavaco Silva revela "azedume e ressentimento" perante o país e defende que um ataque à interrupção voluntária da gravidez atinge os valores civilizacionais.»
Desde quando MATAR filhos no ventre materno, um santuário de vida, é um “valor civilizacional”?
Os filhos têm de ser desejados. É um facto. Quando desejados, os progenitores fazem tudo para que a fecundação aconteça, e quando acontece, vangloriam-se de que estão à espera de um FILHO, que só é FILHO se é desejado. Se NÃO é desejado, mas o DESEJO sexual fala mais alto, e a fecundação acontece, aqui-d' el-rei que o resultado da fecundação NÃO é um filho, portanto, há que MATAR a "coisa" que apareceu no santuário de vida - o útero de todas as fêmeas, e os progenitores que se DESEJARAM, mas NÃO desejaram o filho, acham que têm o DIREITO de matar o ser humano INDEFESO, fruto do desejo SEXUAL deles, e que se fosse desejado, seria chamado de FILHO, logo à primeira semana.
Matar os filhos no ventre materno NÃO é um valor civilizacional. É um acto cobarde. É um assassinato, como outro qualquer. E isto nada tem a ver com religiões, as religiões só atrapalham, mas tão-só com a ÉTICA, com valores morais, valores maternais, valores humanos.
Pense nisso. O caminho não é MATAR o filho indesejado, mas fazer sexo protegido.
E é isso que se deve passar às cidadãs, e não a permissão de se MATAR seres vivos indefesos, crianças humanas, dentro do ventre materno, algo que só a fêmea da espécie humana faz.
Um cidadão, a propósito de um texto meu, anti-tourada, enviou-me o seguinte comentário:
«Assinei a petição contra o aborto e eutanásia. O PAN é contra as touradas, mas favorece a morte de seres humanos. VAMOS TODOS APOIAR as touradas.»
Ele pensou que eu fosse militante do PAN, e eu, que sou apartidária, mas não apolítica, portanto, sou LIVRE, respondi-lhe o seguinte:
«Saiba que NÃO é da inteligência, nem do bom senso, nem do senso comum, justificar uma BARBÁRIE (touradas) com outra BARBÁRIE (matar filhos no ventre materno, ou matar seres humanos em estado terminal de vida, quando existem cuidados paliativos).
MATAR ou TORTURAR seres vivos INDEFESOS, seja em que circunstância for, é um acto BÁRBARO, cruel, violento, desumano e INDIGNO de seres que se dizem HUMANOS.
Saiba também que o PAN NÃO representa a HUMANIDADE.
Portanto, os apoiantes de touradas tratem de EVOLUIR.
E os que são a favor de MATAR os FILHOS dentro do Santuário da VIDA, que é o ÚTERO de qualquer fêmea na Natureza (mas apenas as fêmeas que se dizem da espécie humana é que o fazem), ou MATAR (porque a eutanásia é efectuada por um terceiro, fazendo desse terceiro um assassino) seres humanos, já no fim da vida, como quem DESCARTA algo que já não presta, NÃO estão a praticar um acto HUMANO.
A “CULTURA DA MORTE” é algo que não pertence aos Valores HUMANOS. E isto nada tem a ver com religião, mas com a essência de um ser humano evoluído, algo que está a esvair-se pelos canos de esgoto, como se fosse um excremento.
Se tem substância cinzenta dentro do seu crânio, pense nisto!»
Gostaria que a Senhora Ministra também pensasse nisto, porque no rol dos Valores Civilizacionais, MATAR seres vivos indefesos, NÃO tem nenhuma alínea.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Recebi um texto de Artur Soares, “Escritor d’Aldeia”, e que aqui reproduzo.
«PARA QUE CONSTE
Toiradas/aborto
O matador do touro na arena, pode ser homem bondoso e honesto. Dúvidas, também se podem colocar naqueles que gostam de assistir a tal massacre. E matar o touro na arena, é arte com certeza; mas desejar vê-lo morrer, pode ser falta de chá ou de sensibilidade;
Os portugueses atentos, os não feirantes nem alienados perante a vida social que teimam impor, conhecem as razões porque a lei do aborto em Portugal mata aos ziguezagues – a torto e a direito – porque todos, indirectamente, pagam para tais serviços, tais birras ou políticas cancerígenas;
Neste nosso enfadonho país em tantas coisas da vida social, hipocritamente chamam criminosos aos matadores de touros na arena. E aos que defendem o aborto e aos que defendem a liberdade de abortar, chamam-lhes democratas e progressistas. Foi pena – para tais defensores e decretantes – que não tivessem tido umas mães libertadas, que lhes fechassem as pernas ao nascer.
(In BICADAS DO MEU APARO – Artur Soares – escritor d’Aldeia)
(O autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico)»
***
Senhor Artur Soares, não sei se interpretei bem ou mal o seu texto. é um textoi dúbio, que tanto dá para um lado, como para o outro.
Caso o tenha interpretado mal o texto, aqui deixo uns reparos.
Vamos por partes.
Primeira parte:
O matador do Touro na arena jamais será bondoso e honesto, e muito menos um homem.
O matador do Touro na arena é uma criatura com aspecto humano, mas não passa de um ser desumano com instintos assassinos. Os seres humanos bondosos e honestos jamais irão torturar e matar seres sencientes, indefesos, inocentes e inofensivos, e previamente enfraquecidos, para uma arena, com o intuito de divertir os sádicos. Isso é coisa de psicopatas, algo bastamente estudado pelas Ciências do foro mental.
Matar um Touro na arena jamais foi um acto artístico, mas sim, um acto cruel, violento, sanguinário, cobarde, perpetrado por gente que sofre de graves deformações mentais, devido à miséria moral, social e cultural em que foi criada.
Os que assistem e gostam de tais actos, são sádicos, e babam-se ao ver SOFRER um ser vivo, seja ele humano ou não-humano. Gostam de ver sangue, esgares, estertores da morte, tudo isso englobado numa descomunal demência colectiva, também provocada pela miséria moral, social e cultural em que foram criados.
Nesta imagem fica explicado que uma pessoa do bem e de bem, jamais se regozija ao ver um torturador de touros morrer na arena. Essa morte pode ser-lhe indiferente, como são indiferentes as mortes dos terroristas, dos assassinos em série, dos que andam por aí a fazer mal à Humanidade. Ninguém chora essas mortes, a não ser a família. O mundo sente alívio e apenas diz que é menos um a espalhar o mal.
Os tauricidas correspondem aos terroristas dos Touros. E quando um desses tauricidas morre na arena, diz-se que é menos um a fazer mal aos Touros. E isto não é sinónimo de regozijo. Mas de alívio.
A insensibilidade, deixamos para os que torturam Touros e se regozijam (esses sim) com o sofrimento atroz deles, dos Touros).
Segunda parte:
Já vimos que a tauromaquia é uma estupidez assente na mais profunda ignorância. Tentar justificar esta estupidez com a chacina de crianças no ventre materno, o que socialmente se designa por aborto ou interrupção voluntária da gravidez, é algo que me deixou perplexa.
E ainda bem que falou nisto.
Oito semanas: o embrião cresce a uma velocidade impressionante, protegido pelo saco fetal.
Origem da foto:
https://manuelhborbolla.wordpress.com/2015/05/30/la-vida-fetal-y-nuestro-origen-remoto/feto-13/
Uma estupidez jamais pode ser justificada através de outra estupidez.
Não se misture a carnificina dos Touros, com a discussão da chacina de inocentes seres vivos dentro do santuário da vida, que é o útero de uma mulher.
A cobardia é igual. Matam-se seres indefesos, inocentes e inofensivos, unicamente por interesses dos mais variados. E tanto condeno a chacina de um Touro indefeso, inocente e inofensivo numa arena, como condeno a chacina de um ser, a quem chamariam filho (se o deixassem nascer) também indefeso, inocente e inofensivo dentro do útero materno, um lugar que deve ser de vida e não de morte.
Isabel A. Ferreira
A propósito de um comentário ao texto de André Silva (deputado do PAN) sobre a caça.
Origem da imagem: Internet
Monteiro, deixou um comentário ao post «Não gosto de caça: serei extremista?» às 19:59, 2017-02-03.
Comentário:
Infelizmente, o PAN, que tanto ama os animais (e bem), anda a promover a eutanásia e outras formas de extermínio dos humanos (de CERTOS humanos). A Guerra os Humanos: https://www.youtube.com/watch?v=jqu_Xv12Cc4 Sou contra a tourada, mas não sou contra os seres humanos.
***
Monteiro:
As pessoas inteligentes têm obrigação de PENSAR um pouco antes de comentar.
Têm obrigação de saber discernir as coisas. De separar as águas.
O seu comentário peca por misturar alhos com bugalhos.
Não sou advogada, e o PAN não me encomendou nenhuma defesa, mas abomino injustiças e esta vossa mania de confundir as coisas e de ver chifres em cabeça de cavalos.
De uma vez por todas: quem é defensor dos animais, obviamente é defensor dos animais humanos e dos animais não-humanos, na mesma medida. Repito: na mesma medida.
Animais somos todos nós, e todos nós temos direito à vida. E a vida será sagrada para cada um, de igual modo: do cão ao gato; da formiga ao piolho; do homem ao touro.
Ninguém anda a promover o “extermínio” dos humanos. E a eutanásia é algo que só diz respeito a quem a quiser cometer. O PAN (e não só o PAN) está a defender a Descriminalização da Eutanásia, para que esta possa ser realizada sem culpa, e as pessoas que desejem morrer (e apenas essas) com dignidade, o façam legalmente, e não às escondidas, ou suicidando-se aí pelos cantos… (Digo isto assim, porque isto é assim, mas não sou a favor da eutanásia).
O PAN (e não só) não pretende “exterminar” ninguém. Isto é uma ideia absolutamente primária, de quem não sabe o que diz.
Se essa lei for aprovada, ainda que a ideia fosse “exterminar” pessoas, (e este termo é seu e está bastante mal aplicado neste contexto, no contexto do ABORTO o termo que empregou está mais adequado e, aí sim, extermina-se seres vivos, sem o consentimento deles) não seriam “exterminadas” se elas não quisessem. Também sou contra o aborto.
Ninguém obrigará ninguém a cometer eutanásia. Isto é um problema de consciência de cada um: dos que querem ser eutanasiados e dos que eutanasiarem.
O vídeo que apresentou é tão estúpido, mas tão estúpido que chega a ser irracional, mais irracional do que se tivesse sido realizado por um rinoceronte que, esse sim, é um animal racional e jamais confundiria os conceitos.
E outra coisa: quem é contra as touradas obviamente é a favor dos seres humanos. Uma coisa está ligada à outra como unha e carne.
Não sei de onde foi tirar essa ideia estapafúrdia de que se se é contra as touradas é-se contra os seres humanos. É a coisa mais idiota que já ouvi na vida.
Talvez a sua confusão resida no facto de um defensor dos animais não considerar (eu não considero) “ser humano” a besta humana, que tortura e sente prazer em torturar animais: humanos e não-humanos, porque a besta humana também se deleita a torturar seres humanos (veja-se o que os tauricidas e os caçadores fazem connosco: torturam-nos a alma, com as suas práticas mórbidas, cruéis, violentas e cobardes).
A besta humana é um hominídeo que ainda não evoluiu. Mas daí a dizer que queremos “exterminá-los” vão milhares de anos-luz.
O que queremos é que a besta humana evolua.
O problema é que a besta humana recusa-se a evoluir, e isso tira-nos do sério, pelo menos a mim. A ignorância optativa tira-me do sério.
Fui clara?
Isabel A. Ferreira
O Estado português promove a “cultura” da violência, da crueldade e da morte de seres que não podem defender-se, financiando essa matança.
É assim com os seres humanos, mas também com os seres não-humanos.
Será esta uma competência de um Estado de Direito?
Imagem do rosto de uma criança humana (isto não é um invólucro), assassinada no santuário da vida, que é o útero da própria mãe.
O Estado português está a construir um país de velhos.
Uns, já nascem imbuídos de uma velhice ancestral, que passa de geração em geração, sem que lhes dêem oportunidade de crescerem e pensarem como jovens, e são condenados a viver como velhos.
Outros são assassinados antes que lhes dêem oportunidade de nascer.
Cada vez nascem menos crianças em Portugal.
Umas, porque não são geradas, por falta de meios.
Outras, porque são mortas antes de nascerem, com todos os meios à disposição.
Que “política” será esta?
Vejam imagens de seres humanos, que foram cobardemente assassinados no ventre materno, um acto a que chamam "aborto", aqui:
http://abortoemportugal.blogspot.pt/2012/09/fotos-de-bebes-abortados-grafico.html
E depois digam de vossa justiça.
Eu, que pertenço a um outro mundo, não compreendo.
Isabel A. Ferreira
Hoje estou revoltada.
Hoje vou dedicar este texto àquelas crianças a quem o homem-predador não deu oportunidade, para que celebrassem o Dia dos Namorados com felicidade, num futuro que não existirá para elas.
O texto que se segue, da autoria de Poncho de Navarro, esmagou-me a alma, e a foto, todos os meus sentidos.
Vale a pena ler.
Isabel A. Ferreira
É um bebé indefeso como este, que as progenitoras matam no seu próprio ventre, um santuário que devia ser de VIDA e não de MORTE.
***
por Poncho Navarro
«Dois namorados tiveram relações e aos dois meses ela deu-se conta de que estava grávida. Era um rapaz.
O papá e a mamã discutiram, creio que foi por minha causa, mas fiquei quietinho.
Fevereiro: dei-te um pontapé na barriga. Desculpa-me, mamã! Foi sem querer.
A mamã e o papá discutiram novamente, e falaram sobre algo que eu não entendi, de um tal “ABORTO”, se não o papá deixá-la-ia, e a mamã, chorando suplicou-lhe que não o permitiria.
Não importa mamã, eu acompanhar-te-ei por toda a vida, por isso Deus me enviou para o teu ventre.
Março: a mamã foi ao médico. Pediram-lhe que se deitasse. Senti algo que me puxava o pezito para fora. Disseram-me que já era hora de sair, era hora de ver a minha formosa mamãzinha e acompanhá-la para sempre.
De repente!...
Mamãzinha estão a arrancar a minha perninha… mamãzinha, mamãzinha… ajuda-me! Não poderão separar-me de ti… mamãzinhaaaaa amo-teeeeeee e lutarei….
Tudo ficou em silêncio. E ouvi o doutor dizer à minha mamã. «Já está pronto, senhora, e acabou-se o seu problema.»
Perdoa-me mamã, não sabia que eu era um problema para ti. Por que me mataste mamãzinha? Não fazias ideia de quanto eu te amava!»
Poncho Navarro
Esta “gente” pretende DESCONSTRUIR o país. O futuro estará ameaçado? Vamos ser engolidos pela ignorância e irracionalidade de uns poucos?
A resposta é claramente NÃO!
Vamos dar a estocada final nesta perversão tauromáquica.
O que vemos aqui? Um cobarde a torturar uma cria de bovino. Isto não faz parte da CULTURA de nenhum país do mundo. Isto é sadismo, psicopatia, doença mental.
O torcionário Joaquim Bastinhas, neste comentário, assinalado na imagem, diz (na linguagem típica dos taurinos): «Esquerdistas de merda. São a favor de abortos, drogas e maricas e ainda tem coragem de criticar uma tradição que tanto orgulha os portugueses».
Não posso deixar passar esta oportunidade para dizer ao Bastinhas que os rótulos fascistas estão fora de moda. Vê-se logo que vive no e do passado. Não evoluiu nem um milésimo de milímetro.
Que os defensores da VIDA ANIMAL (de qualquer vida) sejam a favor do aborto é outro fantasma que persegue os tauricidas. A vida é una, e matar seres vivos, seja fora ou dentro dos ventres das mães é algo condenável à luz da racionalidade. Nem todos pensam como eu. Nem todos pensam como o Bastinhas.
Quanto a drogas… quem é a favor das drogas? O álcool é uma droga tão maléfica quanto qualquer outra, e no entanto os tauricidas são os maiores bebedores de álcool, pois só num estado adiantado de alcoolismo é que se atrevem a ir cometer as barbaridades que comentem na arena, para exorcizarem a INVIRILIDADE deles, atacando um ser muito mais VIRIL do que todos eles juntos - o Touro. Daí o ódio que todos os envolvidos nesta prática grosseira lhe dedicam.
E estes é que são os verdadeiros maricas. Os outros são homossexuais, que nada têm a ver com as mariquices dos torcionários. Até o Papa Francisco compreende estas opções. Mas não as mariquices.
Quanto à coragem de criticar uma aberração que nunca pertenceu à “classe” das tradições e que empavona (orgulho é outra coisa) apenas uma minoria irracional de portugueses, temos o dever de ter essa coragem.
A esmagadora maioria REJEITA a tauromaquia.
É preciso que isto fique bem claro.
***
«Uns certos políticos e uma ínfima parte da sociedade deste país, fecham os olhos perante um dos actos mais selvagens e cruéis da raça humana, algo que nos envergonha só de pensar que quem os comete é da mesma espécie que nós. Estes selvagens que se dizem civilizados, como se demonstra nesta foto, continuam mais atrasados espiritual e intelectualmente que qualquer calhau granítico existente na serra da estrela.» (Cândido Coelho)
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