TOLERÂNCIA ZERO!
Já não bastava a mais que estúpida e cobarde prática da Vaca das Cordas, agora repescam outra idiotice: a tourada.
É só somar.
E o presidente da Câmara Municipal, que tem visão curta, restringe à moda fascista uma manifestação anti-tourada, que está consignada na Constituição Portuguesa, ao contrário da selvajaria que, a realizar-se, não cumprirá todos os requisitos do RET, como é habitual.
Foto: Luís Rodrigues S/Vaca das Cordas
Veja-se a cobardia dos broncos limianos que brincam aos parvos, com um bovino indefeso, embolado e atado pelos cornos sem possibilidade de fuga.
E chamam a isto “evento cultural”.
Quanta ignorância! Quanta incultura! Quanta imoralidade!
Ponte de Lima, é mais uma viloriazinha classificada Abaixo de Lixo
TOLERÂNCIA ZERO!
E sempre que se fala em Barrancos, lembro-me de Jorge Sampaio, um ex-presidente da República Portuguesa, que fez desta vilazinha atrasada, classificada Muito Abaixo de Lixo, uma EXCEPÇÃO DE MORTE… e desse modo MATOU a EVOLUÇÃO e a CULTURA.
Legenda na imagem publicada no “Correio da Manhã”: «Cavalos recolhem o Touro depois de o matador lhe tirar a vida»
Assim. Tal e qual. Como se TIRAR A VIDA seja o mesmo que DAR A VIDA…
E é este o jornalismo que temos, quando todos nós sabemos que a grande missão do jornalista não é o direito a informar, mas sim a CAPACIDADE DE DENUNCIAR estes insultos à dignidade humana e da restante fauna que connosco partilha o Planeta Terra..
Mas o CM, como crónico aficionado que é, brinda os leitores com este título:
FESTA DE TOUROS DE MORTE A PARTIR DE HOJE
E logo a seguir:
ESTA QUINTA-FEIRA REALIZA-SE A PROCISSÃO (…) EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, EM BARRANCOS.
Sim, porque touros de morte e procissão são uma e a mesma coisa: fazem parte do ritual religioso, adoptado pela igreja católica portuguesa e por uns governantes que não sabem o que fazem… como os romanos que cruxificaram Jesus Cristo.
E a notícia diz mais esta coisa espantosa:
«Cinco toureiros espanhóis vão lidar os touros das touradas de morte das Festas de Barrancos, que se iniciam hoje, para cumprir uma tradição legalizada há 12 anos através de uma excepção».
Uma “tradição” CM? Deviam dizer um COSTUME BÁRBARO que se pratica há doze anos devido a uma LEI que legitimou a MORTE MATADA, através de uma vergonhosa EXCEPÇÃO.
E se há uma EXCEPÇÃO PARA A MORTE, temos o DIREITO de EXIGIR uma excepção para A VIDA.
Ou seja, a ABOLIÇÃO DESTA DESMEDIDA SELVAJARIA.
Matar por prazer. Torturar por prazer. Em que época estamos?
Mas ainda há mais.
Diz-se nesta “notícia de necrologia”: «As touradas de morte, a principal atracção do evento que tem lugar na sexta-feira, são as únicas legais em Portugal. Esta excepção foi aprovada em 2002».
E dizem isto, como se isto desse STATU àquela terrinha atrasada.
Sim, coloca-a Muito Abaixo de Lixo. Mais do que às outras.
E até sábado, este LIXO vai acumular-se em Barrancos, onde os idiotas, os sádicos e os incultos darão azo à sua malignidade legitimada pela lei mais parva que existe em todo o Universo, graças ao socialista Jorge Sampaio, que ficará para a História como o presidente da República que viabilizou os Touros de morte na localidade mais civilizacionalmente atrasada de Portugal - Barrancos.
Fonte:
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/festa_de_touros_com_morte_a_partir_de_hoje.html
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Depois de escrever sobre este lixo de Barrancos, fiquei enjoada, de tanta incultura.
Para desenjoar, tive de ir "tomar um banho" de ARTE e CULTURA.
Como é possível haver ainda alguém que não saiba distinguir a obra Humana da crueldade (des) humana?
A exacta medida do verdadeiro HOMEM é a verdadeira ARTE e a verdadeira CULTURA.
Isabel A. Ferreira
Esta é a verdadeira ARTE.
Faço minhas as palavras do Dr. VASCO REIS, Médico Veterinário:
«Um BRAVO SOLIDÁRIO a quem tem a possibilidade de se manifestar contra a exploração e massacre de animais e o faz, por exemplo, contra a tauromaquia.
Comprova consciência, compaixão, sentido de ética, convicção, coragem, frontalidade, espírito de missão, disponibilidade.
Se não conseguir convencer ignorantes ou empedernidos, aficionados e outros, talvez os faça pensar e demonstra ali a quem passa e aos MEDIA, ao país e ao mundo, que se está contra esta tortura.
Manifestações são ponto de encontro de gente solidária e generosa e fortalecem e elevam o espírito de missão.
Contribuem e muito para o despertar de consciências e para a evolução de mentalidades
Vamos a Albufeira protestar contra o espectáculo vergonhoso de tortura de touros e cavalos.»
( Vasco Reis)
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Comentário de Vanessa Hallberg Borges
«É já AMANHÃ.
Este mundo só muda se fizeres alguma coisa. E o fazer alguma coisa não é ficar atrás de um ecrã a lamentar as imagens de tortura. É participar na pressão social e mediática que vamos fazer para passar uma mensagem importante: não queremos mais isto. Se formos persistentes, coerentes na mensagem e fortes nas nossas convicções um dia a mudança acontece (porque esta mudança é para um país melhor, sem tradições infames e inúteis).
É difícil e às vezes parece inconsequente, mas não é. Se fosse fácil já estava feito. Temos que quebrá-los pela insistência, e precisamos de ti (os nossos companheiros de caminhada neste planeta precisam da tua voz), precisamos da tua força, da tua coragem e da tua resiliência. Nós (eles) contam contigo porque a maior injustiça é não defender quem não se pode defender sozinho»
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Boa Vanessa!
Portugal está cheio de autarcas que se deixam manipular como marionetas nas mãos de bárbaros primitivos e ignorantes.
Como é que isto ainda é possível, em pleno século XXI depois de Cristo, senhora Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais?
Esta é a imagem que queremos perpetuar do ser senciente e belo, que é o Bovino.
Está prevista para o dia 30 de Agosto, em Rio Maior, uma sessão de selvajaria tauromáquica, junto ao Pavilhão Multiusos.
Esta localidade (que nem merece o nome de cidade) não realiza tal barbárie, há vários anos, e foi com o habitual enorme repúdio que tomei conhecimento do regresso deste costume bárbaro, herdado de um tempo em que predominava uma ignorância perversa, que ao que parece, a “senhora” autarca de Rio Maior pretende recuperar.
Como todos sabem, excepto o executivo camarário de Rio Maior, qualquer iniciativa tauromáquica é uma ofensa ética e moral que degrada socialmente, moralmente e psicologicamente quem pratica, quem aplaude e quem apoia tal imbecilidade.
Exma. Senhora Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior,
Manifesto deste modo, a minha mais profunda indignação e o meu mais veemente repúdio, como cidadã portuguesa, que tem o dever, consignado na Constituição Portuguesa, de denunciar as impolíticas dos que foram eleitos para fazer progredir as localidades, e fazem-nas recuar séculos, enterrando-as nos charcos de águas fétidas de antanho.
É que torturar animais sencientes, inofensivos, inocentes e indefesos em nome de uma diversão tão parola quanto cruel, é uma prática eticamente condenável e repudiada por milhões de seres humanos em todo o mundo civilizado.
A imagem negativa a nível ético, moral, social e até mesmo educativo que liga Rio Maior à selvajaria tauromáquica está a ser transmitida, por várias vias, a todo esse mundo, que tem os olhos postos nos oito países terceiro-mundistas que ainda mantém este rebotalho do passado.
Por isso, senhora Isaura Morais, penso que seria o momento oportuno de reflectir bem na sua posição em relação à permissão desta barbárie em Rio Maior, uma vez que ao permitir tal “coisa” estará a dar aval à violência, à crueldade e à incultura que os rio-maiorenses não querem.
E tendo em conta que a ciência reconhece inquestionavelmente os animais mamíferos, incluindo Touros e Cavalos (pois ao contrário do que diz a lei portuguesa estes são também animais) como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, tanto físicos como psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade, a selvajaria tauromáquica, vulgo tourada, ofende gravemente os sentimentos e a sensibilidade, e insulta a inteligência da esmagadora maioria da população portuguesa, e contribui para a degradação moral de quem obtém prazer estético e psicológico com o sofrimento dos animais;
Tendo em conta que esta selvajaria expressa uma cultura envolvida na insensibilidade e na violência que degrada quem a pratica, aplaude e promove: vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os Homens (e em Portugal temos demasiados exemplos dessa violência gratuita sobre pessoas indefesas, crianças, velhos, mulheres…)
Tendo ainda em conta que o progressivo abandono de costumes retrógrados e opostos a um sentido humanista de cultura, como o que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;
Venho sugerir à senhora presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, o cancelamento desta iniciativa selvagem (no mau sentido da palavra, porque na selva nem tudo é mau), bem como não haja mais incentivos e apoios para a continuidade destas práticas violentas e anormais contra animais sencientes, as quais tanto rebaixam todos os que nela estão envolvidos.
Com a minha mais veemente indignação,
Isabel A. Ferreira
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Abram este link, por favor, e adiram:
www.facebook.com/events/506724246129631
BASTA! TOLERÂNCIA ZERO PARA ESTAS AUTARQUIAS QUE SE VERGAM A UM LOBBY INFECTADO COM A PEÇONHA DA CRUELDADE.
Que pobreza moral! Que baixeza de espírito!
Que perversidade!
CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BAIÃO, JOSÉ LUÍS CARNEIRO
CC/
Exmo. Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Baião, José Fernando Silva
Exmos. Senhores Deputados à Assembleia Municipal de Baião
Está a ser anunciada para o dia 23 de Agosto, em Baião mais uma iniciativa que prima por uma IGNÓBIL SELVAJARIA, apesar do FIASCO das anteriores.
Vossas Excelências, como autarcas, deveriam saber que a tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial.
TORTURAR seres vivos inofensivos, indefesos, inocentes e sensíveis em nome de uma diversão patética, incivilizada, patológica, não é próprio de sociedades evoluídas e ENVERGONHA a esmagadora maioria dos portugueses face a uma Europa que já se DISTANCIOU há muito (excepto três tristes países ainda mergulhados nas trevas medievais – Portugal, Espanha e França) destas práticas bárbaras, que causam um ATROZ sofrimento a seres sencientes, com um ADN semelhante ao humano.
Todos sabemos que a tauromaquia está em franco declínio – mesmo nos locais onde esta prática é usual, as praças tem cada vez menos espectadores (inclusive a praça de touros do campo pequeno (ex-libris da tauromaquia e a nódoa negra de Lisboa) a qual se encontra em situação de insolvência.
Como consequência desse declínio, a indústria tauromáquica tem vindo a tentar implementar estas práticas imbecis em locais que não têm qualquer tradição de touradas (ou se tiveram abandonaram-nas por motivos óbvios, ou seja EVOLUÇÃO), mas onde existem autarcas vergáveis às INVESTIDAS dos bárbaros, acabando por acolher estas práticas cruéis.
Todos sabemos que a tauromaquia só subsiste, nos dias de hoje, graças a apoios do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situações de carências várias, o que causa nos cidadãos, munícipes e contribuintes, a mais veemente indignação.
As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado, e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o século XXI impõe.
Assim, junto-me a tantos outros nesta solicitação à Câmara Municipal, para que não licencie e se demarque de todas as actividades tauromáquicas no concelho de Baião, incluindo oferta de recordações aos intervenientes nesta prática sórdida e o fim imediato da atribuição de quaisquer verbas públicas para este tipo de condutas que infligem sofrimento a animais não humanos indefesos, inocentes e sencientes.
Isabel A. Ferreira
Os autarcas desta cidade, cotada abaixo de lixo, por ser uma das mais carniceiras do país, uma vez mais, mostram a sua incapacidade e falta de sensibilidade e bom senso.
Homenageiam os emigrantes com sangue e tortura.
Apesar dos grandes fiascos destas iniciativas idiotas.
Amanhã, a Póvoa de Varzim vai receber os broncos. É entre eles que esta cidade se mostra tal como é: uma estância balnear de quinta categoria.
É assim que ficam os bovinos depois de torturados. Será isto cultura? Arte? Um divertimento saudável e de qualidade?
Esconjurados sejam aqueles que praticam e aplaudem e apoiam tal barbaridade.
Foi o que aconteceu, ontem, na Praia de Mira, onde se praticou a tortura de belos bovinos, com a cumplicidade dos autarcas… e do clubezinho que a organizou.
Uma autêntica selvajaria… (felizmente) para um público escasso, como era de prever.
Praia de Mira classificada abaixo de lixo!
Neste vídeo (abram o link abaixo) pode ver-se claramente os forcados dentro de um carro a investir contra os manifestantes.
Estando habituados a atacar cobardemente touros moribundos, dentro das arenas, estes fulanos agiram violentamente como é do instinto deles.
São cobardes e violentos por natureza.
(Vídeo)
http://videos.sapo.pt/VpbjcTGtLNmT7oiLLlUZ
O último que fala MENTIU. Ninguém tocou no carro, como, aliás, se viu. E um forcado tapou a cara. De vergonha? Bem… pelo menos teve um rasgo de qualquer coisa…
Pois é para sentir vergonha!
O condutor do automóvel que investiu, garante que lhe partiram o espelho retrovisor. Pois foi. É a prova da investida. O carro chegou a abalroar uma manifestante, e com o embate o retrovisor partiu-se.
Esta foi, sem dúvida uma manifestação importante, que fez estragos nas hostes tauricidas.
Não se evitou a selvajaria. Mas o mundo vai ficar a saber quem são os maus selvagens e os cobardes. E isso já importante.
Mas agora o principal é não deixar esta gente impune.
Os forcados investiram um automóvel contra os manifestantes. Há provas.
Têm de ser chamados à Justiça.
Se não forem, é porque a Justiça em Portugal não funciona.
Estava lá a GNR.
***
Agora atente-se no depoimento de um abolicionista que esteve presente nesta manifestação (o que fala na reportagem da SIC) Vítor Loureiro:
«Como já é normal, a própria comunicação social, neste caso a RTP, tenta sempre ocultar as partes mais importantes, falei cerca de 10 minutos nesta entrevista em vários pontos relacionados com a desgraça da tauromaquia e sobretudo na máfia tauromáquica mas não emitiram.
Como sabem a RTP é pública e são eles mesmos que transmitem e apoiam a barbárie das touradas. Uma vergonha. Mas nunca nos vamos calar e vamos sempre lutar até ao último touro que seja humilhado, massacrado, torturado e chacinado por um bando de assassinos cobardes que vivem á nossa custa.
Vergonha também para a RTP que não passou a minha entrevista toda».
Vergonha, mesmo, Vítor Loureiro.
A tourada ainda resiste (se bem que mal se tendo de pé) devido à cumplicidade destes vampiros do século XXI, depois de Cristo.
***
E ISTO NÃO É FUNDAMENTALISMO NEM ÓDIO CEGO A NINGUÉM.
ISTO É SIMPLESMENTE INDIGNAÇÃO. PURA E SIMPLESMENTE MUUUUUUUITA INDIGNAÇÃO. E A ISSO TENHO EU DIREITO CONSIGNADO.
NÃO SOU EU QUE TORTURO TOUROS PARA ME DIVERTIR, NEM APLAUDO TORTURA POR SADISMO.
QUEM ODEIA OS TOUROS AO PONTO DE OS TORTURAR COM PRAZER?
QUEM ODEIA OS TOUROS AO PONTO DE APLAUDIR ESSA TORTURA COM PRAZER?
NÃO SOU EU.
TENHO O DEVER CÍVICO DE INTERVIR. A FAVOR DOS TOUROS E DOS CAVALOS. SERES INDEFESOS. E DE UMA SOCIEDADE SEM VIOLÊNCIA.
A tortura (não corrida, porque os touros farão tudo menos correr, ainda se lhes dessem essa oportunidade, eles bem que correriam da arena para fora…) está marcada para hoje. Os abolicionistas pediram aos autarcas que não licenciassem e se demarcassem de todas as actividades tauromáquicas.
Ah! Praia de Mira! Nunca mais!
Pobres bovinos. É no mar e é em terra!
Um grupo de cidadãos e associações de defesa dos animais vão protestar, hoje, na Praia de Mira, distrito de Coimbra, contra a anunciada realização de uma tourada promovida por um clube local, que desconhece totalmente diversões civilizadas.
Shame on you! Touring Club da Praia de Mira, que tem um nome inglês e uma acção terceiro-mundista!
Esse grupo de cidadãos contestatários, pediu à Câmara Municipal que «não licenciasse e se demarcasse de todas as actividades tauromáquicas no concelho de Mira e, caso existam verbas públicas atribuídas a práticas que infligem sofrimento a animais exigem o fim imediato dessa atribuição de apoios»
«A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial: massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e embaraça muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras", alegam os contestatários.
Asseguram ainda que «a tauromaquia está em franco declínio e que, mesmo nos locais onde esta prática é usual as praças tem cada vez menos espectadores, e que face ao declínio que dizem existir, a indústria tauromáquica tem vindo a tentar implementar estas práticas em locais que não têm qualquer tradição de touradas» como é o caso da Praia de Mira.
Uma vez mais aqui se deixa este alerta: os autarcas não são obrigados a seguir leis parvas, que permitem a violência, a crueldade e a tortura de seres vivos sencientes, dentro de terras pacatas e ordeiras.
«De facto, a tauromaquia só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situações de carências várias, o que causa nos cidadãos, munícipes e contribuintes, a mais veemente indignação», refere ainda este grupo de cidadãos.
O conselho local de Coimbra do Partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN) declarou que efectuou diligências junto da autarquia de Mira e do Touring Club Praia de Mira no sentido de evitar que a tourada se realizasse.
Em substituição da tourada, que pretendeu ver cancelada, o PAN referiu ter proposto ao Touring Club «a marcação de um novo evento num futuro próximo, de cariz verdadeiramente cultural, como um festival de música ou de teatro, disponibilizando-se para ajudar na organização e promoção e cujas receitas revertessem para o clube da Praia de Mira».
No seu comunicado, o PAN classifica a tourada como «uma prática anacrónica e que colhe cada vez mais o desagrado da população, também pelo facto de ser patrocinada com dinheiros públicos em cerca de 16 milhões de euros, todos os anos».
«Relembramos que Mira não tem tradição de touradas e pela recolha de informação efectuada a própria população é manifestamente contra este tipo de eventos», refere o PAN.
Sendo assim, esperamos que, hoje, a tourada prevista ou não se realize ou seja um FIASCO, e ninguém apareça, pelo menos o povo da Praia de Mira.
A tourada está agendada para este momento, no campo de futebol do Touring Club, um clube carniceiro, que, definitivamente, não gosta da Praia de Mira.
Esta será uma praia a rejeitar.
Isabel A. Ferreira
Quiseram desenterrar costumes bárbaros medievais, e o retorno a um passado onde a ignorância e a crueldade imperavam manchou a ex-moderna cidade de Braga.
A estupidez medieval aconteceu. Espera-se que pela última vez.
Foto: Ana Barros in
Este é o infeliz Libório, que foi retirado do seu habitat e, em pânico, com o barulho dos bombos e dos foguetes, foi perseguido e maltratado por um bando de gente histérica.
***
Regresso ao passado
Por Noémia Pinto
(Subscrevo integralmente este magnífico texto - I.A.F.)
«Parece que ontem, dia 20 de Junho, se cumpriu uma «tradição» em Braga, manchando a festa alegre que se pretende que o S. João seja. Uma tradição que não era cumprida há 98 anos. Saudosa, portanto!
Diz quem viu e até faz (má) locução na TV Minho que foi «um momento bonito». Eu olho para aquelas imagens e ocorrem-me vários adjectivos. Nenhum deles será bonito. Bonito, bonito seria deixarem o Libório no seu cantito.
Foi-me garantido, ainda na véspera de tão fantástica ressurreição, por um amigo próximo que estava na organização de tamanha crueldade, que o animal não sofreria qualquer dano. Eu, conhecedora do comportamento humano quando em «matilha» e frequentemente em estado de pouca sobriedade, imaginava o que por aí viria.
Infelizmente, pelo que li de relatos de quem viu o acontecimento e foi mais imparcial do que o magnífico repórter da TV Minho e pelo que vi nas imagens, a realidade foi mais ou menos como eu a imaginara.
O pobre porco, assustado com toda a confusão, medo que terá sido também agravado pelo disparo de morteiros, recusou-se a sair do veículo de transporte, pelo que foi puxado pelas orelhas e pela cauda para sair. Como insistia em não fazer o gosto à populaça, foi pontapeado. Aterrado, lá saiu da carrinha, desatando a correr. Como por vezes corria em sentido oposto àquele em que era suposto que corresse, era arrastado pelas orelhas e pela cauda.
Para quem garantia que ninguém poderia tocar no porco, algo falhou aqui, não? E depois desta vergonha, vão continuar a dizer que o animal não sofreu nada? Pelo menos sejam honestos e digam que não querem saber se o animal sofre ou não porque todos se consideram superiores a ele. Ou estão agora com medo dos tais «jeitosos que andam a chatear»?
Que o povo triste, ignorante, que mal ganha para a côdea goste destes acontecimentos, que representam o ponto alto nas suas vidas sem cor, até percebo. O que não percebo é que, mais uma vez, os estudantes estejam ligados a uma prática bárbara. Os estudantes devem ser motor de mudança dos países e suas sociedades. Os estudantes devem desenvolver o seu espírito crítico e a sua humanidade, libertando-se ou afastando-se da boçalidade e da barbárie. O que aqui aconteceu foi o oposto. Os estudantes ajudaram a que a barbárie e a crueldade se instalassem.
Para terminar, quero partilhar convosco o que descobri na página aberta de Facebook de um dos magníficos organizadores das fantástica e nada cruel «corrida»: um desenho do dito senhor a perseguir o porquito, utilizando uma linguagem que só por si ajuda a apelar ao que de mais baixo o ser humano tem dentro de si.
Para mim, a crise maior é esta, a perda de valores tão elementares como o respeito pelos outros, quer sejam os outros humanos, quer sejam outros animais. Convivemos todos neste espaço redondo, cada vez mais estragado, o mínimo que podemos fazer é respeitarmos o outro. Seja ele quem for. O regresso de tradições cruéis só nos fica mal.»
Fonte:
http://aventar.eu/2014/06/21/regresso-ao-passado-3/#more-1216916
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Braga envergonhada na RTP
(Ver o vídeo)
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=746839&tm=8&layout=122&visual=61
«Durante os serviços noticiários de hoje, Braga, a NOSSA CIDADE, é retratada como um palco de atrasados mentais que querem vivem na Idade Média.
Estas imagens não foram invejadas em lado algum de Portugal, provocaram sim estupefacção dos portugueses (mesmo os que estão no estrangeiro) pelo facto de não se tratar de imagens de uma terra recôndita e com atraso civilizacional, mas sim da 3ª CIDADE DO PAÍS!
Os que estiveram presentes na "Corrida do Porco Preto" não são os que não estiveram lá, são uma minoria da cidade.
Grande parte dos que, movidos pela curiosidade, se deslocaram ao local, ficaram chocados e sem reacção, um sentimento estranho e inexplicável diante de alguns que até se divertiam com a vida deste animal, transformada em miserável, sem dignidade, sem apreço, sem nada.»
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?v=258337511018502&set=vb.252006934984893&type=2&theater
Nota: As cenas são tão bárbaras, grosseiras, imbecis, que desactivam os vídeos e os links que levam às imagens da idiotice. Se fosse coisa civilizada, não era necessário a desactivação.