Quarta-feira, 4 de Junho de 2025

Conclusão da entrevista de Gouveia e Melo à TVI: nem tudo são rosas no seu currículo, o seu grande defeito é o que era a grande virtude de Salazar, porque ao menos este sabia escrever correCtamente, e o Almirante optou pela grafia mutilada do AO90

 

Maria Alzira Seixo.PNG

 

Vou transcrever aqui a análise publicada no Facebook, que João Cruz fez à entrevista que o Almirante Gouveia e Melo concedeu à TVI/CNN, com a qual concordei, na sua generalidade, tendo apenas um reparo a fazer.

 

Aguardei esta entrevista com grande expectativa, porque só sabia três coisas acerca do Almirante: que ele foi muito eficiente ao coordenar a vacinação durante a pandemia da Covid-19; que ele levava à risca a sua missão na Marinha, cumprindo as regras, as leis e o seu DEVER escrupulosamente; e que NÃO grafava correCtamente a sua Língua Materna, a Língua Portuguesa, requisito essencial num Presidente da República, a ser, tendo aderido ao ilegal e inconstitucional acordo ortográfico de 1990 (AO90), que viola a Constituição da República Portuguesa (CPR).

 

Além isso, se for eleito Presidente da República será seu DEVER defender a CPR, algo que o ainda PR, Marcelo Rebelo de Sousa, não fez, e, para tal, terá de eliminar o ilegal e inconstitucional AO90, a peste negra que contamina a qualidade do Ensino, em Portugal, país que está a perder a sua identidade linguística e a sua condição de País livre e soberano.

E isto, para um Almirante a ser Presidente da República Portuguesa, não será coisa de  pouca monta, para desprezarabo. Penso eu!

Isabel A. Ferreira

 

Gouveia e Melo.png

 

Texto de João Cruz

 

Henrique Gouveia e Melo deu hoje a sua primeira entrevista pública à CNN/TVI. Para quem achava que só quem tirou os cursos da política é que pode ser presidente da república, as esperanças caíram por terra, e já devem ter ficado a perceber que Gouveia e Melo está bem preparado para os enfrentar e, provavelmente, pronto para "os meter no bolso". Frequentámos a mesma "Alma Mater" durante 4 anos e as características que lhe conheci há 45 anos não mudaram. É claro a expor, é disciplinado, e não tem medo de ter opinião. Dificilmente perderá estas eleições, não só por se ir confrontar com palradores teatrais, como por ir suceder a um presidente que cansou pelo estilo. Não é comparável a ninguém nem quer ser.

 

Na entrevista, que durou cerca de uma hora e tocou em muitos assuntos, revelou que decidiu avançar em Setembro do ano passado quando percebeu que íamos ter um Trump na América. É positivo, porque Trump faz dos "bananas" uns bonecos de trapos.

 

Não gosta de julgamentos públicos, da ausência de sigilo, e de corrupção, nem quer ser apoiado por partidos políticos ou grupos organizados. Quanto a André Ventura, talvez uns dos grandes perigos à sua candidatura, foi muito claro: não concorda com o que diz e faz, mas não deixaria de o eleger se ganhasse eleições.

 

Foi esclarecedor quanto à imigração: somos tolerantes, mas a emigração tem de ser regulada, e não queremos importar intolerância estrangeira. Aborto está decidido há muito e eutanásia é aceitável em condições muito específicas. Não defende o SMO como o conhecíamos, mas é importante que os militares que saem dos contratos façam voluntariamente reciclagens para dar corpo a um efectivo robusto em caso de necessidade. A melhor defesa é a dissuasão.

 

A cidadania nas escolas deve existir e não ser ideológica. Os governos não devem cair de qualquer maneira. A Palestina tem direito a ser um Estado e o genocídio que Israel está a levar a cabo tem de acabar.

 

O SNS não evoluiu proporcionalmente ao dinheiro investido ao longo do tempo. Não se acha o D. Sebastião nem tem uma varinha de condão, mas exercerá a magistratura de influência mantendo o foco nos principais problemas na ordem do dia pressionando o governo para arranjar soluções. Veste a camisola de Portugal e não tem medo dos outros candidatos porque não teme a democracia.

 

Gouveia e Melo teve e terá de vencer aqueles que pensam que os militares são portugueses com direitos diminuídos e que um país que tenha um militar na presidência tem algum tipo de doença.

 

Os comentadores de todas as televisões tentam a todo o custo encontrar-lhe contradições e fraquezas, mas não está a ser fácil que o povo os compreenda.

Escolheu um mandatário que podia ter evitado. Havia outros com muito mérito sem cursos de política.

 

Gouveia e Melo entrou bem e à frente dos outros todos que, se antes já tinham dificuldade em lhe morder os calcanhares, agora ainda vão ter mais dificuldade.

João Cruz

 

Fonte:  https://www.facebook.com/photo/?fbid=24770965112504014&set=a.132112583482609

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:48

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Sábado, 5 de Outubro de 2024

Referendo para abolição das touradas foi chumbado? Em pleno século XXI d. C. ainda há necessidade de falar nisto? E temos uma Assembleia da República maioritariamente representada por mentes medievais?...

 

A abolição da selvajaria tauromáquica não devia passar por referendos, mas unicamente pela consciência civilizacional dos deputados da Nação. Estar hoje a falar nisto, é sinal do atraso civilizacional em que Portugal ainda se encontra.

 

Touro em agonia.jpeg

 

Touro em extrema agonia, depois de ser bárbara e cobardemente torturado.
São a favor ou contra o que vêem nesta imagem?  Isto é pergunta que se faça, nos tempos que correm? Estaremos ainda na Idade das Trevas, onde a estupidez imperava? 

É esta selvajaria, que a Assembleia da República Portuguesa quer que se continue a perpetuar, com os dinheiros públicos? Onde está a consciência civilizacional dos deputados?
Abolição JÁ! para esta barbárie. A tortura de um ser vivo NÃO é referendável.


Do que li nas notícias, o referendo defendido pelo PAN foi rejeitado pelo Chega, CDS-PP, Iniciativa Liberal, PSD, PS e PCP, contando apenas com o apoio do BE e Livre e a abstenção de três deputados socialistas.

 

A discussão que se travou e os argumentos apresentados pelos deputados da Nação, aficionados de selvajaria tauromáquica, uma prática bárbara medieval, que não dignifica a espécie humana, foi algo que me chocou, pela pobreza, pela falta de empatia (o sentimento mais nobre do ser humano) por seres indefesos, inofensivos e inocentes; pela cobardia que caracteriza quem defende práticas bárbaras, pois só os cobardes adoram praticar, aplaudir e apoiar a tortura de seres vivos, que não podem defender-se e que não pediram para lutar nas arenas contra gente armada de bandarilhas afiadas e de espadas. É da mais VIL cobardia lutar com armas na mão contra seres desarmados (ainda por cima embolados).

 

 O PAN apresentou também um projecto de lei que propunha o impedimento da assistência e a participação em actividades tauromáquicas, a menores de 16 anos, que também foi chumbado, porque, e segundo o deputado Pedro Pinto, do Chega, «quem educa as crianças são os pais», como se assistir ou praticar a tortura de Touros fizesse parte da EDUCAÇÃO de uma criança. E a isto a CPCJ não está atenta: à educação para a violência, impingida aos filhos dos aficionados e dos tauricidas.

 

Este projecto de lei do PAN foi chumbado com os votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PCP e 17 deputados do PS, a abstenção da Iniciativa Liberal e votos favoráveis do PS, BE, PAN e Livre, enquanto a iniciativa do BE mereceu os votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PS e PCP, abstenção de sete deputados socialistas e votos favoráveis do BE, Livre, PAN e quatro deputados do PS.

 

Os diplomas foram votados depois de um vergonhoso debate sobre a protecção e bem-estar animal em Portugal, em que o tema das touradas dividiu o plenário.



Divide o plenário, mas não, a sociedade portuguesa, porque mais de 80% dos portugueses sé CONTRA a selvajaria tauromáquica.

 

Inês Sousa Real, deputada do PAN, começou a sua intervenção por classificar as actividades tauromáquicas como um «retrocesso civilizacional inqualificável» e uma «actividade cruel e atroz», referindo o que há 200 anos foi defendido nas Cortes Constituintes: este tipo de “espectáculos” tauromáquicos, são contrários às luzes do século e à natureza humana.

 

Verdade. Há 200 anos a tauromaquia foi proibida. Fez-se LUZ.

 

Mas como em tudo, em Portugal, a civilização NÃO se fixa, como noutros países, que promoviam a mesma prática, mas aboliram-na em nome da CIVILIZAÇÃO. Em Portugal, retrocedeu-se ao tempo das trevas e a selvajaria tauromáquica foi aqui reintroduzida, com contornos cada vez mais cruéis envolvidos em requintes de malvadez, e hoje, é uma das práticas mais selváticas, mas com muitos adeptos na Assembleia da República Portuguesa. Chego a pensar que muitos deputados da Nação se candidatam unicamente para proteger o lobby da selvajaria.

 

Isto é digno da mais veemente repugnância.



A intenção do PAN era deixar nas mãos do povo  a decisão de abolir ou não estas práticas selváticas, porém a maioria parlamentar chumbou esta intenção, chegando o deputado socialista Pedro Sousa, a considerar que  o debate em torno desta matéria, é sobre “o tipo de civilização que queremos”, mas também sobre “o tipo de democracia em que queremos viver”.

 

Ora os portugueses querem um tipo de civilização em que as práticas bárbaras contra seres vivos sejam a nódoa de um passado que já passou, e NÃO a nódoa do século XXI depois de Cristo. Quanto ao tipo de Democracia que queremos, obviamente, queremos uma Democracia onde a civilização e a cultura cultas sejam a nota dominante, uma vez que as práticas selváticas NÃO encaixam na ideologia democrática. Não esquecer de que essa prática bárbara era o entretenimento maior da monarquia, onde reinava a ignorância, e não havia os divertimentos civilizados que hoje existem.

 

Pedro Sousa, considerou ainda que «uma democracia robusta é aquela que permite ao povo decidir sobre a expressão da sua cultura. Não deve caber à Assembleia da República decidir sobre estas matérias», numa posição partilhada também, à direita, pela Iniciativa Liberal.

 

Mas expressão de que cultura? Se só há dois tipos de cultura: a culta e a popular. A cultura selvática e inculta dos trogloditas não se encaixa na definição de Cultura. Quando muito será a coltura dos broncos.


Além disso, já houve referendos sobre matérias não-referendáveis, como as da vida e da morte: aborto e eutanásia. Contudo, a vida e a morte não se referendam. E não cabe à Assembleia da República fazer leis que permitam decidir quem vive e quem morre. Esse argumento é irracional.

 

“O verdadeiro teste de uma sociedade livre está em permitir aquilo de que discordamos”, defendeu o deputado da Iniciativa Liberal, Mário Amorim Lopes, considerando que, “de forma natural, a sociedade caminhará, por vontade própria, para o fim das touradas”.



Não, Mário Amorim Lopes, numa sociedade livre não vale tudo!

 

 Não podemos permitir o que é pernicioso para os seres vivos que estão ao nosso cuidado. Numa sociedade verdadeiramente livre NÃO podemos permitir a pedofilia, a violação, o assassinato, a ladroagem, a corrupção, a vigarice, podemos? Discordamos de tudo isto, mas em nome da tal sociedade livre podemos aceitar tais barbaridades? 

 

A tauromaquia está no rol das coisas que são nocivas à sociedade, da qual fazem parte os animais não-humanos. E é nesta empatia por seres que NÃO têm voz para se defenderem, que está toda a grandeza da humanidade. Ouçamos Mahatma Gandhi: «A grandeza de uma Nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais não-humanos são tratados.» Quanto à Nação portuguesa essa grandeza ainda está muitos zeros abaixo de zero.

 

Os animais NÃO são brinquedos, que possam ser usados e abusados para divertir sádicos e psicopatas.

 

Na Assembleia da República há um FORCADO social-democrata (PSD):  Gonçalo Valente, que começou a dizer algo que o desqualificou imediatamente: “Eu fui forcado”. Gonçalo Valente não sabe que numa tourada, a criatura mais cobarde é o forcado, porque tortura um animal já moribundo, ferido por dentro e por fora, a sangrar, e num sofrimento atroz? Torturar um ser moribundo é COBARDIA, da mais pura e dura.


O ex-forcado teve ainda o desplante de pedir responsabilidade e tolerância para com as convicções de cada um, como se torturar Touros e Cavalos numa arena fosse uma questão de convicção!!!!

 

Não! A selvajaria tauromáquica é uma questão civilizacional, de cultura culta, de ética, de bom senso.

 

Depois veio o deputado Paulo Núncio, do CDS-PP, partido político, como não podia deixar de ser, sempre ao lado da tauromaquia, acusar o PAN de querer “determinar por decreto o que as pessoas vêem, fazem e gostam”. Como se a selvajaria tauromáquica fosse uma questão de ver, fazer ou gostar. Não estamos no tempo do Coliseu Romano ou das fogueiras da Inquisição. É do sadismo gostar de ver ou fazer sofrer um animal indefeso, e isto pertence ao foro psiquiátrico.

 

Por sua vez, Pedro Pinto, do Chega disse esta coisa insólita: «Ir a uma corrida de touros é um acto de liberdade”. Liberdade para quem? O Touro também participa na corrida. Terá a liberdade de querer ir à corrida, ser torturado?  Saberá Pedro Pinto o significado de liberdade? Não sabe. Se soubesse não diria tamanho disparate. A nossa liberdade acaba, quando começa a liberdade do OUTRO, ainda que esse outro seja um Touro. Nunca ouviu dizer?



 O BE e o Livre posicionaram-se ao lado do PAN contra a realização das touradas, mas consideram que a resposta deve passar, antes de mais, pelo fim dos apoios públicos.

 

«Se as touradas sobrevivem em Portugal é porque continuam a ser financiadas com o dinheiro público», argumentou a deputada do Livre, Isabel Mendes Lopes, enquanto o bloquista Fabian Figueiredo afirmou que «o mínimo que o Estado pode fazer é vedar a utilização do dinheiro dos contribuintes para promover uma prática arcaica».

 

O mínimo que o Estado pode fazer é vedar a utilização do dinheiro dos contribuintes para promover uma prática arcaica? O mínimo?

 

O mínimo que o Estado pode e DEVE fazer é, em nome da Civilização, ABOLIR imediatamente as práticas selváticas tauromáquicas, em todas as suas vertentes. Não é por acaso que em 196 países, que existem no mundo, apenas SETE (agora que a Colômbia se pôs ao lado da civilização) são trogloditas. Por que será?

 

O BE tinha também a votação um projecto de lei que impedia o apoio institucional à realização de touradas e outras práticas bárbaras  que inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animais, rejeitado com os votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PS e PCP, e votos favoráveis da IL, PAN, Livre, BE e 11 deputados do PS.



Votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PS e PCP! Como podemos confiar em partidos políticos que CULTUAM a morte? O culto da morte era uma prática medieval, que levava muita gente às fogueiras. Era uma tradição bárbara. Felizmente foi abolida. Se não fosse, hoje teríamos muitos deputados da Nação a serem queimados nas fogueiras.

 

Sem se posicionar quanto aos eventos tauromáquicos, Alfredo Maia, do PCP, questionou a constitucionalidade da recomendação de referendo, pela ausência de um projecto de lei concreto com vista à abolição das touradas.



Alfredo Maia, meu colega no Jornal «O Primeiro de Janeiro», então? Não o tinha como um NIM.  O mais importante desta questão é a inconstitucionalidade do referendo, ou será a abolição desta prática bárbara, que minimiza a grandeza da Nação Portuguesa?


Eu sou contra o Referendo, pelos motivos que já referi  aqui .

 

A abolição da tortura de Touros e Cavalos é uma questão que pertence à consciência civilizacional.

 

E não me venham falar que há muita gente a depender desta actividade, porque não é verdade. Os ganadeiros enchem os bolsos com dinheiros públicos. Mas se é verdade, que vão plantar hortas e pomares e searas, porque são actividades muito dignas e especialmente necessárias, porque a alimentação é uma das prioridades do ser humano, não, torturar Touros, para divertir sádicos e psicopatas.  

Isabel A. Ferreira

Fonte desta publicação:

https://observador.pt/2024/10/04/parlamento-chumba-referendo-sobre-abolicao-das-touradas/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:45

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Domingo, 5 de Junho de 2022

Carta Aberta à Ministra Ana Catarina Mendes

 

Ana Catarina Mendes.png

 

Exma. Senhora Ministra,

Li numa notícia intitulada Ministra Ana Catarina Mendes critica "azedume e ressentimento" de Cavaco Silva :

que «a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares considera que o ex-Presidente da República Cavaco Silva revela "azedume e ressentimento" perante o país e defende que um ataque à interrupção voluntária da gravidez atinge os valores civilizacionais

Desde quando MATAR filhos no ventre materno, um santuário de vida, é um “valor civilizacional”?

 

Os filhos têm de ser desejados. É um facto. Quando desejados, os progenitores fazem tudo para que a fecundação aconteça, e quando acontece, vangloriam-se de que estão à espera de um FILHO, que só é FILHO se é desejado. Se NÃO é desejado, mas o DESEJO sexual fala mais alto, e a fecundação acontece, aqui-d' el-rei que o resultado da fecundação NÃO é um filho, portanto, há que MATAR a "coisa" que apareceu no santuário de vida -  o útero de todas as fêmeas, e os progenitores que se DESEJARAM, mas NÃO desejaram o filho, acham que têm o DIREITO de matar o ser humano INDEFESO, fruto do desejo SEXUAL deles, e que se fosse desejado, seria chamado de FILHO, logo à primeira semana.



Matar os filhos no ventre materno NÃO é um valor civilizacional. É um acto cobarde. É um assassinato, como outro qualquer. E isto nada tem a ver com religiões, as religiões só atrapalham,  mas tão-só com a ÉTICA, com valores morais, valores maternais, valores humanos.


Pense nisso. O caminho não é MATAR o filho indesejado, mas fazer sexo protegido.

 

E é isso que se deve passar às cidadãs, e não a permissão de se MATAR seres vivos indefesos, crianças humanas, dentro do ventre materno, algo que só a fêmea da espécie humana faz.

 

Um cidadão, a propósito de um texto meu, anti-tourada, enviou-me o seguinte comentário:
«Assinei a petição contra o aborto e eutanásia. O PAN é contra as touradas, mas favorece a morte de seres humanos. VAMOS TODOS APOIAR as touradas



Ele pensou que eu fosse militante do PAN, e eu, que sou apartidária, mas não apolítica, portanto,  sou LIVRE, respondi-lhe o seguinte:

«Saiba que NÃO é da inteligência, nem do bom senso, nem do senso comum, justificar uma BARBÁRIE (touradas) com outra BARBÁRIE (matar filhos no ventre materno, ou matar seres humanos em estado terminal de vida, quando existem cuidados paliativos).

 

MATAR ou TORTURAR seres vivos INDEFESOS, seja em que circunstância for, é um acto BÁRBARO, cruel, violento, desumano e INDIGNO de seres que se dizem HUMANOS.

 

Saiba também que o PAN NÃO representa a HUMANIDADE.

Portanto, os apoiantes de touradas tratem de EVOLUIR.

 

E os que são a favor de MATAR os FILHOS dentro do Santuário da VIDA, que é o ÚTERO de qualquer fêmea na Natureza (mas apenas as fêmeas que se dizem da espécie humana é que o fazem), ou MATAR (porque a eutanásia é efectuada por um terceiro, fazendo desse terceiro um assassino) seres humanos, já no fim da vida, como quem DESCARTA algo que já não presta, NÃO estão a praticar um acto HUMANO.

 

A “CULTURA DA MORTE” é algo que não pertence aos Valores HUMANOS. E isto nada tem a ver com religião, mas com a essência de um ser humano evoluído, algo que está a esvair-se pelos canos de esgoto, como se fosse um excremento.

 

Se tem substância cinzenta dentro do seu crânio, pense nisto!»



Gostaria que a Senhora Ministra também pensasse nisto, porque no rol dos Valores Civilizacionais, MATAR seres vivos indefesos, NÃO tem nenhuma alínea.

 

Com os meus cumprimentos,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:58

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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2018

Para que conste que matar Touros e matar filhos são actos condenáveis à luz da Ética

 

Recebi um texto de Artur Soares,   “Escritor d’Aldeia”, e que aqui reproduzo.

 

DEFINIÇÃO.png

 

«PARA QUE CONSTE

Toiradas/aborto

 

O matador do touro na arena, pode ser homem bondoso e honesto. Dúvidas, também se podem colocar naqueles que gostam de assistir a tal massacre. E matar o touro na arena, é arte com certeza; mas desejar vê-lo morrer, pode ser falta de chá ou de sensibilidade;

 

Os portugueses atentos, os não feirantes nem alienados perante a vida social que teimam impor, conhecem as razões porque a lei do aborto em Portugal mata aos ziguezagues – a torto e a direito – porque todos, indirectamente, pagam para tais serviços, tais birras ou políticas cancerígenas;

 

Neste nosso enfadonho país em tantas coisas da vida social, hipocritamente chamam criminosos aos matadores de touros na arena. E aos que defendem o aborto e aos que defendem a liberdade de abortar, chamam-lhes democratas e progressistas. Foi pena – para tais defensores e decretantes – que não tivessem tido umas mães libertadas, que lhes fechassem as pernas ao nascer.

 

(In BICADAS DO MEU APARO – Artur Soares – escritor d’Aldeia)

 

(O autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico)»

 

***

Senhor Artur Soares, não sei se interpretei bem ou mal o seu texto. é um textoi dúbio, que tanto dá para um lado, como para o outro.

Caso o tenha interpretado mal o texto, aqui deixo uns reparos.

 Vamos por partes.

Primeira parte:

 

O matador do Touro na arena jamais será bondoso e honesto, e muito menos um homem.

 

O matador do Touro na arena é uma criatura com aspecto humano, mas não passa de um ser desumano com instintos assassinos. Os seres humanos bondosos e honestos jamais irão torturar e matar seres sencientes, indefesos, inocentes e inofensivos, e previamente enfraquecidos, para uma arena, com o intuito de divertir os sádicos. Isso é coisa de psicopatas, algo bastamente estudado pelas Ciências do foro mental.

 

Matar um Touro na arena jamais foi um acto artístico, mas sim, um acto cruel, violento, sanguinário, cobarde, perpetrado por gente que sofre de graves deformações mentais, devido à miséria moral, social e cultural em que foi criada.

 

Os que assistem e gostam de tais actos, são sádicos, e babam-se ao ver SOFRER um ser vivo, seja ele humano ou não-humano. Gostam de ver sangue, esgares, estertores da morte, tudo isso englobado numa descomunal demência colectiva, também provocada pela miséria moral, social e cultural em que foram criados.

 

DE BEM E DO BEM.png

 

Nesta imagem fica explicado que uma pessoa do bem e de bem, jamais se regozija ao ver um torturador de touros morrer na arena. Essa morte pode ser-lhe indiferente, como são indiferentes as mortes dos terroristas, dos assassinos em série, dos que andam por aí a fazer mal à Humanidade. Ninguém chora essas mortes, a não ser a família. O mundo sente alívio e apenas diz que é menos um a espalhar o mal.

 

Os tauricidas correspondem aos terroristas dos Touros. E quando um desses tauricidas morre na arena, diz-se que é menos um a fazer mal aos Touros. E isto não é sinónimo de regozijo. Mas de alívio.

 

A insensibilidade, deixamos para os que torturam Touros e se regozijam (esses sim) com o sofrimento atroz deles, dos Touros).

 

Segunda parte:

 

Já vimos que a tauromaquia é uma estupidez assente na mais profunda ignorância. Tentar justificar esta estupidez com a chacina de crianças no ventre materno, o que socialmente se designa por aborto ou interrupção voluntária da gravidez, é algo que me deixou perplexa.

 

E ainda bem que falou nisto.

 

ABORTO.jpg

 Oito semanas: o embrião cresce a uma velocidade impressionante, protegido pelo saco fetal.  

Origem da foto:

https://manuelhborbolla.wordpress.com/2015/05/30/la-vida-fetal-y-nuestro-origen-remoto/feto-13/

 

Uma estupidez jamais pode ser justificada através de outra estupidez.

 

Não se misture a carnificina dos Touros, com a discussão da chacina de inocentes seres vivos dentro do santuário da vida, que é o útero de uma mulher.

 

A cobardia é igual. Matam-se seres indefesos, inocentes e inofensivos, unicamente por interesses dos mais variados. E tanto condeno a chacina de um Touro indefeso, inocente e inofensivo numa arena, como condeno a chacina de um ser, a quem chamariam filho (se o deixassem nascer) também indefeso, inocente e inofensivo dentro do útero materno, um lugar que deve ser de vida e não de morte.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:29

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Sábado, 4 de Fevereiro de 2017

O problema é que a besta humana recusa-se a evoluir

 

A propósito de um comentário ao texto de André Silva (deputado do PAN) sobre a caça.

 

besta humana.png

 Origem da imagem: Internet

 

Monteiro, deixou um comentário ao post «Não gosto de caça: serei extremista?» às 19:59, 2017-02-03.

Comentário:

Infelizmente, o PAN, que tanto ama os animais (e bem), anda a promover a eutanásia e outras formas de extermínio dos humanos (de CERTOS humanos). A Guerra os Humanos: https://www.youtube.com/watch?v=jqu_Xv12Cc4 Sou contra a tourada, mas não sou contra os seres humanos.

***

Monteiro:

 

As pessoas inteligentes têm obrigação de PENSAR um pouco antes de comentar.

 

Têm obrigação de saber discernir as coisas. De separar as águas.

 

O seu comentário peca por misturar alhos com bugalhos.

 

Não sou advogada, e o PAN não me encomendou nenhuma defesa, mas abomino injustiças e esta vossa mania de confundir as coisas e de ver chifres em cabeça de cavalos.

 

De uma vez por todas: quem é defensor dos animais, obviamente é defensor dos animais humanos e dos animais não-humanos, na mesma medida. Repito: na mesma medida.

 

Animais somos todos nós, e todos nós temos direito à vida. E a vida será sagrada para cada um, de igual modo: do cão ao gato; da formiga ao piolho; do homem ao touro.

 

Ninguém anda a promover o “extermínio” dos humanos. E a eutanásia é algo que só diz respeito a quem a quiser cometer. O PAN (e não só o PAN) está a defender a Descriminalização da Eutanásia, para que esta possa ser realizada sem culpa, e as pessoas que desejem morrer (e apenas essas) com dignidade, o façam legalmente, e não às escondidas, ou suicidando-se aí pelos cantos… (Digo isto assim, porque isto é assim, mas não sou a favor da eutanásia).

 

O PAN (e não só) não pretende “exterminar” ninguém. Isto é uma ideia absolutamente primária, de quem não sabe o que diz.

 

Se essa lei for aprovada, ainda que a ideia fosse “exterminar” pessoas, (e este termo é seu e está bastante mal aplicado neste contexto, no contexto do ABORTO o termo que empregou está mais adequado e, aí sim, extermina-se seres vivos, sem o consentimento deles) não seriam “exterminadas” se elas não quisessem. Também sou contra o aborto.

 

Ninguém obrigará ninguém a cometer eutanásia. Isto é um problema de consciência de cada um: dos que querem ser eutanasiados e dos que eutanasiarem.

 

O vídeo que apresentou é tão estúpido, mas tão estúpido que chega a ser irracional, mais irracional do que se tivesse sido realizado por um rinoceronte que, esse sim, é um animal racional e jamais confundiria os conceitos.

 

E outra coisa: quem é contra as touradas obviamente é a favor dos seres humanos. Uma coisa está ligada à outra como unha e carne.

 

Não sei de onde foi tirar essa ideia estapafúrdia de que se se é contra as touradas é-se contra os seres humanos. É a coisa mais idiota que já ouvi na vida.

 

Talvez a sua confusão resida no facto de um defensor dos animais não considerar (eu não considero) “ser humano” a besta humana, que tortura e sente prazer em torturar animais: humanos e não-humanos, porque a besta humana também se deleita a torturar seres humanos (veja-se o que os tauricidas e os caçadores fazem connosco: torturam-nos a alma, com as suas práticas mórbidas, cruéis, violentas e cobardes).

 

A besta humana é um hominídeo que ainda não evoluiu. Mas daí a dizer que queremos “exterminá-los” vão milhares de anos-luz.

 

O que queremos é que a besta humana evolua.

 

O problema é que a besta humana recusa-se a evoluir, e isso tira-nos do sério, pelo menos a mim. A ignorância optativa tira-me do sério.

 

Fui clara?

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:53

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Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015

O Estado português financia e dá incentivos à prática de matar crianças no ventre materno

 

O Estado português promove a “cultura” da violência, da crueldade e da morte de seres que não podem defender-se, financiando essa matança.

 

É assim com os seres humanos, mas também com os seres não-humanos.

 

Será esta uma competência de um Estado de Direito?

 

17940142_wzNVq.jpeg

 Imagem do rosto de uma criança humana (isto não é um invólucro), assassinada no santuário da vida, que é o útero da própria mãe.

 

O Estado português está a construir um país de velhos.

 

Uns, já nascem imbuídos de uma velhice ancestral, que passa de geração em geração, sem que lhes dêem oportunidade de crescerem e pensarem como jovens, e são condenados a viver como velhos.

 

Outros são assassinados antes que lhes dêem oportunidade de nascer.

 

Cada vez nascem menos crianças em Portugal.

 

Umas, porque não são geradas, por falta de meios.

 

Outras, porque são mortas antes de nascerem, com todos os meios à disposição.

 

Que “política” será esta?

 

Vejam imagens de seres humanos,  que foram cobardemente assassinados no ventre materno, um acto a que chamam "aborto", aqui:

http://abortoemportugal.blogspot.pt/2012/09/fotos-de-bebes-abortados-grafico.html

E depois digam de vossa justiça.

 

Eu, que pertenço a um outro mundo, não compreendo.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:35

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Sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2014

Um crime cometido no santuário maior do ser humano: o ventre de sua Mãe

 

Hoje estou revoltada.

Hoje vou dedicar este texto àquelas crianças a quem o homem-predador não deu oportunidade, para que celebrassem o Dia dos Namorados com felicidade, num futuro que não existirá para elas.  

 

O texto que se segue, da autoria de Poncho de Navarro, esmagou-me a alma, e a foto, todos os meus sentidos.

 Vale a pena ler.

Isabel A. Ferreira

 

 

É um bebé indefeso como este, que as progenitoras matam no seu próprio ventre, um santuário que devia ser de VIDA e não de MORTE.

 

***

por Poncho Navarro

 

«Dois namorados tiveram relações e aos dois meses ela deu-se conta de que estava grávida. Era um rapaz.

 

O papá e a mamã discutiram, creio que foi por minha causa, mas fiquei quietinho.

 

Fevereiro: dei-te um pontapé na barriga. Desculpa-me, mamã! Foi sem querer.

 

A mamã e o papá discutiram novamente, e falaram sobre algo que eu não entendi, de um tal “ABORTO”, se não o papá deixá-la-ia, e a mamã, chorando suplicou-lhe que não o permitiria.

 

Não importa mamã, eu acompanhar-te-ei por toda a vida, por isso Deus me enviou para o teu ventre.

 

Março: a mamã foi ao médico. Pediram-lhe que se deitasse. Senti algo que me puxava o pezito para fora. Disseram-me que já era hora de sair, era hora de ver a minha formosa mamãzinha e acompanhá-la para sempre.

 

De repente!...

Mamãzinha estão a arrancar a minha perninha… mamãzinha, mamãzinha… ajuda-me! Não poderão separar-me de ti… mamãzinhaaaaa amo-teeeeeee e lutarei….

 

Tudo ficou em silêncio. E ouvi o doutor dizer à minha mamã. «Já está pronto, senhora, e acabou-se o seu problema

 

Perdoa-me mamã, não sabia que eu era um problema para ti. Por que me mataste mamãzinha? Não fazias ideia de quanto eu te amava!»  

Poncho Navarro

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:34

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Segunda-feira, 23 de Setembro de 2013

Sejam bastinhas, bostinhas ou bestinhas, os portugueses estão fartos da irracionalidade dos tauricidas e de quem os apoia

 

Esta “gente” pretende DESCONSTRUIR o país. O futuro estará ameaçado? Vamos ser engolidos pela ignorância e irracionalidade de uns poucos?

A resposta é claramente NÃO!

 

Vamos dar a estocada final nesta perversão tauromáquica.  

 

 

O que vemos aqui? Um cobarde a torturar uma cria de bovino. Isto não faz parte da CULTURA de nenhum país do mundo. Isto é sadismo, psicopatia, doença mental.

 

O torcionário Joaquim Bastinhas, neste comentário, assinalado na imagem, diz (na linguagem típica dos taurinos): «Esquerdistas de merda. São a favor de abortos, drogas e maricas e ainda tem coragem de criticar uma tradição que tanto orgulha os portugueses».

 

Não posso deixar passar esta oportunidade para dizer ao Bastinhas que os rótulos fascistas estão fora de moda. Vê-se logo que vive no e do passado. Não evoluiu nem um milésimo de milímetro.

 

Que os defensores da VIDA ANIMAL (de qualquer vida) sejam a favor do aborto é outro fantasma que persegue os tauricidas. A vida é una, e matar seres vivos, seja fora ou dentro dos ventres das mães é algo condenável à luz da racionalidade. Nem todos pensam como eu. Nem todos pensam como o Bastinhas.

 

Quanto a drogas… quem é a favor das drogas? O álcool é uma droga tão maléfica quanto qualquer outra, e no entanto os tauricidas são os maiores bebedores de álcool, pois só num estado adiantado de alcoolismo é que se atrevem a ir cometer as barbaridades que comentem na arena, para exorcizarem a INVIRILIDADE deles, atacando um ser muito mais VIRIL do que todos eles juntos - o Touro. Daí o ódio que todos os envolvidos nesta prática grosseira lhe dedicam.

 

E estes é que são os verdadeiros maricas. Os outros são homossexuais, que nada têm a ver com as mariquices dos torcionários. Até o Papa Francisco compreende estas opções. Mas não as mariquices.

 

Quanto à coragem de criticar uma aberração que nunca pertenceu à “classe” das tradições e que empavona (orgulho é outra coisa) apenas uma minoria irracional de portugueses, temos o dever de ter essa coragem.

 

A esmagadora maioria REJEITA a tauromaquia.

 

É preciso que isto fique bem claro.

 

***

«Uns certos políticos e uma ínfima parte da sociedade deste país, fecham os olhos perante um dos actos mais selvagens e cruéis da raça humana, algo que nos envergonha só de pensar que quem os comete é da mesma espécie que nós. Estes selvagens que se dizem civilizados, como se demonstra nesta foto, continuam mais atrasados espiritual e intelectualmente que qualquer calhau granítico existente na serra da estrela.» (Cândido Coelho)

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=445835442151145&set=a.118685031532856.19225.100001740791934&type=1&theater

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:53

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Terça-feira, 2 de Setembro de 2008

Reflexão ao redor da Vida

 
O aborto não é uma questão religiosa nem política. É tão-somente uma questão de Humanidade, de Consciência, de Valores Humanos, de Princípios, de Bom Senso, de Lucidez, de Educação, de Instrução, de Cultura, de Civilização, de Sensibilidade…
 
(Isabel A. Ferreira)
 
 

 

Reflexão ao redor da Vida
 
Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
 
 
* A vida tem uma história muito comprida, mas cada indivíduo tem um começo muito preciso: o momento da sua concepção. Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano, ele não poderia tornar-se um, pois nada é acrescentado a ele. (…) Aceitar o facto de que, depois da fertilização, um novo ser humano começou a existir não é uma questão de gosto ou de opinião. A natureza humana do ser humano, desde a sua concepção até à sua velhice não é uma disputa metafísica. É uma simples evidência experimental. No princípio do ser há uma mensagem, essa mensagem contém a vida e essa mensagem é uma vida humana. (Jerôme Lejeune, médico e investigador francês)
 
 
A origem de um organismo biológico coincide com o início do seu ciclo vital. Para ser quem hoje sou, já fui zigoto, mórula, blástula, pré-embrião, embrião, feto, fruto da união de um ovócito humano e de um espermatozóide também humano, isto é, o que geralmente a mulher chama de um filho. Permitiram que eu me desenvolvesse dentro de um útero de mulher e deram-me o direito de nascer. Mas mais do que isso, deram-me a possibilidade de chamar Mãe ePai aos seres da minha origem. Nasci. Fui bebé, criança, adolescente, jovem, mulher adulta e sigo envelhecendo…
 
* Não darei veneno a ninguém, mesmo que mo peça, nem lhe sugerirei essa possibilidade. (Juramento de Hipócrates, médico da antiga Grécia, Pai da Medicina)
 
Se na minha fase embrionária eu não fosse já um ser vivo humano, o que seria então? Poderia ter nascido rã?
 
* O direito à vida não deveria comportar discussões nem ser objecto de polémicas, pois representa o mais sagrado direito do homem: o direito de existir. Todos os demais direitos, direito à saúde, direito à propriedade, direito a ter e criar filhos, direito de se expressar etc., são decorrentes do direito que o homem tem de nascer. (Prof. Humberto L. Vieira)
 
Posso, serenamente, chamar Mãe à minha Mãe, porque ela nunca me considerou outra coisa, senão filha, desde o momento em que soube da sua gravidez. Ela não disse: Tenho dentro de mim um monte indiferenciado de células, um fragmento de tecido, que está a provocar-me enjoos. Não! Dentro do seu corpo estava EU. Sua filha. Aquele monte indiferenciado de células continha tudo o que hoje sou.
 
* Na realidade, viver como um homem significa escolher um objectivo  e dirigir-se para ele com toda a conduta, pois não ordenar a vida a um fim é sinal de grande estupidez. (Aristóteles, filósofo grego da Antiguidade)
 
Devo ficar agradecida à minha Mãe, por não me considerar um rebotalho e não me desmanchar, enquanto feto, por um qualquer motivo social? Não, não devo agradecer-lhe nada. Porque ela é uma mulher, e uma mulher sabe que não é dona do seu corpo quando engravida, uma vez que não foi ela, mas a Natureza que escolheu um corpo de mulher para gerar Vida Humana. Poderia ter escolhido a corola de uma flor. Mas optou por um útero de mulher – um santuário de vida, não um lugar de morte.
 
* Cada criança, ao nascer, traz-nos a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança no homem. (Tagore, escritor, poeta e músico indiano)
 
As bolotas não são carvalhos, logo um ovócito de mulher fecundado por um espermatozóide de um homem também não é um ser humano. O que acontece, então? As bolotas de um carvalho, quando se desenvolvem, transformam-se num lagarto verde, e a larva desse lagarto verde, por sua vez, transforma-se num belo carvalho, quando sai do seu casulo. O mesmo se passará com o ovócito fecundado da mulher? Se não é um ser humano nos seus primórdios, será um girino? Então poderá transformar-se numa rã, quando nascer. Eis a lógica dos que rejeitam o ciclo vital.
 
* Se possuímos a liberdade de destruir a vida humana e negar-lhe a dignidade numa etapa, por que não em outras? Se, pelo contrário, a criança por nascer tem direitos pessoais ainda antes de ter nascido, e se esses direitos têm implicações públicas, então o ser humano tem o direito à protecção ainda quando não possa proteger-se a si mesmo. (F. H. Henry, teólogo baptista dos E.U.A.)
 
Uma criança nunca será um intruso no ventre materno, ainda que essa criança seja gerada à margem da vontade de quem a fabrica. Onde mais, senão no útero da mulher um ser humano poderá desenvolver-se? O útero é o lugar, por excelência, de um feto. O útero pertence ao nasciturno. Uma mulher não precisa do útero para nada, se não quer procriar. O útero não pertence à mulher. Um útero de mulher é o lugar que a Natureza escolheu para gerar seres humanos. Pertence ao mundo.
 
* Só uma vida dedicada aos outros merece ser vivida. (Albert Einstein, físico alemão)
 
Quando se fala de um feto ou de um embrião, na verdade, está a falar-se de um filho. Ou não será um filho? Se, por acaso, permitirem que esse feto ou esse embrião se desenvolva e nasça, não chamarão filho a esse ser que o corpo da mulher dá ao mundo?
 
* Os maiores inimigos da liberdade não são aqueles que a oprimem, mas sim aqueles que a sujam. (Vincenzo Giobertí, filósofo e estadista italiano)
 
 Às três ou quatro semanas, o ser que vive dentro do útero materno dá início aos batimentos cardíacos. Às sete semanas já existem respostas reflexas à dor e à pressão. Às oito semanas registam-se ondas electroencefalográficas. Às dez semanasjá possui sistema nervoso central, já é sensível à dor, tem movimentos espontâneos e um coraçãozinho (lugar onde se acolhem as emoções) a bater…
 
*Se uma mulher expulsa o feto do seu ventre com drogas, isso é um crime inexplicável. Por Deus, a vida deve continuar. (João Calvino, teólogo e reformador protestante francês)
 
Em tempos recuados, quando grassava uma ignorância imensa, os homens consideravam que as mulheres não tinham alma; outros tempos houve, quando a ignorância tinha uma dimensão ainda mais desmedida, os homens diziam que os escravos (negros ou brancos) não tinham alma. Hoje, em pleno século XXI, da era cristã, alguns homens dizem que um feto ou um embrião, alojado num útero de mulher, ainda não é vida humana. Então o que será? Vida extraterrestre?
 
* Certamente, no momento da concepção, a ordem da natureza estabelecida por Deus, deve continuar. (Martinho Lutero, padre alemão, reformador da Igreja Católica)
 
 A evolução de uma vida humana processa-se como numa pintura: primeiro, o pintor esboça uma figura na tela; depois completa-a com detalhes; por fim, procede aos retoques finais. No primeiro trimestre, a Natureza faz um esboço do ser; no segundo trimestre, completa-o com detalhes; no terceiro trimestre, procede aos retoques finais. E o ser esboçado está lá, desde o início…
 
* O aborto é o desprezo pela vida humana no seu mais alto grau. (Julián Marías, filósofo espanhol)
Se um homem não sabe como e quando a sua vida começou, ignora algo que é do homem e da mulher, única união capaz de realizar uma vida humana. E, ao desprezar o seu começo, esse homem nega a sua própria natureza humana.
 
* Parece-me tão claro como o dia que o aborto é um crime. (Mahatma Ghandi, político e líder pacifista indiano)
 
O aborto encerra um princípio nazista: há seres que são dignos de viver. Há outros seres que, por não lhes reconhecerem a dignidade de viver, são votados ao extermínio.
 
* A destruição do embrião no útero materno é uma violação ao direito à vida que Deus deu ao nascituro... e isto não é mais que um assassinato. (Dietrich Bonhoeffer, teólogo protestante, enforcado pelos nazistas em 1945)
 
Numa discussão sobre o aborto, o que está em causa é o feto, não a mulher. Quem vai ser morto é o feto. Não a mulher. E se a mulher morre ou fica estropiada na prática desse aborto, a opção é dela, pois há outros caminhos. O feto não pede para ser gerado. Não pede para que o matem. Não lhe dão nenhuma outra opção. Não há lei alguma que obrigue a mulher a esconder-se no vão de uma qualquer escada, para, clandestinamente, matar um filho. E se o faz, essa clandestinidade não se combate com a descriminalização de um acto que conduz à sua liberalização, por simples vontade da mulher, até às 10 semanas de vida do seu próprio filho. A mulher tem, sim, o dever de aprender a evitar uma gravidez, e se a prevenção, por um qualquer motivo, falha, deve responsabilizar-se pelo seu acto, tanto quanto o homem. Porque a mulher não faz um filho sozinha, e nem um nem outro, quando o fazem, estão propriamente pendurados numa forca. O aborto não é uma questão religiosa nem política. É tão-somente uma questão de Humanidade, de Consciência, de Valores, de Princípios, de Bom-senso, de Lucidez, de Educação, de Instrução, de Cultura, de Civilização, de Sensibilidade…
 
* Só é útil o conhecimento que nos torna melhores. (Sócrates, filósofo grego da Antiguidade).
 
É tão legítimo matar um feto humano, que dizem não ter consciência de si, como matar um ser que nasce deficiente mental profundo, cego, surdo, mudo, que também não tem consciência de si? Abortar, nos dias de hoje,é uma das grandes vergonhas do mundo. Passada uma eternidade, desde os primórdios do homem na Terra, ele aprendeu que as mulheres e os negros têm alma, mas ainda não sabe que a Vida não se discute: defende-se e preserva-se instintivamente. Há perguntas que não se fazem, porque são desprovidas de sentido humano. A vida é uma dádiva. Um milagre. Não um castigo.
 
* Não morreram, partiram primeiro. (Ditado inglês).
 
Subitamente, os nasciturnos são surpreendidos pela morte, no lugar onde deviam estar supostamente protegidos – no útero materno. Mas eles não morrem. Partem primeiro, entre o silêncio e a escuridão desse útero. E ninguém vê os seus espasmos, os seus esgares de dor, os seus olhos imensos, perplexos, diante dos ferros prestes a desmembrá-los, ou dos venenos prontos a tingi-los de negro e a reduzi-los a nada mais do que seres inertes, mirrados, sem vida…
 
É bem verdade que não sabemos quantos desses nasciturnos poderiam ser os novos Neros, os novos Hitlers, os novos Estalines, os novos Saddams, os novos Bin Ladens do mundo. Contudo, quantos, de entre eles, plantariam árvores e flores na Terra!

Isabl A. Ferreira
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:25

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