Direcção Geral de Alimentação e Veterinária abate touros em Idanha-a-Nova, seguindo a política da “Cultura da Morte”, numa época em que já não se justifica uma tal atitude inadequada à EVOLUÇÃO… Que cavernícolas estarão à frente da DGAV?
Exmos. Senhores:
Conforme veiculado pela comunicação social sabemos que está a decorrer um abate indiscriminado de bovinos em Idanha-a-Nova.
Trata-se de uma operação envolta numa crueldade típica dum país do terceiro mundo. Aliás nem típica do terceiro mundo, uma vez que países há com esta "classificação" que ao invés de colocar em prática massacres destes investem em soluções racionais e éticas que não passam por resolver os problemas a tiro.
Abater bovinos a tiro, neste caso vacas, algumas grávidas outras acabadas de dar à luz, como descrevem alguns relatos, é um acto no mínimo próprio de quem desenvolveu algum tipo de patologia do foro psicológico resultando numa mente profundamente desalinhada.
Não se resolvem problemas a tiro.
Assim sendo e tendo em conta que:
- este caso se arrasta há cerca de 10 anos, sem que nada tenha sido feito até agora pelas autoridades competentes para evitar chegar-se à situação actual;
- o cenário descrito pelas autoridades é o de uma área de cerca de 2000 hectares de terreno abandonado com 250 a 400 bovinos, encontrando-se o proprietário incontactável;
- não há certeza quanto à causa da morte de um habitante local pois a investigação está ainda em curso;
- os receios da população se prendem com a falta de segurança resultado da vandalização das vedações;
- as declarações da DGV sobre o assunto são vagas e contraditórias - por um lado diz não conseguir capturar os animais e por outro refere que foi detectado no MATADOURO um caso de BSE proveniente da zona, o que contradiz a afirmação anterior, além de não especificar a data em que foi detectada a doença; ora como a BSE só se transmite de forma vertical, de mãe para filho, ou através da ração, mais uma vez a DGV se contradiz, pois se o terreno está ao abandono e ninguém lá entra, seguramente que os animais não estarão a ser alimentados com ração, mas sim com o pasto existente, impossibilitando assim a transmissão da doença;
Vimos desta forma solicitar a V. Exas que:
- interrompam de imediato a operação em curso porque não é ao tiro, numa indiscriminada e sanguinária operação, que se resolvem os problemas, sobretudo quando as maiores vítimas serão as que em nada contribuíram para a situação a que se chegou;
- a Câmara Municipal disponham de verbas para reparar as vedações, já que estas foram danificadas por actos de vandalismo;
- sendo o terreno exemplar para manter estes animais em liberdade, não havendo por isso razão para os resgatar e muito menos abater, sendo necessário apenas garantir que têm onde se abrigar e acesso a água (o próprio terreno providencia o pasto), evitando desta forma que se aproximem das zonas habitadas, procedam as autoridades competentes com vista a tomar posse administrativa do terreno e enveredar os necessários esforços para tornar este local um santuário, o primeiro do género em Portugal, e que poderá até tornar-se um polo de atracção turística, se tal projecto for devidamente pensado e colocado em prática;
Da mesma forma que V. Exas. tiveram competência para detectar os alegados casos de BSE, e a capacidade de organizar a operação de abate indiscriminado, terão também capacidade para tomar as necessárias diligências no sentido de permitir a vida livre e saudável dos animais ao mesmo tempo que asseguram a necessária segurança dos habitantes locais.
Na expectativa de que este apelo não caia em saco roto, continuaremos atentos ao desenvolvimento dos acontecimentos.
Melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
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