O Arquipélago dos Açores, se quer entrar para a rota de um turismo de qualidade (tem muito potencial paisagístico para tal) terá forçosamente de abolir os costumes bárbaros tauromáquicos que o mantém paralisado no tempo das trevas.
É necessário sair urgentemente do atraso civilizacional que o caracteriza.
If Azores Islands want to get the route of quality tourism (landscape has much potential to do so) it will have to abolish bullfighting barbaric customs that keeps it paralyzed in time of darkness.
It is necessary and urgent leave the civilizational backwardness that characterizes it.
A group of members of the Azorean parliament is trying to approve, for the third time, a law that legalizes bullfighting by means of ‘sorte de varas’ or ‘corrida picada’ (multiple stabbing on the bull’s neck in order to weaken it) in the Azores. Because it is a clear attempt on the physical integrity of the animals, and an attitude that indicates a civilizational step backwards for the Azores, and because we think there is no consensus among the Azorean people concerning this matter, we repudiate this standpoint of the parliament members and urge everyone to join us in our campaign.
Please, sign the petition:
Por favor assinem e divulguem a petição para evitar que aumente a tortura aos touros e cavalos nos Açores.
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT75986
Os governantes ainda não conseguiram entender que não há nada para “analisar” quanto a esta matéria?
Não perceberam ainda que a única medida lúcida a tomar é abolir a tauromaquia, que além de ser um entrave à saúde mental dos cidadãos, em qualquer idade, é uma nódoa negra, numa sociedade que ser quer evoluída, e um óbvio biocídio?
Porquê esta obstinação, a roçar a insensatez, em manter algo que que é matéria putrefacta há tanto tempo?!
«Os animais são espécies universais a par de centenas de milhões de humanos que habitam este planeta.
No entanto, em todos os continentes e em todas as culturas, os animais continuam a ser sujeitos a tratamentos cruéis e desumanos. Um número crescente de pesquisas tem demonstrado que a violência contra os animais está directamente ligada à violência contra as pessoas.
As crianças de hoje são a futura geração de intervencionistas e tomadores de decisões do amanhã. Elas serão os responsáveis por garantir uma forte protecção de todas as espécies, humana, animal e do ambiente.
Ao educar, inspirar e capacitar os jovens e as comunidades a respeitarem e a protegerem os animais e os seus habitats, ajudaremos a criar um futuro mais promissor para todos os seres vivos e o próprio planeta.»
Fonte:
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Está a ser analisada no Parlamento Português, pela Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho uma proposta de lei, que limita a 16 anos, a idade mínima dos “artistas tauromáquicos”, isto é: cavaleiros, novilheiros, forcados, toureiros cómicos, bandarilheiros, moços de espada, campinos e emboladores, e “amadores de todas as categorias”.
Em primeiro lugar há que questionar o que serão estes “artistas tauromáquicos”. Serão uma espécie de obreiros da crueldade?
Em segundo lugar teremos de questionar os dezasseis anos.
Ora um adolescente de 16 anos não vota; não pode tirar a carta de condução; juridicamente não é responsável pelos seus actos; ainda necessita de um “encarregado de educação”; e só atinge a maioridade apenas aos 18 anos.
Estará apto para ser “obreiro da crueldade” numa idade em que a personalidade está ainda em formação? Por vezes nem aos 21 anos (idade em que num tempo não muito recuado se atingia a maioridade) um jovem está psicologicamente preparado para tomar decisões importantes na vida.
O que pretenderá a Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho?
Que interesses está a servir essa Comissão?
Com toda a certeza não são os superiores interesses das crianças, dos adolescentes e dos jovens portugueses.
O que pretenderão os governantes? As autoridades? Os próprios progenitores?
Castrar a personalidade dos adolescentes e incapacitá-los mentalmente para o resto da vida?
Que futuro as autoridades querem construir? Que exemplo estão a dar a quem precisa dos bons exemplos dos adultos para evoluírem?
Já estamos fartos de governantes incompetentes. Os nossos filhos e os nossos netos não merecem ser dirigidos por desabilitados e desequilibrados mentais, num futuro que se prevê negro, se não se fizer algo inteligente urgentemente.
O actual regulamento da tauromaquia, que remonta a 1991, prevê que podem aceder à profissão os «indivíduos habilitados com escolaridade obrigatória e que possuam condições físicas para o exercício da actividade», sem especificar a idade.
Ora vemos crianças menores de seis anos a tourear bezerrinhos vivos, com instinto de sobrevivência apurado, e quem é cego mental acha (porque pensar não pensa) que isto é necessário para a sobrevivência de um costume bárbaro em franca decadência.
Isto é lá regulamento que proteja os superiores interesses das crianças?
Por outro lado, como já se sabe, o Comité dos Direitos das Crianças das Nações Unidas (ONU) recomendou a Portugal que tome medidas para restringir o acesso de menores a touradas, nomeadamente elevando a idade a partir da qual é permitido assistir ou actuar nesta actividade de broncos.
Acontece também que a ONU considera que um menor (uma criança) é um ser humano até aos 18 anos.
Portanto aqui não haveria nada que analisar ou discutir pela Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.
Aos dezoito anos acaba a menoridade. Ponto.
Porém, nada disto seria necessário se houvesse lucidez no Parlamento e não uma subserviência vergonhosa ao lobby tauromáquico, e não só.
Nenhuma idade é idade de praticar, aplaudir ou apoiar a tortura e a crueldade sobres seres vivos.
Não nos tempos que correm.
Portanto o que há a fazer, sem a menor ponta de dúvida, é abolir a tauromaquia.
É bani-la da face da terra.
E enterrá-la bem fundo, para que não reste vestígios daquele cheiro a sangue, a suor, a urina, a bosta, a mofo e a podre, que é o cheiro da tauromaquia.
Senhores governantes, não tenham medo de ser humanos, pelo menos, uma vez na vossa vida.
Pelas crianças.
Pelo futuro.